CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE BRASÍLIA
Quando Juscelino Kubitscheck tomou a decisão de mudar a capital do Rio de
Janeiro para Brasília, ele só tinha um medo, segundo dona Sarah Kubitscheck, de
faltar alimentos frescos para a população. Convidou produtores rurais de várias
partes do país para cumprir a mais difícil missão segundo ele.
Hoje o governo Agnelo está destruindo residências de pequenos agricultores sem
autorização judicial, sem indenização e deixando as famílias sem locais de
moradia (Fazenda Guariroba). A Terracap entrou com uma ação judicial para
desocupação do Núcleo Rural Casa Grande, sem nenhuma indenização, onde tudo que
lá existe foi construído com recursos da comunidade como posto de saúde, escola
de 1º e 2º grau, asfalto, igreja, etc. As chácaras foram compradas e com
registro em cartório.
No Núcleo Rural Vargem da
Benção, onde existem produtores com contrato junto ao GDF com mais de 50 anos,
o governador Agnelo Queiroz e Geraldo Magela querem tirá-los das áreas
atendendo interesses dos grandes grupos econômicos, sem negociar com aqueles
que, durante 55 anos produziram alimentos e protegeram a terra e as nascentes.
O GDF / Terracap não fizeram discriminatórias e as áreas estão sob judice.
Em Sobradinho, chácaras
que foram referência na produção de leite, verduras e turismo rural, hoje estão
sendo ameaçadas pelo GDF para atender grandes grupos econômicos.
Arie JK abrange
Taguatinga, Ceilandia, Samambaia. O IBRAM está intimando os produtores a
derrubarem tudo o que foi construído ao longo de mais de 50 anos com as devidas
autorizações e licenças do próprio GDF.
Os contratos que a
Terracap está obrigando e até coagindo os produtores a assinarem, sem saber se
a terra pertence a ela ou se é de particulares, é uma arbitrariedade jurídica.
Foi elaborado pelos advogados da Imobiliária Terracap, sem ouvir a classe
rural. Quem assinar estará decretando a entrega de sua propriedade à Terracap.
O que queremos:
Que o governador Agnelo
Queiroz e o vice Tadeu Filippelli recebam uma comissão do movimento para
discutir sobre os seguintes assuntos:
· Discriminatória para
separar o que é terra pública de terras particulares.
· Para terras públicas,
pleiteamos o PróDF Rural, a exemplo do PróDF Industrial, Comercial e Social.
· Para as terras
particulares usucapião.
· Que sejam suspensas todas
as ações judiciais e administrativas contra produtores e suas associações.
Matriarcas e Patriarcas dos
Grupos Familiares Rurais, Pioneiros do Distrito Federal, ainda vivos, anseiam e
aguardam que ao término de suas pelejas, sejam concedidos aos seus respectivos
herdeiros os frutos de tantos anos de duro labor, sustentados, anos a fio, por
inúmeras promessas e compromissos.
SENHOR GOVERNADOR,
EXIGIMOS RESPEITO!
NÃO SOMOS INVASORES, SOMOS
PRODUTORES!!!
MOVIMENTO RURAL TERRA
LEGAL"