quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Turistas que tiraram filhote de tubarão da água para foto são multados pelo ICMBio




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017


Episódio ocorreu na Unidade de Conservação de Fernando de Noronha (PE) e foi considerado crime ambiental

Dois turistas que fizeram uma filmagem com um filhote tubarão em Fernando de Noronha (PE) e o retiraram da água para gravar as imagens foram multados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em R$ 10 mil cada um. O animal chegou a se debater e mordeu o dedo da mulher que o segurava.




A turista sofreu ferimentos leves na mão, foi atendida no hospital São Lucas e, nesta terça-feira (7), prestou esclarecimentos ao Núcleo de Gestão Integrada (NGI) do ICMBio na ilha. Após investigações dos servidores e depoimento dos envolvidos, o NGI não teve dúvida: o casal cometeu crime ambiental.





Em nota, o Instituto faz questão de destacar que “o arquipélago de Fernando de Noronha proporciona a moradores e visitantes oportunidade única de vivenciar ambiente natural protegido onde as espécies vivem, interagem e completam seus ciclos naturais. Por isso, todos devem observar e contemplar a vida natural, interferindo o mínimo possível”.





A espécie que foi capturada pelo casal era o tubarão-limão e está ameaçada de extinção. O animal pode atingir cerca de 3 metros de comprimento. O nome é devido à coloração amarelada do dorso. É encontrado principalmente nas porções tropicais e sub-tropicais da costa da América do Norte e da América do Sul, no Oceano Atlântico. A sua distribuição vai desde o nordeste dos Estados Unidos até o Brasil, passando pelo Caribe e Golfo do México. Normalmente vive em regiões costeiras em águas de profundidade moderada junto ao fundo de areia.
Fonte: EcoDebate

Verão e chuvas reacendem discussão sobre qualidade da água no litoral



terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


Especialista alerta para cuidados permanentes com a qualidade da água e não apenas durante a temporada





De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que acompanha constantemente a balneabilidade do litoral, na cidade do Rio de Janeiro, a maioria das praias estão impróprias para banho. Na região da Ilha do Governador e Sepetiba, todas as praias estão com qualidade abaixo do aceitável para banho. Apenas as regiões da Zona Oeste e Zona Sul apresentam praias próprias para banhistas.



De acordo com Ariel Scheffer, biólogo e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, a preocupação com a qualidade da água deve ser constante e não apenas durante a temporada. “Embora o aporte de esgoto diminua fora da temporada de verão, para os moradores fixos do litoral o problema de comprometimento da balneabilidade persiste fora dessa época e deveria receber atenção constante ao longo do ano”, reforça.





Um estudo da SOS Mata Atlântica, de 2015, sobre a qualidade das águas de 183 rios de 11 estados revelou que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou péssima, 59,2% estão em situação regular e, em 13 pontos foram encontradas águas com qualidade boa, representando apenas 4,5% do total. “Levando-se em conta que a qualidade das águas costeiras brasileiras é bastante influenciada pelas condições de saneamento básico existente nas cidades litorâneas, sendo que a média nacional de esgoto coletado é de apenas 24%, pode-se dizer que a situação é grave”, aponta Scheffer.




Praias e rios limpos são sinônimo de alegria no verão, mas também são sinais de saúde para todas as espécies. Para os humanos, as consequências de se banhar em um ambiente contaminado podem envolver infecções (garganta, ouvido e olhos), diarreia, doenças de pele, gastroenterite e, em casos mais graves, hepatite A, cólera e febre tifoide. Para a fauna marinha os riscos também existem.
“Temos que considerar que a qualidade de água não é dada somente pelos parâmetros da balneabilidade, mas envolvem tipos de contaminantes mais persistentes, como produtos ou substâncias químicas, que podem ser mais perigosos que a contaminação fecal trazida pelos esgotos. Ainda temos a poluição por resíduos sólidos, sedimentos e até poluição biológica por espécies invasoras, que podem prejudicar nossa saúde, a biodiversidade e a economia da região”, defende Scheffer.




