segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

"O País afundou no buraco fiscal", editorial do Estadão


De fracasso em fracasso, a presidente Dilma Rousseff conseguiu mais um destaque negativo para a economia brasileira, ao completar seu primeiro mandato com um dos maiores déficits fiscais do mundo. O buraco nas contas do setor público, em todos os níveis de governo, chegou no ano passado a R$ 343,9 bilhões, ou 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado para o período. O balanço do governo central foi encerrado com um rombo de R$ 271,54 bilhões, equivalente a 5,29% do valor dos bens e serviços finais produzidos no País. 
Esses números correspondem à necessidade de financiamento do setor público, critério usado pelo Banco Central (BC) para avaliar o estado das finanças governamentais e das companhias controladas pela União, Estados e municípios. Para arrumar as contas, o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, terá de renegar amplamente as políticas dos anos anteriores, orientadas por erros de diagnóstico, pela irresponsabilidade financeira e pelo voluntarismo presidencial.
Durante anos a presidente bravateou como se a situação fiscal do Brasil fosse muito melhor que a dos países desenvolvidos. Só por desinformação e teimosia ela poderá continuar com essa bravata. Graças a seus erros, a situação das contas públicas brasileiras é pior que a das de países mais afetados pela crise. Na União Europeia, os déficits fiscais estimados para este ano devem corresponder em média a 2,6% do PIB. Os desajustes fiscais no mundo rico, muito amplos entre 2008 e 2010, na pior fase da crise, têm diminuído seguidamente, graças a um enorme esforço de arrumação.
No bloco europeu, alguns países mantêm déficits acima de 3% do PIB, a meta comum. Os governos da França e da Itália anunciaram no último trimestre a intenção de afrouxar suas políticas. Na França, a meta de 2014 passaria de 4,2% para 4,4% do PIB. Na Itália, o déficit planejado aumentaria de 2,6% para 2,8%. No Reino Unido, a perspectiva de um rombo equivalente a 5,8% do PIB expôs o governo ao mau humor dos críticos. Na Grécia, a austeridade enfraqueceu politicamente o governo e o expôs a uma derrota eleitoral. Mas, na maior parte do bloco, as políticas de ajuste se mantêm e algumas das economias com maiores desequilíbrios, como Irlanda, Espanha e Portugal, voltaram a crescer.
No Brasil, o governo da presidente Dilma Rousseff conseguiu combinar a gastança e a distribuição de favores fiscais e financeiros com baixo crescimento, inflação muito alta e deterioração das contas externas. Se o objetivo do relaxamento financeiro do setor público era a expansão econômica, o plano falhou de forma estrondosa. A presidente insiste em atribuir os problemas da economia brasileira a fatores externos e, nos últimos tempos, também à seca. Mas outros países sujeitos aos mesmos fatores externos têm crescido mais que o Brasil. Além disso, a inflação sempre foi alta, nos últimos cinco anos, mesmo sem os efeitos da seca.
Os efeitos da gastança aparecem claramente nas contas do governo central. Em 2014, a receita líquida, de R$ 1,01 trilhão, foi 2,3% maior, em valor corrente, que a do ano anterior. Mas a despesa total, de R$ 1,03 trilhão (sem contar os juros), foi 12,8% superior à de 2013. Pelo critério do Tesouro, o resultado foi um déficit primário de R$ 17,24 bilhões, o primeiro em 18 anos. Pelo critério do BC, isto é, pela necessidade de financiamento, o buraco do governo central, nessa conta, chegou a R$ 20,47 bilhões. Não se produziu, portanto, o resultado primário planejado para o pagamento de juros.
O balanço das contas federais, disse em São Paulo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mostra a necessidade de reorientação da economia brasileira. Ele poderia ter usado o verbo "confirmar", em vez de "mostrar". O caráter desastroso da política seguida nos últimos anos - pelo menos desde o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - já foi provado muitas vezes. Falta conhecer os dados finais do crescimento econômico, mas com certeza serão tão ruins quanto os da inflação, das contas externas e das contas públicas. Pelo menos na ruindade, as várias linhas da política petista foram coerentes - e a devastação da Petrobrás, ninguém deve duvidar, é parte desse quadro.

