quinta-feira, 17 de julho de 2014

Estelionato coletivo: a turma da Papuda sem grades resolveu ampliar o prontuário com três meses de férias remuneradas



17/07/2014
às 20:00 \ Direto ao Ponto  Augusto Nunes VEJA



Renan Calheiros
Por fora, o Congresso Nacional é uma das mais sedutoras criações da grife Niemeyer. 


Por dentro, lembra um ajuntamento de meliantes que, em vez de “mano” ou “brother”, usam o tratamento de Vossa Excelência. 


 Pode-se identificar os inquilinos pelo terno escuro que jamais se entende com a gravata, pelo sorriso de aeromoça, pela expressão confiante de quem se acha condenado à perpétua impunidade e pelos cabelos adubados por implantes, pintados de preto-graúna ou descambando para o amarelo-icterícia. Dependendo da lista de presentes, a sede do Parlamento é uma Papuda sem grades.


Em princípio, portanto, a decretação do “recesso branco” que suspenderá até outubro as atividades da Câmara e do Senado é notícia boa. Pelo menos por três meses, o país que só cresce à noite porque o governo está dormindo ficará menos intranquilo durante o dia graças à desativação temporária da fábrica de espertezas. O problema é que deputados e senadores pretendem ampliar o prontuário enquanto desfrutam das férias eleitoreiras. Mesmo distantes do local do emprego, resolveram continuar embolsando os mais de R$ 100 mil por cabeça que tungam a cada mês.

Decidido a provar que a interrupção do trabalho não interrompe o trabalho, Renan Calheiros reforçou a suspeita de que a expansão da cobertura capilar piorou o resto da cabeça. “O recesso é quando você paralisa o Legislativo”, atrapalhou-se o presidente do Senado. “Quando deixa apenas de convocar ordem do dia não é recesso, porque o Congresso continuará funcionando, discutindo. Pode reunir as comissões permanentes. O que não haverá é votação”.

A institucionalização da vadiagem remunerada é mais que um monumento à insolência. É um afrontoso caso de polícia que exige castigo, informa o Código Penal. Mais precisamente o artigo 171, que define o crime de estelionato: ”Obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”.

Se o Ministério Público enquadrasse sem medo delinquentes com imunidade parlamentar, se o Supremo Tribunal Federal cumprisse sem demora o seu dever, centenas de punguistas federais seriam transferidos para a Papuda com grades.

Copa das Copas da Dilma gera MENOS 100.000 empregos em junho. MTE reduz 400.000 vagas na previsão do ano.


A economia brasileira gerou somente 25.363 empregos com carteira assinada no mês de junho, informou o Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (17), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso representa uma queda de 79,5% frente ao mesmo mês do ano passado, quando foram abertas 123.836 vagas formais. 
 
 
Este foi o pior resultado para meses de junho desde 1998, quando foram abertas 18.097 empregos com carteira assinada, de acordo com o Ministério do Trabalho, que começou a divulgar dados do tipo em 1992.

 
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, informou que esperava um resultado melhor do emprego formal em junho. "O grande fato causador da diminuição foi a indústria. Em todos os setores da indústria, houve decréscimo. Mas mês que vem já começam as contratações visando o Dia dos Pais e também o fim do ano [Natal]", declarou.

Em sua visão, o juro alto, fixado em 11% ao ano pelo Banco Central, embora combata a inflação, não é bom para o ritmo de atividade econômica. Com taxas maiores, a instituição busca reduzir o crédito disponível e, assim, o dinheiro em circulação. Assim, diminui a quantidade de pessoas e empresas dispostas a consumir bens e serviços, e os preços tendem a cair ou parar de subir.

Além disso, segundo o ministro, a Copa do Mundo impactou negativamente as vendas do comércio. "No período da Copa, houve uma redução drástica do consumo. No dia em que houve jogos, os shoppings ficaram abertos até 16h e depois ninguém foi lá", disse.

O economista da Gradual Investimentos, André Perfeito, avaliou que o resultado da criação de empregos formais de junho foi "desastroso", uma vez que o mercado financeiro esperava a abertura de pelo menos 53 mil vagas com carteira assinada. "Mas o resultado foi de medíocres 25 mil", avaliou. Segundo ele, isso "evidencia um processo de acomodação no mercado de trabalho que é desejado para acomodar a inflação de serviços".

Também é o pior resultado para o primeiro semestre desde 2009, quando o país ainda enfrentava os efeitos da crise financeira internacional. Nos seis primeiros meses daquele ano, as empresas contrataram 397.936 trabalhadores.

Nova previsão de vagas

Por conta do fraco resultado do semestre, o ministro do Trabalho revisou para baixo sua previsão de abertura de vagas com carteira assinada em todo este ano. Até o momento, ele vinha estimando a criação de 1,4 milhão a 1,5 milhão de vagas em 2014, valor que agora está em cerca de 1 milhão de vagas.
Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2014, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de maio). Os dados de junho ainda são considerados sem revisão.

Setores da economia

Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos seis primeiros meses deste ano, com 386.036 postos abertos, contra 361.180 no mesmo período do ano passado. O setor inclui trabalhadores como médicos, vendedores de lojas, manicures, corretores de imóveis, garçons e motoristas.