O especialista alerta ainda para outros fatores que são determinantes na manutenção da qualidade das águas durante períodos mais longos. “É preciso estar atento ao papel dos ecossistemas costeiros, incluindo as florestas, matas ciliares, manguezais, restingas, dunas, praias e costões e, também, os benefícios tangíveis e intangíveis de sua preservação. Além da necessidade de cobrar dos governos estaduais e locais os investimentos para saneamento”, afirma.




Scheffer dá um exemplo de intervenção para a manutenção dos serviços relacionados à água, como a criação de unidades de conservação – que são áreas naturais legalmente protegidas –, públicas e privadas. Alguns exemplos na região litorânea do Paraná são o Parques Estadual do Pico Marumbi e a Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba.






 “Se mantivermos os ecossistemas naturais bem conservados, eventuais cargas difusas de contaminação não resultam na perda expressiva da qualidade da água no litoral. Esta manutenção ecossistêmica da qualidade ambiental ajuda a promover o ‘marketing’ positivo da região, potencializa a economia local e mantém a boa qualidade de vida para os moradores e turistas”, conclui.




* Ariel Scheffer é membro da Rede de Especialistas de Conservação da Natureza, uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Fonte: EcoDebate

Estudo internacional indica que não há nível de desmatamento seguro para o clima na Amazônia

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017


Destruição da floresta interfere no transporte da umidade entre o oceano e o continente, alterando chuvas



Por Júlio Bernardes, do Jornal da USP
A interação entre a biosfera e a atmosfera na Amazônia é muito complexa para permitir uma estimativa segura de um nível de desmatamento que não interfira no clima da América do Sul. A conclusão é de um estudo internacional com a participação do Instituto de Física (IF) da USP. Os pesquisadores comprovaram, por meio de fórmulas matemáticas, que a destruição da floresta nativa tem efeito negativo no transporte da umidade entre o oceano e o continente, alterando a quantidade de chuvas na região destruída e em áreas distantes dos desmatamentos. Os resultados do estudo são descritos em artigo da revista Nature Scientific Reports.



A América do Sul apresenta o clima de monções, no qual a alternância entre a estação seca e a chuvosa é influenciada pelos ventos que trazem umidade do Oceano Atlântico. “Nos meses de inverno, entre junho e agosto, os ventos vão em direção à Colômbia, Venezuela e norte do Peru, até o Oceano Pacífico, e as chuvas ocorrem nessas regiões”, explica o professor Henrique Barbosa, do IF, um dos autores do artigo. “Entre dezembro e abril, em especial no verão, a Cordilheira dos Andes faz os ventos desviarem na direção do Sul do Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Sul e Sudeste do Brasil, aumentando as chuvas nessas regiões e na Amazônia brasileira.”



Barbosa aponta que diversos pesquisadores já alertaram para o risco de “savanização” da região, em referência à formação vegetal africana de clima seco. “Isso pode acontecer por meio de um processo denominado die back, ou ‘morte espontânea da floresta”, afirma. “O desmatamento altera o regime de temperatura e precipitação. Isso faz com que a vegetação de maior porte não sobreviva, dando lugar a espécies menores, como as do cerrado brasileiro, mesmo nas regiões que não foram desmatadas. O mesmo processo pode ocorrer devido às mudanças climáticas”.


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A pesquisa utilizou o método das redes complexas, uma ferramenta para análise de dados usada por físicos para o estudo de sistemas dinâmicos. “A rede é representada por um conjunto de pontos ligados por linhas. Combinados, eles formam uma rede que pode ser estudada através de métodos matemáticos”, diz o professor do IF. “Na pesquisa sobre o clima da Amazônia, os pontos são a latitude e a longitude de cada área; as linhas, a quantidade de umidade transportada pelos ventos. Assim, é possível identificar pontos muito importantes na rede, como regiões que fazem a intermediação no transporte de umidade, como o Arco do Desmatamento, no Acre e em Rondônia.”



