quinta-feira, 13 de abril de 2023

Projeto ‘Bonito não Atropela’ quer fazer do município referência em preservação da fauna nas estradas

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Já na fase de definições de pontos críticos e locais que devem receber medidas de mitigação nos próximos meses, o projeto ‘Bonito Não Atropela’ tem como objetivo diminuir os índices de atropelamentos de animais silvestres nas rodovias de Mato Grosso do Sul, começando pela Capital do Ecoturismo do Estado. A ideia é fazer de Bonito um espelho, através de medidas eficazes que preservem a fauna, incluindo espécies sob risco de extinção, como o macaco-prego, tão comum no município, mas já na lista de espécies ameaçadas.

“A gente enxergou que Bonito, por ter essa bandeira de município modelo do ecoturismo e usa dessa questão natural do ecossistema a seu benefício, seria o lugar ideal para criar um projeto que reverberasse e fosse um espelho para o Estado e quem sabe até para o Brasil. O município não é o lugar de maior índice de mortes de animais em estradas, mas ele tem potencial de se transformar melhor que os outros municípios, porque o ele precisa dessa biodiversidade, ele usa dela e tem um clamor popular, as pessoas querem essa mudança”, detalha Maurício Forlane, representante da Ampara Silvestre, que está entre as instituições idealizadoras do projeto.

Nesta semana Maurício e a bióloga Fernanda Abra, da ViaFAUNA acompanharam equipe da Agesul em visitas as rodovias que compõe a malha viária de Bonito, para elaboração de avaliação técnica que será entregue Governo do Estado com os locais onde é possível fazer as mudanças. As medidas de mitigação incluem desde instalação de cercas as margens das rodovias para direcionar o animal até um local seguro para travessia, até as passagens de fauna subterrâneas ou áreas, que permitem manter-se o fluxo entre as populações que foram cortadas pelas rodovias e ao mesmo tempo, faz com que o animal não cruze pela estrada.

“O secretário de Infraestrutura do Estado entendeu a mensagem, que é uma questão de segurança humana e preservação da nossa fauna, uma vez que uma colisão com um animal grande, como uma anta, uma capivara ou um tamanduá-bandeira, muitas vezes termina em uma morte ou um acidente grave. Então isso vai dar uma força muito grande para o projeto e a gente vai melhorar muito no Estado como um todo”, reforçou Maurício.

Ainda segundo o biólogo, as medidas mais visíveis a curto prazo para os moradores e visitantes, será a instalação de telas de proteção nas duas margens da MS-178, na entrada de Bonito. “Essa região do Formoso e Formosinho é um corredor muito importante de fauna, então essa tela, que vai na beira da rodovia, vai guiar o animal a passar por debaixo da ponte e não por cima da estrada. Nós já temos o material e estamos acertando com Estado a questão da instalação e se tudo der certo, até o final deste ano, será implantada”. Detalha.

Outra proposta, segundo Maurício, são as passagens superiores, que funcionam como pontes aéreas ligando um lado da estrada ao outro, com 6 metros de altura para permitir os caminhões passarem e devem contar com contrapartida da Prefeitura de Bonito. Os redutores de velocidade, como lombadas e radares também estão no projeto, mas como envolvem medidas federais, acaba sendo mais burocrático. “As passagens superiores vão beneficiar principalmente espécies como os bugios, o macaco-prego, que embora seja comum na região, é um animal ameaçado de extinção, entre outros de pequeno porte”.

Agesul – Pedro Celso, diretor de Meio Ambiente da Agesul, que acompanhou os biólogos nas visitas explica que já há um interesse do Estado em implantar medidas de mitigação nas rodovias, tendo inclusive um projeto neste sentido denominado ‘Estrada Viva’, que abrange não só as estradas de Bonito, mas todas as rodovias de MS. “Esse problema de colisões com animais é recorrente em todos os municípios do estado e há 6 anos a Agesul tem um convênio com a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul),  para monitoramento da fauna nas rodovias. Agora recebemos uma determinação do secretário Eduardo Riedel para que engenharia ande junto com a questão ambiental na construção de estradas”, detalhou.

