terça-feira, 12 de maio de 2015

Conservacionistas e ativistas dos direitos animais falam a mesma língua?

Foto do colunista convidadoYara de Melo Barros
Diretora técnica do parque das aves e diretora de comunicação da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil


Yara de Melo Barros - 11/05/15

Recentemente zoos e aquários estiveram com os holofotes voltados para eles, por conta da vinda de dois ursos polares para o Brasil. Isso acirrou a já complicada disputa entre conservacionistas e defensores da "causa animal".
 23062007-mitu-mitu
Diante deste cenário, é interessante e esclarecedor discutir aqui alguns pontos do excelente artigo de Michael Hutchings e Christen Weemer "Wildlife conservation and animal rights: are they compatible?" (em português, "Conservação da vida selvagem e direitos direitos dos animais: eles são compatíveis?").

Os autores fazem uma clara distinção entre o que eles chamam de ética de conservação ambiental e a ética dos direitos animais. As duas têm um ponto em comum que é a preocupação com animais. Mas daí para frente, o conflito surge especialmente por causa da abordagem e do escopo.

A ética de conservação ambiental tem como base a conservação da biodiversidade, o que significa que a prioridade não são os indivíduos, mas espécies, populações e ecosistemas como um todo.


A perspectiva da ética dos direitos animais ignora a importância de espécies e ecossistemas e enfatiza apenas o bem-estar de indivíduos, e usa a sensciência como única característica que merece um julgamento moral de como agir com relação aos animais.


Defendem acirradamente a criação de "santuários", onde cada animal possa supostamente viver feliz e não vêem legitimidade em programas de reprodução em cativeiro para conservação nem acreditam no trabalho de conscientização e educação que zoos e aquários podem realizar.

Preservação das espécies
"O que assusta no discurso do pessoal da Liberação Animal é justamente o desinteresse pela conservação. Literalmente nos dizem que a conservação que "se dane" se tiver que ser feita às custas da manutenção de animais em cativeiro."
Os autores argumentam que esta perspectiva reducionista do mundo natural é ingênua. Para Rodman (1977), a cultura de liberação animal é uma filosofia antropomórfica, o que explica parte do seu apelo popular.

Geralmente os discursos contra zoos os acusam de "especismo": colocar as necessidades humanas acima das dos não-humanos senscientes.

O que assusta no discurso do pessoal da Liberação Animal é justamente o desinteresse pela conservação. Literalmente nos dizem que a conservação que "se dane" se tiver que ser feita às custas da manutenção de animais em cativeiro. Essa visão é simplista e antropocêntrica. E geralmente vem associada a uma negação da ciência, pois acham que ela "justifica a exploração animal".

Bons zoos e aquários seguem o caminho conservacionista: acreditam que devem fazer todo o esforço possível para a recuperação de espécies ameaçadas, pois elas são, como colocado pelos autores, representantes de um processo de degradação ambiental e importantes para a integridade de ecosistemas.

O fato de não termos indivíduos como prioridade não é descaso ou falta de preocupação com animais. Basicamente todos que trabalham em zoos e aquários amam animais. Mas conseguimos ter uma visão macro que nos permite pautar nossas ações com o objetivo de conservação.

O movimento de liberação animal nega qualquer legitimidade na associação de animais com benefícios financeiros. Na prática, quem trabalha com conservação sabe que muitas espécies terão mais chances de proteção se os projetos trabalharem a questão de geração alternativa de renda para as comunidades locais, ou investirem recursos para mitigar possíveis prejuízos que a fauna possa trazer para populações carentes. Por exemplo, em um artigo anterior, descrevi a importância da distribuição de galinheiros a donos de sítios para proteger suas aves, e assim evitar que eles matem os lobos.

Zoos na conservação11052015-tatu-canastra
"O termo 'sequestrar' animais na natureza também é uma constante nos ataques que recebemos. Claro, ignoram o fato de que muitas vezes a retirada temporária da natureza pode ser a única chance de sobrevivência de muitas espécies."
Temos no Brasil um bom exemplo de que o recurso arrecadado por zoos e aquários possibilita a conservação de espécies na natureza.


É o Projeto Tatu-Canastra, coordenado pelo biólogo Arnaud Desbiez. O projeto, desenvolvido no pantanal, tem obtido dados importantes e inéditos sobre uma espécie que era pouco conhecida. Este projeto acaba de receber o Whitley Award, o "Oscar Verde", e tem 80% do seu financiamento proveniente de zoos. Como diz o próprio Arnaud "sem zoos, sem projeto".


A Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB) fez em 2014 o Ano do Tatu, em parceria com este projeto, para divulgar entre os visitantes de zoos a importância da conservação dos tatus brasileiros. Uma parceria que permitiu que a mensagem do projeto tivesse um alcance que dificilmente alcançaria de outra forma.


O termo "sequestrar" animais na natureza também é uma constante nos ataques que recebemos. Claro, ignoram o fato de que muitas vezes a retirada temporária da natureza pode ser a única chance de sobrevivência de muitas espécies. O Amphinian Ark é uma entidade que busca assegurar a sobrevivência e diversidade das espécies de anfíbios com foco nas que não podem atualmente ser protegidas nos ambientes onde vivem, e eles indicam que pelo menos 500 espécies no mundo todo precisam ser resgatadas imediatamente na natureza para evitar que sejam extintas.


A SZB criou uma força-tarefa, Zoos Unidos pela Conservação de Anfíbios, e vamos começar a buscar parcerias com universidades para começar projetos de resgate e reprodução em cativeiro, sob a orientação do Amphibian Ark.