Setor de serviços lidera contratações no 1° semestre

A indústria de transformação, como as refinarias de petróleo, foi responsável pela contratação de 44.146 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a junho do ano passado, a indústria abriu 186.815 vagas. O resultado do primeiro semestre deste ano foi o pior desde 2009 (demissão de 140 mil trabalhadores pelo setor).

A construção civil, por sua vez, registrou a abertura 73.343 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a junho deste ano, contra 133.436 vagas no mesmo período de 2013. Já o setor agrícola gerou 110.840 empregos nos seis primeiros meses deste ano, contra a abertura de 115.745 vagas no mesmo período de 2013.

O comércio fechou 58.096 vagas formais de janeiro a junho deste ano, contra 13.693 vagas fechadas nos seis primeiros meses de 2013.

Regiões do país

Segundo números oficiais, o emprego formal cresceu em quatro das cinco regiões do país no primeiro semestre deste ano. No período, a Região Sudeste abriu 330.009 empregos com carteira assinada e a Região Sul, 177.251. A Região Centro-Oeste foi responsável pela abertura de 90.319 postos formais de emprego de janeiro a junho deste ano, enquanto que a Região Norte teve a abertura de 15.534 postos de trabalho com carteira assinada. A Região Nordeste, por sua vez, registrou o fechamento de 24.442 empregos com carteira nos seis primeiros meses deste ano.
 

Aécio empata com Dilma no segundo turno.Alckmin dispara e despacha Skaf e Padilha.



Pesquisa divulgada agora pela Rede Globo, realizada pelo Datafolha, mostra Aécio com 40% e Dilma com 44% no segundo turno. É um empate técnico em 42%, na margem de erro. É um resultado espetacular para a Oposição antes da campanha começar na TV.
Avaliação de Dilma é pior do que no auge dos protestos. Isto logo depois do que ela chamava de Copa das Copas. O povo não é bobo!
Rejeição de Dilma é o dobro da rejeição de Aécio Neves. Com os votos que aparece mais a rejeição, tudo indica que Dilma atingiu o seu patamar de votos. 

Alckmin dispara e despacha Skaf e Padilha.

Com a avaliação de seu governo em ascensão, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lidera isolado a disputa pelo governo do Estado de São Paulo e seria reeleito no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Segundo o Datafolha, ele tem 54% das intenções de voto na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Em segundo lugar, com menos de um terço das intenções de voto do tucano, aparece o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), que alcança 16%. O candidato do PT, Alexandre Padilha, tem 4%. Os demais nomes inscritos na disputa somam outros 4%.

A pesquisa, realizada na terça (15) e nesta quarta (16) com 1.978 entrevistas em 55 municípios, não é diretamente comparável com o levantamento anterior do Datafolha em São Paulo porque o rol de candidatos mudou. Na investigação do início de junho, antes da oficialização das candidaturas, Alckmin alcançava 47%, Skaf tinha 21%, Padilha ostentava os mesmos 4% no cenário que parecia o mais provável da disputa.

Se não é viável dizer se as intenções de voto nos candidatos cresceram ou recuaram, é possível afirmar, pelo menos, que a situação política de Alckmin melhorou no intervalo de um mês e meio. Isso porque a avaliação positiva de seu governo, esta sim comparável, cresceu com uma diferença acima da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. Em junho, 41% dos paulistas achavam a gestão do tucano boa ou ótima. Agora, sua taxa de aprovação subiu para 46%.

No levantamento da taxa de rejeição, Padilha lidera: 26% dos eleitores paulistas dizem que não votariam no ex-ministro da Saúde de jeito nenhum. Skaf vem em segundo com 20%, tecnicamente empatado com os 19% de Alckmin. Esta rodada da pesquisa Datafolha foi feita por encomenda da Folha em parceria com a TV Globo.(Folha de São Paulo)

Datafolha: Dilma e Aécio têm empate técnico em simulação de segundo turno


Presidente teria 44% e tucano, 40%. No primeiro turno, petista soma 36% da intenção de votos, Aécio tem 20% e Campos, 8%
 

Redação - Correio Braziliense

Publicação: 17/07/2014 21:23 Atualização: 17/07/2014 21:42


 (Julio Lapagesse/CB/D.A Press)


De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira (17/7), a presidente Dilma Rousseff (PT) tem 36% da preferência do eleitorado nas eleições presidenciais. O tucano Aécio Neves aparece em segundo lugar, com 20%, e Eduardo Campos (PSB) tem 8%. 
 
 A pesquisa fez ainda simulações em um eventual segundo turno. Num embate entre Dilma e Aécio, a petista teria 44% da intenção de votos, contra 40% do candidato mineiro, o que configura empate técnico, uma vez que a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na simulação Dilma x Eduardo Campos, a presidente alcançaria 45%, contra 38% do candidato do PSB.
 

 
Este é o primeiro levantamento realizado após o início da campanha eleitoral, que começou em 6 de julho. A pesquisa ouviu 5.377 eleitores em 223 municípios entre os dias 15 e 16 de julho.

