Por Marc Dourojeanni
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Ainda há muita gente de meia idade que, por falta de atualização,
continua acreditando o que lhes foi ensinado na escola, ou seja, que a
população americana chegou ao nosso continente através do estreito de
Bering há 13 ou 13.500 anos
1 (teoria dos
Clovis, devido à localização no México onde essa cultura foi
encontrada). A acumulação de evidências de que esse povo não foi o
primeiro nem o único na América é tão grande que esse tema específico
nem é mais discutido nos meios acadêmicos. Não obstante, saber que os
humanos já estavam na América do Norte há uns 20.000 ou 30.000 anos e
quiçá até mais de 50.000 anos está longe de resolver todas as dúvidas
sobre o povoamento do continente, especialmente da América do Sul.
O tema, além de interessante, é importante, por exemplo, para discutir assuntos como o da extinção rápida da
megafauna
americana do pleistoceno. Com efeito, se os Clovis fossem realmente os
primeiros humanos no continente, seria difícil imputar a eles a extinção
dessa fauna, pelo menos na América do Sul. É improvável que em tão
pouco tempo teriam alcançado uma população e uma dispersão tão grandes,
bem como semelhante impacto.
A pressão de caça é apenas uma teoria para
explicar o fenômeno do súbito sumiço dessa fauna, mas é tão boa ou
melhor que outras. No entanto, sabendo que a população das Américas é
muito anterior, essa possibilidade aumenta consideravelmente e se torna
ainda mais plausível. De outra parte, o advento da agricultura gerou as
culturas e a produção de grãos gerou os reinos e até impérios. Enquanto
as culturas e a agricultura desenvolviam-se, modificavam o ambiente,
essencialmente desmatando florestas.
Na história americana o milho ocupa
um lugar preponderante, embora não explique tudo.
A teoria de que os Clovis foram os primeiros a chegar à América do
Norte e que, de lá, se dispersaram até o estreito de Magalhães, no
extremo sul do continente, foi progressivamente desmantelada pelo achado
de vestígios humanos mais antigos na própria América do Norte. Agora se
acredita que pelo mesmo estreito de Bering passou não uma, senão duas
ou mais ondas migratórias.
E, como se menciona a seguir, também foram
achadas evidências de presença humana antiga na América do Sul. Se isso
não fosse suficiente, seria assim mesmo difícil explicar como, há mais
de 5.000 anos, já existia, no centro do Peru, uma civilização, que
apesar de seu aparente isolamento, foi capaz de construir uma cidade
comparável às que na mesma época existiram no velho mundo, incluindo
pirâmides colossais. E, como explicar que uma cidade como essa esteja no
Peru quando não existe –ou não foi ainda descoberta- nenhuma outra
cidade comparável que seja da mesma idade ou mais antiga na América do
Norte ou Central?
Antiguidade de vestígios humanos nas Américas
"Hoje
se sabe que na Amazônia, em quase toda ela, há evidências da existência
(e extinção) de desenvolvimentos culturais importantes"
|
Vários estudos nos EUA (Virgínia, Oregon, Texas, Pensilvânia) e no
Canadá provaram a existência de povoadores mais antigos que os Clovis.
Mas, o golpe de misericórdia para os tradicionais veio com descobertas
como as de Topper Hill, na Carolina do Sul, onde foram encontradas
ferramentas que insinuaram uma antiguidade de 50.000 anos, sendo logo
confirmada uma idade de pelo menos 22.900 anos.
Outro golpe foi o achado
de figuras de barro e restos humanos em Tlapacoya, perto da cidade de
México, com uma antiguidade de uns 22.000 anos.
Isso não é de chamar a atenção, pois, estudos de seis décadas atrás
no Peru, por exemplo, já haviam demonstrado presença humana muito
antiga: Lauricocha (mais de 8.000 anos), Vale do Chillón (12.000 anos) e
Ayacucho (20.000 anos). Neste último local foram encontrados ossos de
mastodontes, megatérios e de tigres dente de sabre assim como ossos
humanos, estes datados de 10 a 14.000 anos. Porém como aconteceu mais
tarde com os estudos da Serra da Capivara, esses achados foram
inicialmente desacreditados pelos arqueólogos tradicionalistas.