O mutum-de-Alagoas (Pauxi mitu) é um bom exemplo de uma espécie que só existe por causa da intervenção humana. Os últimos três indivíduos selvagens foram retirados da natureza praticamente enquanto a mata atrás deles era derrubada para o plantio de cana. Hoje o Programa de Reprodução em cativeiro é um sucesso e em breve a espécie deve ser reintroduzida em sua área de ocorrência. Se olharmos a questão do mutum-de-Alagoas pelo prisma da ética de liberação animal, o resgate das últimas aves na natureza nunca deveria ter sido feito, pois seus defensores em geral fazem a afimação – antropomórfica -- que têm "certeza absoluta" de que "os animais prefeririam estar extintos do que confinados para o resto da vida".


 Este é um exemplo do direito individual de cada animal colocado acima das prioridades de conservação e, mais, acima da razão e da coerência.


Os zoos brasileiros acabam de se juntar ao programa de reprodução em cativeiro da espécie, e também queremos auxiliar nos trabalhos de reintrodução.


Na SZB, acreditamos que o futuro dos programas de conservação de espécies ameaçadas é o "One Plan Approach" (ou Plano Único, em tradução livre), proposto pelo Grupo Especialista em Reprodução para a Conservação (CBSG), da IUCN. Esta é uma estratégia que propõe trabalhar a conservação de espécies de forma integrada, através do desenvolvimento de estratégias de manejo e ações de conservação por todas as partes envolvidas, seja dentro ou fora da área de ocorrência das espécies, o que inclui programas de cativeiro.


Ainda temos esperança que conservacionistas e ativistas da libertação animal possam encontrar uma forma de colaboração e trabalho conjunto, para combater o inimigo comum que é o uso insustentável dos recursos naturais.


Finalizo com uma ótima citação de Hutchings: "Aderir a uma filosofia que enfatiza a reverência à vida, mas ignora as condições para que ela exista, faz com que você seja infiel às suas próprias ideias".



Comentários (2)

Avatar de - Ir para o perfil
Boa argumentação! Temos que ampliar esta discussão no Brasil. O fundamentalismo atrapalha em todas as questões, inclusive nas ambientais.
Avatar de José Truda
José Truda · 2 horas atrás
Excelente artigo que demonstra de maneira claro descompromisso da imensa maioria dos autointitulados "protetores de animais" com a conservação da biodiversidade. Preferem fazer proselitismo fanático_religioso enquanto espécies se extinguem. E o pior é que influenciam políticas públicas aqui em Banânia, onde os demagogos que nos desgovernam aforam ter uma claque barulhenta e sem compromisso efetivo com o mundo real.

PARA O BEM DE SUA FAMÍLIA E DESTA NAÇÃO.URGENTE! Votação para novo ministro do STF é HOJE!!!








ENVIE UM E-MAIL PARA OS SENADORES PEDINDO:  


Senhor senador não aprove Fachin para o STF! 


Copie os endereços eletrônicos abaixo, cole no campo “Para” do seu e-mail e envie sua mensagem de repúdio aos senadores: 

acir@senador.leg.br; 
aecio.neves@senador.leg.br; 
aloysionunes.ferreira@senador.leg.br; alvaro.dias@senador.leg.br; 
ana.amelia@senadora.leg.br; angela.portela@senadora.leg.br; antonio.anastasia@senador.leg.br; antonio.carlos.valadares@senador.leg.br; ataides.oliveira@senador.leg.br; benedito.lira@senador.leg.br; 
blairo.maggi@senador.leg.br; cassio.cunha.lima@senador.leg.br; ciro.nogueira@senador.leg.br; cristovam.buarque@senador.leg.br; dario.berger@senador.leg.br; davi.alcolumbre@senador.leg.br; delcidio.amaral@senador.leg.br; donizeti.nogueira@senador.leg.br; douglas.cintra@senador.leg.br; 
edison.lobao@senador.leg.br; eduardo.amorim@senador.leg.br; elmano.ferrer@senador.leg.br; eunicio.oliveira@senador.leg.br; fatima.bezerra@senadora.leg.br; fernandobezerracoelho@senador.leg.br; fernando.collor@senador.leg.br; 
flexa.ribeiro@senador.leg.br; 
garibaldi.alves@senador.leg.br; gladson.cameli@senador.leg.br; gleisi.hoffmann@senadora.leg.br; 
heliojose@senador.leg.br; 
humberto.costa@senador.leg.br; 
ivo.cassol@senador.leg.br; 
jader.barbalho@senador.leg.br; joao.alberto.souza@senador.leg.br; joao.capiberibe@senador.leg.br; 
jorge.viana@senador.leg.br; jose.agripino@senador.leg.br; jose.maranhao@senador.leg.br; josemedeiros@senador.leg.br; 
jose.pimentel@senador.leg.br; 
jose.serra@senador.leg.br; lasier.martins@senador.leg.br; lidice.mata@senadora.leg.br; lindbergh.farias@senador.leg.br; lucia.vania@senadora.leg.br; 
luizhenrique@senador.leg.br; magno.malta@senador.leg.br; marcelo.crivella@senador.leg.br; maria.carmo.alves@senadora.leg.br; marta.suplicy@senadora.leg.br; 
omar.aziz@senador.leg.br; 
otto.alencar@senador.leg.br; 
paulo.bauer@senador.leg.br; 
paulopaim@senador.leg.br; 
paulo.rocha@senador.leg.br; 
raimundo.lira@senador.leg.br; randolfe.rodrigues@senador.leg.br; reginasousa@senadora.leg.br; 
reguffe@senador.leg.br; 
renan.calheiros@senador.leg.br; ricardo.ferraco@senador.leg.br; roberto.requiao@senador.leg.br; robertorocha@senador.leg.br; 
romario@senador.leg.br; 
romero.juca@senador.leg.br; 
ronaldo.caiado@senador.leg.br; 
rose.freitas@senadora.leg.br; 
sandrabraga@senadora.leg.br; sergio.petecao@senador.leg.br; simone.tebet@senadora.leg.br; tasso.jereissati@senador.leg.br; telmariomota@senador.leg.br; 
valdir.raupp@senador.leg.br; vanessa.grazziotin@senadora.leg.br; vicentinho.alves@senador.leg.br; waldemir.moka@senador.leg.br; 
pinheiro@senador.leg.br; wellington.fagundes@senador.leg.br; wilder.morais@senador.leg.br; 
zeze.perrella@senador.leg.br
 
 

PDT perde seu Ministério, mas não vota contra o trabalhador


Figueiredo, líder do PDT, já avisou a Temer

Paulo de Tarso Lyra

Correio Braziliense

O PDT, que na semana passada votou integralmente contra a MP 665, avisou no final de semana ao vice-presidente Michel Temer que repetirá a votação negativa na análise da MP 664 que altera regras para o pagamento das pensões. O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), sequer aceitou participar da reunião dos líderes da base com Temer, na manhã desta terça-feira, no gabinete da vice-presidência.