Ih, as projeções estão piorando!Pela primeira vez, economistas preveem inflação acima de 7% em 2015


O Globo

Mediana das projeções do boletim Focus indica IPCA em 7,01% no fim do ano. Estimativa para o PIB cai a quase zero

Economistas do mercado financeiro elevaram mais uma vez as projeções para a inflação neste ano. Segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, agora a previsão é que o IPCA, índice oficial que mede a alta de preços no país, feche o ano em 7,01%, na quinta elevação seguida da previsão. É a primeira vez que a projeção para o indicador supera o patamar dos 7%, desde que começaram a ser calculadas estimativas para 2015.

Parte da pressão sobre os preços virá dos chamados preços administrados, como tarifas de energia e combustíveis. A expectativa para o "tarifaço" fez a mediana de projeções para essa categoria de preços subiur pela oitava vez seguida, de 8,7% para 9%.

A revisão do cálculo ocorre dias após o Banco Central prever, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que o reajuste nas contas de luz pode chegar a 27,5% neste ano, em meio à crise vivida pelo setor elétrico. A alta dos preços de gasolina e diesel — em decorrência do aumento de impostos que começou a valer neste domingo — também deve pesar sobre o bolso do consumidor. Levantamento do GLOBO mostrou que o reajuste em postos de combustíveis no Rio já chega a mais de 8%.

Entre o chamado "top 5", grupo de analistas que mais acertam as projeções, o cenário é um pouco mais otimista, com inflação a 6,86% no fim de 2015. Ainda assim, a taxa ficaria acima do limite da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%, com 2 pontos percentuais de tolerância. Pelas contas da autoridade monetária, o alvo só será alcançado no fim de 2016, de acordo com a ata divulgada semana passada.

PIB EM QUASE ZERO

Além da inflação elevada, os economistas preveem que a atividade econômica ficará praticamente estagnada neste ano. A mediana das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 0,13% para apenas 0,03% — na quinta revisão para baixo consecutiva. A previsão para o ano que vem também foi cortada, de 1,54% para 1,5% — segunda redução seguida.

Em relação aos juros, o mercado continua a ver a taxa básica Selic em 12,5% no fim do ano. Isso significa que os analistas esperam mais uma elevação de 0,25 ponto percentual nos juros — e, por enquanto, acreditam que o Banco Central interromperá o ciclo de altas por aí. Para 2016, a expectativa é de um ligeiro alívio, com os juros básicos caindo a 11,5% até o fim do ano que vem.

Falta de água pode causar escassez de alimentos no Brasil, diz chefe da FAO

Rota 2014 - Blog do José Tomaz

João Fellet BBC Brasil


crise hídrica que o Brasil atravessa põe em risco não só o abastecimento de suas cidades, mas também a oferta de alimentos nos mercados do país, diz o brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da agência da ONU para agricultura e segurança alimentar (FAO).

"Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos", diz Graziano. Segundo ele, a estiagem deve resultar em preços mais altos nas prateleiras nos próximos meses.

Em entrevista à BBC Brasil, o chefe da FAO afirma ainda que o Brasil terá de ampliar seus estoques de alimentos e privilegiar culturas mais resistentes a secas, fenômeno que deve se tornar cada vez mais frequente por causa das mudanças climáticas.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista, concedida durante a última cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), na Costa Rica, na semana passada.

BBC Brasil - A crise hídrica que o Brasil atravessa pode afetar a segurança alimentar do país?

José Graziano - Sem dúvida. Tenho desde 1987 uma pequena chácara perto de Campinas (SP) e nunca meu poço tinha secado. Cheguei a perder árvores frutíferas.

É um exemplo de como o Brasil, que não faz uso da irrigação em grande escala e se beneficia muito de um sistema de chuvas regulares, tem sua produção afetada por uma seca como essa.