É assim que a tese e as provas respectivas, acumuladas por décadas
pelas persistentes Niede Guidon e Anne-Marie Plessis, as pesquisadoras
da
Serra da Capivara,
no interior do Piauí, só passaram em tempos relativamente recentes, a
ganhar adeptos também entre os cientistas americanos.
Das diversas
provas encontradas no amplo e meticuloso trabalho, as datações mais
aceitas indicam 32.000 a 48.000 anos para as camadas estudadas e até de
60.000 anos para outras e, no caso de artefatos, a antiguidade varia de
17.000 a 32.000 anos. As autoras das pesquisas acreditam, ainda sem
prova definitiva, que a antiguidade da presença humana no Piauí é bem
maior, talvez mais de 200 mil anos.
Outro lugar fascinante é a caverna da Pedra Pintada em Monte Alegre
(Pará) em plena Amazônia brasileira, com uns 13.200 anos. Neste sítio a
pesquisadora Anna Roosevelt descobriu pinturas rupestres que simbolizam
formas humanas, animais e figuras compostas, assim como desenhos
geométricos.
Estas pinturas são consideradas as mais antigas da América.
Também acharam arpões e pontas de lanças, buréis, raspadores e outras
ferramentas. A cerâmica encontrada nesse sítio arqueológico data de
7.500 anos, o que significa a mais antiga das Américas. Adiantou-se a
hipótese que esses habitantes sejam os mesmos que estavam antes no
Piauí. Hoje se sabe que na Amazônia, em quase toda ela, há evidências da
existência (e extinção) de desenvolvimentos culturais importantes que,
como nas selvas da América Central, foram substituídos por grupos de
vida tribal.
Assim, sobre o encontrado no coração da Amazônia se soma a
descoberta de vestígios de presença humana de 10.000 anos de antiguidade
nas Pampas de Mojos, na Bolívia, que precederam as
civilizações hidráulicas
bem conhecidas dessa região, que também desapareceram. A relativamente
curta sobrevivência das culturas superiores em selvas tropicais na
América e na Ásia é outro tema fascinante, sobre o qual existem várias
teorias inconclusivas.
E para complicar ainda mais o panorama, foi provado que em Monte
Verde, ao sul de Puerto Montt, no Chile, ou seja, nos confins da América
do Sul, houve habitantes há mais de 13.000 anos. Ainda mais, pelos
objetos encontrados se suspeita que seja possível que essa ocupação
tivesse 33.000 anos de antiguidade. Há pouco tempo foi descoberta no
deserto, a 1.100 km ao norte de Santiago, uma mina de óxido de ferro de
12.000 anos, considerada a mais antiga encontrada, até o momento, nas
Américas.
Ou seja, hoje não cabe mais duvidar que a América e a América do Sul
fossem habitadas muito antes que os Clovis. Estes chegaram bastante
tarde. Chineses e vikings chegaram muito mais tarde. A grande dúvida que
subsiste, embora a origem asiática da população seja reconhecidamente
dominante, é saber de onde e por onde chegaram. As pesquisas da Serra da
Capivara podem alterar muito as nossas convicções, pois sugerem uma
origem africana.
A isso podem se agregar as teorias do Paul Rivet e a
façanha contundente, embora de interpretação um tanto confusa de
Thor Eyerdahl
na sua viagem pelo Pacífico. Esta insinua tanto uma antiga origem
oceânica da população sul-americana como a presença mais recente de
povos da costa sul-americana no Pacífico. O que ficou bem demonstrado
por Eyerdahl é que os povos muito antigos nem sempre gostavam de andar a
pé no gelo, como os que passaram pelo estreito de Bering. Muitos
preferiram navegar, aproveitando os anticiclones e o faziam muito bem,
tanto no Pacífico (a balsa Kon Tiki) como no Atlântico (a balsa Rá).