Ao Correio, Figueiredo afirmou que o partido votará contra as duas MPs por uma questão programática e caso a presidente Dilma Rousseff deseje, poderá tirar o ministério do Trabalho do controle do partido.

“É uma decisão de qual base a presidente deseja ter no Congresso. O que é melhor: o PDT que avisa de antemão que votará contra uma proposta do governo, ou outras legendas que prometem apoiar as medidas mas só entregam metade dos votos da bancada?”, questionou o líder do PDT.


A crítica do pedetista é voltada especialmente ao PP e ao PTB que racharam durante a votação da MP 665 na semana passada. O PP, inclusive, tem reunião marcada para esta terça-feira (12/5) para definir se permanecerá na base de apoio ao governo como desejam os líderes da legenda, ou se assume uma postura de independência como cobra a base do partido.

Polícia Federal já concluiu inquéritos contra quatro ex-deputados


Resultado de imagem para andre vargas preso
Inquérito contra André Vargas andou a jato
Andreza Matais e Ricardo Brandt
Estadão


A Polícia Federal concluiu sete inquéritos que apuram a responsabilidade criminal de quatro ex-parlamentares, três dos quais presos na 11.ª fase da Operação Lava Jato – Luiz Argôlo (SD/BA), Pedro Corrêa (PP/PE) e André Vargas (sem partido/PR). Os três e Aline Corrêa (PP-PE), filha de Pedro Corrêa, foram indiciados.


Segundo a PF, os ex-parlamentares foram indiciados por corrupção, fraude a licitações, lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros delitos. Ao todo, trinta investigados foram indiciados. Em alguns casos houve investigados que foram indiciados em mais de um procedimento.


Vargas foi preso em 10 de abril, na Operação A Origem – 11 ª fase da Lava Jato. Segundo a força-tarefa, a agência de publicidade BorghiLowe Propaganda e Marketing Ltda, que administra contas publicitárias de órgãos como a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde, teria contratado serviços de seis outras empresas para a realização de serviços de publicidade para o banco estatal e o ministério, e as orientado a realizar pagamentos de comissões de bônus de volume nas contas das empresas Limiar e LSI controladas por André Vargas e seus irmãos.


LAVAGEM DE DINHEIRO
Ele também está sob suspeita por lavagem de dinheiro na compra da própria casa em Londrina, no interior do Paraná. O imóvel foi sequestrado por ordem do juiz federal Sérgio Moro. Vargas declarou a compra do imóvel por R$ 500 mil, segundo consta da escritura. Mas o vendedor, em sua declaração de rendimentos, declarou o negócio por R$ 980 mil, “preço integralmente recebido em 2011″.


O ex-parlamentar é investigado ainda pelo repasse de R$ 2.399.511,60, em espécie, do doleiro Alberto Youssef, personagem central do esquema de corrupção na Petrobrás, para o ex-deputado. Seu envolvimento com o doleiro levou Vargas a ter o mandato cassado em dezembro do ano passado e também ser expulso do PT.


CORRÊA E ARGOLO
Segundo o decreto de prisão de Pedro Corrêa, ele teria recebido propinas do esquema de corrupção na Petrobrás mesmo quando estava sob julgamento no Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. Seu mandato foi cassado pela Câmara dos Deputados em 15 de março de 2006 no âmbito do mensalão.


O ex-deputado Luiz Argôlo teria recebido ao menos R$ 1,2 milhão do doleiro Alberto Youssef. Segundo as investigações da Polícia Federal, ele chegou ainda a ser sócio do doleiro na empresa Malga Engenharia. O próprio doleiro, em sua delação, afirmou que fez repasses a Argôlo desde quando o conheceu, em 2011. Segundo a Procuradoria da República, o ex-parlamentar teria recebido bens, propina e teria tido contas pagas pelo doleiro.

Dilma, a incrível, consegue mais um recorde negativo

segunda-feira, 11 de maio de 2015




 Vendas no Dia das Mães caem pela 1ª vez em 13 anos, aponta Serasa Experian
Indicador que mediu as vendas na data comemorativa de 2015 revelou que de 04 a 10 de maio houve queda de 2,6% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior

As vendas para o Dia das Mães caíram pela primeira vez em 13 anos e o comércio registrou o pior resultado para o período desde 2003. O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, que mediu as vendas na data comemorativa de 2015, revelou que de 04 a 10 de maio houve queda de 2,6% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior (05 a 11 de maio). Os economistas da instituição apontam o orçamento apertado das consumidores com a alta da inflação, o custo elevado do crédito e a queda nos níveis de confiança como fatores que pesaram para o resultado.

Esta é a primeira queda desde o início da série histórica, em 2003. "No final de semana do Dia das Mães (08 a 10 de maio), as vendas caíram 3,9% em todo o País na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior (09 a 11 de maio)", diz a Serasa, em nota.

Na cidade de São Paulo, a queda nas vendas durante a semana do Dia das Mães foi de 4,9% ante a mesma semana do ano passado. No final de semana da data, a retração foi de 6,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: IstoÉ OnLine
 
 

Crueldade com animais terá penas mais severas. Na Câmara Legislativa, deputado sugere que vaquejada seja esporte [concordo, desde que ilustre deputado seja o boi, ou no mínimo o cavalo].


