sábado, 4 de julho de 2015

Roriz e filhas são condenados por esquema que beneficiou construtora


Ministério Público aponta que, em 2007, o então governador do DF, Joaquim Roriz, facilitou empréstimo do BRB à construtora WRJ Engenharia, em troca de 12 apartamentos para a família. Esquema totalizou R$ 6,7 milhões, diz acusação

Antonio Cruz/Agência Brasil


Ex-governador tem diversos herdeiros na política brasiliense


A Justiça do Distrito Federal condenou o ex-governador Joaquim Roriz e suas filhas, Jaqueline, Wesliane e Liliane, por improbidade administrativa, em decisão estendida a ex-diretores do banco BRB e empresários do setor da construção civil.



Segundo a acusação, sustentada pelo Ministério Público no DF, em 2007 o então governador Roriz facilitou empréstimo do BRB à construtora WRJ Engenharia, em troca de 12 apartamentos para a família. A sentença, proferida pela 3ª Vara da Fazenda do DF, determina a perda dos direitos políticos dos membros da família Roriz por dez anos.


Cabe recurso da decisão. Por ser de primeira instância, ela não é suficiente para o enquadramento dos Roriz na Lei da Ficha Limpa, que exige mais uma condenação em órgão judicial colegiado. De acordo com o jornal Correio Braziliense, também foram condenados por improbidade no mesmo processo os irmãos Renato e Roberto Cortopassi, proprietários da WRJ; o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklim de Moura; Antônio Cardozo de Oliveira e Geraldo Rui Pereira, ex-diretores do banco; e um dos filhos de Jaqueline Roriz, Rodrigo.


Denúncia formulada por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revela que os acusados articularam um esquema para concessão de empréstimos que totalizou R$ 6,7 milhões, beneficiando os empresários da WRJ Engenharia. Como contrapartida, os membros da família Roriz receberam os 12 imóveis residenciais, no empreendimento Residencial Monet, em Águas Claras.


“Como contraprestação pela intervenção realizada junto aos dirigentes do BRB, o réu Joaquim Roriz teria recebido 12 apartamentos no referido condomínio, sob intermédio de suas filhas, Jaqueline Maria Roriz, Liliane Maria Roriz e Weslianne Maria Roriz Neuls, seu neto Rodrigo Domingos Roriz Abreu, e da empresa JJL Administração e Participação, representada por sua filha Weslianne”, diz trecho da ação movida pelo Ministério Público.


Reincidência
Esse não é o único problema judicial enfrentado por Roriz e sua filha Jaqueline. Ex-deputada federal pelo PMN do Distro Federal, ela é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de peculato. O STF acatou denúncia do Ministério Público com base em vídeo, divulgado em 2006, em que Jaqueline e seu marido, Manoel Costa de Oliveira Neto, recebem R$ 80 mil em espécie do então secretário de governo do Distrito Federal, Durval Barbosa.


O caso ficou conhecido como “mensalão do DEM”, desbaratado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Jaqueline já havia sido condenada pela por improbidade administrativa, em segunda instância, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, e passou a responder no STF por apropriação de bem, serviço ou recurso público em benefício próprio (peculato).


Em agosto de 2011, quando o voto ainda era secreto no Congresso, Jaqueline enfrentou processo de cassação do mandato, mas foi absolvida pelos seus pares em plenário, justamente devido ao vídeo referente ao mensalão do DEM.  Na ocasião, uma articulação feita por deputados do baixo clero e pela própria Jaqueline surtiu efeito: o medo dos deputados em enfrentar processos antigos na Câmara foi maior do que a convicção sobre a necessidade de punição para a parlamentar brasiliense.


Leia mais na reportagem do Correio Braziliense

A conquista do fogo pela inventora da mulher sapiens recomenda a troca do terninho vermelho por uma camisa de força

4/07/2015 às 18:18 \ Direto ao Ponto


Um trecho do Discurso da Tocha, improvisado por Dilma Rousseff para acender simbolicamente a pira olímpica de 2016, anaboliza a suspeita de que o neurônio solitário, seviciado pelo sol do Rio de Janeiro, ultrapassou o ponto de combustão e sucumbiu ao curto-circuito. As faíscas viraram chamas. E o pedaço da cabeça que governa o raciocínio lógico foi incinerado.


Só um estrago de bom tamanho pode explicar o conteúdo do vídeo. Com apenas três frases abaixo transcritas sem retoques, a presidente ergueu em 30 segundos um portentoso monumento à maluquice:

1. “Dentre todos os processos tecnológicos que a humanidade criou, dois se destacam”.

Quem estaria na comissão de frente do bloco dos processos tecnológicos que a humanidade criou? A mandioca e a mulher sapiens? A mandioca e o milho? A mandioca e o Petrolão? Nenhuma das opções, corrige a continuação do besteirol.

2. “Um é a imensa… o imenso poder, o (sic) imensa força, a imensa capacidade de desenvolvimento que, em qualquer atividade… humana, tem um processo chamado cooperação”.

Sabe-se agora que, para Dilma, cooperação é um processo tecnológico. Falta saber que diabo de “cooperação” é essa. A última frase também não tem pé nem cabeça. Mas pelo menos é mais concisa:

3. “E o outro foi a conquista do fogo”.
Para Dilma Rousseff, portanto, o fogo foi conquistado e o evento se destaca entre os processos tecnológicos criados pela humanidade. Antes do Discurso da Tocha, até os doidos de pedra achavam que nunca existiu uma conquista do fogo: o fogo foi descoberto.

Depois do que Dilma disse, continuam achando que o homem descobriu o fogo. Mas agora os fregueses do hospício querem descobrir por que a colega do Sanatório Geral ainda usa aquele terninho vermelho em vez de uma camisa de força.

Função da OAB: produzir manchetes a favor do PT

Cerca de 100 indígenas Kanela do Araguia retomam área tradicional no Mato Grosso




Inserido por: Administrador em 03/07/2015.


 
Um grupo de 100 indígenas do povo Kanela do Araguaia retomou, no final do mês de junho, uma área que compõe o território tradicional localizado no município de Luciara, Mato Grosso. A ocupação se deu no local onde ficava a pousada Recanto do Lago Bonito, instalada numa fazenda de mesmo nome. A ocupação está dentro do perímetro da terra indígena reivindicada e já patrimônio da União, compondo a Gleba São Pedro.



A ação dos Kanela ocorreu de forma pacífica e devido aos interesses econômicos na região, envolvendo outras quatro fazendas ao redor da retomada, os indígenas temem por represálias. Lideranças acreditam numa possível articulação de fazendeiros para ataques contra o acampamento da ocupação.


“Estão negociando pontos de pesca e identificamos desmatamento provocado por atividade madeireira. Ao redor existem outras quatro fazendas, o que nos faz pensar que podem se unir para tentar expulsar nosso povo”, declara liderança Kanela que não identificamos por motivo de segurança. A retomada fica abaixo do rio Tapirapé, perto da BR 58. 


Um fato importante é que a fazenda Lago Bonito tem duas escrituras, em dois cartórios diferentes: um em Barra do Garça e outro em São Félix do Araguaia. Acontece que a área é da união e está dentro da gleba São Pedro. De acordo com os indígenas, a pousada que se encontra dentro da fazenda é do ex-deputado estadual Humberto Bosaipo, acusado pela Justiça de desviar mais de R$ 2 milhões da Assembleia Legislativa do estado



Um autodeclarado responsável pela fazenda, chamado de Rosalino, tentou jogar a Polícia Civil do município de Luciara para cima dos Kanela. Todavia, conforme informações das lideranças, o delegado afirmou não ter notícias de atos violentos por parte dos indígenas e que, portanto, o caso era de responsabilidade Federal. Não satisfeito, Rosalino teria ido ao município de Confresa denunciar que tinha sido ameaçado pelos indígenas, pedindo intervenção policial. 


Os indígenas já reportaram a situação e os objetivos da retomada ao Ministério Público Federal (MPF) e à Fundação Nacional do Índio (Funai).


