sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Brasil do PT: Já que é covardia comparar com os grandes, vamos confrontar com o Azerbaijão

BLOG do SOMBRA



Sempre que o Impávido Colosso publica um post comparando preços e índices econômicos do Brasil com os dos Estados Unidos ou países europeus, alguns leitores alegam que o Brasil “não pode ser comparado com países de primeiro mundo”. Esse post mostra como o Brasil se sai, economicamente, quando comparado ao Azerbaijão. Um país situado no oeste da Ásia que faz fronteira com Irã, Armênia, Georgia e Rússia...

O Brasil tem maior inflação, maior taxa de juros, maior desemprego e menor crescimento do PIB no segundo trimestre de 2014 em relação à 2013. Por enquanto o Brasil ainda ganha no índice PIB per capita, o que não deve durar muito tempo, visto que durante os últimos 10 anos o PIB do Azerbaijão cresceu cerca de 182%, enquanto o brasileiro cresceu apenas 25%. Com o Azerbaijão pode?
 
Fontes: Trading Economics e IBGE
 
* nos valores constantes, é desconsiderada a inflação no período


Fonte: Coluna Impávido Colosso - 05/09/2014 - - 17:49:09

Petrobras: Ex-diretor delata propina a deputados, senadores e governador



Em depoimento à Polícia Federal, Paulo Roberto Costa menciona pagamentos de comissão sobre contratos da estatal a pelo menos 32 parlamentares, um governador e cinco partidos.
 
O ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, citou pelo menos 32 deputados e senadores, um governador e cinco partidos políticos que receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobrás firmados durante sua gestão na diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera...
 
Desde sexta feira, 29 de agosto, Paulo Roberto está depondo em regime de delação premiada para tentar obter o perdão judicial. Ele é alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desmantelou um grande esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobrás. São depoimentos diários que se estenderam por toda semana. O número de políticos citados foi mencionado por Paulo Roberto nos primeiros depoimentos, mas pode crescer até o final da delação.
 
Paulo Roberto relatou a formação de um cartel de empreiteiras dentro da Petrobrás, em quase todas as áreas da estatal. Partidos políticos eram supostos beneficiários de recursos desviados por meio de comissões em contratos arranjados. E exemplificou: "Todo dia tinha político batendo em sua porta". Num depoimento, ele citou uma conta de um "operador do PMDB" em um banco europeu.
 
Paulo Roberto contou que os desvios nos contratos da Petrobrás envolveriam desde o funcionário do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante sua gestão na diretoria de Abastecimento, entre 2004 e 2012.
 
O ex-executivo também citou quase todas as grandes empreiteiras do País que conseguiram os contratos. Inicialmente seu alvo foram as empresas, mas não havia como isentar os políticos, uma vez que, segundo ele, foram beneficiados com propinas. Por causa da citação aos políticos, que têm foro privilegiado, os depoimentos serão remedidos para a Procuradoria Geral da República. A PGR afirmou que só irá receber a documentação ao final do processo de delação.
 
O acordo de delação premiada assinado por Paulo Roberto prevê praticamente o perdão judicial. A pena que ele receberá será mínima comparada aos 50 anos que poderia pegar se responder aos processos - já é réu em duas ações, uma sobre corrupção na Petrobrás e outra sobre ocultação e destruição de documentos.
 
O acordo prevê que o ex-executivo será colocado em liberdade quando encerrar os depoimentos. Ele deve ficar um ano usando tornozeleira eletrônica, em casa, no Rio, sem poder sair na rua.
 
Os depoimentos têm sido longos. No primeiro dia foram mais de quatro horas. Um advogado do Paraná que esteve com ele diz que Paulo Roberto está "exausto, mas se diz aliviado".
 
O ex-executivo teria demonstrado preocupação apenas quando soube que a imprensa noticiou a delação premiada. Seu temor é se tornar um "arquivo vivo".
 
Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF em Curitiba. Ao final de cada dia os depoimentos são lacrados e criptografados pelo Ministério Público Federal, que os envia diretamente para a PGR, em Brasília. A PGR mandou emissário a Curitiba no início do processo de delação.
 
O doleiro Alberto Youssef, também preso acusado de ser um dos cabeças do esquema desbaratado pela Lava Jato, também tentou negociar com o Ministério Público Federal uma nova delação premiada (ele fez a primeira no caso do Banestado, em 2003), mas desistiu ao ser informado que pegaria pelo menos 3 anos de prisão, em regime fechado.