Senadores analisam texto sobre crimes e penas para maus-tratos aos animais

Presidentes de associações dizem que as punições aumentaram, mas ainda são muito brandas. Na Câmara Legislativa, deputado sugere que vaquejada seja esporte [desde que ilustre deputado seja o boi, ou no mínimo o cavalo.]

 Marília com Shay e outros "protegidos", em casa: "Cuidar de um animal resgatado é gratificante"

A pena para quem comete maus-tratos contra animais pode aumentar. A punição, que hoje varia de 3 meses a 1 ano de detenção e multa, deve chegar a três anos de reclusão. A determinação está prevista no artigo 408 do Novo Código Penal. O aumento das punições, no entanto, não satisfaz as organizações protetoras de animais. Protetores ouvidos pelo Correio consideraram as mudanças brandas. Um dos pontos polêmicos é a retirada dos artigos referentes ao abandono, à omissão de socorro e ao transporte inadequado de animais. Senadores analisam o texto hoje, em sessão extraordinária.

A nova legislação veio para evitar o que ocorreu com o gato Shay, vítima de brutalidade há seis anos. O antigo dono o abandonou em uma clínica veterinária porque o animal não tinha o movimento das patas traseiras. A servidora pública Cláudia Guimarães, 53 anos, encontrou o bichano desconsolado no estabelecimento. Sensibilizada, ela decidiu assumir os custos do tratamento de Shay e adotá-lo. Com algumas limitações, ele voltou a andar.

Cláudia e a filha, a estudante Marília Guimarães, 26 anos, comemoram o aumento da pena, mas acham que a legislação não será suficiente para proteger os animais. “É um avanço, mas ainda é muito pouco comparado ao que eles sofrem. Os animais não têm como se defender”, diz Marília. A jovem, no entanto, não desanima. “Cuidar de um animal resgatado é gratificante. Foi incrível ver o brilho nos olhos de Shay quando ele conseguiu pular primeira vez.”

Lilian Rockenbach, coordenadora do Movimento Crueldade Nunca Mais, está entre as que se consideram insatisfeitas com as alterações no texto original do projeto. Ela ajudou a fundar, em 2012, a organização, que, em parceria com o Fórum Nacional de Defesa e Proteção Animal, encabeça campanha para que as penas sejam aumentadas. “O texto modificado prejudicou muito os animais, diminuiu as penas e descriminalizou condutas que haviam sido contempladas”. 


 [que se castigue com rigor um bandido, é aceitável e até necessário e conveniente.Mas, um animal é totalmente indefeso.
Pena que a matéria não traga o nome do ilustre parlamentar. Deveria deixar de ser covarde e se identificar ao defender sua imbecil e cruel sugestão.]
 

Hoje: dia D para Fachin - o Brasil das PESSOAS DE BEM espera que seja o fim político daquele que defende o PT, a Dilma, a corja petralha, o MST, o FIM DA FAMÍLIA






A dúvida Fachin

 

A justificativa do jurista Luiz Edson Fachin para acumular o cargo de procurador do Estado do Paraná com o trabalho de advogar causas privadas é muito ruim. Ele mostra que entrou em uma brecha e disse ter direito adquirido a fazer algo que obviamente não deveria ocorrer. Fachin explicou em vídeo que ele fez o concurso pouco tempo antes de a Constituição paranaense vedar o trabalho duplo.


 

O novo indicado para o Supremo, que hoje enfrenta a sabatina no Senado, pediu votos para a presidente Dilma. E isso não tem problema algum. Está no seu direito. É a favor da reforma agrária até em terras produtivas. E isso também não é problema, porque o Supremo é um colegiado e existem leis no país. Não é o voto — que todo cidadão tem o direito de escolher e, se for o caso, divulgar publicamente — nem mesmo suas ideias que causam desconforto. O problema é o risco de aparelhamento do STF. 



[o STF, infelizmente, já está aparelhado. Basta ver o caso MENSALÃO - PT e temos a certeza. Condenaram os bandidos mensaleiros mas logo encontraram uma forma de aliviar as penas. Todos estão soltos, os únicos presos foram os babacas não políticos. Outro exemplo é o PETROLÃO - PT, em que tudo é motivo para aliviar para os acusados. Ainda corremos o risco de suas excelências decidirem que a Emenda Constitucional da Bengala, rocem promulgada, é inconstitucional. Perdi a fé no STF desde que eles conseguiram transformar o bizarro 'casamento gay'  em 'família'. Fizeram a leitura do artigo 226 da Constituição Federal da forma que entenderam.] 


 É isso que assusta o país. Até porque essa não é uma decisão que se possa refazer a cada quatro anos. O país carrega por anos, e governos, a consequência de cada indicação.
Veja-se o caso do ministro Celso de Mello. Ele foi indicado pelo ex-presidente José Sarney e atravessou os governos Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula e Dilma.  

Aproxima-se dos 70 anos com uma coleção formidável de elogios à sua atuação. Toda pessoa que o admira já discordou de voto seu. Mas o que se sente é que o jurista Celso de Mello sustenta seu voto em conhecimento sólido das leis e da jurisprudência. Infelizmente, não se tem, em relação a alguns dos indicados mais recentes, a mesma certeza de que eles buscarão na lei, e não na carteirinha partidária, a inspiração para as decisões que tomam.


É isso que pesa sobre Fachin. Depois das demonstrações de independência dadas por ministros como Ayres Britto e Joaquim Barbosa, indicados pelo ex-presidente Lula, os critérios começaram a mudar. Por isso é natural que o país queira que os senadores tenham os cuidados necessários na sabatina e na votação. O Senado não existe para ratificar nomes. Ao longo da história dos Estados Unidos, 12 nomes foram recusados, e não entra na conta a advogada do então presidente George Bush II, Harriet Miers. Ele retirou o nome dela diante das resistências.