MT

Alto índice de mortalidade entre indígenas leva MPF a recomendar mudanças nos serviços de saúde em Mato Grosso Secretário da Sesai e coordenadores dos DSEIs Xavante e Xingu serão notificadosCrise na saúde indígena no Araguaia: povo Karajá está sem atendimento médico nas aldeias CAOS NA SAÚDE Depois da suspensão dos serviços, denúncia chega ao MPF e SesaiJustiça paralisa usina São Manoel e ordena consulta prévia aos índios Usina é uma das 3 em andamento na bacia Tapajós-Teles Pires que afeta povos indígenasRio Juruena leva Balduíno Loebens para os braços do pai LUTO Padre Balduíno atuava no rio Juruena junto ao povo RikbaktsaAdvogado da CNA receberia R$ 30 mil por relatório da PEC 215, denuncia MPF Conversa telefônica revela que o líder ruralista Sebastião Ferreira Prado planejava o pagamento de R$ 30 mil a advogado ligado à CNA, que seria o responsável pelo relatório da PEC 215

A circunavegação umbilical homossexual.A ONU não tem temas mais prementes para cuidar, não? Parece-me pouco razoável o tempo e a verba gastos com esse tema tão... irrelevante!Relatório da ONU Pede Direitos LGBT. Deixa de Fora Casamento de Mesmo Sexo (Por Enquanto)



Stefano Gennarini
NOVA IORQUE, EUA (C-Fam) Um relatório da ONU que busca abrir novos caminhos para “direitos LGBT” deixou o “casamento” de mesmo sexo de fora de uma longa lista de novos direitos especiais na base da orientação sexual e identidade de gênero.
O escritório de direitos humanos da ONU publicou sua coleção mais recente de opiniões de especialistas da ONU sobre direitos lésbicos, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) na semana passada em Genebra. A atualização frisa as realizações do lobby LGBT enquanto minimiza as tendências opositoras.
As agências da ONU estão “cada vez mais integrando questões de orientação sexual e identidade de gênero em seu trabalho sistemático,” declara.
O relatório documenta o ritmo acelerado do lobby LGBT dentro da burocracia da ONU. Trinta novos postos de trabalho em todas as agências da ONU são designados como “pontos focais” para “direitos LGBT” — uma expansão drástica considerando que o termo “orientação sexual” só apareceu numa única resolução da ONU, e mesmo então não por consenso.
O relatório observa que os países precisam de forma igual proteger os direitos humanos de todos os indivíduos, inclusive os que se identificam como LGBT, declarando, “centenas de pessoas têm sido mortas e milhares são feridas em ataques brutais e violentos.”
Não evita as exigências mais polêmicas do lobby LGBT.
Exorta os países a reconhecer o sexo preferido dos indivíduos “conforme o pedido deles,” independente de seu sexo biológico ou condição conjugal, para “sancionar abrangentes leis anti-discriminação” com base LGBT nas esferas privadas e públicas, e fornecer “reconhecimento e proteção legal para duplas de mesmo sexo” na mesma base que casais casados, ainda que comente que “sob o direito internacional os países não são obrigados a reconhecer o casamento de mesmo sexo.”
Os governos precisam “com dinamismo” eliminar as barreiras para “direitos LGBT,” inclusive “atitudes e práticas discriminatórias,” de acordo com o relatório. Repete a acusação de que o ensino da Igreja Católica sobre a homossexualidade contribui para a “estigmatização de, e a violência contra, adolescentes e crianças LGBT criadas por duplas de mesmo sexo.”
Pede leis que proíbam a “terapia de conversão” para indivíduos que lutam contra a atração de mesmo sexo, bem como leis proibindo intervenções cirúrgicas para restaurar órgãos sexuais de meninos e meninas que nasceram com defeitos anatômicos, comumente chamados de “intersexo.”
Denuncia 76 países que penalizam a sodomia como “violando as leis internacionais de direitos humanos” e diz que todos os países precisam conceder asilo para indivíduos que se identificam como LGBT.
Reconhecendo algum progresso para “direitos LGBT” globalmente, o relatório não menciona as tendências opostas. Em anos recentes, 13 países na Europa mudaram suas leis e constituições para refletir que o casamento é apenas entre um homem e uma mulher.
O relatório cita como programas populares de TV agora integram “personagens LGBT de modo positivo,” e que as celebridades estão expressando suas opiniões publicamente nessa questão. Ao mesmo tempo, o relatório revela que apenas 34 países do mundo concedem condição legal para duplas de mesmo sexo.
Enterrado no final do relatório, há o lamento da ausência de um escritório de “direitos LGBT” dentro do sistema de direitos humanos da ONU. O estabelecimento de tal escritório falhou várias vezes por causa da falta de acordo entre os países.
Como um relatório anterior seu objetivo é atualizar, o relatório mais recente em grande parte papagueia as sugestões não obrigatórias de especialistas da ONU, as quais têm sido amplamente desacreditadas e ignoradas. Os tratados de direitos humanos da ONU foram negociados quando uma maioria de países no mundo não reconhecia os direitos afirmados no relatório, e não podem ser citados em apoio deles.
Tradução: Julio Severo
Fonte: Friday Fax
Divugação: www.juliosevero.com
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Comentários

1.Na minha opinião, a ONU deve estar entupida de funcionários LGHIJKLMN..(deixei alguma letra de fora?Sorry...)e como essas pessoas adoram ficar fazendo círculos em volta do próprio umbigo, não conseguem pensar em mais nada.Ganham um salário maravilhoso, em dólares para essa circunavegação umbilical.

Anonimo

2.ôba quer dizer para conseguir visto para os EUA eu só tenho de fingir que sou traveco? Bora!!!

Felipão 

3.Forçando a barra desse jeito a ONU vai perder a credibilidade sobretudo nos paíes muçulmanos.É tiro no pé!

Ana Lia 


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Estará sendo ameaçado? Deputado Rodrigo Delmasso (PTN) amarela diante da barulhada dos gays e pede que Rollemberg vete Estatuto da Família. Rollemberg tem o dever de não vetar



Deputado Rodrigo Delmasso (PTN) amarela diante da barulhada dos gays e pede que Rollemberg vete Estatuto da Família. Rollemberg tem o dever de não vetar



 Autor do Estatuto da Família do DF pedirá que governador vete a proposta
Deputado Rodrigo Delmasso (PTN) enviará ofício a Rodrigo Rollemberg (PSB) com a solicitação para que o socialista vete o Artigo 2 do projeto, que classifica como entidade familiar núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher"

Em primeiro lugar, tanto nos EUA quanto aqui, a Constituição não prevê o direito ao casamento gay. Em ambos os países, as cortes supremas fingiram interpretar a Constituição quando na verdade apenas expressaram a ideologia da maioria de seus membros (no caso do STF, de todos os seus membros). Isso deveria deixar de cabelo em pé todas as pessoas que atuam na área jurídica, independente da sua opinião sobre o assunto. Pelo visto, não provocou comoção nenhuma. Bem, tanto aqui como lá, o desprezo pela Constituição vem travestido como interpretação desta


Nunca se sabe o que virá a seguir..


[esse apavorado deputado precisa ser orientado sobre duas coisas:

- um Projeto de Lei após aprovado pela Câmara Legislativa do DF, ou qualquer outro órgão do Poder Legislativo, seja municipal, estadual ou federal, deixa de ser propriedade do seu autor e passa a ser uma a ser sancionada pelo Poder Executivo, que pode sancionar ou vetar, no caso do veto por relevantes razões. 

Assim, deputado Dalmasso, o senhor não tem mais nenhuma ingerência, ou influência sobre a derivada de um projeto de sua autoria; e,
- o Supremo Tribunal Federal ao analisar uma ação sobre o que é FAMÍLIA, decidiu ignorar o parágrafo 3º do artigo 226 da Constituição Federal e permitiu que a união de duas pessoas do mesmo sexo, circunstância que ocorre com frequência entre pessoas portadoras do homossexualismo, fosse considerada FAMÍLIA.
Decidiu, a aberração passou a ser acatada, só que a Constituição Federal em vigor continua com a mesma redação anterior a decisão do STF:
“...............
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
............................................”
O imbróglio continua tendo em conta que apesar de decidir ignorar o mandamento constitucional o Supremo não determinou sua retirada do texto constitucional; 

O Congresso Nacional também se omitiu e a Constituição Federal em vigor, continua abrigando o artigo 226.

O furor legislativo é tamanho que a Supremo Tribunal Federal decide com base na interpretação do texto constitucional – interpretação que não combina com o que está escrito – e se omite sobre o destino a ser dato ao texto tão diversamente interpretado;


O Congresso Nacional adota a mesma postura;


O Ministério Público também não questiona a permanência do texto.
E agora um deputado distrital inexperiente e apavorado pede ao governador o veto de uma Lei que está em rigorosa consonância com o texto vigente da Constituição Federal.]

Diante da polêmica por conta do projeto que cria o Estatuto da Família do DF, o próprio autor da proposta, deputado Rodrigo Delmasso (PTN), vai pedir que parte do texto seja vetada.