Fonte: Por ANDREZA MATAIS e RICARDO BRITO, O Estado de S. Paulo - 05/09/2014 - - 18:30:06

Carlos Chagas A ORDEM É DESCONSTRUIR MARINA






Publicado: 5 de setembro de 2014 às 0:00 - Atualizado às 20:29

Jamais o Dia do Juízo Final, mas hoje é um dia importante para o PT. Estarão reunidos em São Paulo os cardeais e bispos do partido, com direito à presença do Papa, ou seja, o Lula. 


Os companheiros estão dispostos a examinar em detalhes os mecanismos capazes de virar o jogo sucessório, atualmente vencido por Marina Silva. Falta um mês para o primeiro turno e quase dois para o segundo, de cuja realização ninguém mais duvida. A palavra de ordem será “delenda Marina”, ou seja, todos os esforços devem ser feitos para desconstruir a candidata que, fossem neste domingo as eleições entre ela e Dilma, marcaria o reingresso do PT na oposição.


Claro que a campanha da reeleição continuará apresentando as realizações do governo petista, mas ficará evidente na reunião de hoje que não basta alinhar o que foi construído. Muito menos só prometer o que virá. É preciso, para o Lula e seus seguidores, bater firme na candidata do PSB.


Fácil não será, porque Marina, afinal, foi fundadora do PT, ministra do Lula, na pasta do Meio Ambiente por mais de cinco anos, mantendo até agora um viés de esquerda, não obstante suas recentes concessões ao conservadorismo. Como mostrar que não serve para hoje aquilo que serviu para ontem?


Vicentinho, atual líder do PT na Câmara, é dos poucos que continua raciocinando com lucidez. Por certo que acredita na virada, mas entende que por mais heróicas que sejam as retiradas, elas não ganham a guerra. Reconhecer que Marina está na frente e que seria presidente da República caso as eleições fossem hoje, constitui fato indiscutível. Mas é preciso contra-atacar. 


Recuperar o espaço perdido, ainda mais confirmado que está o Lula como comandante em chefe. Apesar de muita gente no partido defender a substituição de Dilma pelo primeiro-companheiro, não há mais condições para a troca.


A solução, assim, como ficará óbvio dos debates de hoje, em São Paulo, será bombardear a adversária. Mesmo com respeito.


OS NÚMEROS FATAIS


A sucessão de pesquisas divulgadas nos últimos dias, e que por certo continuarão, permanece revelando o mais fatal dos números para os candidatos, a começar por Dilma. São os índices de rejeição, mais importantes que os de preferência. Dilma é rejeitada por 42% dos consultados, enquanto Marina, por 16%. Nessa diferença repousa a chave para se decifrar porque a ex-ministra bate a presidente.

PARK SHOPPING VAI INDENIZAR CLIENTE

Diario do Poder




Consumidora vai receber por danos materiais e morais

Publicado: 5 de setembro de 2014 às 12:07 - Atualizado às 12:11





Divulgação Google

Em decisão unânime  a 3ª Turma Recursal do TJDF condenou o Parkshopping  a indenizar uma consumidora que sofreu uma queda em escada rolante do espaço comercial e teve várias escoriações pelo corpo.


Aldenesia Cardoso Barreto estava na escada rolante quando, de repente, o corrimão parou abruptamente, deixando de acompanhar os degraus o que ocasionou seu desequilíbrio e queda. Ela procurou o SAC do shopping, relatando o ocorrido e solicitando providências.

Devido ao acidente a consumidora teve que fazer tratamento médico e fisioterápico, além do uso constante de medicamentos, o que a torna incapaz de desempenhar suas atividades de costureira, com a qual obtinha recursos para seu sustento.

Ao analisar o feito, a magistrada relatora destaca que o acervo probatório aponta a relação de causalidade entre o mau funcionamento da escada rolante e a queda sofrida pela autora, que sofreu “varias escoriações pelo corpo” e foi auxiliada pelos brigadistas do estabelecimento réu que lhe “fizeram curativos”.


 Aliado a esses elementos probatórios, um dia depois da aludida queda, a autora foi atendida no Centro de Ortopedia e Fraturas – Orto Sul, onde foi realizada radiografia da mão, que restou imobilizada.


Diante disso o Colegiado concluiu cabível a indenização pelos danos materiais e morais experimentados.