Efeito negativo
O trabalho enfatizou que o desmatamento gera um efeito negativo no mecanismo de retroalimentação das chuvas. “Normalmente, o vapor de água é trazido dos oceanos pelos ventos. Então no continente ele se condensa e chega à superfície na forma líquida, com as chuvas”, relata o professor do IF. “Essa água é absorvida pelas grandes árvores da Amazônia, e parte volta à atmosfera por meio da evapotranspiração. Isso ajuda a manter o ar úmido, e esta umidade é carregada por milhares de quilômetros pelos ventos, levando as chuvas para toda a região.”



O desmatamento, segundo a pesquisa, diminui a evapotranspiração, faz com que o ar fique mais seco e diminua a quantidade de chuvas. “Isto também reduz a velocidade dos ventos e o transporte de umidade sobre a floresta, fazendo com que venha menos vapor de água do oceano, diminuindo ainda mais as chuvas”, ressalta Barbosa. Os pesquisadores criaram uma equação para representar o mecanismo de retroalimentação, entre a precipitação e o transporte de umidade, e variaram as dimensões do desmatamento para estudar os seus efeitos. “Quando incluímos esta retroalimentação, a resposta do sistema (redução das chuvas em função do desmatamento) passou a ser fortemente não linear, caótica, imprevisível.”



Este resultado demonstrou que não é possível estabelecer um nível de desmatamento seguro, ou seja, que não vá mudar o comportamento do sistema. “Pesquisadores apontam que haveria dois estados de equilíbrio para a Amazônia, um com a floresta nas dimensões atuais e outro com menos chuvas e evapotranspiração, e vegetação similar à do cerrado”, diz o físico. “A transição do sistema para o outro estado de equilíbrio seria catastrófica. Com a redução do porte da vegetação, que armazena o carbono, a quantidade de gás carbônico liberado na atmosfera seria enorme, e consequentemente contribuiria fortemente com as mudanças climáticas em todo o planeta.”



A pesquisa faz parte de um projeto temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com a Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG), fundação de pesquisa da Alemanha. A coordenação do projeto é dos pesquisadores Elbert Macau, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e Jürgen Kurths, do Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK), na Alemanha. O artigo A deforestation-induced tipping point for the South American monsoon system, publicado pela revista Nature Scientific Reports, é assinado por físicos do IF, do PIK e da École Normale Supérieure (França).



Fonte: EcoDebate

Terras indígenas têm 80% da biodiversidade

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017


Mais de 370 milhões de pessoas se reconhecem como indígenas em 70 países, e seus territórios ancestrais concentram mais de 80% da diversidade biológica do planeta. Só na América Latina, há mais de 400 povos, embora a maior concentração ocorra na Ásia Pacífico, com 70% de sua população se definindo como indígena.





Os povos indígenas têm ricas culturas ancestrais que consideram seus sistemas sociais, econômicos, ambientais e espirituais interdependentes.




Graças aos seus conhecimentos tradicionais e à sua compreensão da gestão dos ecossistemas, os indígenas realizam uma contribuição valiosa para o patrimônio da humanidade. “Mas também estão entre os grupos mais vulneráveis, marginalizados e desfavorecidos”, alerta o Fundo Internacional par ao Desenvolvimento Agrícola (Fida). “E têm variados conhecimentos profundos do mundo natural”, destaca essa organização com sede em Roma.





“Infelizmente, com frequência os povos indígenas pagam o preço de serem diferentes e sofrem discriminação”, apontou o Fida, que inicia hoje uma Reunião Global sobre o Fórum de Povos Indígenas, que terminará no dia 13, na capital italiana. Essa agência da Organização das Nações Unidas (ONU) reunirá representantes de instituições indígenas, bem como seus sócios para manter um diálogo direto entre todos e melhorar a participação dos povos autóctones nos programas nacionais que financia.






Há séculos as comunidades indígenas são “despojadas de suas terras, seus territórios e recursos, e perderam o controle sobre seus estilos de vida. Representam 5% da população mundial, mas também 15% dos pobres”, relata o Fida. Uma das formas mais efetivas para tirá-los da pobreza é apoiar seus esforços para desenhar e decidir seus destinos, bem como garantir que participem da criação e da gestão das iniciativas de desenvolvimento.






