quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Riquezas naturais no mar e na terra



sexta-feira, 27 de janeiro de 2017


Ao norte do Brasil, no litoral onde estão os recém-descobertos recifes de corais da Amazônia, há peixes-boi, gente encantadora e até foguetes. Conheça algumas curiosidades dessa incrível e bela região do planeta, pouco conhecida até mesmo da maioria dos brasileiros e que merece ser protegida.




O navio Esperanza zarpou do porto de Santana, em Macapá, no último dia 23. A expedição faz parte da nossa campanha Defenda os Corais da Amazônia e vai, justamente, rumo a esse recife oculto, para tentar vê-lo debaixo d’água. Apesar do nome, eles não estão nos rios da floresta, mas no mar, numa área de influência do Rio Amazonas.



Ainda assim, o litoral próximo à extensão de todo o recife, é bem singular, com riquezas naturais, culturais e até foguetes! E essa bela região, de onde depende a sobrevivência de muitas comunidades e uma infinidade de espécies de animais, pode ser impactada pela atividade petrolífera que ameaça chegar na Bacia da Foz do Amazonas.



Conheça dez curiosidades de lá:

1. A maior parte dos recifes de corais fica na costa do Amapá, um estado no extremo norte do Brasil, com apenas 16 municípios.


2. A população estimada do Amapá é de 780 mil habitantes. É o estado com a quinta menor concentração de pessoas por quilômetro quadrado (4,6 habitantes por km2).


3. A capital é Macapá, por onde passa a Linha do Equador. Por isso, quase todos os recifes de corais da Amazônia estão no hemisfério norte!


4. No Amapá vivem várias espécies de animais em risco de extinção. Alguns exemplos são: o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) e o peixe-boi-amazônico (Trichechus inunguis), a ariranha (Pteronura brasiliensis), o tracajá (Podocnemis unifilis), a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea).


5. A pesca é uma das principais atividades econômicas do estado. E há uma forte presença da pesca tradicional, realizada por comunidades ribeirinhas. Há muita pesca de lagosta por ali. E a presença desses crustáceos era uma das pistas para a ocorrência de corais na região.


6. Está no Amapá o ponto onde o Brasil começa: o Oiapoque! Daqui alguns dias, o navio Esperanza vai chegar lá!


7. Ali também fica o Parque Nacional do Cabo Orange, uma Unidade de Conservação que se estende por 200 km no litoral. Está exatamente de frente para os blocos em que a Total e a BP querem explorar petróleo em breve.


8. O Parque abriga a maior área contínua de mangues protegidos do mundo. Há faixas que chegam a 10 km de extensão. Esses mangues, até agora estão super bem preservados.



9. O Oiapoque é vizinho da França! Isso porque faz fronteira com a Guiana Francesa, que foi colônia do país europeu até 1947. Hoje, é considerado um “departamento ultramarino francês”, ou seja, é parte do país e, logo, da União Europeia.



10. Na Guiana Francesa fica um centro de lançamento de foguetes. Considera-se ali uma localização boa para este tipo de atividade. Mas nem sempre isso é bom. Há inúmeros relatos de pedaços de foguetes que caem no mar brasileiro e são levados pelas correntes para a costa e os mangues do Cabo Orange.



Fonte: Envolverde

Homem leva 4 anos para construir incrível “igreja viva” usando árvores


Este homem teve uma ideia pra lá de criativa e construiu uma igreja bem diferente das que estamos acostumados a ver por aí.

O neozelandês Barry Cox, de 64 anos, uniu a sua paixão à natureza e à arquitetura para criar uma igreja de árvores.


É isso mesmo! Ele levou 4 anos para concluir o projeto natural, que contou apenas com uma estrutura de metal.
O resultado ficou incrível e você pode conferir abaixo:
Homem leva 4 anos para construir incrível “igreja viva” usando árvores
Neozelandês constrói igreja bem diferente das que estamos acostumados a ver por aí. Igreja é feita de árvores e demorou 4 anos para ser concluída.
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante
Foto: Tudo Interessante

Órgãos federais apreendem 11,6 toneladas de agrotóxicos vindos do Paraguai


Por Sabrina Rodrigues
Foto: Ibama
Foto: Ibama
Uma ação conjunta que envolveu o Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e a Receita Federal, nos meses de dezembro de 2016 e janeiro deste ano, resultou na apreensão de 11,6 toneladas de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai no Mato Grosso do Sul.


Os agrotóxicos ilegais são inseticidas e herbicidas sem classificação do nível toxicológico e do grau de periculosidade ambiental. Os agrotóxicos seriam utilizados em lavouras de soja e algodão nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Pelo transporte ilegal dos produtos sem registro no Brasil, foram aplicadas multas que totalizaram R$ 4 milhões. O Ibama afirma que tem reforçado as ações em toda a região de fronteira a fim de combater o contrabando, a produção e o uso ilegal de agrotóxicos.