O parlamentar enviará ofício ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB) com a solicitação de que ele vete o Artigo 2 do projeto, aprovado na última quarta-feira (1º/7). Esse dispositivo classifica como entidade familiar “o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher”. Militantes LGBT reclamam do projeto de lei e lançaram uma campanha para que Rollemberg não sancione a proposição. 


  “Eu não mudei minhas convicções, nem considero que o projeto seja excludente. Mas, infelizmente, o debate ficou apenas em torno do Artigo 2. Portanto, vou pedir ao governador que vete esse dispositivo, mas que sancione o restante”, alega Rodrigo Delmasso. “O projeto é importantíssimo para proteger as famílias do DF, garantindo saúde e educação de qualidade”, acrescentou.

Fonte: Correio Braziliense


O caso da psicóloga que teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná por "misturar psicologia e religião católica" teve um final feliz.



Cassação de Marisa Lobo é anulada pela justiça

No dia 6 de novembro, a Justiça Federal anulou o processo administrativo do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, que havia resultado inicialmente na cassação do registro profissional da psicóloga cristã Marisa Lobo. O mandado de segurança foi expedido pelo juiz federal Cláudio Roberto da Silva.


Entre as acusações que contribuíram para este processo de cassação da licença da psicóloga, o Conselho alegou que Marisa teria fundamentado suas práticas profissionais em dogmas religiosos e chegando a oferecer a tão polêmica "cura gay" a pacientes homossexuais. Posteriormente, a questão da cura gay chegou a ser retirada do processo, porém as acusações de proselitismo religioso foram mantidas.


A decisão do Conselho de Psicologia ocorreu em maio deste ano e foi duramente criticada por diversos representantes cristãos, como o Senador Magno Malta (PR-ES) e o Pr. Silas Malafaia.


Para o advogado de defesa de Marisa, Gustavo Kfouri, a decisão mais recente (de anular o processo) mostra que, apesar dos Conselhos deterem a prerrogativa da utilização dos poderes de polícia e disciplinar, eles se encontram submetidos aos limites constitucionais.


“O Conselho tem limites. Ele não pode impor regras não previstas em lei e cercear as liberdades de expressão e de religião”, explica Kfouri.


O Conselho Regional de Psicologia do Paraná informou que ainda não foi notificado da decisão judicial, mas que o Conselho Federal deverá se pronunciar sobre o caso.


Falando com exclusividade ao Portal Guiame, Marisa reforçou o caráter de perseguição religiosa que o caso ganhou.


"Desde o começo eles [Conselho] inventaram a questão da cura gay, porque eu falo tecnicamente contra a ideologia de gênero e outras aberrações que o Conselho quer enfiar goela abaixo de todo o povo. O Conselho me perseguiu, porque eu o estava denunciando e não por causa de 'cura gay' - tanto que eles mesmos tiraram isto do processo e se focaram contra a questão da psicologia cristã. Então ficou claro que era um caso de perseguição religiosa", disse.


Arquivo
No dia 27 de agosto (Dia do Psicólogo) deste ano, Marisa recebeu diversos ataques e ofensas de internautas, em seus perfis das redes sociais (Twitter / Facebook).


"O que mais me deixava maluca era quando eles perguntavam: 'Cadê o teu Deus?' ou me diziam coisas do tipo: 'Manda o teu Deus descer da cruz para te ajudar'. 

Eis a resposta: Se o meu Deus estava em silêncio, é porque Ele estava trabalhando e agora Ele deu a resposta", finalizou. (Fonte: Portal Guiame)


Por "esquecimento" dos pais, bebê em boia fica à deriva no mar na Turquia


  03/07/2015 16h24

Menina de dez meses foi resgatada pela Guarda Costeira.
Pais esqueceram que haviam deixado bebê em brinquedo inflável.

Do G1, em São Paulo
Uma bebê foi flagrada flutuando em um brinquedo inflável a um quilômetro de distância da praia em Çanakkale, na Turquia. Após descuido dos pais, a boia na qual estava a criança começou a se distanciar da praia. (Veja acima).
Brinquedo inflável no qual estava a criança se afastou 1 km da praia (Foto: Hanife Erdinc/Anadolu Agency/AFP)Brinquedo inflável no qual estava a criança se afastou 1 km da praia (Foto: Hanife Erdinc/Anadolu Agency/AFP)
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Menina de dez meses foi resgatada pela Guarda Costeira (Foto: Hanife Erdinc/Anadolu Agency/AFP)Menina de dez meses foi resgatada pela Guarda Costeira (Foto: Hanife Erdinc/Anadolu Agency/AFP)
Brinquedo inflável no qual estava a criança se afastou 1 km da praia (Foto: Reprodução/Twitter/Zaman TV)Brinquedo inflável no qual estava a criança se afastou 1 km da praia (Foto: Reprodução/Twitter/Zaman TV)
A bebê de dez meses acabou resgatada com segurança pela Guarda Costeira da Turquia. Segundo a imprensa turca, os pais da criança só perceberam o que tinha acontecido com a filha após outros banhistas virem a menina à deriva no mar.
Pais esqueceram que haviam deixado bebê em brinquedo inflável (Foto: Reprodução/Zaman TV)Pais esqueceram que haviam deixado bebê em brinquedo inflável (Foto: Reprodução/Zaman TV)
Outros banhistas tentaram resgatar a criança, mas, por causa da forte corrente, acabaram chamando a Guarda Costeira. Após o resgate da criança, os pais admitiram que tinham esquecido que haviam deixado a bebê em um brinquedo inflável.
Imagem aproximada mostra a menina boiando distante no mar (Foto: Hanife Erdinc/Anadolu Agency/AFP)Imagem aproximada mostra a menina boiando distante no mar (Foto: Hanife Erdinc/Anadolu Agency/AFP)
Momento em que a criança é resgatada e trazida a bordo da lancha da Guarda Costeira (Foto: Hanife Erdinc/Anadolu Agency/AFP)Momento em que a criança é resgatada e trazida a bordo da lancha da Guarda Costeira (Foto: Hanife Erdinc/Anadolu Agency/AFP)

E ainda tem gente-- que se considera inteligente-- afirmando que o aquecimentpo global é uma mentira!Estudo diz que peixes terão que migrar se temperatura global subir


  03/07/2015 09h49

G1

Pesquisa destaca necessidade de limitar as emissões de gases prejudiciais.


'Quanto mais esperarmos, haverá menos chances', alerta pesquisador.

Da EFE
Dois exemplares de peixe-lua são vistos no Oceano Pacífico, próximo à costa da Califórnia, nos Estados Unidos (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)Dois exemplares de peixe-lua são vistos no Oceano Pacífico, próximo à costa da Califórnia, nos Estados Unidos (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
A mudança climática obriga os peixes a abandonar seus habitats tradicionais para buscar águas mais frias, e cada vez mais espécies podem ser afetadas se não forem cumpridos os objetivos de controle do aumento das temperaturas no planeta.
Uma equipe de pesquisadores estudou o futuro dos oceanos sob dois cenários de mudança climática: um no qual o aquecimento atmosférico se limite a 2ºC antes de 2010, como afirmam os acordos de Copenhague; e o outro no qual o ritmo atual continue, o que elevaria as temperaturas em até 5ºC.



No pior dos cenários, o estudo adverte que os peixes migrarão 65% mais rápido, o que trará consequências para a biodiversidade e o funcionamento dos ecossistemas.
O estudo, publicado pela revista "Science", destaca a necessidade de limitar as emissões de gases prejudiciais e ajudar assim a reduzir o impacto do aumento das temperaturas atmosféricas e a acidificação dos oceanos.



"Todas as espécies e recursos que obtemos dos oceanos serão afetados", afirmou o professor William Cheung, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá) e codiretor do Programa Nereus, sobre o futuro dos oceanos.


Embora a humanidade ainda tenha tempo para "reduzir de maneira significativa" esses impactos negativos, "quanto mais esperarmos, haverá menos chances", alertou o especialista.


O estudo, realizado como parte da Iniciativa Oceanos 2015, da qual participam pesquisadores de Europa, Austrália, Estados Unidos e Canadá, analisa o impacto da mudança climática na indústria pesqueira e nas principais comunidades litorâneas que dependem em grande parte dos recursos da pesca.


"Olhando a superfície do oceano, não se pode dizer que esteja mudando muito", disse Rashid Sumaila, coautora do estudo, lembrando que os mares estão "ligados aos sistemas humanos, e há comunidades que estão sendo colocadas em alto risco".



