Para os tucanos, diplomacia é uma coisa, ingerência é outra.
Recentemente,
o Ministério Público da Suíça enviou à Justiça brasileira provas de que
o peemedebista tem contas secretas naquele país. Cunha já havia sido
denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal
Federal (STF) por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no âmbito das
investigações da operação Lava Jato.
Veja a lista dos deputados que pedem cassação de Eduardo Cunha no Conselho de Ética:
O presidente do Conselho de Ética,
deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), informou que encaminhará nesta
quarta-feira (14) o pedido à Mesa Diretora, que terá três sessões
deliberativas para protocolar, numerar o processo e devolvê-lo ao
colegiado.
Em seguida, serão sorteados três nomes
entre os integrantes do colegiado, excluindo aqueles que sejam do mesmo
estado ou partido do Cunha (Rio de Janeiro e PMDB, respectivamente),
para que o presidente do conselho escolha o relator. A lista tríplice
também não pode ser composta por deputados filiados ao PSOL e à Rede,
autores da representação.
Ao relator competirá elaborar um parecer preliminar, em até dez dias, sobre se o processo deve ser aberto ou não.
Falta de provas
O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio
(SP), justificou o fato de o partido não assinar a representação por
não haver provas suficientes que condenem Eduardo Cunha. “A oposição não
tem elementos para deliberar sobre isso, porque não tem sequer os
documentos. Há um anúncio de movimentações bancárias que para nós já foi
o suficiente para pedir o afastamento dele, mas não para gerar a
condenação no Conselho de Ética. Eu não iria prejulgar”, explicou
Sampaio.
Reação
O presidente Eduardo Cunha disse que
está tranquilo em relação ao pedido do Psol e da Rede: “Como eu me
sinto? Quando houve a instauração do inquérito, o Psol pediu o meu
afastamento. Quando houve o depoimento de delator, o Psol o pediu meu
afastamento. Quando houve pedido de denúncia, o Psol pediu o meu
afastamento, então por que não pediria agora? Isso é política, são meus
adversários políticos, é normal. Tenho absoluta tranquilidade e farei a
defesa que tiver de fazer”.
Cunha já afirmou ser inocente e
ressaltou não ter cometido nenhuma irregularidade. Ele disse que foi
escolhido para ser investigado como parte de uma tentativa do governo de
calar e retaliar a sua atuação política.O presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), atribuiu nesta terça-feira (13) a representação
apresentada pelo PSOL e pela Rede no Conselho de Ética por suposta
quebra de decoro parlamentar a um “jogo político”. Cunha disse estar
“absolutamente tranquilo” e acrescentou que os deputados que pedem o seu
afastamento da presidência da Casa ainda terão que “me aturar um
pouquinho mais”.
Com Agência Câmara