Um exemplo disso, segundo Pedro Celso, será a pavimentação da MS-345 – famosa estrada do 21 – que já será construída com medidas de mitigação. “Ela será construída obedecendo todos os parâmetros de sustentabilidade com o ambiente e com a fauna principalmente. Nós já temos a autorização dele para fazer a adequação necessária dentro do projeto de engenharia, bem como já fizemos alteração no projeto de recuperação da MS-382, no trecho de Guia Lopes até Bonito”.

Nesse sentido, Maurício reforçou que o projeto Bonito Não Atropela vai entregar o projeto de todas as malhas viárias de Bonito, com as medidas que o grupo julga ser eficiente e seguro para ser implementado nessas rodovias. “Nós visitamos a estrada do 21 ´para criar o projeto antes da pavimentação, ou seja, ela será construída levando em conta as medidas de mitigação. O que a gente está conversando muito com o Governo do Estado é que todas as obras de rodovia, não apenas em Bonito, tenham projeto de mitigação de atropelamento de animais”, finaliza o biólogo.

O projeto – O projeto ‘Bonito não Atropela’ nasceu de uma necessidade da comunidade local por medidas de mitigação, tendo como apoio um abaixo assinado do grupo Unidos da Serra da Bodoquena com cerca de 7 mil assinaturas. Ele tem como missão transformar a malha viária do município de bonito e da região em estradas mais seguras para os animais e para o usuário. É composto pela união de várias forças, com organizações locais como a Fundação Neotrópica do Brasil, Unidos da Serra da Bodoquena, Instituto Raquel Machado, no qual proprietária é de Bonito e foi responsável por juntar as peças e criar um movimento tão forte. A Via Fauna, que é a cabeça técnica e pensante nas questões de estrutura de mitigação, projetos técnicos contra acidentes com faunas em rodovias, representado pela Fernanda Abra, a Ampara Silvestre, que trabalha na questão de marketing, divulgação e proteção dos animais e recentemente se juntaram ao grupo o Instituto de Conservação de Animais Silvestres, que tem dois projetos bandeiras no Estado, como Bandeiras e Rodovias e o Tatu-canastra, que traz um conhecimento muito completo do problema de colisões no Estado como um todo,  com grandes estimativa e projeções de dados. A Rede PRO UC que que trabalha a questão de preservação das Unidades de Conservação e tem um papel importante na articulação com o Governo.

FONTE: BONITO NET

O Arco do Desmatamento: A maior ameaça à Amazônia

 https://institutolibio.org.br/arcododesmatamentodaamazonia/



No dia 21 de março é comemorado o Dia Internacional das Florestas, data que busca  conscientizar a população sobre a importância de todos os tipos de florestas. Nesta data, aproveitamos para compartilhar informações sobre uma das regiões que mais ameaça a maior floresta tropical do mundo, o arco do desmatamento. Desde a década de 70, o arco do desmatamento vem ameaçando floresta amazônica adentro e toda a sua biodiversidade. Essa região concentra 75% de toda área desmatada da Amazônia e ameaça acabar com um dos maiores hotspots de biodiversidade do planeta. Vem ler e entender esse problema!

O que é o arco do desmatamento?

O Arco do Desmatamento compreende a uma região onde concentram-se os maiores índices de desmatamento da Amazônia. O território possui grande área, somando cerca de 500 mil km², e se estende do Maranhão ao sul do Pará, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre, englobando 256 municípios. 

Mapa ilustrando a região que compreende o Arco do Desmatamento (polígono em preto). Fonte: PRODES/INPE.

A região amazônica contém cerca de um terço das florestas tropicais de todo o planeta e abriga metade de toda a biodiversidade mundial, contudo, somente na área correspondente ao arco do desmatamento, concentra-se aproximadamente 75% das áreas mais desmatadas da Amazônia. É nessa região que ocorre o encontro entre a agricultura, que avança de maneira desenfreada, e a floresta, que resiste com muita luta.