A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 13 de setembro de 2007, estabelece um marco universal de padrões mínimos para sua sobrevivência, seu bem-estar e o gozo de seus direitos. O documento trata de direitos individuais e coletivos; questões de identidade e de cultura; educação; saúde; emprego e idiomas. Além disso, proíbe a discriminação e promove sua total e efetiva participação em todos os assuntos que lhes dizem respeito.




Também garante o direito de permanecerem diferentes e perseguirem suas próprias prioridades em termos econômicos, sociais e desenvolvimentos culturais. O Dia Internacional dos Povos Indígenas é comemorado todo 9 de agosto para destacar seus direitos. O Fida trabalha, há mais de 30 anos, com povos indígenas, e, desde 2003, 22% do seu orçamento anual é destinado a projetos referentes a eles, principalmente na América Latina e Ásia.




Desde 2007, é administrado o mecanismo de assistência aos povos indígenas (Ipaf). Mediante pequenos empréstimos de até US$ 50 mil, são financiados pequenos projetos apresentados por eles, a fim de fortalecer sua cultura, sua identidade, seu conhecimento, seus recursos naturais bem como seus direitos humanos e o de propriedade intelectual.



Para facilitar a concretização dos compromissos, o Fida criou o Fórum dos Povos Indígenas, que promove o diálogo e as consultas entre organizações indígenas, funcionários do fundo e os Estados membro. Ao fortalecer as organizações de base e a governança local, também ajuda as comunidades indígenas a participar do desenho de estratégias para seu desenvolvimento e a perseguir seus próprios objetivos e visões.


A terra não só é fundamental para a sobrevivência dos povos indígenas, como é para a maioria das populações rurais, mas principalmente é central para sua identidade. “Possuem uma profunda relação espiritual com seus territórios ancestrais. Além disso, quando têm um acesso seguro à terra também têm uma base firme a partir da qual melhorar seu sustento”, destaca o Fida.



As comunidades indígenas e seus sistemas de conhecimento podem desempenhar um papel vital na conservação e gestão sustentável dos recursos naturais. O Fida – também chamado de banco dos pobres, por oferecer empréstimos e créditos a juros baixos para comunidades rurais pobres – reconhece o potencial não aproveitado das mulheres indígenas como administradoras dos recursos naturais e da biodiversidade, como guardiãs da diversidade cultural e como agentes de paz e intermediárias na mitigação de conflitos.



Entretanto, as indígenas costumam estar entre os integrantes mais desfavorecidos de suas comunidades por causa de seu limitado acesso à educação, aos seus ativos e aos créditos, bem como pela sua exclusão dos processos de decisão.



O Fida é um órgão especializado da ONU, criado como instituição financeira internacional em 1977, um dos resultados mais importantes da Conferência Mundial sobre Alimentação de 1974, organizada para responder à crise alimentar do começo da década de 1970 e que afetou particularmente os países africanos do Sahel. Nessa conferência, os participantes acordaram sobre a “necessidade de ser criado imediatamente um fundo internacional para financiar projetos de desenvolvimento agrícola, principalmente destinados à produção de alimentos nos países em desenvolvimento”.



Um dos elementos mais importantes derivados da Conferência foi a compreensão de que a insegurança alimentar e a fome não eram causadas tanto pelas más colheitas, mas por problemas estruturais relacionados com a pobreza, e o fato de que a maioria das populações pobres dos países em desenvolvimento se concentram em zonas rurais.
Desde sua criação o Fida investiu US$ 18,4 bilhões que beneficiaram cerca de 464 milhões de pessoas em áreas rurais.