 
Há casos de ministros escolhidos que, em determinada situação, se declaram impedidos. Foi o que fez Marco Aurélio Mello no julgamento que envolveu o ex-presidente Fernando Collor, que o indicou e de quem é parente. Não tivemos o mesmo conforto com Dias Toffoli. Mesmo tendo sido advogado do PT, ele não se declarou impedido na votação do mensalão. [o ministro Marco Aurélio foi indicado para integrar o STF pelo primo Collor, por competência e independência; já o Dias Toffoli foi indicado para ser, por baixo da toga do Supremo, o advogado do PT.]
Fachin gravou vídeo, no último fim de semana, para a sua campanha em mídia social em que fez sua defesa no caso do duplo trabalho no Paraná. 



 Recorreu aos termos do edital do concurso que fez para justificar não cumprir a Constituição do Estado. O edital do concurso foi anterior à Constituição, mas ele assumiu após estar em vigor a proibição de que um procurador do Estado também atue na banca privada. Parece cristalino que um edital não se sobrepõe à lei maior do Estado e que essa acumulação é inconveniente. Fachin acha que tem direito adquirido de acumular as tarefas em tudo contraditórias.


O único problema da declaração de voto de Fachin em Dilma é que no conteúdo do manifesto ele mostrou ter certa dissonância cognitiva. Segundo disse: “o governo que queremos é o governo que preservou as instituições democráticas e jamais transigiu com o autoritarismo (...) Nestes últimos anos a liberdade de expressão fluiu no país, não houve um ato do governo que limitou esse direito.” O que ele tentou dizer? Que nos governos anteriores, como o de Fernando Henrique Cardoso, para citar um, não houve liberdade de expressão, respeito às instituições democráticas e intransigência com o autoritarismo? 



 O jurista elogia o governo petista por não ter escolhido para a Procuradoria da República alguém do seu “convívio e conveniência”. Seria bom se o governo seguisse essa mesma regra ao indicar os ministros do STF, porque eles permanecerão no cargo por muitos governos.



Fonte: Blog da Míriam Leitão

 

O governo no telhado



 


Sete meses depois da eleição, Dilma ainda não conseguiu formular um plano. Na escuridão gerencial, proliferam ‘ideias’, como a de limitar o uso da internet nos ministérios

Depois de dez horas de reunião, no sábado 25 de abril de abril, Dilma Rousseff constatou que andava em círculos, sem saber por onde começar o corte de investimentos em obras e a redução dos serviços de manutenção da infraestrutura. Era noite quando despediu-se de ministros e presidentes de bancos federais. Nos dias seguintes o Ministério da Fazenda começou a negociação dos cortes. 



O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, contou a senadores como foi: — Aconteceu uma coisa engraçada. Eu estava lá na Fazenda e me falaram: “Faça um corte linear de 25%.” Então, eu disse: “Ah, tudo bem. E na hora em que eu chegar a uma ponte, eu construo só 75% e ponho uma balsa para eles atravessarem?” 


 
O governo parou, antes de recomeçar. Sete meses depois de reeleita, Dilma ainda não conseguiu formular um plano administrativo consistente. Sequer definiu o tamanho dos cortes em despesas e investimentos que se vê obrigada a realizar, por incúria no primeiro mandato. Na escuridão gerencial, começaram a proliferar na Esplanada dos Ministérios ideias avulsas — algumas inócuas, outras malucas —, entre elas a imposição de limites ao tempo de uso da internet. 

 
Ontem, passados 130 dias da posse, não havia ministro que soubesse qual será o seu orçamento nos próximos sete meses. Quase todos renegociavam débitos de 2014 pendentes com fornecedores. Poucos devem chegar ao fim do mês com as dívidas de janeiro resolvidas. A escassez não é só de dinheiro. Na Saúde, caso exemplar é o projeto do Hospital do Câncer de Sergipe. Aliados locais de Dilma protestam porque, depois de cinco anos com “dinheiro na conta”, esse empreendimento não recebeu um único tijolo. Talvez continue no papel até a próxima eleição presidencial. 

 
Em Transportes, simbólica é a duplicação da BR-101 entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Lula “inaugurou” a obra três vezes nos últimos 12 anos, e Dilma renovou a promessa no ano passado. Até hoje não tem projeto definitivo e nem aparece na listas de prioridades governamentais. 

 
Na Educação, a confusão gerencial que redundou em agonia para milhares de estudantes foi produzida da seguinte forma, conforme relato feito no Congresso por Amábile Pacios, da Federação Nacional das Escolas Particulares: — No dia 9 de dezembro, nós tivemos uma audiência com o então ministro Henrique Paim (da Educação) e eu perguntei: “Ministro, vai haver mudanças no Fies?” Ele disse: “De forma nenhuma. 


A presidente prometeu, na campanha, não mexeremos no Fies.” No 26 de dezembro, recebemos um e-mail do MEC: “O gato subiu no telhado.” No dia 29, a gente soube da notícia. As regras foram mudadas exatamente nas férias escolares. 

 
No centro do poder há mais de uma década, Dilma permanece um enigma, prisioneira de uma nuvem de generalidades e posições óbvias, em geral a favor da luz elétrica, da água encanada, da erradicação da miséria e do analfabetismo. Atravessou quatro anos repetindo formulações rudimentares como “meu olhar principal não é para os números do PIB nem para a taxa de juros, é para as pessoas”. 

 
É compreensível seu estupor diante do desastre gerencial que construiu, mas precisa agir rápido para resgatar o governo que subiu no telhado e lá permanece, catatônico. 