Desde os anos de 1970, essa região vem sendo pressionada para que haja expansão da fronteira agrícola e pecuária. Nos últimos anos as ameaças ao território intensificaram-se ainda mais, devido ao aumento da grilagem (roubo de terras), garimpos ilegais, ampliação das áreas desmatadas e dos incêndios criminosos. Como consequência dessas atividades, a área de floresta diminuiu drasticamente nos arredores do arco do desmatamento, tendo 50% de seus cerca de 365 mil hectares, desmatados.   

O desmatamento na Amazônia provoca a perda de uma infinidade de espécies animais e vegetais, gerando sérios impactos sociais e ameaçando o bioma como um todo. O bioma amazônico já teve quase 20% de sua cobertura vegetal desmatada, o que contabiliza ao redor de 729 mil km² de área. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)somente 300 mil km² foram desflorestados nos últimos 20 anos

Infográfico da cobertura vegetal e uso da terra do bioma amazônico. Fonte: MapBiomas.

Os dados são alarmantes e ano após ano, a Amazônia vem perdendo sua cobertura florestal

A flexibilização das leis ambientais, a falta de fiscalização e o desmonte dos órgãos de proteção, serviram de aval para que grileiros, garimpeiros ilegais e desmatadores avançassem o sinal e cometessem atrocidades contra o meio ambiente. Durante o governo de Jair Bolsonaro, houve o aumento de invasões às áreas protegidas e da violência contra os povos tradicionais.

O quadro é realmente desafiador, mas há algumas instituições comprometidas em reverter essa situação, dentre elas, o Instituto Libio. Para isso, estamos trabalhando constantemente em defesa da área que compreende o arco do desmatamento e lutando para impedir o avanço da agricultura.   A floresta amazônica é indispensável na manutenção do equilíbrio climático e ecológico do planeta, servindo de abrigo para a fauna silvestre e para muitas comunidades.

O investimento em reservas ambientais

As reservas ambientais são muito importantes para a manutenção da biodiversidade, além de assegurar o uso sustentável de recursos naturais. As Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs), consistem em um modelo de unidades de conservação, que são administradas por pessoas físicas ou jurídicas, de forma voluntária, representando uma excelente alternativa para conservar a diversidade biológica.

O Instituto Libio redefiniu seus pilares de atuação. Clique aqui e conheça nossas frentes de trabalho.

Para conter o avanço da destruição da floresta amazônica, em 2021, com apoio da Re:wild, o Governo do Pará criou uma área protegida, o Refúgio de Vida Silvestre dos Rios São Benedito e Azul, com aproximadamente 30 mil hectares. A iniciativa soma forças com alguns proprietários e organizações locais, como o Instituto Libio, a adquirir áreas para proteção ambiental. 

A região sul da Amazônia, localizada entre os estados do Mato Grosso e Pará, é um hotspot da vida selvagem dentro da própria Amazônia, sendo considerada uma das áreas mais ricas em biodiversidade de todo o planeta. O local detém mais de 1.350 espécies de plantas, 600 espécies de aves, e um número crescente de mamíferos, invertebrados, peixes e fungos. 

Com frequência, novas espécies são descobertas na região devido sua riqueza, classificando-a como área de biodiversidade alfa. Espécies raras, como o primata zogue-zogue (Plecturocenus grovesi), são encontradas apenas nesta região. Por isso, investimentos em reservas naturais são tão importantes, pois esta é uma região estratégica para a conservação da Amazônia

Zogue-zogue (Plecturocenus grovesi). Foto: Diego Silva/Divulgação Agência FAPESP.

A Reserva Rio Azul

O Instituto Libio tem a preservação das florestas como uma de suas prioridades, por isso, uma de nossas frentes de atuação é voltada para a criação de refúgios de vida silvestre e manutenção de áreas verdes. 