Copa custa R$ 8 bi em estádios e R$ 16 bi em outras obras; falta acabar 18%

Achados Econômicos



Sílvio Guedes Crespo

Atualizado às 11h43 de 16/7*
Estádio do Maracanã
Estádio do Maracanã


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Os recursos contratados para as obras para a Copa do Mundo 2014 somaram até o momento R$ 23,45 bilhões, incluindo estádios e outras obras, e foram bancados pelos governos federal, estaduais e municipais e, em menor grau, por empresas concessionárias.

Desse valor, R$ 7,8 bilhões correspondem à construção ou reforma dos 12 estádios e R$ 15,6 bilhões se referem a outras ações, como mobilidade urbana, aeroportos e portos.
Os números se referem às informações mais atuais à disposição no Portal da Transparência. Diversas obras ainda não ficaram prontas, de modo que o custo pode aumentar. A previsão mais recente do governo é de que chegue a R$ 25,6 bilhões.
Ao todo, o grau de execução física das obras é de 82% de acordo com os dados mais recentes, ou seja, restam 18% a serem terminados.


ObrasRecursos contratados (R$ milhões)% de execução física
Estádios7.817100%
Aeroportos6.08972%
Mobilidade urbana7.25068%
Outras2.29690%
TOTAL23.45182%
Fonte: Controladoria-Geral da União

Existe uma diferença entre o percentual de execução física e o de obras concluídas.
O percentual de execução física se refere a quanto de uma obra foi realizado, mesmo que ela não tenha sido inaugurada. O percentual de obras concluídas corresponde a quantas ações foram 100% concluídas, em comparação com número total de ações.


Por exemplo, se tivéssemos apenas duas obras na Copa, com o mesmo custo, sendo que uma teria sido 100% concluída e a outra estivesse pela metade, então o percentual de execução física seria de 75% e o de obras concluídas seria de 50%.


Vale acrescentar que o percentual médio de execução física é ponderado pelo valor contratado para a obra. Quanto mais caro o empreendimento, maior o peso que ele terá na média. Por exemplo, se temos duas ações, sendo que uma foi 40% executada e outra foi 60%, a média de execução não será necessariamente de 50%. Vai depender de quanto cada uma custou. Se a primeira vale R$ 100 milhões, e a segunda, R$ 50 milhões, a média de execução física será de 47%.


Veja abaixo qual foi o volume de recursos contratados para cada tipo de obra e qual o percentual médio de execução física. Aqui, os dados estão agrupados por tema. No próximo post desta série sobre a Copa, o blog falará sobre as obras mais caras em cada modalidade, informando também qual é o órgão responsável pela realização.


As ações que foram abortadas sem que se tenha contratado nenhum recurso não estão incluídas no cálculo. Nos casos em que foram contratados recursos mas não há informação sobre o percentual de execução da obra, o dado foi incluído apenas na coluna “Recursos contratados” e não foi considerado na média geral de percentual de execução.

Estádios
Cidade-sedeRecursos contratados (R$ milhões)% de execução física
Belo Horizonte678100%
Brasília1.438100%
Cuiabá59697%
Curitiba23483%
Fortaleza519100%
Manaus65199%
Natal40091%
Porto Alegre33099%
Recife385100%
Rio de Janeiro1.077100%
Salvador689100%
São Paulo82093%
TOTAL7.81798%
Fonte: Controladoria-Geral da União. Elaboração própria

Aeroportos
Cidade-sedeRecursos contratados (R$ milhões)% de execução física
Belo Horizonte48050%
Brasília*1.133-
Cuiabá11171%
Curitiba29841%
Fortaleza40516%
Manaus35289%
Natal**164100%
Porto Alegre27916%
Recife0-
Rio de Janeiro42570%
Salvador13970%
São Paulo4.42493%
TOTAL8.21072%
* Em Brasília, não há dados suficientes que permitam calcular a média de execução física das obras.** Em Natal, há duas ações no aeroporto. Para uma delas, não há informação atualizada sobre o valor contratado nem o percentual de execução da obra. Foi considerada neste cálculo apenas a obra para a qual há dados

Mobilidade
Cidade-sedeRecursos contratados (R$ milhões)% de execução física
Belo Horizonte1.17593%
Brasília4340%
Cuiabá1.59351%
Curitiba34480%
Fortaleza61740%
Manaus0
Natal3245%
Porto Alegre*33-
Recife84881%
Rio de Janeiro1.70282%
Salvador**2177%
São Paulo54955%
TOTAL7.25068%
* Não há informação atualizada do percentual de execução de uma das obras em Porto Alegre. Por isso, esta tabela exclui a cidade do cálculo da execução média
** Não foi informado o valor contratado das obras de mobilidade em Salvador e São Paulo, por isso os números citados se referem ao custo previsto

Outras obras
A maior parte das obras da Copa pode ser dividida em reforma ou construção de estádios, reforma de aeroportos e ações de mobilidade urbana. Há, no entanto, algumas que não se encaixam nesses três grupos.