Fonte: O Globo - José Casado
 
 

O que Fachin fez não foi ilegal. Foi imoral. E ele sabe disso - Rejeitar Fachin será derrota da Dilma, MAIS UMA entre tantas que ela já sofreu


terça-feira, 12 de maio de 2015


Está marcada para hoje a sabatina do jurista Luiz Edson Fachin na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ele foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).  Quer seja aprovado ou não pela Comissão, o nome de Fachin terá ainda que ser submetido ao crivo dos 81 senadores. Se avalizado por 41 deles, aí, sim, Fachin ocupará a vaga que foi do ministro Joaquim Barbosa.

Nunca antes na história dos últimos 80 anos do STF, a indicação de um nome para ministro provocou tanta celeuma. É compreensível. Ministro algum foi indicado por presidente tão enfraquecido quanto Dilma. Antes não existiam as redes sociais onde qualquer pessoa pode dizer o que pensa a respeito de qualquer coisa. De resto, o resultado apertado na eleição presidencial do ano passado e o desastre dos primeiros 100 dias de governo Dilma acirraram os ânimos de derrotados e de vencedores. Há outra razão para isso – e não menos importante: Fachin é ligado ao PT e partidário de Dilma. Pediu votos para ela em mensagem gravada exibida na televisão.

O temor de muitos, parlamentares ou não, é que Fachin reforce no STF a bancada dos ministros que seguem mais de perto a orientação do governo. Como procurador do Estado do Paraná, ele acumulou o cargo com o de advogado de interesses privados. Havia uma brecha na Constituição que permitia isso na época. Mas ele sabe que o que fez não era moralmente defensável. Essa talvez seja a mais feia mancha que carrega no seu currículo.  A aprovação do nome dele pelo Senado virou uma operação de guerra para o governo. A maioria dos 39 ministros foi mobilizada para que isso aconteça.


Governadores de Estados e empresários que doaram dinheiro para a eleição de senadores, também. Dilma considera a eventual rejeição do nome de Fachin uma série derrota dela mesma. Em breve, o Senado acabará referendando a indicação, podem apostar. Afinal, político tem pavor a se indispor com juízes de tribunais superiores porque quase sempre responde a processos ali.

Fonte: O Globo - Ricardo Noblat

 

Dia das mães e a decadência moral do politicamente correto. Opinião de um leitor: "O conservadorismo não saiu do armario...ele é natural à sociedade.Quem saiu do armario foi a promiscuidade sexual, as perversões, a pedofilia, a zoofilia (!), a sexualidade doente e a insanidade mental que tomou conta dessa sociedade!"



Correio Braziliense e a politização do Dia das Mães

A edição dominical do Correio Braziliense é uma prova cabal de que a imprensa tem uma agenda política muito clara. Nada escapa da ferocidade ideológica da grande mídia, nem mesmo uma data inocente como o Dia das Mães.


No domingo, 10 de maio, o Correio Braziliense publicou uma longa entrevista com Maria Eugênia Martins, ex-companheira da cantora Cássia Eller e mãe de Francisco, que na verdade é filho biológico de Cássia com o músico Tavinho Fialho.


O texto é um case interessante que permite vislumbrar essa tentativa sistemática de politização totalizante da sociedade, empreendida pela grande mídia, os movimentos sociais e os lobbys políticos organizados. Nada pode escapar da sua agenda.


“Companheira de Cássia Eller fala sobre maternidade e vida ao lado de Chicão” é uma entrevista longa com Maria Eugênia. Fala-se de maternidade, litígios judiciais, tabus e, é claro, do terrível “conservadorismo” que “emerge” na sociedade brasileira.

Crédito: Daniella Goulart / Divulgação. Maria Eugênia Martins, ex-companheira da cantora Cássia Eller.

A cumplicidade entre o repórter e a entrevistada é notável. Em cada pergunta e sua respectiva resposta é possível verificar que o objetivo não é o de celebrar a o Dia das Mães, mas o de enquadrar os “carolas-moralistas-reacionários-conservadores”:
A adoção por homossexuais ainda esbarra em muita resistência…
Estamos atravessando um período estranho. Há uma onda conservadora que também saiu do armário. Eu tenho a sensação de que depois que a Cássia morreu, o país encaretou. Se nossa história acontecesse hoje, não sei se teríamos a mesma receptividade.
Aposto minha coleção de CD’s do Eminem que não há uma alma na redação do CB que já tenha lido um autor conservador na vida. Do editor de política do jornal ao entrevistador de Maria Eugênia, ninguém ali conhece Burke, Kirk ou Carpeaux.

Onda conservadora?
A frase sobre a onda conservadora que saiu do armário é uma pérola típica dos fazedores de frases-de-para-choque-de-caminhão que conhecemos por jornalistas, habituados a ligar o nada ao lugar nenhum para impressionar os impressionáveis.

Foi Maria Eugênia quem a disse a frase, mas o CB fez um carnaval com ela. Não por acaso, o jornal colocou como chamada para a entrevista em sua fanpage precisamente esta frase: “Há uma onda conservadora que saiu do armário”.

Sabemos há décadas que os brasileiros são socialmente conservadores.

Todas as pesquisas de opinião realizadas desde o século passado dizem que sociedade brasileira é socialmente conservadora – o que não significa conservadorismo politico, mas nem o dono do CB sonha com essa sutil diferença.

É simplesmente falso atribuir a histórica resistência dos brasileiros a novos arranjos familiares a uma suposta “onda” conservadora que escapou dos armários dos eleitores de Dilma. (Sim, até os eleitores do PT são socialmente conservadores).

É claro que o tema é válido para nortear debates e –como todo tabu – este merece ser explorado pela imprensa, pelas universidades e mídia em geral.

A escolha do Correio de fazê-lo justamente no Dia das Mães, contudo, foi calculada não apenas para causar polêmica, mas para transformar em espantalho (carola, conservador, moralista) quem não vê com bons olhos tais mudanças sociais.


Dia da Mães: o CB conseguiu o que queria

Dia da Mães: o Correio Braziliense conseguiu o que queria?