Mais ainda, aproveitavam-se dos períodos glaciais que facilitavam "pular
de ilhota em ilhota". É óbvio que as viagens intercontinentais não se
limitaram à pré-história. Embarcações melhores, embora basicamente sob
os mesmos princípios, parecem ter sido utilizadas em tempos bem mais
recentes, como na provável expedição enviada pelo Inca
Tupac Yupanqui
à Polinésia e assim mesmo na relação que parece existir entre algumas
culturas andinas e a que se desenvolveu na ilha de Páscoa.
Então, embora a origem asiática seja um fato indiscutível, não se
pode descartar que coexista com outras origens, como a oceânica (que
também seria de origem asiática) ou a africana. Não há provas
concludentes e há muitas provas contraditórias formando um grande quebra
cabeça. Mas, por exemplo, pode se imaginar que os que chegaram à costa
do Chile e que habitaram Monte Verde e o deserto de Atacama, fossem
oceânicos e não asiáticos.
Caral e suas pirâmides
"Caral,
localizada a apenas 200 km ao norte da capital do Peru, Lima, é uma
cidade que tem não menos de 5.000 anos de antiguidade"
|
Como dito se as evidências acumuladas sobre a antiguidade da presença
humana não fossem suficientemente convincentes, subsistiria Caral para
desmentir uma ocupação humana tão tardia da América do Sul como seria o
caso se os Clovis fossem realmente os primeiros no continente.
Esse povo
não teria tido tempo de chegar tão ao sul e simultaneamente desenvolver
uma cultura de dimensões tão consideráveis.
Caral, localizada a apenas 200 km ao norte da capital do Peru, Lima, é
uma cidade que tem não menos de 5.000 anos de antiguidade, o que faz
dela a cidade de grande porte mais antiga das Américas, contemporânea
das que existiram no Egito, Mesopotâmia, Índia e China.
Caral
existiu há mais de um milênio antes de outras cidades de todo o
continente americano.
Foi a capital da civilização do mesmo nome que
ocupou o vale do rio Supe e outros próximos na costa norte do Peru. O
sítio era conhecido dos arqueólogos, mas, a evidência da sua grande
antiguidade e importância foi comprovada graças à arqueóloga Ruth Shady.
Em Caral destacam-se 7 grandes pirâmides rodeadas de outras, menores,
somando 32 no total. Seus construtores organizaram a cidade em dois
setores. Num deles se localizam 6 pirâmides principais rodeadas de
espaços livres, em forma de praças. No outro setor destaca-se uma
pirâmide muito grande com um amplo anfiteatro e vários edifícios menores
alinhados com ela. Há, ainda, uma vasta zona residencial.
A população
residente da cidade que era essencialmente cerimonial é estimada num
mínimo de 3.000 pessoas, embora para construir as pirâmides
participassem muitos mais que eram habitantes de vilas vizinhas
subordinadas à autoridade religiosa.
O que cabe perguntar, no caso de Caral e de outras grandes
civilizações da costa peruana, é qual foi a origem dessa população.
Poderiam, certamente, ter baixado da América do Norte e, portanto, ser
de origem asiática. Se as teorias da origem oceânica têm validade,
também poder-se-ia considerar que essa população que dependia muito do
mar tenha subido do sul do Chile para o Peru, a procura de terras mais
quentes.
É interessante notar que sempre existiu uma presunção que a
raça dos peruanos autóctones costeiros é diferente da dos propriamente
andinos, sendo os primeiros fisionomicamente muito semelhantes aos povos
da Polinésia e os segundos com rasgos acentuadamente asiáticos. Essa
percepção pode ser fruto da mestiçagem, maior na costa que na montanha,
mas a dúvida persiste.