Entre elas estão ações de segurança pública, para as quais foram contratados R$ 504 milhões, e ações nacionais no setor de telecomunicações, ao custo de R$ 260 milhões.
Também há obras nos portos de Santos (R$ 274 milhões), Fortaleza (R$ 175 milhões em recursos contratados), Manaus (R$ 4,6 milhões), Natal (R$ 92 milhões), Recife (R$ 28 milhões) e Salvador R$ 31,2 milhões).


* Este post informava incorretamente que o volume contratado para obras em aeroportos para a cidade de São Paulo era de R$ 2,3 bilhões. Porém, tal valor se refere apenas ao Aeroporto de Guarulhos, ignorando a de Viracopos. Considerando ambas, os recursos para aeroportos chegam a R$ 4,4 bilhões em São Paulo e R$ 8,2 bilhões no país. O erro foi corrigido às 11h43 de 16/7.

Um país pobre é um país sem valores morais.Tem cabimento o governo patrocinar um anuncio como esse?

cartaz prostituta

Campanha anti-Aids no Brasil está errada. Ou: É mais difícil vencer uma distorção ideológica do que vencer um vírus



A epidemia de Aids cai no mundo, mas cresce no Brasil. Alguém está surpreso? Eu não estou. Não se controla a difusão de certas doenças só com medidas médicas. A profilaxia cultural e comportamental é tão ou mais importante. E, nesse particular, o Brasil tem uma política patética. O programa de combate à doença criado no país na gestão do então ministro da Saúde, José Serra, premiado internacionalmente e que serviu de modelo ao mundo — e não vai nisso nenhuma megalomania — é permanentemente agredido por militâncias políticas as mais variadas, com amplo apoio de setores da imprensa, que confundem informação com preconceito, orientação técnica com moralismo estreito. Afinal, sabem como é, somos todos progressistas.


Não se tem mais notícia de contaminação por HIV por transfusão de sangue. Mesmo num sistema de saúde que oferece um serviço ainda precário aos pobres, esse tipo de difusão da doença foi zerado. Por menos informações que tenham hoje as pessoas, contam-se nos dedos os que desconhecem o mecanismo básico de transmissão da doença, que, no Brasil, cresce mais entre os jovens de 15 a 24 anos — curiosamente os que mais têm acesso à educação.


Quem são esses jovens? Quais são seus hábitos? Qual é a sua orientação sexual? Médicos que trabalham no Sistema Público de Saúde não teriam dúvidas em afirmar que parte importante é formada por homossexuais; outra parte relevante contraiu a doença compartilhando seringas. Isso quer dizer que essas pessoas escolheram ficar doentes? Claro que não! Seria um absurdo e uma estupidez afirmar isso. Mas isso quer dizer, também, que esses dados têm de ser levados em conta quando se formula uma política pública de saúde — e nós temos um programa de assistência a doentes que é pago por toda a sociedade.


As campanhas oficiais contra a difusão da Aids estão essencialmente erradas. E não é de hoje. A camisinha segue sendo a principal barreira material contra a difusão do vírus. Mas ela é pouco eficaz quando não existe a barreira moral. E falo em moral em sentido amplo, que remete às escolhas pessoais — não o moralismo estridente e de fachada. O estímulo ao sexo irresponsável, homo ou heterossexual, é uma das raízes da proliferação ainda brutal da doença. Pensem, por exemplo, no que se transformou a Vila Madalena, em São Paulo, nos dias da Copa. Todos vimos: venda de drogas e de álcool a céu aberto, ausência completa de poder público, leis básicas da civilidade e da civilização jogadas no lixo. Todos assistimos a filmes e imagens: quantos, naquele embalo, vão se lembrar da camisinha?


Ainda me lembro de uma propaganda oficial do Ministério da Saúde em que dois rapazes se conhecem num bar. Na sequência, aparecem na cama. Um deles acorda e toma um susto. Só se tranquiliza quando vê no criado-mudo o invólucro rompido da camisinha. Pergunto: era campanha contra a Aids ou a favor do sexo irresponsável? 


Quem não consegue nem mesmo se lembrar se usou ou não o preservativo está mesmo protegido? A propaganda oficial, feita pelo Estado, deve, na prática, estimular a que se leve para a cama uma pessoa que se acabou de conhecer? Campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval de 2012 — vejam vídeo — repetia o erro, aí com um casal heterossexual.





Não existe controle da Aids com estímulo ao pé-na-jaca. Há dois fatores patogênicos aí: o HIV, que a camisinha controla, e as escolhas individuais, que ou são responsáveis ou não são, pouco importa a orientação sexual de cada um. Digam-me: alguém acredita que, na cracolândia da droga livre, em São Paulo, a preocupação com o HIV esteja entre as prioridades? Quem não é capaz de fazer escolhas morais consegue se proteger de uma doença?


Em 2013, ainda na gestão de Alexandre Padilha, o Ministério da Saúde elaborou um cartaz em homenagem a um tal “Dia Internacional da Prostituta”, que alguns comemoram no dia no dia 2 de junho. Uma senhora posa para a fotografia, com ar orgulhoso, ao lado da frase: “Eu sou feliz sendo prostituta”. No pé da peça publicitária, a logomarca do governo Dilma. Alguém acha que é por aí?



cartaz prostituta



Uganda
Um país na África é extremamente bem-sucedido no combate à Aids: Uganda. Em vez de insistir apenas na camisinha, como fazem as organizações internacionais, a política oficial investe na mudança de comportamento. Desde 1986, o governo adota a política batizada de ABC: A de abstinência, dirigida aos jovens solteiros; B de “be faithful” (seja fiel), para os casados; C de “condom”, camisinha, para quem não seguir as anteriores. Sim, Uganda é também o país que conta com leis odiosas de discriminação dos homossexuais. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, até porque, no país, como no resto da África, a Aids se disseminou especialmente entre os heterossexuais.