Os especialistas sugerem que é necessário adotar medidas para proteger os ecossistemas marítimos e ajudar as comunidades que vivem deles a se adaptar, oferecendo-lhes educação e oportunidades para diversificar suas chances de vida.
Além disso, advertem que embora em algumas regiões possa ocorrer um aumento da biomassa de peixes, "pode ser só temporária se continuarem as emissões de dióxido de carbono".


IPCC - arte (Foto: G1)

Gente boa!!Leões mantidos como pets em Gaza fazem jornada rumo a santuário. Zoológico onde viviam foi destruído por bombardeio no ano passado. Palestino comprou filhotes quando eles tinham apenas um mês.


  04/07/2015 05h00

G1

Da Associated Press
Ibrahim al-Jamal, de 17 anos, abraça filhote de leão Mona enquanto seu pai, Saed Eldin, faz carinho na fêmea: família manteve dois filhotes como animais de estimação durante um ano em sua casa, em um campo de refugiados na Faixa de Gaza (Foto: AP Photo/Adel Hana)Ibrahim al-Jamal, de 17 anos, abraça filhote de leão Mona enquanto seu pai, Saed Eldin, faz carinho na fêmea: família manteve dois filhotes como animais de estimação durante um ano em sua casa, em um campo de refugiados na Faixa de Gaza (Foto: AP Photo/Adel Hana)
Há um ano, o morador de Gaza Saed Eldin al-Jamal comprou dois filhotes de leão de apenas um mês de idade de um zoológico que tinha sido atingido por um bombardeio entre o Hamas e Israel.


Depois de terem sido criados durante um ano como animais de estimação, os filhotes estão no começo de uma jornada que os levará até um santuário de vida selvagem na Jordânia.

Nesta sexta-feira (3), os filhotes e sua comitiva ficaram muitas horas presos na fronteira entre Gaza e Israel. Isso porque, quando chegaram à fronteira, o lado de Israel já tinha fechado e os guardas do Hamas - organização islâmica que controla a Faixa de Gaza - não permitiram que o grupo voltasse ao território palestino.


Horas depois, o Hamas finalmente autorizou que os leões voltassem e sua comitiva se instalou, junto com os filhotes, em um hotel de Gaza para esperar a reabertura da fronteira com Israel, no domingo.
  Ibrahim Al-Jamal segura filhote de leão Mona no colo enquanto o macho Max é acariciado por moradores na praia da cidade de Gaza: animais serão transportados para santuário na Jordânia  (Foto: AP Photo/Adel Hana) Ibrahim Al-Jamal segura filhote de leão Mona no colo enquanto o macho Max é acariciado por moradores na praia da cidade de Gaza: animais serão transportados para santuário na Jordânia (Foto: AP Photo/Adel Hana)
Filhotes tornaram-se atração em campo de refugiados




Al-Jamal comprou os filhotes de um zoológico na cidade de Rafah, em Gaza, depois que o local foi destruído por um bombardeio. Ele disse que os donos do South Jungle Zoo temiam não conseguir comprar carne para alimentar os filhotes enquanto eles crescessem.


O par - a fêmea, Mona, e seu irmão, Max - se tornaram bem conhecidos na faixa costeira da Palestina. Al-Jamal os levava a parques ou à praia, onde as crianças mais corajosas vinham brincar com eles.
Família al-Jamal brinca com leões em sua casa, que fica em um campo de refugiados em Gaza (Foto: AP Photo/Adel Hana)Família al-Jamal brinca com leões em sua casa, que fica em um campo de refugiados em Gaza (Foto: AP Photo/Adel Hana)
Sua família mantinha os filhotes em uma casa pequena dentro de um campo de refugiados lotado em Rafah, onde eles rapidamente se tornaram uma atração. Muitos visitantes vinham ver os leões brincarem com os filhos e netos de al-Jamal nas ruelas estreitas do campo de refugiados.


Choro e comoção
Mais cedo, nesta sexta-feira, al-Jamal chorou quando entregou os filhotes para Amir Khalil, da organização Four Paws International, que levaria os animais ao santuário na Jordânia.


A ONG vinha tentando convencer al-Jamal a entregar os filhotes havia meses. À medida que o tempo passava e aumentavam as preocupações de que os leões cresceriam muito e poderiam atacar pessoas, al-Kamal concordou em "doar" os filhotes, recebendo cerca de US$ 2.500 em troca.


Antes de a comitiva com os leões partir, o filho de al-Jamal, Ibrahim,  caiu em prantos ao se despedir de Mona.
Ibrahim se despede de Max, filhote de leão: par de leões foi mantido como pets durante um ano em Gaza  (Foto: AP Photo/Adel Hana)Ibrahim se despede de Max, filhote de leão: par de leões foi mantido como pets durante um ano em Gaza (Foto: AP Photo/Adel Hana)
Khalil disse à Associated Press que os filhotes eram um perigo para a saúde e bem-estar da família de al-Jamal, especialmente as crianças, e que os leões precisavam de um lugar melhor para eles também.


Em setembro passado, Khalil ajudou a enviar leões de Gaza para o mesmo santuário da Jordânia. Na época, eram três leões do zoológico Al-Bisan, em Beit Lahiya.


A maior parte dos animais de Gaza foram levados para dentro do território isolado por túneis ilegais ligando a região ao Egito. Segundo Khalil, há mais de 45 leões em Gaza. eles vivem em zoológicos improvisados e em casas. A maioria é cuidado por pessoas que não tem o preparo adequado para lidar com esse tipo de animal.
Ibrahim al-Jamal, de 17 anos, e Ahmad Abu Jereda, de 16 anos, carregam Mona e Maz na praia da cidade de Gaza (Foto:  AP Photo/Adel Hana)Ibrahim al-Jamal, de 17 anos, e Ahmad Abu Jereda, de 16 anos, carregam Mona e Maz na praia da cidade de Gaza (Foto: AP Photo/Adel Hana)
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Filhotes de leão se tornaram uma atração no campo de refugiados onde vivia a família al-Jamal, em Gaza (Foto: AP Photo/Adel Hana)Filhotes de leão se tornaram uma atração no campo de refugiados onde vivia a família al-Jamal, em Gaza (Foto: AP Photo/Adel Hana)


Tirar criminoso da rua agora é "perversidade!!"Perversidade, senhor ministro, é o que criminosos ditos menores e beneficiados por leis benevolentes praticam com cidadãos de bem, trabalhadores, crimes sexuais contra mulheres e adolescentes".

Resultado da Câmara é 'sinalização perversa' para a juventude, diz Rossetto


Um dos principais auxiliares da presidente Dilma Rousseff, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a aprovação da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos - em casos de crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte - é uma sinalização "perversa" e " injusta" para a juventude e a sociedade brasileira. 

"Não achamos que a resposta (à criminalidade) é essa. Via de regra, para um problema complexo, aparece uma proposta simples e errada", criticou o ministro.


Na madrugada da última quinta-feira, 2, Rossetto acompanhou pela televisão a manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para assegurar a aprovação da proposta de emenda constitucional. O texto ainda precisa ser votado em segundo turno pelos deputados, antes de ser enviado ao Senado Federal, onde o debate será feito com mais serenidade, acredita Rossetto.


Para o petista, o perfil do conjunto de senadores, formado por congressistas mais experientes, ex-governadores e ex-gestores públicos, contribui para um "debate de alta qualidade política" na Casa.



"Tenho certeza que o Senado vai abrir (a discussão) para outros temas que envolvem redução de criminalidade, como a questão dos adultos que cooptam a juventude para o crime", observou. "Penso que no Senado haverá um espaço muito grande para essas opiniões, que o debate se dá a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)."



Depois de sucessivas derrotas, o Palácio do Planalto pretende evitar um novo embate com Cunha e concentrar as atenções no Senado, onde espera reverter o placar favorável à mudança. O governo costura na Casa um acordo em torno do aumento do tempo de internação dos adolescentes infratores que cometerem crimes hediondos, que poderiam ter a pena aumentada para até oito anos - promovendo alterações no ECA, sem mexer na maioridade penal.


Fragilidade
Para o ministro, a versão aprovada na Câmara sai muito fragilizada, já que o texto original foi derrotado em uma primeira votação, o que levou Cunha a abrandar a proposta para garantir a aprovação na segunda tentativa. A nova versão retirou a redução da maioridade penal para roubo qualificado, tortura, tráfico de drogas e lesão corporal grave.