Ao invés de promover um debate franco entre os que aprovam e os que desaprovam a adoção de crianças por homossexuais, o Correio Brasilienze simplesmente fez um uso instrumental do Dia das Mães para celebrar um dos lados. Ao outro, restou as acusações e as caricaturas. É o modus operandi da grande mídia.



Um governo fracassado: acabou dinheiro do Pronatec, do FIES, do seguro-desemprego e agora acaba da casa própria. Mas para a Devastação Olimpica e para aumentar as regalias dos politicos sempre há verba!!!


 
(Estadão) A Caixa Econômica Federal orientou sua rede a suspender todos os novos pedidos de financiamento imobiliário com base em recursos da caderneta de poupança. Nos últimos meses, houve saque recorde da caderneta e a Caixa ficou sem recursos para emprestar. A informação sobre a suspensão dos empréstimos foi repassada ao Estado por fontes do banco e da construção civil e confirmadas pela reportagem nas agências pelos funcionários do banco. A Caixa precisa honrar os contratos assinados antes de aprovar novas operações. Segundo a reportagem apurou, apenas nos quatro primeiros meses do ano, R$ 8,9 bilhões foram retirados da poupança da Caixa, 37,5% dos saques totais do sistema (R$ 23,7 bilhões).



Agora a ideia tirada da gaveta é flexibilizar outras regras para ajudar no financiamento imobiliário. Entre elas, o aumento da faixa de financiamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Atualmente, o limite é de R$ 190 mil para imóveis nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio e no Distrito Federal. A sugestão é ampliar o teto para R$ 300 mil e cobrar nessas operações taxas intermediárias entre as que são cobradas nos financiamentos com recursos da poupança e as dos empréstimos com FGTS. Ou seja, vão mexer na poupança compulsória dos trabalhadores para tapar mais um buraco da incompetência petista.


7 comentários

Para Lula, jornalismo investigativo, que divulga os podres do governo, é mídia golpista

Publicado por Revolta Brasil em 12 maio, as 10 : 06 AM
Para Lula, jornalismo investigativo, que divulga os podres do governo, é mídia golpista
Parece figurinha repetida, já que o que o PT e sobretudo Lula, o grande mestre da sigla, prega, é que todos aqueles que divulgam informações que prejudiquem o governo, ou que simplesmente critiquem as mazelas do governo petista e diretamente do próprio Lula, é “mídia/imprensa Golpista, o famoso PIG. 


Veja com atenção que Políbio Braga e o senador  Rubens Bueno dizem sobre o assunto:

Atenção, oposição: votar em Fachin será suicídio político.


O que houve com o senador Álvaro Dias? Por descrença no próprio, não sei responder. Apenas concordo com o jornalista Augusto Nunes: a defesa que ele faz de Luiz Fachin, o indicado por Dilma ao STF, é "uma forma desonrosa de suicídio político":

O que houve com Álvaro Dias?, perguntam-se os milhões de paranaenses que votaram em outubro passado num candente opositor do governo lulopetista e acabaram reconduzindo ao Congresso um aliado incondicional de Luiz Edson Fachin? Como entender que um porta-voz do Brasil decente no Legislativo se tenha transformado em cabo eleitoral do doutor escolhido por Dilma para tornar majoritária no Supremo a bancada dos ministros da defesa de culpados?
Decidido a instalar Fachin no gabinete prematuramente esvaziado por Joaquim Barbosa, o senador do PSDB assumiu sem explicões razoáveis (e sem ficar ruborizado) o papel de estafeta de um caçador de togas. Uma guinada e tanto para esse paulista de Quatá criado em Maringá que, desde a ascensão do lulopetismo ao poder, tem sido um dos raríssimos integrantes da oposição partidária em permanente sintonia com o país que presta.
Antes de escancarar-se a estranha parceria com Fachin, a bela voz de locutor de rádio, sempre afinada com a voz rouca das ruas, ensinou em centenas de pronunciamentos corajosos como falar com fluência a linguagem dos indignados. Aos 70 anos, Álvaro Dias mudou de rumo e de lado. O tribuno veemente deu lugar ao homem que murmura pedidos de votos para uma ameaça ambulante ao Estado Democrático de Direito.
Alguma coisa parece ter-lhe confiscado o instinto de sobrevivência. Em rota de colisão com centenas de milhares de manifestantes exaustos de corrupção e incompetência, Álvaro Dias se nega a compreender que o apoio a Fachin é uma forma especialmente desonrosa de suicídio eleitoral. É um pecado sem remissão. Como descobriram tarde demais os senadores Demóstenes Torres e Kátia Abreu, não existe uma segunda chance para quem acampa voluntariamente na catacumba dos que capitularam por tão pouco. Ou quase nada.
O surto de suicídios políticos assumirá dimensões endêmicas se a bancada oposicionista não enxergar a tempo a relevância da sabatina a que Fachin será submetido na Comissão de Constituição e Justiça — e, sobretudo, a importância histórica da votação no plenário que decidirá em última instância se o eleito por Dilma merece um lugar no Supremo. Não merece, saberá o Brasil se os senadores cobrarem respostas que dissipem pelo menos quatro zonas de sombra localizadas por VEJA na edição desta semana.
1) Por anos a fio, Fachin foi simultaneamente procurador-geral do estado e advogado militante. A esse acúmulo de funções, proibido pela Constituição paranaense e, portanto, ilegal, soma-se uma agravante só contornada por gente dotada do dom da ubiquidade: o duplo emprego não impediu que Fachin continuasse a dar aulas na universidade. A sabatina precisa esclarecer esse milagre da multiplicação do tempo.
2) Em numerosos artigos, entrevistas e discursos, Fachin deixou claro seu menosprezo pelo preceito constitucional que garante a propriedade privada no Brasil. Se é que mudou de ideia, por que nunca se desmentiu?
3) Fachin sempre foi ostensivamente simpático ao MST, uma velharia comunista que não tem existência jurídica. Os laços afetivos permanecem? Como estão no momento as ligações promíscuas entre quem deveria defender o cumprimento das normas legais e o bando comandado pelo fora da lei João Pedro Stédile?
4) Fachin sempre defendeu a desapropriação de terras produtivas para fins de reforma agrária, sem o pagamento de indenização aos proprietários lesados. Recuperou o juízo ou ainda é tripulante da nau dos insensatos?
Há mais, muito mais. Mas o que acima se leu informa que a presença de um Fachin no STF pode ser ainda mais ruinosa que a de um Dias Toffoli. Como ocorre agora, também os defensores do ex-advogado do PT, ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil e chefe da Advocacia-Geral da União garantiram que quatro ou cinco sessões do Supremo bastariam para que o novo ministro proclamasse a própria independência. Erraram feio, sabe-se hoje.
O Brasil de 2015 é outro. As multidões nas ruas avisam que não são poucos os providos do sentimento da vergonha. Contam-se aos milhões os que mantêm sob estreita vigilância os senadores eleitos para fazerem oposição. Quem trocar a oposição pelo amém ao governo não escapará do castigo reservado aos desertores.
3 comentários