BBC Brasil - A seca é um efeito das mudanças climáticas?

Graziano - Na FAO, a nossa avaliação é que neste ano o impacto do El Niño (superaquecimento das águas do Pacífico que esquenta a atmosfera) foi muito maior que o esperado. Nunca havia chegado ao ponto de ameaçar o abastecimento urbano, como estamos vendo em São Paulo.

Estamos atravessando o período das águas no Brasil e deveria estar chovendo muito mais do que está. Tivemos deficiência hídrica de praticamente um metro d'água na região centro-sul do Brasil.

Espera-se a normalização das chuvas no próximo ano agrícola, que começa em setembro, mas até lá vamos enfrentar resíduos da falta de água e todos os agravantes que isso tem.

Estiagem prolongada prejudica a agricultura e expõe deficiência no planejamento de grandes cidades do Sudeste

BBC Brasil - Quais agravantes?

Graziano -
 Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos. Até mesmo da cana de açúcar, que é bastante insensível ao regime de chuvas. Isso vai resultar em aumento de preços.


Aliás, estamos vendo muita oscilação de preços resultante do impacto das mudanças climáticas. Há uma irregularidade da produção. Situações de seca, que antes se repetiam a cada cem anos, agora ocorrem a cada 20 anos.

O jeito é ter estoques. O Brasil tem alguns estoques bons, como o de milho, fruto da boa colheita do ano passado, mas não tem em outras áreas. Precisa até importar trigo.

BBC Brasil - Como reduzir os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola?

Graziano - Estamos trabalhando muito com a adaptação de culturas à seca. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, estatal ligada ao Ministério da Agricultura) já tomou essa iniciativa e está desenvolvendo variedades até de arroz adaptado à seca.

Também devemos substituir culturas. A quinoa demanda muito menos água que o arroz e tem um valor nutritivo muito maior. Estamos promovendo a substituição do trigo nas regiões tropicais e a recuperação de produtos tradicionais.

A mandioca, por exemplo, que tinha sido abandonada, hoje está em alta no Caribe, onde está sendo adicionada à confecção do pão para reduzir a dependência da importação do trigo. Outra possibilidade é expandir a irrigação para evitar crises de abastecimento.

BBC Brasil - Aumentar a irrigação não é incompatível com o cenário atual, com reservatórios cada vez mais vazios?

Graziano - Temos menos água armazenada em São Paulo, mas na Cantareira. A (represa) Billings está cheia. Precisa haver um sistema de integração dessas bacias, porque a distribuição das chuvas é muito errática. Essa prática é muito usada na Ásia.

E temos de ter a capacidade de absorver a água da chuva. Na minha chácara, por exemplo, comprei cisternas plásticas e hoje tenho capacidade de armazenar pelo menos 20 mil litros de água da chuva.

BBC Brasil - A crise hídrica e a instabilidade na produção de alimentos gerada pelas mudanças climáticas indicam a necessidade de repensar o modelo agrícola do país, hoje muito voltado a commodities para exportação, como a soja?

Graziano - Eu diria que se trata mais de pensar em mudanças tecnológicas. No passado, utilizamos intensivamente a mecanização. Hoje estamos promovendo o cultivo mínimo, que significa não arar o solo e manter a vegetação que o cobre. Isso facilita a absorção da água e preserva a matéria orgânica.

A Argentina tem hoje mais de 90% de suas áreas de soja e milho baseadas em cultivo mínimo e tem aumentado a produtividade mesmo na seca.




Estudo climático coloca a humanidade em “zona de perigo”








 






As mudanças no clima e o alto número de animais e plantas em extinção estão empurrado a Terra a uma “zona de perigo” para a humanidade. Esta é a conclusão de um estudo científico feito por 18 especialistas internacionais, grupo liderado por Will Steffen da Australian National University, que acaba de ser publicado no renomado jornal Science.


De acordo com o Daily Mail, os pesquisadores pretendiam ampliar um relatório semelhante desenvolvido em 2009 sobre “fronteiras planetárias” para o uso seguro de seres humanos.