"Na medida em que se ampliou o debate, se afastou uma passionalidade irracional estimuladora da violência como resposta e se criou um ambiente adequado, com dados e argumentos", afirmou o ministro, que disse, entretanto, ter acompanhado com "perplexidade" o discurso de alguns parlamentares no plenário da Câmara.


"Alguns discursos - e eu acompanhei toda a votação - foram assustadores, chocaram e devem provocar perplexidade frente ao padrão de violência, ao padrão inaceitável de intolerância, de violência, que rompe parâmetros básicos civilizatórios", afirmou.



Na avaliação de Rossetto, a presidente Dilma Rousseff adotou uma postura "corajosa" ao assumir uma posição firme contra a redução na maioridade penal. "A presidente estimulou o debate de um tema tão importante pra sociedade e, penso sim, que o resultado final do debate na sociedade e no Congresso será uma posição muito adequada e alinhada aos valores e preocupações que a presidente dispõe", avaliou.


Em conversa com jornalistas na última quarta-feira durante a passagem pelos Estados Unidos, Dilma reiterou que a redução da maioridade "não resolve o problema da violência".


Fonte: Estadão Conteúdo  Jornal de Brasília



Comentários

EDILSON RODRIGUES

Perversidade, senhor ministro, é o que criminosos ditos menores e beneficiados por leis benevolentes praticam com cidadãos de bem, trabalhadores, crimes sexuais contra mulheres e adolescentes. Estes hostis criminosos sabem o acolhimento que o ECA lhes oferece e praticam, conscientemente, crimes e falam sem qualquer temor que são menores e estão sob proteção da lei. É óbvio que o senhor está mais preocupado em defender criminosos que os bons cidadãos brasileiros. È a regra petista.

G. de Souza

Caro (prá não dizer outra coisa) secretário-geral, quer dizer que o senhor acha injusto punição pro "di menor" que cometer crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte, e o que seria justo pro senhor? Dar umas férias prá eles em Miami, no Hawai ou quem sabe em Bali, com tudo pago pelo contribuinte, se vocês políticos tivessem peito, fariam era um plebiscito prá o povo decidir qual seria a punição de criminosos covardes, principalmente o tal "adolescente", leva pra casa.

Um ano após a Copa, gestores seguem impunes por irregularidades na obra.O custo da obra do Mané Garrincha, que representava inicialmente R$ 870 milhões, foi elevado em mais de R$ 1,4 bilhão."ALGUM PEIXE GRANDE DA JUSTIÇA DEVE TÁ DANDO COBERTURA AO MALANDRO DO AGNULO E SEUS COMPARSAS. SE NÃO FOR ISSO É PORQUE A JUSTIÇA NO BRASIL É UMA GRANDE FARSA FORMADA POR UM MONTE DE DÉBILS MENTAIS. É SÓ RASTREAR A GRANA E VER QUEM RECEBEU A PROPINA. ESSE É O LEGADO DO PT AO BRASIL. AQUI O CRIME COMPENSA."



millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br


Pomposo, o Estádio Nacional de Brasília é uma das obras mais vistosas do Eixo Monumental.


E a mais cara. Segundo o Tribunal de Contas do DF, foram gastos quase R$ 2 bilhões na arena, que, um ano depois da Copa do Mundo, tem a merecida alcunha de elefante branco.



No Tribunal de Contas, cinco processos apuram sobrepreço total de R$ 345.888.330,56. As auditorias, que podem resultar em responsabilização dos gestores dos contratos, ainda não foram concluídas, porque estão em fase de defesa e/ou recurso.


O custo da obra do Mané Garrincha, que representava inicialmente R$ 870 milhões, foi elevado em mais de R$ 1,4 bilhão.


Se forem incluídos os contratos de serviços complementares que não faziam parte do escopo da contratação inicial, o valor chega a R$ 1,845 bilhão. Cálculos do Tribunal de Contas.


Os problemas identificados pelo corpo técnico, segundo a Corte de Contas, “estão relacionados a preços acima de mercado, quantitativos acima do estabelecido em projeto, falhas de gerenciamento, pagamentos antecipados sem respaldo legal, serviços fora de especificação, dentre outros”.


O rombo, no entanto,  poderia ser ainda maior na arena construída exclusivamente para os jogos da Copa do Mundo em Brasília, há um ano. Em nota, a Corte explicou que conseguiu evitar, por ocasião das análises das licitações, gastos no valor de R$ 40.870.451,99, que já foram objeto de julgamento. Há, ainda, de acordo com o Tribunal, valores efetivamente revisados nos contratos no valor de R$ 62.531.771,42.



Condenação
Se condenados por falhas na gestão ou por “atos antieconômicos” como os relatórios parciais apontam, os gestores dos contratos, na condição de responsáveis pela boa e regular aplicação dos recursos públicos, podem receber multas ou ser instados a responder por prejuízos causados ao erário, conforme a Lei. Palavras do Tribunal de Contas. Não há previsão, no entanto, para que isto ocorra.


Procurada, a Secretaria de Turismo do DF não se manifestou sobre os processos em curso.


O advogado do ex-governador Agnelo Queiroz, Paulo Guimarães, acredita que o petista não deve ser responsabilizado, já que todo o processo de licitação e construção do Mané Garrincha foi conduzido pela Terracap: “Não tem ato nenhum de Agnelo nessas contratações.”


Investigações em curso na Procuradoria
No Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), há investigações em curso, para apurar os responsáveis pelos indícios de irregularidades já apontados. Uma força-tarefa - criada para apurar as responsabilidades civis e administrativas para o desequilíbrio financeiro do DF - analisa também as supostas irregularidades apontadas na obra do Estádio Nacional de Brasília.


Conforme a assessoria de imprensa do órgão, o grupo de promotores trabalha, com apurações e oitivas.


Não há como precisar, no entanto, se serão - e quando serão - instaurados ações judiciais. O MP reitera, por meio da assessoria, que este é um trabalho que exige análise e perícia.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília



Comentários


antonio machado pessoa
14 horas atrás
Gastou-se 2 bilhões para se construir um elefante branco, com a justificativa que seria uma "arena multiuso" e que seria passado para a iniciativa privada. Só que ninguém se interessa por esse monstrengo. Mais um legado petista.
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cleber
14 horas atrás
ALGUM PEIXE GRANDE DA JUSTIÇA DEVE TÁ DANDO COBERTURA AO MALANDRO DO AGNULO E SEUS COMPARSAS. SE NÃO FOR ISSO É PORQUE A JUSTIÇA NO BRASIL É UMA GRANDE FARSA FORMADA POR UM MONTE DE DÉBILS MENTAIS. É SÓ RASTREAR A GRANA E VER QUEM RECEBEU A PROPINA. ESSE É O LEGADO DO PT AO BRASIL. AQUI O CRIME COMPENSA.
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celso francisco
15 horas atrás
FORAM GASTOS QUASE 2 BI, ENQUANTO O POVO SOFREM POR FALTA DE TRANSPORTE DE QUALIDADE, ESCOLAS, SEGURANÇA e OUTROS MAIS...
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Jo�o Carlos Borges Kuzze
20 horas atrás
Parece que a pilantragem, neste país, não tem a mínima possibilidade de cura. Há que se recorrer a recursos sobrenaturais, já que os meramente humanos... É repugnante!
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Transplante de órgãos.O caso Paulinho.A TRAGÉDIA E A FARSA.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

A história de Paulinho

Revista CartaCapital, No. 188
08 de maio de 2002

A TRAGÉDIA E A FARSA.
SEU PAÍS TRANSPLANTES

Investigações sobre caso de menino morto há dois anos revelam uma enxurrada de ilegalidades em Poços de Caldas. POR FLÁVIO LOBO E RODRIGO HAIDAR (Colaborou Carolina Arantes).


PAULO VERONESI PAVESI, O Paulinho, tinha 10 anos quando caiu de uma altura de 10 metros, enquanto brincava no playground do prédio onde morava, e sofreu traumatismo craniano. No dia seguinte ao acidente, após serem informados pelos médicos de que seu filho poderia estar morto, faltando apenas os exames de morte encefálica para a confirmação, os pais decidiram doar seus órgãos para transplante. A princípio, o caso ocorrido em abril de 2000 parecia apenas mais uma tragédia familiar.

O quadro mudou de figura pouco tempo depois, quando Paulo Pavesi, pai de Paulinho, questionou a conta do Hospital Pedro Sanches, local onde seu filho foi atendido depois do acidente, por considerá-la superfaturada. Desde então, Pavesi um analista de sistemas de 34 anos, fez - por meio de um obstinado esforço pessoal - uma série de descobertas.