Bento 16
Em 2009, o então papa Bento 16 foi a Camarões. Falando sobre a Aids, um flagelo naquele continente, afirmou que a distribuição maciça de camisinhas não era o melhor programa de combate. E disse que o problema poderia até se agravar. A estupidez militante logo entendeu, ou fingiu entender, que Sua Santidade contestara a eficiência do preservativo para barrar a transmissão do vírus. Bento 16 não tratava desse assunto, mas de coisa mais ampla. Referia-se a políticas públicas de combate à expansão da doença. Apanhou de todo lado. De todo mundo. No Brasil, noticiou-se a coisa com ares de escândalo. Os valentes nem mesmo investigaram os números no Brasil. A contaminação continuava, como continua, em alta.



Quem saiu em defesa do que disse o então papa? Edward Green, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da Aids. Ele é diretor do Projeto de Investigação e Prevenção da Aids (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento, de Harvard. Pois bem. Green concedeu uma entrevista sobre o tema. E o que ele disse? O PAPA ESTAVA CERTO. AS EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS CONFIRMAM O QUE DIZIA SUA SANTIDADE. Ora, como podia o papa estar certo? Vamos sonegar essa informação aos leitores!


Em entrevista aos sites National Review Online (NRO) e Ilsuodiario.net, Green afirma que as evidências que existem apontam que a distribuição em massa de camisinha não é eficiente para reduzir a contaminação na África. Na verdade, ao NRO, ele afirmou que não havia uma relação consistente entre tal política e a diminuição da contaminação. Ao Ilsuodiario, assumiu claramente a posição do papa — e, notem bem!, ele fala como cientista, como estudioso, não como religioso: “O que nós vemos de fato é uma associação entre o crescimento do uso da camisinha e um aumento da Aids. 


Não sabemos todas as razões. Em parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos ‘risco compensação’ — literalmente, nas palavras dele ao NRO: “Quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, frequentemente perde o benefício (dessa redução) correndo mais riscos do que aquele que não a usa”.


A estupidez e a irresponsabilidade podem ter alcance mundial. Agora, a OMS, a agência da ONU para a saúde, deu um alerta mundial sugerindo que homossexuais masculinos passem a tomar preventivamente os coquetéis anti-Aids. Ninguém precisa ser especialista em lógica para adivinhar o que vai acontecer. Como disse Green, a tecnologia de redução de risco acabará, obviamente, expondo as pessoas a mais riscos. Infelizmente, já há quem, em razão dos coquetéis, considere a Aids apenas um mal crônico. E isso é mentira. Ela ainda mata milhares de pessoas mundo afora, todos os anos.

Ocorre que é mais difícil vencer uma distorção ideológica do que um vírus.

Por Reinaldo Azevedo

68% não querem técnico estrangeiro na Seleção. Então tá! Viva o nacionalismo bocó!

7/07/2014 às 4:41


Ai, que preguiça!
Segundo levantamento feito pelo Datafolha 68% dos brasileiros rejeitam um técnico estrangeiro para a Seleção. Só 23% dizem preferir essa alternativa, e 9% não souberam opinar. Por que será? Não faço ideia.


É bem possível que, caso se indague se as pessoas preferem que a telefonia fique nas mãos de empresas privadas ou de uma empresa pública, esta ganhe de lavada. O mais interessante é que já foi assim, no tempo em que telefone era coisa de rico. Hoje, há mais celulares do que brasileiros, e a tontice nacional ainda continua a falar de “privataria”. Fazer o quê?


Técnico nacional por quê? Tite, diz o Datafolha, que ouviu 5.377 pessoas em 233 municípios, surge como o nome preferido, com 24% das menções. Depois, vem Zico, com 19%, seguido por Muricy Ramalho, com 14%, e Carlos Alberto Parreira e Vanderlei Luxemburgo, com 6%. Com todo o respeito, é um quadro desolador.


Pois é… Pensemos bem: não fosse Tite, seria quem? Os que gostam do esporte digam aí um nome que tenha feito algo de interessante no futebol brasileiro nos últimos tempos. 


Temos jogadores com experiência internacional e técnicos formados quase em campinho, não é mesmo? Não! Não estou comparando o desempenho dos atletas na Seleção àquele que exibem nos seus clubes — o Messi do Barcelona é melhor do que o da equipe argentina pela simples razão de que o Barcelona é, de fato, uma equipe, e o grupo que vestiu a camisa dos “hermanos” é só um ajuntamento de pessoas. O mesmo vale para o time brasileiro. Não custa lembrar: Neymar, o nosso craque, não é titular absoluto no Barcelona.