A investigação mostra gráficos que comparam a “grande aceleração” da atividade humana desde o início da revolução industrial (em 1750) até 2010 com as consequentes alterações na Terra – nos níveis de gases de efeito estufa, da acidificação do oceano, do desmatamento e da degradação da biodiversidade, por exemplo.


“Fica difícil estimar a escala e a velocidade dessas mudanças. Em uma única vida, a humanidade se tornou uma força geológica em escala planetária. Eu não acho que nós quebramos o planeta, mas estamos criando um mundo muito mais difícil. Quatro limites foram cruzados, colocando a humanidade em uma zona de perigo”, explicou Steffen à publicação.


Os limites ultrapassados citados por ele foram em mudanças climáticas, perda de espécies, uso da terra e poluição por fertilizantes. Entre 9 limites avaliados, uso de água limpa, acidificação do oceano e esgotamento do ozônio foram considerados dentro dos limites seguros. Outras, como níveis de poluição de carbono, ainda estão sendo analisadas.


FONTE:


Crise da Água - Seca ameaça 40 milhões de pessoas

24 de Agosto, 2014 - 15:37 ( Brasília )


Levantamento da Agência Nacional de Águas revela que seis bacias hidrográficas sofrem com a escassez de chuva; índice está 20% abaixo da média histórica

Reservatório do Sistema Cantareira , um cenário nordestino.
 

Cleide Carvalho
São Paulo, Propriá (SE)


A seca na Região Sudeste não esvazia apenas os reservatórios paulistas. Um levantamento feito pela Agência Nacional de Águas (ANA) a pedido do GLOBO mostra que seis das principais bacias hidrográficas brasileiras enfrentam problemas, ameaçando moradores de nove estados e do Distrito Federal. São cerca de 40 milhões de pessoas afetadas — o equivalente a 20% da população brasileira. 

 Os principais rios atingidos têm, em comum, a dependência das chuvas que caem em Minas Gerais, estado que é uma espécie de divisor das águas que correm pelo Brasil. Os rios São Francisco, Grande, Doce, Paraíba do Sul, Paraná e Jequitinhonha enfrentam problemas em maior ou menor grau. Em geral, chove cerca de 1.400 milímetros na Região Sudeste durante o ano hidrológico, que termina em setembro. Até agora, choveu metade disso. Segundo dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, em inglês), as chuvas que caíram no Brasil foram 20% menores do que a média. No Sul de Minas e no Oeste paulista, choveu 60% menos.


— A seca fez com que São Paulo ficasse em uma situação semelhante à do Nordeste — resume o professor Augusto José Pereira Filho, do Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo. Se a seca transforma cenários em São Paulo, piora ainda mais a situação do Rio São Francisco, o principal do Nordeste. Com nascentes na Serra da Canastra, em Minas, o Velho Chico já não chega ao mar. A água salgada adentra 25 km de seu leito e, a 85 km de sua foz, entre Alagoas e Sergipe, já se pesca peixe do mar, algo comum apenas nas áreas mais próximas ao oceano.


— O rio está ficando fraco, e o mar, mais forte. Não sabemos até quando o rio vai aguentar — diz Maria Izaltina Silva Santos, líder da comunidade de Brejão dos Negros (SE), que vive da pesca e da cultura de arroz no Baixo São Francisco, último trecho do rio, após as barragens de hidrelétricas. No Rio Grande, a vazão de água em julho foi de 33 metros cúbicos por segundo, a pior em 84 anos.

No Paraíba do Sul, seu maior reservatório, o de Paraibuna, baixou a 12,23% de sua capacidade, levando à redução de 5 mil litros por segundo na vazão de água que chega à barragem de Santa Cecília, onde é feita a transposição para o Rio de Janeiro. O Rio Doce, que em dezembro transbordou e causou enchentes no Espírito Santo, baixou drasticamente nos últimos meses: em locais onde o nível de água ultrapassou nove metros, hoje ela não passa de dois metros. 