Foto: Acervo Instituto Libio.

Pensando nisso, adquirimos uma área de reserva, a Reserva Rio Azul, que faz parte da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre Rio São Benedito e Azul, uma UC que representa a última barreira que impede a entrada da soja na floresta amazônica e logo, a sua devastação.

Na reserva, desenvolvemos o turismo ecológico, a educação ambiental e atividades científicas, e trabalhamos pela conservação da biodiversidade e proteção da floresta amazônica.

As florestas fornecem recursos para a nossa subsistência, garantem o equilíbrio do planeta e são vitais para combater o avanço das mudanças climáticas. Preservá-las é essencial e urgente.

Autor: Juliana Cuoco Badari – Greenbond. 

Resgatados, lobo-guará Canelinha e tamanduá-bandeira Aurora em breve voltarão à vida livre

 

Resgatados, lobo-guará Canelinha e tamanduá-bandeira Aurora em breve voltarão à vida livre

 12 de abril de 2023  Mônica Nunes 

Em 2021, com cerca de três meses, o lobo-guará Canelinha foi salvo de um incêndio nas proximidades de Mococa, interior de São Paulo, por um morador da zona rural. E, desde dezembro desse ano, vive no Mantenedor de Porto Feliz, do Instituto Libio, onde recebe cuidados de biólogos e veterinários da organização e do Instituto Pró-Carnívoros.

No mesmo ano, a mãe da tamanduá-bandeira Aurora foi atropelada em uma rodovia próxima a Bonito, em Mato Grosso do Sul. Encontrada sozinha, a filhote foi levada à Base Pantanal, do Instituto Tamanduá, onde passou por longa reabilitação até abril de 2022, quando foi transferida para a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário, do Instituto Libio.

Já praticamente recuperados e com boa saúde, ambos estão quase aptos à soltura em seus habitats de origem, o que deve acontecer na segunda quinzena de abril.

A médica, conservacionista e ambientalista Raquel Machado, fundadora do Instituto Libio, explica que o processo de recuperação é lento, gradual e envolve uma grande equipe de profissionais.

“Muitos cuidados são necessários para o retorno dos animais a seu ambiente natural. Por isso, em conjunto com outras entidades, pensamos cuidadosamente na criação dos recintos para acolhê-los, assim como em diversas outras estratégias, como alimentação e tratamento para o sucesso das reabilitações e das solturas”.

Canelinha

Rogério Cunha de Paula, biólogo e analista ambiental do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), conta que, um mês depois do resgate de Canelinha, uma equipe do Projeto Lobos do Pardo (desenvolvido pelo Instituto Pró-Carnívoros em parceira com o CENAP – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do ICMBio), foi informada sobre seu paradeiro e se deslocou até o local para avaliar sua situação. 


O filhote passou por exames clínicos e, como as condições sanitárias da casa que o acolhia não eram adequadas, foi levado para uma fazenda, onde recebeu os primeiros cuidados e teve início sua recuperação.

“Em dezembro do mesmo ano, o Instituto Libio aceitou o desafio de receber o Canelinha e todas as instituições competentes foram acionadas para que ele fosse destinado a um cativeiro temporárioenquanto os trâmites oficiais fossem concluídos”, recorda o biólogo. 

Desde então, o projeto de reabilitação vem sendo executado pelo instituto dirigido por Raquel, com coexecução do Instituto Pró-Carnívoros e supervisão técnica do ICMBio/CENAP

“Canelinha vem sendo treinado para ser liberado por meio de uma soltura abrupta (quando não é realizada na área do treinamento) no local de onde foi removido, e será monitorado pela equipe do Projeto Lobos do Pardo. Caso seja identificada qualquer dificuldade de adaptação e sobrevivência, ele será recapturado, reconduzido ao recinto de treinamento e avaliado”, explica Rogério. 

Antes da soltura, o lobinho receberá coleira com GPS e transmissor de satélite para que sua reintrodução seja monitorada diariamente.