O ponto é outro. Qual é a qualidade das informações de que dispõem os técnicos brasileiros sobre o que vai mundo afora? Será que Felipão estava mesmo preparado para enfrentar uma Alemanha que põe em campo craques que sabem tocar a bola, não mais tanques de guerra, que jogavam aquela coisa que até parecia futebol — e com bastante eficiência, mesmo assim? A Seleção Alemã chegou a oito finais (é recorde) e venceu quatro.



Um técnico tem de ser mais do que um boleiro. Não! Eu não estou à procura de um filósofo para a função. Tem de fazer o time jogar bem e de ter compromisso com a vitória. Mas é evidente que precisamos de alguém capaz de pensar o esporte de maneira mais ampla. Precisamos de alguém que saiba cuidar também da, digamos, mentalidade. E, sinceramente, não vejo ninguém no Brasil com essas características. A CBF chegou a discutir a contratação de um estrangeiro, mas, consta, recuou. Depois dessa pesquisa, aí é que não acontece mesmo.


Mas vejam lá, hein? Tite é o que resta. Não pode ser um esquentador de cadeira apenas. Depois dele, não sobra mais ninguém. “Está antevendo que vai ser ruim com Tite?” Eu não! Defendia a sua permanência no Corinthians mesmo numa série com maus resultados. É o nosso técnico campeão do mundo. Acho apenas que o futebol precisa mudar de ares e ampliar o seu repertório.


Sem contar que tenho, por princípio, bode com nacionalismos dessa natureza. Costumam ignorar a realidade em nome de um preconceito.
Texto publicado originalmente às 22h46 desta quarta
Por Reinaldo Azevedo

Aécio põe o dedo na ferida do programa “Mais Submédicos”. Ou: Os apalpadores e a redução dos leitos hospitalares

17/07/2014
às 4:53



O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, fez, entendo, a coisa certa nesta quarta ao afirmar que o programa “Mais Médicos” continua — e nunca ninguém pediu que acabasse, é bom que fique claro —, mas que não aceitará as imposições do governo cubano. Segundo os contratos hoje em vigor, os médicos oriundos da ilha recebem apenas de 25% a 30% do que custam aos cofres públicos: R$ 10 mil. 


O resto vai parar na ditadura de Fidel Castro. Transformou-se uma fonte de renda. Estimam-se em 11.400 os médicos cubanos que atuam no programa no Brasil. Cuba recebe mais ou menos R$ 79,8 milhões por mês — ou R$ 957,6 milhões por ano. Em suma, a exportação de carne humana rende à tirania dos irmãos Castro quase R$ 1 bilhão. Não custa desconfiar: como a ilha não é, assim, um exemplo de transparência, em tese ao menos, o dinheiro que vai pode voltar, não é mesmo? Em ano eleitoral, pode ser a chamada mão na roda — ou no cofre. 



É claro que, se eleito, Aécio não vai conseguir mudar o contrato da noite para o dia. O importante é começar a rever essa imoralidade. Ele também prometeu que vai criar as condições para que os médicos estrangeiros façam o “Revalida”, o exame que permite a quem tem formação fora do país clinicar em terras nativas. Que fique claro: o programa hoje em vigor poderia ser chamado “Mais Submédicos”. 


Os profissionais são autorizados a trabalhar só ali e, em razão de não terem o “Revalida”, estão proibidos de executar uma série de procedimentos. Dilma falando certa feita sobre o Mais Médicos refletiu, com a profundidade característica: as pessoas precisam de médicos que as apalpem. Então tá. Eu acho que pobres e ricos precisam de médicos que possam fazer o diagnóstico de suas doenças. 



Sim, quem quer que venha a assumir o governo terá uma bela herança maldita na área da saúde, que não se resolve com apalpadelas. Entre 2002, último ano do governo FHC, e 2005, terceiro ano já do governo Lula, o número total de leitos hospitalares havia sofrido uma redução de 5,9%. Era, atenção!, O MAIS MAIS BAIXO EM TRINTA ANOS! Números fornecidos pelo PSDB? Não! Por outra sigla: o IBGE. Em 2002, havia 2,7 leitos por mil habitantes. Em 2005, havia caído para 2,4. “Ah, Reinaldo, de 2005 para cá,  algo deve ter mudado, né?” Sim, mudou muito! 



O quadro piorou enormemente: a taxa, em 2012, era de 2,3 — caiu ainda mais. E caiu não só porque aumentou a população, mas porque houve efetiva redução do número de leitos púbicos e privados disponíveis: só entre 2007 e 2012, caíram de 453.724 para 448.954 (4.770 a menos). 


Ou por outra: entre 2002 e 2012, o número leitos hospitalares por mil habitantes teve uma redução de 15%. Entre 2008 e 2013, foram fechados 284 hospitais privados. Segundo o Conselho Federal de Medicina, entre 2005 e 2012, fecharam-se 41.713 leitos do SUS. Isso sob as barbas do grupo político que vai repassar quase R$ 1 bilhão a Cuba por ano. 