Dados oficiais do MEC Fracasso: qualidade do ensino brasileiro piora em 16 estados


Ideb indica que melhor ensino brasileiro é em Goiás, mas nota é baixa
Publicado: 5 de setembro de 2014 às 16:06 - Atualizado às 16:10

Estudantes t?nova chance de aprender
São Paulo - O nível do ensino médio, considerado um dos principais gargalos do País, recuou em São Paulo e outras 15 redes estaduais, de acordo com os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2013 obtidos pela reportagem. Os dados completos ainda serão divulgados na tarde desta sexta-feira, 05, pelo Ministério da Educação.


O indicador, divulgado a cada dois anos, mede a qualidade da educação básica no Brasil com dados de aprovação e resultados em provas de português e matemática. A nota vai em uma escala de zero a dez e 6 é o nível considerado de países desenvolvidos, segundo o governo federal.


Goiás foi a rede com maior nota: 3.8 pontos, com melhora de 0,2 pontos em relação à edição anterior. São Paulo aparece em segundo lugar, com 3,7 pontos, mas houve piora em relação a 2011 – quando a nota foi de 3,9. Além da rede paulista, pioraram Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Ceará, Roraima, Tocantins, Amazonas, Amapá, Maranhão, Sergipe, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.


Entre os que melhoraram, além de Goiás, estão Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Espírito Santo, Distrito Federal, Piauí e Paraíba. Dois Estados ficaram estagnados – Acre e Alagoas (3,3 e 2,6 pontos, respectivamente).



Para a consultora e mestre em educação pela PUC-RJ, Ilona Becskeházy, apesar de São Paulo ter caído 0,2 pontos no ensino médio, trata-se da melhor rede estadual em seu conjunto. “Tem a melhor matrícula líquida (93,7 em 2012) no ensino fundamental e no ensino médio é a mais alta do Brasil (69.6). 


A rede coloca todos para dentro”. Segundo a especialista, isto se deveu à política de correção de fluxo que ocorre desde 1996 e resulta em menor distorção idade-série em todas as séries. “Melhor do que quem tem média maior e não fez nada disso”. (Agência Estado)

Histerismo gay.Distribuição de mochilas escolares azuis e rosas causa polêmica na França




De Paris, para a BBC Brasil
Prefeita francesa distribui mochilas rosas para meninas e azuis para meninos

  • Prefeita francesa distribui mochilas rosas para meninas e azuis para meninos
A decisão de uma prefeitura nos arredores de Paris de distribuir mochilas escolares azuis para os meninos e rosa para meninas provocou polêmica na França.

 
Nas bolsas distribuídas pela Prefeitura de Puteaux, governada pela prefeita Joëlle Ceccaldi-Raynaud, há também um kit para construir robôs, para os meninos, e miçangas para fazer bijuterias para as meninas.

 
A distinção causou polêmica no momento em que o governo implementa na rede educacional um programa para promover a igualdade entre homens e mulheres, e lutar contra os estereótipos.

 
O "abecedário da igualdade entre meninas e meninos", do Ministério da Educação, visa a transmitir às crianças nas escolas a ideia de que não existem atividades, inclusive recreativas, específicas para cada sexo.

 
O objetivo do programa, segundo o governo, é fazer com que as crianças não se agarrem a estereótipos, uma postura que pode influenciar, inclusive, a escolha de suas profissões posteriormente.


Críticas

A notícia ganhou destaque na imprensa francesa no início do calendário letivo, que começou nesta semana no país.
 
Vários políticos criticaram a medida da prefeita Ceccaldi-Raynaud, do partido de centro-direita UMP (do ex-presidente Nicolas Sarkozy).

 
"É o ápice dos estereótipos", afirmou o adjunto da prefeita socialista de Paris, Jean-François Martins.

 
"Por que só essas duas cores? É um pouco besta e algo de tempos antigos", criticou o vereador de Puteaux Christophe Grébert, do partido centrista Modem.

 
O vereador também criticou os gastos com as mochilas e com a festa organizada pela prefeitura para distribuir os artigos escolares: 300 mil euros (R$ 600 mil).

 
"Essas mochilas são uma provocação, no momento em que a questão dos estereótipos sexistas nas escolas está sendo discutida publicamente", afirmou a blogueira Marie Donzel em seu site Ladies & Gentleman.

 


Para a nova ministra da Educação, Najat Vallaud-Belkacem --a primeira mulher a exercer esse cargo na França--, "o papel do município é promover a igualdade entre homens e mulheres".