Tampouco pode se descartar uma origem africana (ou amazônica) já que
se os povos do Piauí se deslocaram pelo vale do Amazonas poderiam chegar
à costa do Pacifico pela enorme bacia do rio Marañón, um dos seus dois
rios formadores.
De uma parte, está demonstrada a relação de Caral com a
Amazônia. Produtos amazônicos foram encontrados e podiam chegar lá
facilmente através da passagem de Porculla (apenas 2,150 metros sobre o
nível do mar), o ponto mais baixo dos Andes que facilita acesso à bacia
do Marañón ou, diretamente através das montanhas, desde o relativamente
próximo vale de Conchucos, onde se localizou o epicentro da cultura
Chavin num afluente andino do rio Marañón.
Antes de ficar demonstrada a antiguidade de Caral,
Chavin
era considerada a cultura mais antiga do Peru. E, seu descobridor, o
arqueólogo José C. Tello, sempre defendeu sua origem amazônica. Mais
ainda, nas cidadelas da cultura Pajatén, na Amazônia alta do Peru, foram
encontradas cerâmicas fabricadas tanto nos Andes, como na costa norte
do Peru, demostrando o tráfico de produtos entre as três regiões.
Claro que, como dito, a evidência genética da origem asiática dos
povos originais americanos é tão contundente que, por enquanto, a única
explicação para essa hipótese seria que, sendo eles o contingente humano
principal, os eventuais aportes genéticos de outras origens ficaram
muito diluídos. A última palavra não está escrita.
O milho, forjador de civilizações?
"O milho foi, é verdade, um facilitador dos grandes desenvolvimentos culturais dos Andes, a partir de uns 4.000 anos"
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Alguns cientistas acreditam que só o cultivo do milho poderia
permitir os grandes desenvolvimentos culturais das Américas. Porém está
devidamente provado que as culturas peruanas mais antigas, antes de
conhecer o milho, domesticaram muitas espécies nativas como a quinoa (no
altiplano do sul, há uns 6.000 anos), a batata e várias outras plantas
de altitude.
A base da alimentação em Caral eram peixes (anchovas e
sardinhas), crustáceos diversos e várias espécies de feijão, abóbora,
batata doce, mandioca, palhar, amendoim, pimentas diversas, tomate, etc.
Já conheciam o algodão e, provavelmente, a coca e quiçá já tinham
adaptado a batata às condições da costa. Alguns produtos, como mandioca,
amendoim ou coca, foram adaptados da costa norte tropical úmida (hoje o
Equador) ou diretamente da Amazônia. Dito de outro modo, poderiam ter
se desenvolvido sem necessidade do milho, como os primeiros resultados
das escavações de Caral indicaram.
Embora existam evidências substantivas de que a origem do milho é
mexicana (o teosinte, endêmico do México, seria seu único parente
selvagem), onde já era cultivado há 9.000 anos, subsistem argumentações
que localizam a sua domesticação também no Peru, onde a diversidade
genética desta espécie é máxima. Supõe-se que o milho chegou ao Equador e
ao norte do Peru há uns 7.000 anos. O registro documentado mais antigo
do cultivo e consumo de milho no Peru, inclusive moído, data de 4.000
anos atrás, no vale sulino de Cotahuasi (a uns 200 quilômetros do Lago
Titicaca).
No lapso de 3.000 anos entre essas datas e levando-se em
conta que Caral está a meio caminho entre a costa equatoriana e
Cotahuasi, o milho deveria ter chegado bem antes a Caral, que além do
mais está na costa. E, confirmando a suposição, estudos mais recentes
demonstraram que a planta já era conhecida por essa cultura. O milho
foi, é verdade, um facilitador dos grandes desenvolvimentos culturais
dos Andes, a partir de uns 4.000 anos, embora outras plantas o tenham
precedido na América do Sul.