Aurora 

Há um ano, a tamanduá-bandeira órfã vive na RPPN Reserva Santuário, do Instituto Libio, em Mato Grosso do Sul, parceiro do Instituto Tamanduá no Projeto Órfãos do Fogo, que também tem o apoio do Fundo Internacional Para o Bem-Estar Animal e recebe doações



https://www.infoescola.com/mamiferos/tamandua-bandeira/

Segundo a veterinária Flávia Miranda, presidente do Instituto Tamanduá e professora da Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia (indicada ao Prêmio Indianápolis, um dos mais importantes para a conservação animal no mundo), Aurora passa pela última etapa de reabilitação para posterior soltura, prevista para a segunda quinzena de abril como Canelinha, próxima ao local onde foi encontrada.  

“Ela já recebeu um colete com radiotransmissor, para que tenha seus passos rumo à liberdade em meio à natureza devidamente monitorados”, conta Flávia.

O GPS enviará pontos de localização de Aurora a cada seis horas, além de dados de sua atividade, como, por exemplo, se está em repouso ou caminhando. O monitoramento se estenderá por um ano.
________


Com informações do Instituto Libio

 

https://www.biologianet.com/biodiversidade/lobo-guara.htm

Nascem quatro filhotes de guepardos na Índia: os primeiros em vida livre após 70 anos de extinção

 https://conexaoplaneta.com.br/blog/nascem-dois-filhotes-de-leopardo-de-amur-subespecie-quase-extinta-na-natureza/#fechar


Nascem quatro filhotes de guepardos na Índia: os primeiros em vida livre após 70 anos de extinção

Em meados do ano passado, guepardos vindos da África foram reintroduzidos num parque nacional da Índia. A soltura fez parte de um grande projeto do governo para, depois de mais de sete décadas de extinção, trazer de volta esses felinos para as florestas do país.

Inicialmente foram soltos oito guepardos trazidos da Namíbia no Parque Nacional de Kuno-Palpur, no estado de Madhya Pradesh. No mês passado, mais 12 indivíduos chegaram ao local vindos da África do Sul.

E recentemente, para surpresa de todos, descobriu-se que uma das fêmeas, Siyaya, proveniente da primeira leva, de setembro de 2022, deu à luz a quatro filhotes. É a primeira vez, desde 1952, que se registra o nascimento de animais da espécie em vida livre.

“Parabenizo toda a equipe do Projeto Guepardo por seus esforços incansáveis em trazer de volta os guepardos para a Índia e por corrigir um erro ecológico cometido no passado”, escreveu o ministro do Meio Ambiente Bhupender Yadav, ao anunciar a boa nova em seu perfil no Twitter.

A notícia foi dada, entretanto, dois dias após ter sido relatada a morte de uma fêmea no parque. Segundo os veterinários, ela também era originária da Namíbia e teria tido problemas no fígado.

guepardo (Acinonyx jubatus) é o mamífero terrestre mais rápido da natureza. Pode atingir uma velocidade de 110 km/hora em apenas três segundos. Apesar de sua agilidade sem igual no mundo animal, ele corre risco de desaparecer do planeta.

No passado, os guepardos eram avistados na África e também costumavam vagar pela Península Arábica e pela Índia central. No entanto, sua população foi reduzida na maior parte do continente africano e agora pode ser encontrada habitando apenas 10% de sua área histórica.

Atualmente estima-se que sejam 7 mil indivíduos na vida selvagem – na África do Sul, Botsuana e Namíbia. Já o guepardo asiático só resta no Irã e são aproximadamente 50 animais.

Os guepardos

Parentes próximos do gato-mourisco e do puma, os guepardos são mamíferos carnívoros. Existem no mundo cinco subespécies deles conhecidas pela ciência, pertencentes ao gênero Acinonyx. Todas elas são classificadas como “vulneráveis” à extinção pela IUCN.