Hoje, dois anos após a morte do filho, o fio puxado por Pavesi trouxe à tona uma estarrecedora quantidade de falhas, contradições e irregularidades cometidas pelos médicos do Hospital Pedro Sanches e da Santa Casa de Misericórdia, ambos em Poços de Caldas (MG), no atendimento ao seu filho e nos procedimentos de retirada e transplante dos órgãos.

Muitas dessas irregularidades, descobriu-se depois, não se limitavam ao caso de Paulinho. A equipe médica local era habilitada somente para fazer transplantes de rins, mas atuava como uma central, decidindo para onde os órgãos seriam enviados sem ter autorização para tanto. Além disso, removia córneas irregularmente. Segundo o deputado federal Carlos Mosconi (PSDB-MG), médico e membro do corpo clínico dos dois hospitais envolvidos no caso do menino, já foram realizados mais de 200 transplantes na Santa Casa, quase todos pagos pelo Sistema único de Saúde. E de acordo com dados do próprio SUS, entre janeiro de 2ooo e abril de 2002, 0 SUS repassou mais de R$ 2,6 milhões para procedimentos relacionados a transplantes em Poços de Caldas.

O inquérito policial que investigou o caso de Paulinho, concluído há um mês, indiciou quatro médicos nos artigos 14 e 16 da Lei no 9.343/97, a lei de transplantes: o nefrologista Álvaro lanhez, o oftalmologista Odilon Trefligio e os urologistas Celso Scafi e Cláudio Roberto Fernandes. "Foram constatadas diversas irregularidades, como a participação do Dr. Álvaro lanhez no diagnóstico de morte encefálica do garoto", afirma o delegado da Polícia Federal Célio jacinto dos Santos, responsável pelo inquérito e por outras seis investigações, todas originadas do caso de Paulinho, que envolvem a Santa Casa de Poços de Caldas (leia entrevista "CÉLIO JACINTO DOS SANTOS").

Ianhez é o chefe da equipe de transplantes da Santa Casa e coordenador da central MG Sul Transplantes, cuja legalidade é questionada. Tanto a lei de transplantes como a Resolução 1.480/97, do Conselho Federal de Medicina (CFM) - que estabelece os critérios para o diagnóstico de morte encefálica (cessamento irreversível de todas as funções cerebrais) -, são claras ao determinar que o paciente deve ser submetido ao exame por médicos que não façam parte da equipe de transplantes.

Ainda vivo, Paulinho foi tratado não como um paciente com alguma possibilidade de recuperação - mesmo remota -, mas como doador de órgãos (leia o quadro "PACIENTE VIVO TRATADO COMO DOADOR").

O advogado dos médicos, Luís Fernando Quinteiro, afirma que Ianhez apenas acompanhou o diagnóstico e não interferiu em sua realização. Segundo o delegado, no entanto, a conduta do médico excedeu o legalmente cabível. Ainda no inquérito que apurou as irregularidades cometidas no caso de Paulinho, o delegado acusa a equipe pela falta da necropsia e da assinatura da mãe no termo de autorização de doação, pela utilização de formulários indevidos na constatação da morte encefálica e de encaminhar indevidamente as córneas extraídas do menino para o Instituto Penido Burnier, em Campinas (SP).

Quinteiro assegura que um protocolo firmado entre a 25a Delegacia Regional de Segurança Pública (polícia civil) e a Santa Casa isenta o hospital da realização da necropsia. Mas "um protocolo firmado entre duas instituições locais não pode contrariar a legislação federal, que exige o procedimento", como diz o delegado da PF.Quanto aos formulários utilizados no diagnóstico de morte encefálica, o advogado diz que continham "todos os critérios clínicos e radiológicos recomendados pelo CFM". já o delegado afirma que "os documentos do inquérito mostram que os formulários utilizados por eles omitiam questões fundamentais para a aplicação do diagnóstico".

O ponto mais polêmico do indiciamento é o envio indevido das córneas de Paulinho para Campinas. A central estadual teria de ser acionada para retirar os órgãos do garoto e, de fato, num primeiro momento, ela foi. Consta do inquérito que no dia 20 de abril de 2000, lanhez comunicou à central em Belo Horizonte, a MG Transplantes, um possível doador de órgãos. Mas depois, no dia 21, a central de BH fez duas ligações para a Santa Casa tentando confirmar a busca dos órgãos, e não obteve resposta.

Quinteiro justifica a ação do cliente dizendo que ele tinha como objetivo o aproveitamento das córneas. "Foi acionada a MG Transplantes que no dia tinha à disposição apenas uma equipe para a retirada do fígado". Mas, de acordo com o delegado, "a central não foi acionada no dia 21, tanto que a equipe e a aeronave que estavam de sobreaviso para a retirada do fígado foram dispensadas". Ainda segundo Santos, "não foi um caso isolado. A captação e destinação de córneas eram feitas de forma totalmente irregular pela equipe da Santa Casa".

A reportagem de CartaCapital procurou o coordenador da MG Transplantes, João Carlos Oliveira de Araújo, para que ele esclarecesse essa e outras questões, mas não obteve resposta.Muitas outras falhas foram cometidas pelos médicos. Há laudos com datas rasuradas e documentos referentes a um mesmo procedimento com uma versão assinada pelo médico responsável e outra sem assinatura alguma. Existem laudos de exames solicitados em 22 de abril de 2000. O corpo de Paulinho foi liberado para o velório na noite de 21 de abril.

No dia 22 foi sepultado.Outro importante documento que causa estranheza é o que descreve a cirurgia para a retirada de órgãos. Nas anotações, o urologista Celso Scafi escreve "sem ME", que significa sem morte encefálica. À Polícia Federal, o médico disse que escreveu "com" e que aquilo parece um "sem" porque sua letra seria "muito feia".

Consultado por CartaCapital, o perito Sebastião Edson Cinelli comparou a descrição com outras anotações feitas por Scafi no mesmo documento e garantiu que ali está escrito "sem", e não "com", ME. Se Paulinho estivesse mesmo sem morte encefálica, estaríamos diante de um homicídio. Um dos outros seis inquéritos criminais a cargo do delegado Santos investiga a atuação da central MG Sul Transplantes. Ela coordenava todas as ações de notificação, captação e distribuição de órgãos na região, mas segundo o delegado, não tinha autorização para isso.

O advogado dos médicos enviou a CartaCapital documentos da coordenadoria da MG Transplantes, datados de 25 de agosto e 21 de setembro de 1998, que atestariam a legalidade da central. Os documentos são assinados por Estevam Aquino Viotti, supervisor, e Herculano Mourão Salazar. Segundo o delegado, "quem deve credenciar as centrais é o Ministério da Saúde. Esse documento não legaliza a central de Poços. A MG Transplantes trabalhava e trocava correspondências com uma central ilegal".

Um relatório de auditoria realizada a pedido do Ministério da Saúde em dezembro de 2000, também motivado pelo caso de Paulinho, aponta a ilegalidade: "A regional MG Sul Transplantes não está legalizada por não possuir ato de sua instituição e nem termo de cooperação".

PACIENTE VIVO TRATADO COMO DOADOR

Especialistas questionam exames e a remoção para a Santa Casa

Um dos pontos mais importantes para que um sistema de transplantes de órgãos funcione com segurança é a confiabilidade dos diagnósticos de morte encefálica. No Brasil, esses critérios estão definidos em um protocolo do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O protocolo indica os procedimentos a serem executados antes que se possa afirmar, legalmente, que uma pessoa está morta. O primeiro item determina que, se a causa do coma puder estar relacionada à hipotermia (baixa temperatura corporal) ou ao uso de drogas depressoras do sistema nervoso central, o protocolo não pode ser aplicado.

No caso de Paulinho Pavesi - de acordo com documentos do inquérito policial e testemunhos dos médicos que o atenderam - houve a administração de uma droga depressora do sistema nervoso central, o Dormonid. Entre as 21 horas do dia em que o menino sofreu o acidente e as 5 horas da manhã seguinte, o medicamento foi injetado em seu corpo junto com soro glicosado.