Fonte: Ibama

Criação de gado no Parque da Serra da Canastra volta ser proibida


((o))eco
Propriedade dentro dos limites do Parque Nacional da Serra da Canastra. Foto: Suelen Pompeu/Wikiparques
Propriedade dentro dos limites do Parque Nacional da Serra da Canastra. 
Foto: Suelen Pompeu/Wikiparques


As restrições para cultivo de plantas, mineração e criação de gado dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra voltaram a valer. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela área, conseguiu reverter na Justiça a decisão preliminar do juiz Bruno Augusto Oliveira, da Justiça Federal de Passos, no Sul de Minas, de permitir que as famílias donas de terrenos dentro da área protegida exerçam atividades produtivas sem serem fiscalizadas. A decisão foi assinada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador Hilton Queiroz.


Em sua decisão, o desembargador afirmou que, "ao afastar o regime protetivo da UC e seu Plano de Manejo e consentir a prática de atividades econômicas nas áreas particulares, sujeitando-as somente às regras do Código Florestal, a decisão questionada coloca as áreas ainda não desapropriadas do parque em condição de alta vulnerabilidade ambiental".


No dia 13 de janeiro, o juiz Bruno Augusto Oliveira permitiu, em caráter liminar, que proprietários de terrenos localizados dentro do parque pudessem produzir sem a interferência e restrições impostas pelos órgãos ambientais. Os proprietários deveriam apenas seguir as regras impostas pelo Código Florestal, mas o plano de manejo do parque, uma unidade de conservação de proteção integral, não se aplicaria a eles.


Para Daniel Ribeiro, procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada do ICMBio, a decisão do TRF-1 "resguarda a integridade territorial do Parque Nacional da Serra da Canastra e assegura a plena competência do ICMBio para atuar na área, possibilitando, assim, a retomada das medidas de consolidação territorial e de proteção da unidade de conservação".


Ao longo dos últimos anos, o ICMBio regularizou (ou seja, desapropriou e pagou a indenização) mais de 11 mil hectares no parque. Atualmente, o órgão conta com aproximadamente 80 milhões de reais oriundos de compensação ambiental para investir na regularização.


Em nota, o ICMBio informa que permanece exercendo o poder de fiscalização e gestão ambiental sobre toda a área do parque. “A medida vale, inclusive, para os cerca de 120 mil hectares ainda não desapropriados”.

Governo cria política para recuperar vegetação nativa

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017


O governo federal deu o primeiro passo para que o país possa recuperar e reflorestar pelo menos 12 milhões de hectares de vegetação nativa no território nacional nos próximos anos.

De uma só tacada, atende ao que está previsto no atual Código Florestal e se conecta diretamente com as metas assumidas internacionalmente pelo Brasil no âmbito do acordo climático global.



A Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg) instituída nesta terça-feira (24) pelo decreto 8972/2017, no entanto, é ainda mais ambiciosa.


Ela quer integrar e promover políticas, programas e ações em todo o território nacional capazes de induzir recuperação de florestas e outras formas de vegetação nativa, como o cerrado, o mangue, a caatinga.



A nova política mira ainda alguns dos principais desafios do país, entre eles a adaptação às mudanças climáticas e a redução de seus efeitos, a prevenção a desastres naturais, a proteção dos recursos hídricos e conservação dos solos.



E tudo isso está diretamente ligado à recuperação e conservação das florestas, incluindo aí todas as outras formas de vegetação nativa.



Para cumprir atingir essas metas, será preciso atuar na recuperação de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e das Áreas de Uso Restrito no estímulo ao aproveitamento econômico da vegetação nativa, com benefício social.



Se conseguir, a Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa estará ajudando ainda a manter a altíssima biodiversidade nativa e os serviços ecossistêmicos (segurança climática, água, provisão de alimentos, remédios).



Sem contar nos benefícios econômicos e sociais que toda esse movimento em prol das florestas pode representar nacionalmente.



A base


No entanto, essa política que acaba de ser criada é apenas o primeiro passo.



Ela servirá como uma espécie de alicerce sobre o qual deverá se erguer uma regulamentação robusta, complexa, e ainda mais estruturante, que é o Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg), esse sim contendo as chaves para que a política se cumpra na prática.

Com a publicação do decreto, o governo tem prazo de até 180 dias para estabelecer o Planaveg.


Para ajudar a desenhar toda essa regulamentação deve-se criar imediatamente a Comissão Nacional para Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg).


Ela será composta por representantes dos ministérios do Meio Ambiente, Casa Civil, Fazenda, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Planejamento, Ciência e Tecnologia, entidades estaduais e municipais de meio ambiente e da sociedade civil.


Esse grupo terá como missão coordenar a implementação, o monitoramento e a avaliação da Política Nacional e do Plano, revisando suas diretrizes a cada quatro anos.



Deverá ainda interagir e pactuar com instâncias, entidades e órgãos estaduais, distritais e municipais sobre os mecanismos de gestão e de implementação do plano em todo o território nacional.



Precedente


Na avaliação da professora Mercedes Bustamante, doutora em Geobotânica e especialista em Ecologia da Universidade de Brasília, a restauração de florestas e de outras formas de vegetação nativa trará benefícios econômicos e sociais de longo prazo, abrindo precedente inédito nos trópicos.