Esses animais caçam uma grande variedade de presas, geralmente espécies de pequeno a médio porte, que incluem gazelas e impalas. Mas quando estão em grupo, os machos se aventuram em presas muito maiores. Além disso, também podem atacar pássaros que vivem no solo e pequenos mamíferos, como lebres.

Diferentemente de outros predadores africanos, os guepardos não consomem restos de carcaças. Consomem a carne rapidamente e as abandonam.

Após declarados extintos há mais de 70 anos, guepardos vindo da África serão reintroduzidos em florestas da Índia

Os guepardos preferem caçar durante o dia

Fonte: WWF-UK (trecho “Os Guepardos)

*Com informações do site BBC Internacional

Leia também:
Morre filhote de guepardo no Irã, onde restam cerca de 50 desses animais

Foto de abertura: reprodução vídeo Twitter Bhupender Yad

Nascem dois filhotes de leopardo-de-amur, subespécie quase extinta na natureza

 








Nascem dois filhotes de leopardo-de-amur, subespécie quase extinta na natureza

Nascem dois filhotes de leopardo-de-amur, subespécie quase extinta na natureza

Toda vez que filhotes de leopardo-de-amur nascem é sempre a mesma celebração. Mesmo que seja em cativeiro. Foi o caso em 2019, quando uma fêmea deu à luz a dois deles no Rosamond Gifford Zoo, na cidade de Syracuse, no estado de Nova York (leia mais aqui).

Agora, novamente, o nascimento de mais dois filhotes ganha as manchetes mundiais. Dessa vez eles receberam as boas-vindas da equipe do San Diego Zoo, na Califórnia, também nos Estados Unidos.

Estima-se que só restem 300 leopardos-de-amur na natureza. Essa subespéciea Panthera pardus orientalis, é nativa de florestas do sul da China, norte da Rússia e península coreana. A caça e a perda de habitat foram responsáveis pelo seu quase desaparecimento do planeta. Na Lista Vermelha, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o Amur é classificado como ‘criticamente ameaçado’.

“Testemunhar o nascimento de leopardos-de-amur é sempre uma experiência emocionante”, diz Gaylene Thomas, gerente de cuidados com a vida selvagem do zoológico de San Diego. “Existem tão poucos deles em seu habitat natural que cada nascimento carrega tanto peso – e cada indivíduo vivo promete um vislumbre de esperança”.

Os dois filhotes, que ainda não se sabe o sexo, são filhos de Satka e do macho Oskar. Esse é o terceiro nascimento de leopardos-de-amur no San Diego Zoo. Em 2018, nasceram duas fêmeas e dois anos mais tarde, em 2020, dois machos.

Assim como outras subespécies de leopardo, o Amur é um animal extremamente ágil. Pode correr até 60 km por hora e saltar distâncias de mais de 5 metros. De hábitos solitários, na natureza ele vive entre 10 e 15 anos. Em cativeiro, pode chegar aos 20.


Os dois filhotes, que ainda não se sabe o sexo, são filhos de Satka e do macho Oskar. Esse é o terceiro nascimento de leopardos-de-amur no San Diego Zoo. Em 2018, nasceram duas fêmeas e dois anos mais tarde, em 2020, dois machos.

Assim como outras subespécies de leopardo, o Amur é um animal extremamente ágil. Pode correr até 60 km por hora e saltar distâncias de mais de 5 metros. De hábitos solitários, na natureza ele vive entre 10 e 15 anos. Em cativeiro, pode chegar aos 20.

Animais nascidos em cativeiro dificilmente podem ser reintroduzidos em seu habitat original, mas são muito importantes para garantir a segurança genética de suas espécies e para que biólogos consigam compreender melhor seus hábitos e comportamento e assim, desenvolver políticas mais eficazes para sua preservação na vida livre.

Nascem dois filhotes de leopardo-de-amur, subespécie quase extinta na natureza

Um dos filhotes nascido há poucas semanas
(Foto: divulgação San Diego Zoo Wildlife Alliance)

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Foto de abertura: divulgação San Diego Zoo Wildlife Alliance