O Rio Paraná, por sua vez, baixou a ponto de interromper o transporte por hidrovia. Mas são as águas do Velho Chico que refletem conflitos comuns a vários setores no Brasil: uma mistura de política, grandes negócios e uma população ainda impotente diante de seu futuro. No Brejão dos Negros, a água salobra é realidade, mas até a altura de Penedo (AL), a 40 km da foz, a cunha salina se faz presente.

No assentamento Borda da Mata, 85 km rio adentro, já há siris. Os peixes de rio estão menores e mais raros. Boa parte desapareceu. Não há mais surubim, piaba ou mandim. Em trechos do rio onde a profundidade chegava a 15 metros, agora é possível cruzar a pé. Em 2006, um estudo da Universidade Federal de Alagoas detectou intrusão salina numa distância de 6 km da foz do São Francisco. Na época, a vazão média no Baixo São Francisco era de 2.041 metros cúbicos por segundo, quase o dobro da atual.

Este ano, com a seca, a vazão na barragem de Sobradinho foi reduzida, para 1.100 metros cúbicos por segundo, 15% menor do que a mínima estabelecida pelo Ibama, de 1.300 metros cúbicos por segundo. No projeto Jaíba, no norte de Minas Gerais, o maior projeto de irrigação do país, o clima é de intranquilidade.


— Quando a vazão foi reduzida no reservatório de Três Marias, a orientação foi não aumentar os plantios. A vazão do rio aqui está em 190 metros cúbicos por segundo, menos da metade do normal. Nunca aconteceu isso nesta área. É diferente e assustador — diz Marcos Medrado, gerente da etapa 1 do projeto Jaíba, que reúne cerca de 1.800 pequenos agricultores, responsáveis por cerca da metade da produção de sementes de hortifrútis do país.

— Temos uma seca de gestão. Há aumento desordenado de demandas hídricas, uma festa de outorgas. Temos uso excessivo, desperdício e até contaminação por agrotóxico. Falta cuidado da União e dos estados nas ações de recuperação hidroambiental — diz Luiz Alberto Rodrigues Dourado, do Comitê da Bacia do Rio São Francisco. O GLOBO procurou o Ministério do Meio Ambiente e a Agência Nacional de Águas (ANA) para discutir os problemas causados pela seca e a gestão de recursos hídricos no país, mas eles não concederam entrevistas.

Brasil-Sem autoridade e Sem rumo!! Por Rachel Sheherazade

Governo pagou R$ 549 milhões de auxílio-reclusão para familiares de presos em 2014.E para voce, que não é criminoso, pagou quanto?






Governo pagou R$ 549 milhões de auxílio-reclusão para familiares de presos em 2014





Publicado por Revolta Brasil em 31 janeiro,

Foram exatamente 549,2 milhões para beneficiar familiares de 45,1 mil presos, estes foram os dados divulgados pelo site Contas Abertas, sobre quanto o brasileiro arcou para bancar familiares de presos com o auxílio-reclusão, que é um benefício pago pelo governo para familiares de presos durante a estadia de seus “chefes de família” nos presídios do país.

Cada família recebe cerca de R$ 1.015,00, contudo, ele difere de acordo com o histórico previdenciário de cada preso, com o quanto contribuía quando em liberdade, fazendo com que o benefício varie de um salário mínimo, de R$ 788, ao teto, de R$ 4.663,75.

Foram R$ 32 milhões a mais gastos com o auxílio reclusão em 2014 em comparação com o ano anterior.

Deputada propõe fim do auxílio-reclusão e criação auxílio para família de vítimas de crimes. 
O fim do auxílio-reclusão está previsto em Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 304/13, da deputada federal não reeleita Antônia Lúcia (PSC-AC). Além de acabar com o benefício, os recursos usados para seu pagamento seriam destinados às vítimas dos crimes, quando sobreviverem, ou para as famílias, em caso de morte.

Veja mais detalhes sobre este projeto >>>Deputada quer acabar com auxílio-reclusão e criar benefício para vítimas de crimes (matéria com quase 400 mil compartilhamentos)