 
A ministra, no entanto, felicitou a iniciativa da distribuição de mochilas no atual período de crise econômica e ressaltou que a polêmica sobre o caso "é algo estéril".


Polêmica

Em entrevista ao jornal 'Le Figaro', a prefeita de Puteaux afirmou "assumir totalmente" a distribuição das mochilas azuis e rosas e disse que seu único objetivo foi o de "dar uma ajuda aos pais no início do ano letivo", evitando gastos suplementares.
 
Segundo a prefeita, a iniciativa existe há anos. "Lamento por essas polêmicas que não levam a nada", declarou.

 
Em entrevistas à TVs francesas, pais de alunos agradeceram a distribuição das mochilas e disseram "não ver problema algum" nelas.

 
O rosa e o azul foram justamente as cores utilizadas pelos movimentos que se opunham à aprovação da lei contra o casamento gay na França.

 
No início deste ano, pais de alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental chegaram a impedir que seus filhos fossem à escola devido a rumores – difundidos nas redes sociais por grupos ligados à extrema direita – sobre o "abecedário da igualdade".

 
Os rumores afirmavam que o governo estaria promovendo a homossexualidade e que as crianças teriam cursos de educação sexual já na escola maternal.





Alta de preços monitorados pelo governo já supera meta de inflação



POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA
05/09/14  11:26
Enquanto os presidenciáveis debatem a necessidade de um “tarifaço” no próximo ano, as tarifas públicas e outros preços monitorados pelos governos já estão subindo acima da meta oficial de inflação.


Dados divulgados nesta sexta (5) mostram aceleração aguda desses preços, que o governo Dilma Rousseff represou para segurar a alta da inflação. Nos últimos 12 meses, a alta é de 5,07%, um salto em relação ao 1,54% de 2013.
Inflação monitorados ago.2014
O controle de preços como os da gasolina e da energia elétrica evitou que a inflação, acima da meta de 4,5% desde 2010, estourasse o teto de 6,5% no ano passado. Mas a administração petista já está sendo forçada a rever essa estratégia.


Depois de impor uma redução das contas de luz no início do ano passado, o governo acabou tendo de permitir uma forte elevação neste ano, porque a escassez de chuvas comprometeu a geração da energia hidrelétrica e forçou o uso da termelétrica, mais cara.


Essas tarifas já subiram 13,58% nos últimos 12 meses, e a taxa só não é mais alta porque o Tesouro Nacional está gastando R$ 13 bilhões em subsídios neste ano para compensar as perdas das empresas do setor.


Outros preços monitorados acumulam altas acima da meta de inflação, caso de ônibus interestaduais, planos de saúde, jogos de azar, óleo diesel, táxi, correio, produtos farmacêuticos, gás veicular e de botijão.


A principal incógnita é como o governo atual e o futuro reajustarão o preço da gasolina, que tem grande impacto na inflação quando sobe e prejudica o caixa da Petrobras quando é represado -como hoje.


Os analistas de mercado esperam uma alta em torno de 5,05% nos preços monitorados neste ano, mas essa projeção tem subido desde o início do ano. Para 2015, esperam-se 7%, mas o cálculo desconhece as intenções da próxima administração.

Quase 30 parlamentares estão na mira da Ficha Limpa

Improbidade administrativa e rejeição de contas de administradores públicos são os principais motivos de enquadramento na lei. Saiba quem são eles e o motivo da contestação de suas candidaturas