Bomba: Dilma se valeu de agentes cubanos para expulsar o Paraguai do Mercosul.


A foto do retardamento ideológico da América Latina
A biografia do ex-presidente uruguaio José Mujica tem revelações desabonadoras também para Dilma Roussef, além do tiranete Lula. Ela se valeu de espiões cubanos para convencer Mujica a expulsar o Paraguai do Mercosul. Resumindo, Dilma é uma
retardatária ideológica e autoritária pré-1989:



Um livro dos jornalistas uruguaios Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz revela que a presidente Dilma Rousseff interveio diretamente para punir o Paraguai depois que o congresso do país votou pelo impeachment do presidente Fernando Lugo, em 22 de junho de 2012. Uma Ovelha Negra no Poder, sobre o ex-presidente do Uruguai José Mujica, é a mesma obra que revelou confidências do presidente Lula sobre o mensalão.

Lugo sofreu impeachment por mau desempenho de suas funções a nove meses das eleições presidenciais no Paraguai. O posto passou a ser ocupado pelo vice-presidente, Federico Franco. Faz parte do jogo democrático ter instrumentos para afastar presidentes incompetentes, criminosos ou corruptos. No Paraguai, tudo ocorreu em obediência à Constituição, ainda que as votações no Congresso e no Senado tenham sido muito rápidas. Apenas um deputado e quatro senadores pediram a absolvição de Lugo. No total, 112 parlamentares votaram por "la condena", pela condenação. O prazo para o presidente apresentar sua defesa foi curto, mas não violou as regras para o impeachment.

Argentina e Brasil sustentaram que o processo significava uma "ruptura democrática", apesar de ter ocorrido em conformidade com as leis paraguaias. Para punir o governo interino, os governos dos dois países decidiram expulsar o Paraguai do Mercosul. Mas o uruguaio Mujica era contra a medida. O livro de Danza e Tulbovitz revela como o governo brasileiro o convenceu a mudar de ideia e como a presidente Dilma Rousseff foi fundamental para isso.

O trecho abaixo, contido no livro Uma Ovelha Negra no Poder, foi publicado no semanário Busqueda, do qual Danza, um dos autores da obra, é diretor de redação:

Quando Lugo foi destituído pelo Senado paraguaio e antes que se celebrasse a cúpula do Mercosul para resolver as sanções, uma das pessoas de maior confiança de Mujica recebeu uma chamada de Marco Aurelio García, mão direita de Dilma.

"Dilma quer transmitir uma mensagem muito importante para o presidente Mujica", disse o funcionário brasileiro em uma mistura de português e espanhol.

"Não tem problema, vamos estabelecer uma comunicação entre os dois presidentes", foi a resposta do uruguaio.

"Não, não pode haver comunicação nem por telefone, nem por email. É pessoalmente", argumentou o brasileiro.

Um encontro tão fugaz e repentino entre presidentes levantaria suspeitas, motivo pelo qual o governo brasileiro resolveu enviar um avião a Montevidéu para transportar o emissário de Mujica à residência de Dilma, em Brasília.

Assim foi feito, e quando uruguaio chegou, Dilma estava lhe esperando em seu escritório. A conversa formal sobre questões gerais durou apenas poucos minutos porque não havia muito tempo.

"Vamos ao que interessa", interrompeu Dilma e o emissário tomou uma caderneta e começou a anotar o que a presidente brasileira informava. "Sem anotações", disse ela e fez com que ele rasgasse o papel. "Esta reunião nunca existiu".

Durante a conversa, Dilma mostrou a ele fotos, gravações e informes dos serviços de inteligência brasileiros, venezuelanos e cubanos, que registravam como foi gestado um "golpe de estado" contra Lugo por um grupo de "mafiosos" que, a partir da queda do presidente, assumiram o poder. "O Brasil necessita que o Paraguai fique de fora do Mercosul para, dessa forma, acelerar as eleições no país", concluiu Dilma.

Na semana seguinte, no início do julho de 2012, todos os presidentes do Mercosul votavam, em uma cúpula na cidade argentina de Mendoza, a suspensão do Paraguai.

A Constituição Federal não deixa dúvidas. Em seu artigo 4°, estão previstos os princípios da política internacional brasileira, entre eles a autodeterminação dos povos e a não-intervenção. Esses valores são evocados como um mantra inclusive para justificar a apatia do governo petista frente a violações de direitos humanos em países admirados pelo partido, como Cuba e Venezuela. Se a revelação feita pelo livro estiver correta, Dilma não se sentiu constrangida em usar informações levantadas pelos espiões desses países para intervir numa questão doméstica do Paraguai. (Veja.com).
3 comentários