Ao contrário, até pouco tempo atrás se acreditava que a domesticação
do cacau foi feita na América Central dado a grande importância que teve
nas culturas dessa região (em especial, os Olmecas), tendo sido
considerado até como moeda entre os Maya. Mas, estudos recentes
demonstraram que, ademais da existência de cacau silvestre e de espécies
próximas em muitas partes da Amazônia, o cacau já era consumido na
Amazônia do Equador há 5.500 anos - quiçá 7.000 anos - como se constatou
nos vestígios de recipientes encontrados na província de Zamora
Chinchipe.
Os vestígios encontrados correspondem à cultura
Mayo-Chinchipe-Marañón, que seria a "mais antiga da Amazônia ocidental" e
que aparentemente se estendeu pela floresta peruana até o rio Marañón.
De lá, o cacau foi levado à América Central do mesmo modo que,
provavelmente, o milho chegou à América do Sul. Naqueles dias a
navegação costeira, a cabotagem, já era prática comum. Há evidência de
que a cultura Olmeca, do México, usou o cacau há 3 mil anos, quando
obteve um desenvolvimento importante e se estendeu pela Guatemala,
Honduras e Nicarágua, além do México.
O caso da origem do feijão (na realidade várias espécies do mesmo
gênero), outra planta essencial para o desenvolvimento das civilizações
devido à sua capacidade de ser armazenada tal como no caso dos grãos,
não está bem resolvido. A sua origem americana é indiscutível, mas, são
admitidos dois centros de origem e de domesticação. Um no México e outro
no Peru.
O impacto humano
"Hoje
não há mais dúvidas que os antigos americanos tiveram tempo suficiente,
sim, para eventualmente extinguir a megafauna pleistocênica"
|
O ser humano é o maior modelador das paisagens, principalmente
através da agricultura e da pecuária e, antes, através das suas práticas
de caça e captura dos animais que eram seu principal sustento. Por
isso, é importante para todos entender melhor a história da ocupação
humana do continente americano que, como visto, foi um processo muito
mais complexo e mais interessante que a simplista explicação propalada
pelos livros que ainda dominam as bibliotecas das escolas, colégios e
universidades da América Latina.
Hoje não há mais dúvidas que os antigos americanos tiveram tempo
suficiente, sim, para eventualmente extinguir a megafauna pleistocênica
antes de ter que substituir essa fonte de alimentos com a progressiva
domesticação de grãos como a quinoa ou o milho e de tantas outras
plantas como batata, batata doce, diversos feijões, mandioca, amendoim,
abóboras e tomate.
Apenas na região andina e andino-amazônica do Peru
foram domesticadas e cultivadas 54 espécies alimentícias e outras 149
foram plantadas sem ter sido previamente domesticadas. A América do Sul é
a maior provedora mundial de espécies de plantas domesticadas para a
alimentação humana, das quais depende grande parte da humanidade.
Tudo indica que a falta de animais susceptíveis de domesticação como
no caso de bois, equinos, caprinos, porcinos, ovinos e camelídeos das
civilizações indo-europeias, os antigos americanos enfatizaram a
domesticação de plantas. Os únicos animais domesticados nas Américas
foram lamas, alpacas e cobaias nos Andes; uma espécie de pato na
Amazônia e o peru, na América do Norte.
A origem do cachorro sem pelo e
de uma raça de galinhas de ovos azuis continua sendo um mistério
associado às discussões prévias sobre os visitantes, em especial os
chineses, ao continente. Apesar de que a pecuária foi pobre em espécies,
bem antes da chegada dos europeus ela já tinha marcado indelevelmente
as paisagens andinas, devido ao uso do fogo para favorecer pastagens.
Essa prática teve início na pré-história, quando os caçadores do
pleistoceno ateavam fogo na mata para facilitar capturar e matar as suas
presas.
Em conclusão, vale a pena para aqueles que se interessam pelos temas
ambientais da América Latina que mantenham um olho atento sobre as
descobertas da arqueologia.
Nota:
1 Neste texto todos os intervalos de tempo histórico são medidos em anos contados até os dias de hoje.