Ag.Câmara
Condenado por superfaturar obra, Maluf é procurado pela Interpol
Os efeitos da lei da Ficha Limpa podem frustrar os planos eleitorais de 26 deputados federais e um senador, entre eles cinco suplentes que atuaram neste mandato. Em todo o Brasil, mais de 400 candidaturas, conforme levantamento já divulgado pelo Congresso em Foco, foram contestadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) com base na legislação, alterada em 2010 e aplicada pela primeira vez a candidatos a deputado, senador, governador e presidente da República.
Dos 27 parlamentares federais e suplentes cujas candidaturas foram contestadas, nove casos ainda não foram analisados pela Justiça eleitoral. É a situação dos deputados Paulo Maluf (PP) e Newton Lima Neto (PT), que tentam a reeleição por São Paulo.
Em outros nove casos, a Justiça eleitoral aprovou o registro das candidaturas, mas os políticos continuam sob contestação porque o Ministério Público, adversários políticos ou cidadãos apresentaram recursos. Nessa relação estão, por exemplo, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que disputa o governo da Paraíba, e os deputados Carlos Magno (PP), candidato a vice-governador de Rondônia, e Moreira Mendes (PSD-RO), que busca um posto no Senado.
Há também candidaturas “indeferidas com recurso”. Isto é: a Justiça em primeira instância não aceitou as candidaturas e os candidatos já recorreram contra a decisão. Os deputados Wilson Filho (PTB-PB), André Moura (PSC-SE) e Valdivino de Oliveira (PSDB-GO), que tentam a reeleição, estão nessa situação.
As candidaturas de outros dois foram aprovadas pela Justiça, mas há possibilidade de recurso. É o caso de Silas Brasileiro (PMDB-MG), que disputa uma vaga na Câmara, onde já foi suplente, e o do deputado Márcio Junqueira (Pros-RR), que tenta a reeleição.
Três candidaturas foram rejeitadas, mas até agora os políticos não se mexeram. Para mantê-las, precisam apresentar um recurso os deputados Paulo César Quartiero (DEM-RR), que concorre a vice-governador de Roraima, Chico das Verduras (PRP-RO) e Paulo Feijó (PR-RJ), que querem mais um mandato na Câmara precisam apresentar recurso.
O senador Jayme Campos (DEM-MT) poderia ter tido sua candidatura à reeleição barrada com base na lei da Ficha Limpa, mas acabou renunciando antes do julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral. Já o deputado João Pizzolatti (PP-SC) deixou a disputa após a rejeição da candidatura à reeleição pela Justiça. Ele colocou seu filho João Pizzolatti Neto (PP-SC) em seu lugar. Preferiu não recorrer.
Diante das pendências geradas pelas regras da Ficha Limpa, pela primeira vez aplicada em eleições gerais, especialistas em legislação eleitoral preveem um dos pleitos mais judicializados da história. Como a disputa entre candidatos e Ministério Público tende a parar nos tribunais superiores, a rejeição temporária não elimina o candidato da corrida eleitoral. Ao contrário, permite que ele siga em campanha até a votação, enquanto houver possibilidade de recurso. O levantamento do Congresso em Foco considera apenas os casos de contestação com base na Ficha Limpa feita por promotores e procuradores.
Raio-X
Os contestados pelo Ministério Público com alguma passagem pelo Parlamento representam 14 estados e 15 partidos. Os principais casos de enquadramento na Ficha Limpa são relativos à improbidade administrativa e rejeição de contas de candidatos que foram gestores públicos.
O PP, partido da base aliada, mas com setores rebeldes ao governo federal, é o campeão em número de congressistas enquadrados com base na lei da Ficha Limpa: cinco candidatos. O PMDB, na condição de principal sigla da base governista, tem quatro representantes sob ameaça. PSDB, DEM, PSD e PSC figuram com três nomes nessa situação. Apenas um correligionário da presidenta Dilma Rousseff  está na lista: o deputado federal Newton Lima (PT-SP).
O estado com mais representantes congressistas sob contestação é São Paulo, com cinco deputados – entre eles Paulo Maluf, sobre quem pesa uma condenação criminal e a inclusão na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional. Rio de Janeiro tem quatro nomes. O Ministério Público questiona as candidaturas de dois congressistas de Rondônia e três de Roraima. Minas Gerais, Paraíba e Santa Catarina têm, cada, dois casos.
Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Sergipe têm, cada, apenas um candidato passível de impedimento.
Cinco dos postulantes sob contestação do MPE exerceram o mandato na condição de suplente em algum momento da legislatura atual: Celso Jacob (PMDB-RJ), Costa Ferreira (PSC-MA), Eugênio Rabelo (PP-AC), Valdivino de Oliveira (PSDB-GO) e Silas Brasileiro (PMDB-MG).
Pluralidade infracional
Maluf é, sem dúvida, o nome mais conhecido entre os 27 alvos em questão. Desde 2010, quando passou a figurar na relação criminal da Interpol, Maluf vive uma espécie de confinamento forçado em território brasileiro. Ele pode ser preso em quase 200 países onde há atuação da Interpol.
O deputado foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, em novembro de 2013, por improbidade administrativa sob acusação de superfaturar as obras do túnel Ayrton Senna quando ocupava o cargo de governador (1993-1996). Pela sentença, seus direitos políticos estão suspensos até 2018, o que, em tese, impossibilita sua participação no pleito deste ano.
Além de Paulo Maluf, há candidatos parlamentares conhecidos do eleitorado brasileiro, a exemplo do senador e ex-governador cassado da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB), do deputado e arrozeiro Paulo César Quartiero (DEM) e do ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), que renunciou ao mandato na Câmara para escapar de uma cassação em meio ao escândalo do mensalão e agora tenta mandato no Senado.
Sentença cumprida
Uma das principais lideranças políticas da Paraíba, Cássio Cunha Lima contesta a aplicação da lei da Ficha Limpa. Ex-governador da Paraíba, ele foi o primeiro político barrado pela legislação a assumir mandato no Senado, em 2011. Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a lei não poderia valer nas eleições de 2010.
Filho do também ex-governador paraibano Ronaldo Cunha Lima (1936-2012), Cássio foi condenado e cassado, em 2009, por abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação por distribuir 35 mil cheques de um programa social do governo na campanha de 2006. No STF, ele responde ainda ao inquérito 3393 por crimes previstos na lei de licitações e continua a contestar o enquadramento no rol de inelegíveis em decorrência da lei da Ficha Limpa. “Eu já cumpri minha sentença”, chegou a afirmar ao Congresso em Foco, em referência à condenação, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), à perda do mandato de governador, em 2009, além da inelegibilidade por três anos. A legislação anterior à lei da Ficha Limpa permitiria que ele concorresse livremente nos próximos anos.
Por meio de sua assessoria, o tucano relembra que sua candidatura foi aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. O TRE do estado entendeu já terem se passado os oito anos da inelegibilidade de Cunha Lima. “Ressalte-se, por imperioso, que Cássio Cunha Lima não foi condenado em ações eleitorais por corrupção ou desvio de recursos públicos, mas porque o TRE, na época, entendeu que um programa de distribuição de benefícios sociais o favoreceria nas eleições de 2006”, disse a assessoria, em nota.
Desistência
O ex-governador de Mato Grosso e senador Jayme Campos tentaria a reeleição sob fogo cruzado do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). A entidade pediu ao Ministério Público a impugnação da candidatura sob o argumento de que o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União mantiveram condenações do parlamentar. Jayme Campos concorreria pela chapa encabeçada pelo também senador Pedro Taques (PDT), candidato ao governo de Mato Grosso. Saiu da disputa alegando desconforto por causa da “falta de unidade” na coligação “Coragem e atitude pra mudar”.