Apesar disso, no meio da tarde do mesmo dia, menos de 12 horas após o término de administração do Dormonid, o protocolo de morte encefálica começou a ser aplicado. Não tendo sido detectado nenhum sinal de vida nos exames clínicos, por volta das 20 horas passou-se à última etapa do protocolo, o exame complementar". No caso de Paulinho foi feita uma angiografia cerebral.Consultado, o CFM indicou o neurologista Solimar Pinheiro da Silva para esclarecer as dúvidas. Sobre a questão do Dormonid, o Dr. Pinheiro da Silva respondeu que, "No caso específico, me parece um prazo extremamente seguro. O Dormonid tem efeito fugaz". Mas especialistas consultados por CartaCapital discordam.
"O protocolo não estabelece um período mínimo entre a administração de drogas como o Dormonid e a realização dos exames, portanto, se aplicado com rigor, sim veta o diagnóstico de morte encefálica no caso de pacientes que tenham sido medicados com elas."
Quem afirma isso é Luiz Alcídes Manreza, professor da USP, diretor do serviço de neurologia de emergência do Hospital das Clínicas de São Paulo e membro das câmaras técnicas de morte encefálica do CFM a do Conselho Regional de Medicina Manreza foi o relator do documento em questão, o protocolo de morte encefálica do CFM.
"Não conheço nenhum protocolo de morte encefálica no mundo que exija um período inferior a 24 horas entre a administração de drogas depressoras do sistema nervoso central e os procedimentos para diagnóstico de morte encefálica", diz Manreza.

O chefe da UTI do Hospítal de Clínicas de Niterói, Paulo Cesar Pereira de Souza, concorda com Manreza.
"Eu nem pensaria em iniciar o protocolo de morte encefálica antes de 24 horas após a suspensão de aplicação de qualquer droga depressora do sistema nervoso central, incluindo o Dormonid", assegura Souza.
Mesmo duvidosa, a aplicação do protocolo em Paulinho no Hospital Pedro Sanches não detectou a morte do menino, já que a angiografia mostrou fluxo sanguíneo no cérebro. Mesmo vivo, Paulinho foi transferido para a Santa Casa em razão da instituição estar habilitada para remover seus órgãos.
"Não vejo como justificar a transferência de um paciente vivo com o único objetivo de levá-lo para uma instituição autorizada a realizar a remoção de seus órgãos para transplante", diz Lais Fieschi Ferreira coordenadora da, UTI do Hospital São Luiz em São Paulo.
VERBAS SUSPEITAS E "DOAÇÕES"

O delegado responsável pelo inquérito conta o que descobriu
CartaCapital: Ficou comprovado que o dr. Álvaro Ianhez participou do diagnóstico de morte do Paulinho ?


Célio Jacinto dos Santos: Participou. Se você for ao prontuário médico, na anotação da enfermagem consta que: "O dr. Álvaro, por telefone, prescreve isso. O dr. Álvaro acompanhou o menino e orientou sobre o atendimento". Em vários momentos no Hospital Pedro Sanches, os médicos assistentes eram meros coadjuvantes. Ele não só atendeu como estava dentro da sala no momento da primeira arteriografia. Na segunda, ele olhou o início e estava lá no final. Na retirada dos órgãos, ele deu orientações aos médicos e fez a preparação desses órgãos.
CC: E as córneas não poderiam ter ido para Campinas. Deveriam ser encaminhadas à Central de Transplantes, em Belo Horizonte, e distribuídas respeitando a lista única de espera do Estado. Certo?
CJS: É isso. Mas não só nesse caso, com o em dezenas de outros aconteceu isso aí. Havia até mesmo uma escala de clínicas oftalmológicas captadoras de órgãos, elaborada pela Santa Casa.
CC: A Santa Casa mantinha uma central chamada MG Sul Transplantes...
CJS: Isso não faz parte desse inquérito, mas o Ministério da Saúde é taxativo: "A central era ilegal". E essa equipe da central não pode ter vínculo com a equipe captadora. E lá, em Poços de Caldas, elas se confundem. No início, a central funcionava dentro do escritório do dr. Álvaro. Ora, quem participa da captação não pode participar da escolha de quem vai receber. Você tem de ter clareza nos critérios, senão o médico pode escolher qual a pessoa que vai receber o órgão e, logicamente, pode escolher uma pessoa que tenha dinheiro.
CC: A questão da central não faz parte desse inquérito que resultou no indiciamento dos médicos que atenderam Paulinho, mas de outro. Quantos inquéritos foram abertos a partir desse caso ?
CJS: Seis. Três deles são de suspeita de cobrança dupla. Cobrança do plano de saúde do receptor do órgão e cobrança do SUS. Um investiga as doações feitas por parentes dos transplantados, que não seriam exatamente doações espontâneas. Doações de valores altos, em um caso, foram de R$ 5 mil. Outro trata da central de transplantes ilegal. E, por último, estamos investigando o repasse de verbas do SUS, cujos valores são altíssimos e desproporcionais aos pagos a outras cidades infinitamente maiores, para os transplantes realizados em Poços de Caldas.

Há outro aspecto, surpreendente, sobre os documentos da MG Transplantes apresentados em defesa dos médicos.
"O atual coordenador da MG Transplantes confessa que nesta data uma das pessoasque assina esse documento já estava morta. Por essas e outras irregularidades, ele vai ser investigado por crime de usurpação de função pública e de falsidade ideológica", revela o delegado.
Ou, quem sabe, a medicina esteja tão avançada em Poços de Caldas que cadáveres sejam ressuscitados para submeterem-se a exames e assinar documentos.

Há pouco mais de um ano, o Ministério da Saúde se pronunciou sobre o caso em reportagem do Fantástico, da Rede Globo. Na época, conhecia-se apenas uma pequena parte das irregularidades cometidas, mas o Ministério condenou o fato de lanhez ter acompanhado o diagnóstico de morte encefálica de Paulinho e atestou a ilegalidade da central.

Logo após a reportagem, o deputado Carlos Mosconi utilizou a tribunada Câmara para defender os médicos da acusação.

Em seu discurso, o deputado rechaçou as afirmações do Ministério, mostrou documentos que comprovariam a legalidade da central e afirmou:
"Estou sentindo enorme dificuldade em não pegar a caneta e assinar o pedido de realização dessa CPI, a fim de limpar deste País os corruptos".
Mosconi se referia ao requerimento de instalação da CPI da Corrupção, que tanto afligia o governo federal naquele momento.

Dois dias depois do discurso, nota assinada pelo assessor especial do ministro da Saúde, Manuelito P. Magalhães Júnior, e enviada ao deputado, lamenta o ocorrido e faz um apelo ao diálogo:
"Reitero, em nome do ministro José Serra, a necessidade de esclarecermos por definitivo este caso sem nos curvarmos a sensacionalismos. ( ... ) Estamos confiantes de que o diálogo é a melhor maneira de conduzirmos este assunto e não abalar um relacionamento construído ao longo de vários anos".
O Ministério da Saúde se negou a comentar o caso e não forneceu informações solicitadas por CartaCapital. "A central funcionava de maneira irregular", foi a única resposta da assessoria. Nem o Ministério, nem a MG Transplantes informaram o período de funcionamento da central e quando ela foi desativada.

Há pouco mais de um mês, o procurador José Jairo Gomes propôs uma ação de improbidade administrativa contra o coordenador da MG Transplantes, o atual e o ex-secretário de Saúde Municipal, e mais dois funcionários da área.No dia 24 de abril, o diretor da Santa Casa de Misericórdia cometeu suicídio. Especula-se que o motivo possa ter sido a dívida de R$ 3 milhões descoberto no hospital após a sua morte. Em seguida, o Ministério Público denunciou o atual secretário de Saúde, dois ex-secretários e um ex prefeito da cidade também por improbidade administrativa.


Para saber detalhes do caso Paulinho leia:

A história de Paulinho narrada em 2002 pela CartaCapital - A matéria mais completa e honesta já publicada sobre o caso.

Remoção de órgãos de Paulinho com anestesia geral - O Anestesista classificou Paulinho como vivo antes de administrar Etrane (anestesia inalatória). Ele mentiu para a polícia federal, para o ministério público federal, mas foi desmentido publicamente durante a CPI. Ele me processou por chama-lo de mentiroso e fui condenado a indenizá-lo, uma vez que o processo correu em Poços de Caldas, berço da máfia.

Avaliação neurológica comprova: O estado de saúde não era grave. - Documentos que constam nos autos, comprovam que Paulinho foi levado ao hospital e sua primeira avaliação neurológica não era grave como dizem os médicos para se defenderem.