Isso tem de mudar, com Aécio, Dilma Rousseff ou Eduardo Campos na Presidência. Segundo a lógica, se ela vencer, fica como está porque o que se tem também é obra sua. Campos, até agora, não se pronunciou, mas deve pensar algo a respeito. Aécio está dizendo que, se eleito, assim não fica.
Texto publicado originalmente às 21h05 desta quarta
Por Reinaldo Azevedo

MTST: não é só pelo teto, é pelo poder


Grupo abraça causas de visibilidade e se torna uma massa de pressão política – muito diferente de um movimento social


RUÍDO NA REDE - Integrantes do MTST ocupam edifício da operadora TIM, na Avenida João Dias, em São Paulo
RUÍDO NA REDE - Integrantes do MTST ocupam edifício da operadora TIM, na Avenida João Dias, em São Paulo 

 
Já virou rotina: a caminho do trabalho, o paulistano se depara com um protesto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Em 2014, não houve um único mês sem atos do movimento na capital paulista até agora. 


 O cenário é sempre o mesmo: sem comunicar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), vias importantes da cidade são fechadas por centenas de pessoas empunhando bandeiras vermelhas e gritando palavras de ordem.


E se na forma os protestos parecem sempre iguais, o conteúdo deles mudou – é agora o retrato de um movimento que se perdeu, tornando-se massa de manobra para qualquer causa. Braço urbano do Movimento Sem Terra (MST), o MTST é hoje, como o grupo que o inspirou, um movimento político, e não social. 


Se nesta quinta-feira manifestantes acamparam na entrada da sede da construtora Even, em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, na quarta o grupo decidiu invadir a sede da Anatel e da operadora TIM. O motivo: reclamar da qualidade dos serviços de telefonia celular no país. Um dia antes, militantes do MTST integraram um protesto contra Israel no bairro de Higienópolis, na região central. 


O ato terminou em confusão com a polícia. Em junho, o grupo decidiu protestar a favor dos metroviários grevistas e, em janeiro, fez até “rolezão” em shopping. Especialistas avaliam que a distorção de foco é uma estratégia para integrar novos grupos e militantes ao movimento. 



O MTST é cada vez menos representante da bandeira pela qual foi criado, tendo se tornado uma ferramenta de pressão política. Não à toa o aumento de invasões ocorre em ano eleitoral. “Certamente a liderança do grupo está animada com o barulho que tem feito. Já foi recebida até pela presidente da República e, claro, crê que seu poder político é realmente grande. Então, por que não tentar ir mais longe?”, avalia o cientista político Rui Tavares Maluf. “Isso afeta a legitimidade do movimento”, completa.


Para o filósofo Roberto Romano, a ampliação do foco pode ainda resultar na fragmentação do grupo. “A estratégia pode resultar, neste primeiro momento, em mais adesões. No futuro, porém, pode provocar divisões internas que resultem no fim do movimento”, afirma. “O desvirtuamento dos objetivos se torna algo perverso no longo prazo. E um risco não só à causa como ao grupo”, completa Tavares Maluf.


Ao emparedar os vereadores e a prefeitura de São Paulo, o movimento obteve, em junho, a aprovação de um Plano Diretor que contempla quatro invasões organizadas pelo movimento. Já a ocupação fantasma Copa do Povo, na Zona Leste da capital, será tema de um projeto de lei específico. 


O líder do grupo, Guilherme Boulos, já foi recebido no Palácio dos Bandeirantes pelo governador Geraldo Alckmin e no Planalto pela presidente Dilma Rousseff. Tendo obtido vitórias como essas, a liderança do movimento agora busca renovar as palavras de ordem para que a adesão aos protestos não arrefeça. E mais: quer aumentar o apoio e a simpatia também de uma massa “virtual”, que não necessariamente contribua com sua presença física nos protestos. 


“A massa não é facilmente manobrável”, explica Romano. “Por isso são necessárias palavras de ordem eficazes”, completa.


Segundo Tavares Maluf, as invasões asseguram apenas habitação, e o grupo nada faz para garantir acesso dos sem-teto à renda. “Estando disponíveis para protestos toda semana, será que os militantes têm um emprego?", questiona. O comando do MTST tem sua própria lista e organiza a fila de espera de beneficiários dos programas habitacionais. 


A lista é justamente a forma como o líder do movimento exerce domínio sobre seus comandados: há planilhas contabilizando a presença diária de cada integrante em acampamentos e invasões – uma espécie de lista de chamada. Logo, quem participa ativamente dos atos do MTST, passa na frente na fila de espera. 

Leia também:

A ocupação fantasma dos sem-teto em SP
Sem-teto acampam na entrada da Câmara Municipal


Nesta quinta-feira a coordenadora estadual do MTST Natália Szermeta prometeu novos atos pelos próximos quinze dias, prazo de prorrogação da liminar de despejo de um terreno no Morumbi, na Zona Sul, onde está instalada a Ocupação Portal do Povo. O paulistano seguirá alterando sua rotina para fugir das vias bloqueadas pelo grupo. E se perguntando: qual será a causa do dia?

Serra vê Aécio em cenário mais favorável que o de 2010


16 de julho de 2014
ESTAÇÃO DA NOTICIA

 
O ex-governador José Serra, candidato do PSDB ao Senado em São Paulo, disse que o cenário político de hoje é mais favorável à candidatura tucana ao Palácio do Planalto do que era em 2010, quando ele disputou o cargo contra Dilma Rousseff (PT).