Fatos fundamentais



* Há mais de 370 milhões de pessoas que se autodefinem como indígenas em pelo menos 70 países
* A Ásia concentra o maior número de indígenas.
* Existem cerca de cinco mil grupos indígenas que ocupam aproximadamente 20% das terras do planeta.
* Os povos indígenas representam menos de 6% da população mundial, mas falam mais de quatro mil lingas, das quais sete mil existem atualmente.
* Uma das principais causas da pobreza e marginalização das comunidades indígenas é a perda de controle sobre suas terras, seus territórios e recursos naturais.
* Os indígenas têm um conceito de pobreza e de desenvolvimento em função de seus valores, suas necessidades e prioridades. Não consideram a pobreza apenas como falta de renda.
* Um número crescente de indígenas vive nas cidades devido à degradação de suas terras, da expropriação, dos despejos forçados e da falta de oportunidades de emprego.
Fonte: Fida

Criador da arquitetura Earthship vem ao Brasil para palestra e projeto de vila sustentável





O modelo de arquitetura desenvolvido por Reynolds tem como intuito gerar o menor impacto ambiental possível.




O arquiteto norte-americano Mike Reynolds, criador do conceito Earthship de arquitetura sustentável com a reutilização de materiais, está com data para vir ao Brasil. Entre os dias 23 e 24 de março, ele dará palestras em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e ainda desenvolverá a 1a Vila Sustentável Earthship na cidade.



Para antecipar um pouco o que irá abordar durante encontro e tirar dúvidas dos participantes, Reynolds, participará, na próxima quarta-feira (15), às 19h, de um bate-papo com internautas, através de uma Live pelo Facebook (veja aqui). A ação contará com tradução simultânea.



O modelo de arquitetura desenvolvido por Reynolds tem como intuito gerar o menor impacto ambiental que uma construção pode ter. Por isso, seus projetos são elaborados considerando as questões climáticas locais, usando materiais alternativos e, na maior parte das vezes, reaproveitados, além de outras soluções que usam a natureza a favor da obra e da utilização dos espaços.


Um dos destaques do arquiteto foi a construção da primeira escola sustentável do América Latina, localizada no Uruguai. O prédio foi construído por voluntários entre janeiro e março de 2016, usando muitos materiais alternativos e soluções bioclimáticas. (Clique aqui para ver os detalhes deste trabalho).



Durante o encontro em Ribeirão Preto, o arquiteto abordará a história da “Earthship” e os seis princípios que a regem: a coleta e o armazenamento de água da chuva, tratamento de esgoto, uso de energias renováveis e de massa térmica para aquecer e resfriar o ambiente, de materiais reciclados e produção de comida. O arquiteto ainda compartilhará experiências vivenciadas em diferentes lugares do mundo em seus 45 anos de profissão e o desenvolvimento de técnicas ambientais.


Segundo a arquiteta Fátima Souza, uma das organizadoras do evento e integrante da equipe que construiu a escola no Uruguai, o seminário será uma excelente oportunidade para profissionais e estudantes de Arquitetura e áreas afins aprenderem sobre as obras “Earthship”.




“As estruturas criadas pelo arquiteto Mike Reynolds aproveitam materiais que seriam descartados, como latas de alumínio, garrafas plásticas, pneus usados, além de itens naturais como madeira e terra. Os espaços produzidos mantêm a temperatura ambiente e o funcionamento é independente de energia e água de redes externas. Outro destaque, é a produção de alimentos por meio das células botânicas que limpam toda a água utilizada na casa e depois é devolvida à natureza, sem poluentes”, explica.
Vila Sustentável Earthship



Além do ciclo de palestras Mike Reynolds desenvolverá o projeto de construção da 1ª Vila Sustentável Earthship em Ribeirão Preto (SP), que tem como objetivo dar moradia e dignidade a 54 moradores vindos da luta antimanicomial e de outros grupos em vulnerabilidade social.


Fátima conta que a ação tem como propósito abrir novas portas para a economia e a sustentabilidade da cidade.  “Principalmente quando se trata da correta destinação do lixo que está em vias de comprometer o Aquífero Guarani, manancial de água doce que abastece o nosso município”, finaliza.


Clique aqui para mais informações e inscrições.
http://www.palestramikereynolds.com.br/


Fonte: Ciclo Vivo