Lista: os contestados pela Ficha Limpa

Congresso em Foco

Ex-diretor da Petrobras delata propina a 32 parlamentares


Em depoimento à PF, Paulo Roberto Costa envolve 32 deputados e senadores, cinco partidos e um governador em esquema de corrupção na estatal, informa O Estado de S. Paulo


Paulo Roberto Costa de volta à prisão
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que pelo menos 32 deputados e senadores, um governador e cinco partidos políticos recebiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da estatal no período em que ele comandava a diretoria de Abastecimento da empresa, entre 2004 e 2012.É o que revela reportagem publicada esta tarde pelo site do jornal O Estado de S. Paulo.
As informações foram prestadas pelo ex-executivo em depoimento à Polícia Federal (PF) e fazem parte da chamada delação premiada, mecanismo pelo qual o acusado tenta amenizar sua pena com revelações importantes sobre o caso em que está envolvido. Segundo o Estadão, o número de envolvidos pode crescer até o final dos depoimentos.
De acordo com os repórteres Andreza Matais e Ricardo Brito, Paulo Roberto contou que um cartel de empreiteiras atuam em toda a Petrobras, beneficiando partidos e políticos e grandes empreiteiras do país. “Num depoimento, ele citou uma conta de um ‘operador do PMDB’ em um banco europeu”, diz o jornal. A reportagem não informa quais parlamentares e legendas foram citadas no depoimento. O esquema, segundo o relato de Paulo Roberto, envolvia do terceiro ao primeiro escalão da companhia.
O Estadão informa que os depoimentos serão enviados à Procuradoria-Geral da República por envolverem parlamentares. Réu em duas ações penais – uma sobre ocultação e destruição de documentos e outra sobre corrupção –, o ex-diretor da Petrobras aceitou a delação premiada para escapar de uma pena que poderia chegar a 50 anos.
Um dos principais alvos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Paulo Roberto é acusado de ter recebido propina e de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Ele está preso em Curitiba, mas, pelo acordo firmado, deverá ser posto em liberdade com uma tornozeleira assim que concluir a série de depoimentos.