“Na época não havia rejeição para o governo Lula. Ele tinha 80% de ótimo e bom. Hoje a situação inverteu e 70% do Brasil quer mudar”, afirmou o tucano a jornalistas depois de uma sabatina com o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, promovida por Folha de S.Paulo, Uol, Jovem Pan e SBT na manhã desta quarta-feira (16).

Ex-adversário interno de Aécio no PSDB, Serra fez elogios ao desempenho do senador na sabatina e afirmou que uma vitória tucana na eleição presidencial elevará o investimento privado no País. “O governo que desperta confiança nos agentes econômicos vai provocar a queda da taxa de juros de longo prazo. Haverá aumento do investimento privado dentro de um clima de maior confiança. O maior problema é o receio do que possa acontecer no futuro. E o receio maior é que a Dilma continue. Quando tivermos outro presidente, o investimento privado será retomado”, disse o ex-governador.

Quando questionado sobre o protagonismo de Fernando Henrique Cardoso na campanha de Aécio e a ausência do ex-presidente na suas campanhas em 2002 e 2010, Serra respondeu de maneira breve. “Eu não usei ele pouco (na campanha)”. O ex-governador disse, ainda, que pretende fazer sua campanha ao Senado colado no governador Geraldo Alckmin, que disputa a reeleição. “Isso significa economia de escala e mais proximidade política”, explicou.

Após queda de avião, espaço aéreo do Leste Europeu é fechado

Da Agência Brasil*


A Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol), que controla o espaço aéreo do continente, decidiu fechar o espaço aéreo do Leste Europeu. Um avião da Malaysia Airlines caiu hoje na Ucrânia, próximo à fronteira com a Rússia e há suspeitas de que a aeronave tenha sido abatida.


O espaço aéreo na região ficará fechado, "até novas informações", de acordo com o órgão de segurança de voo da Europa. Companhias aéreas da Europa já anunciaram mudança de rota de seus voos para não sobrevoar a região onde o Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu.


O voo MH17 partiu de Amsterdã, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia. A aeronave caiu nas proximidades da fronteira russa. O avião perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.


Separatistas pró-Rússia disseram que estão dispostos a adotar um cessar-fogo de três dias, no leste da Ucrânia, para permitir o trabalho das equipes de resgate no local da queda do voo MH17.


O chefe de situações de emergência ucraniano disse que as buscas no local do acidente estão sendo prejudicadas por "terroristas armados".


Os parentes dos passageiros e da tripulação que estava a bordo do voo estão no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, em Sepang, na Malasia, onde o voo chegaria. O aeroporto é o principal centro de conexão da Malaysia Airlines. A companhia informa apenas no voo estavam 280 passageiros e 15 tripulantes.


A causa da queda ainda é desconhecida. Mais cedo, os Estados Unidos ofereceram ajuda para esclarecer o acidente. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Itamaraty, ainda não se manifestou.


O Ministério das Relações Exteriores da Holanda, de onde o voo partiu, divulgou um número de contato para que os parentes busquem informações: +31703487770.


Companhias aéreas mudam rota de voos
Após o acidente com o Boeing 777 da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia, próximo à fronteira com a Rússia, companhias aéreas anunciaram mudanças de trajeto para não sobrevoar mais a área. Entre as empresas estão a Lufthansa, da Alemanha, a Transaero, da Rússia e a British Airways, do Reino Unido. Na França, o governo pediu que as companhias aéreas do país também evitem o espaço aéreo ucraniano.


A British Airways diz que mantém apenas o voo entre o Aeroporto de Heathrow, em Londres, e Kiev, capital ucraniana. A companhia diz que a capital está "a muitos quilômetros do local do incidente".


O voo MH17 partiu de Amsterdã, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia. A aeronave caiu nas proximidades com a fronteira russa. O avião perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.


A causa da queda ainda é desconhecida. O governo da Ucrânia reconheceu a possibilidade de que o avião da Malaysia Airlines tenha sido abatido.


Os separatistas ucranianos pró-russos acusaram a aviação da Ucrânia. "Testemunhas viram o Boeing 777 ser atacado por um caça ucraniano. Em seguida, o avião partiu-se em dois e caiu sobre o território da 'República de Lugansk' [autoproclamada pelos separatistas no lesta da Ucrânia]. Após o ataque, o avião ucraniano foi abatido e também caiu em território da República de Lugansk", segundo comunicado publicado na página oficial da região separatista. A aviação ucraniada nega ter feito disparos hoje.


Também suspeito de ter atacado o avião, um comando separatista indicou que os rebeldes federalistas pró-russos abateram uma aeronave de transporte militar ucraniana An-26 na mesma hora e região onde caiu o avião da Malaysia Airlines.


A notícia da queda já foi discutida entre os presidentes russo Vladimir Putin e dos Estados Unidos, Barack Obama, segundo informaram a Casa Branca e o Kremlin. O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ofereceu a Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, ajuda para esclarecer o que aconteceu, de acordo com a Casa Branca.

*Com informações da Agência Lusa e RTE News