Exames fraudados com ajuda de procuradores federais e ministério da saúde. - Em um esquema montado dentro do gabinete do Ministro José Serra, Carlos Mosconi - o chefe da máfia - era informado a cada passo sobre os documentos obrigatórios que não foram entregues à auditoria. Mosconi repassava a informação para os assassinos que forjavam os papéis. Depois, estes documentos eram levados ao Ministério da Saúde e entregues ao procurador José Jairo Gomes. Este último encaminhava os mesmos ao delegado da polícia federal Célio Jacinto do Santos, que anexava ao inquérito como sendo documentos "originais". Veja alguns destes documentos. Nenhum médico responde ou respondeu por falsificação de documentos.

Sem Morte Encefálica. - Foi assim que o médico e assassino Celso Roberto Frasson Scafi descreveu o estado de saúde de Paulinho, minutos antes de lhe retirar o rim. Scafi escreveu de próprio punho que Paulinho estava SEM MORTE ENCEFÁLICA, porém, como é sócio de Carlos Mosconi, seu nome foi excluído do rol de acusados. Scafi estava indiciado pela polícia federal pelo crime de retirada ilegal de órgãos, e foi inserido em uma equipe da UNICAMP (ainda quando estava indiciado) para continuar realizando transplantes em Campinas, pelo Ministério da Saúde.

Asilo Humanitário - Você não verá isto na imprensa brasileira. O caso Paulinho está proibido de ser divulgado, exceto se for para inocentar (ainda mais) os assassinos.

12 comentários:

Anônimo disse...
Olá,
Realmente quando lemos as notícias por aí a impressão que temos é:
"Nossa, uma queda?! É morte certeira."
Ao ler seu blog comecei a entender melhor o caso, e fique chocada, como pode? Verdadeiros monstros... tirarem as vidas das pessoas que têm chance de recuperação. Triste.
Torço para que a justiça seja feita.
Um abraço, Joyce
Samantha Costa de Assis disse...
Meu Deus...A gente sempre tem esperanças das coisas melhorarem, esperança do nosso país se tornar digno, justo...Mas lendo esta história e vendo tantas outras, o sentimento é de uma revolta tão, mais tão grande... Fazer esta crueldade com uma criança(não tirando a responsabilidade se fosse adulto, idoso e etc...). Como vamos continuar a viver em um país onde os médicos e a policia é corrupta? Como? Você é um homem corajoso, e apesar de toda a dor que sente, faz muito bem em expor tudo isso...E nao desista nunca...Um dia eles vao pagar...
Samantha
Kelly Moura disse...
Fique muito triste e decepcionada ao ler o blog, triste por ser uma realidade no Brasil, e decepcionada com essas pessoas que se dizem profissionais, que passam quase 10 anos estudando para fazer uma coisa horrorosa dessa. Infelizmente vivenciei um caso muito próximo com o sobrinho de uma amiga, no qual ele teve uma pneumonia, e por erro médico ou sei lá o que aconteceu o menino veio a óbito, e fizeram as doações sem sequer ter autorização dos pais, a família procurou a policia, a até hoje, 2 anos após não tiveram acesso ao laudo da necrópsia, lamentável essa situação, e que por algum motivo estamos de mãos atadas, pois nem mesmo as "autoridades" fazem alguma coisa pra mudar isso.
José Braga disse...
Amigo Paulo,
cada vez que me aprofundo no seu blog sinto um ódio tão grande daqueles crápulas. Tenho um filho de 06 anos e é inevitável pensar nele qd leio seus relatos sobre o Paulinho.
Paulinho está ao lado de Deus.
Recomendo que vc leia (se tiver tempo) o livro "A Cabana", creio que vai te trazer um certo conforto.
Deus esteja contigo.
Dj Braguinha disse...
Amigo Paulo,
cada vez que me aprofundo no seu blog sinto um ódio tão grande daqueles crápulas. Tenho um filho de 06 anos e é inevitável pensar nele qd leio seus relatos sobre o Paulinho.
Paulinho está ao lado de Deus.
Recomendo que vc leia (se tiver tempo) o livro "A Cabana", creio que vai te trazer um certo conforto.
Deus esteja contigo.
JhOnY SoUzA disse...
Meu amigo lendo tudo isso, não tem como não ficar indignado com tanta monstruosidade, que Deus te conforte sempre. Tenha certeza que se a justiça humana não fez nada até hoje, um dia cada um desses monstros vão prestar contas do que fizeram e vão sofrer as consequências de seus atos.
Fernando Elias Costa disse...
Ler esses fatos faz que o espírito em mim se comova, se transtorne. Chorei.
Tento me desligar de tanta maldade desse mundinho, tento me tornar uma alienado, mas não posso deixar de me irmanar com os injustiçados.
Amigo, que o Deus Vivo (aquele que é amor, e não religião) tem cubra com suas asas, sempre e sempre. Que Ele derrame o seu bálsamo sobre sua cabeça, sobre suas feridas, te dê forças e paz, mesmo no meio dessa guerra.

erika correa disse...
Estou conhecendo seu blog hj impressionante sua historia usarei como caso concreto em minha aula de D penal sobre trafico de órgãos. Parece surreal tudo que aconteceu...estou chocada com tamanha impunidade mas impressionada com sua coragem e determinação. Nunca desista !!
Nadia Malafaia disse...
É muito revoltante saber que um crime desse porte ocorreu no país onde vivo e crio meus 4 filhos. Como pode a nossa justiça ser corrompida ao ponto de nem permitir que o assunto veicule. Amigo Paulo, chocada e compartilhando da sua dor. Espero que a sua luta por justiça tenha o final que que vc tanto merece, ainda que demore!
Beatriz Helene disse...
As últimas notícias sobre o que acontece na Faculdade de Medicina da USP só mostram que a formação dos alunos garante que os profissionais jamais falarão tudo que vêm. E sso sustenta a máfia do tráfico de órgãos. Ou seja, tudo tem uma história. E essa é a mais terrível de todas.
LUIZA DOS SANTOS disse...
Minha indignação só não é maior que minha sede de justiça, o "acaso" me fez postar um comentário numa campanha realizada pelo Ministério da Saúde incentivando as pessoas a se declarar doador de órgãos... nesses dois dias, acompanhando as respostas recebidas me deparei com uma do Sr. Pavesi, a partir daí por curiosidade (ou intuição) acabei visitando o perfil dele e agora estou aqui, fazendo mais um comentário sobre doação de órgãos, mas neste caso para manifestar meu repúdio à toda essa nojeira que se transformou esse país, onde o que impera é a impunidade e o que temos é um sistema de governo apodrecido, com (talvez) alguns poucos que se embrenharam pelo pântano da política, na tentativa(inútil) de ajudar uma nação... Somos seres humanos, com sentimentos cada vez mais profundos direcionados aos nossos familiares, com medo de tudo que possa acontecer a partir do momento que colocamos nossos pés na rua, ainda que seja prá ir na padaria buscar o pão nosso de cada dia... A insegurança é tanta que sair de casa se tornou um tormento e diante dessa constatação de que de fato existe uma máfia ligada à doação de órgãos, também se tornou uma ameaça contra nossa vida. Me conforta saber que (dentro do meu conceito espiritualizado), a vida continua. Mas isso é uma visão particular minha, pois nessa encarnação quero viver cada dia, aprendendo, ensinando, convivendo e amando... se me for concedida essa oportunidade, quero também evoluir e me perdoem pela sinceridade, quero ver a justiça sendo feita(com requintes da mesma crueldade) contra esses que são responsáveis diretos ou indiretos por essa monstruosidade.
Grata pelo privilégio em conhecê-lo, Sr.Pavani.
Anônimo disse...
Boa noite, sr. Pavesi. 19 anos após a morte da minha filhinha ainda não posso dizer que me recuperei, e ela morreu de causas naturais. Por isso por um lado sei o seu sofrimento e por outro nem posso imaginar - saber que um filhinho, só acidentado, com nada realmente de muito grave e que poderia se recuperar facilmente, foi assassinado pelos "médicos". Só soube hoje da sua história e ai se algum desses médicos me aparecesse pela frente, tamanho ódio e desprezo eu senti. E também dos políticos e juristas envolvidos. Quero saber se posso ajudar de alguma forma, tentando reavivar a sua história na imprensa (tão vendida!com honrosas exceções). O sr. merece ver o julgamento do caso chegar ao fim. É estarrecedor saber que teve que sair do país, tornando-se mais uma vítima dessa máfia. O seu caso é emblemático de muitas coisas que acontecem por aqui. Diga, por favor, se há alguma forma de ajudar. O sr. já tentou iniciar um abaixo-assinado virtual via change.org ou outro site? Como é replicado rapidamente através da rede de relações, ganha muita exposição. renata@delduque.org