Em recente artigo publicado no Blog do Planeta da Revista Época, ela defenda que agenda da restauração da vegetação nativa seja prioridade nas agendas econômica e ambiental do país.



“Para nós, é fundamental é definir formas de financiamento que possam garantir iniciativas que já estão sendo amadurecidas, tanto no setor privado quanto no âmbito do governo”, disse Bustamante.



Para o líder de Florestas do WWF-Brasil, Marco Lentini, o momento é de ajudar o país a elaborar uma regulamentação que encontre amplo respaldo na sociedade.



“Além da importância ambiental e ecossistêmica da nossa vegetação nativa, temos de começar a valorizá-la também como ativo econômico importante, capaz de gerar uma perspectiva de mercado, pois assim o setor produtivo vai aderir ao plano e ajudar na recuperação”.


Segundo ele, o Estado tem um papel importante, mas sem setor produtivo não vai ser possível atingir a ambição almejada.



Entenda a terminologia da restauração florestal



Condução da regeneração natural da vegetação: Conjunto de intervenções planejadas que vise a assegurar a regeneração natural da vegetação em área em processo de recuperação.
Reabilitação ecológica: Realizada por meio da intervenção humana planejada, visa a melhoria das funções de ecossistema degradado, ainda que não leve ao restabelecimento integral da composição, da estrutura e do funcionamento do ecossistema preexistente.



Reflorestamento: Pode ser feito por meio do plantio de espécies florestais, nativas ou não, em povoamentos puros ou não, para formação de uma estrutura florestal em área originalmente coberta por floresta desmatada ou degradada. A utilização de espécies exóticas, como o eucalipto, já está regulamentada no Código Florestal.



Regeneração natural da vegetação: Processo pelo qual espécies nativas se estabelecem em área alterada ou degradada a ser recuperada ou em recuperação, sem que este processo tenha ocorrido deliberadamente por meio de intervenção humana.



Restauração ecológica: intervenção humana intencional em ecossistemas alterados ou degradados para desencadear, facilitar ou acelerar o processo natural de sucessão ecológica.


Recuperação ou recomposição da vegetação nativa: Restituição da cobertura vegetal nativa por meio de implantação de sistema agroflorestal, de reflorestamento, de regeneração natural da vegetação, de reabilitação ecológica e de restauração ecológica.



Fonte: Envolverde

Chineses criam papel à prova de água e de fogo


Papel à prova de água e de fogo
O papel não queima porque é inorgânico, não possuindo celulose em sua composição. [Imagem: Fei-Fei Chen et al. - 10.1021/acsami.6b12838]
 
 
Papel que não molha e que não queima
Mais de dois milênios depois de terem inventado o papel, os chineses aperfeiçoaram sua criação, tornando-a resistente à água e ao fogo.


Pesquisadores do Instituto de Cerâmica de Xangai desenvolveram um papel que pode ser lavado sem ter o texto escrito nele danificado, além de suportar um calor de mais de 200°C sem se queimar.


Ying-Jie Zhu, um dos responsáveis pelo projeto, disse que, embora já existam papéis que possam resistir a esses elementos, nenhum deles agrupa as duas características simultaneamente.

O novo papel superresistente é capaz de repelir não apenas a água, mas também outros líquidos como café, suco, chá e até mostarda e ketchup.


Papel inorgânico
A chave para que o papel resista tanto ao fogo quanto à água está na substituição da celulose, usada na fabricação dos papéis tradicionais, por hidroxiapatita, um mineral formado por fosfato de cálcio.


Quando o mineral é tratado com oleato de sódio, sua estrutura cristalina se rearranja, dando origem a nanofios muito longos.


"Durante a filtração a vácuo, os nanofios ultralongos de hidroxiapatita se unem espontaneamente em microfibras rugosas, evitando o tedioso processo de fabricação para construir a estrutura hierárquica; as microfibras auto-rugosas ainda dão ao papel inorgânico uma estrutura em camadas parecida com a da madrepérola," descreveu a equipe.


Papel à prova de água e de fogo
Em lugar das fibras de celulose, a trama do papel é formada por nanofios de hidroxiapatita. A rugosidade dos nanofios dá a hidrofobicidade ao material. [Imagem: Fei-Fei Chen et al. - 10.1021/acsami.6b12838]
 
 
Preservação de documentos
Um papel tão resistente pode, por exemplo, ajudar a preservar documentos importantes durante tragédias naturais.


"O papel também será útil para preservar documentos importantes por séculos, porque nós não precisaremos nos preocupar se ele será destruído pelo fogo ou água,", disse Zhu. "Acreditamos que haverá diversos tipos de usos, desde a sua utilização para a caligrafia até a aplicação em outdoors."


"Além disso, nós já exploramos as aplicações potenciais do papel inorgânico super-hidrofóbico e resistente ao fogo como um absorvente altamente eficaz para a separação de óleo e água, protetor antifogo e papel de escrita," acrescenta a equipe.


Com o papel ultrarresistente devidamente patenteado, equipe espera colocar o produto no mercado nos próximos três anos.

Tabagismo custa mais de US$ 1 trilhão por ano, diz OMS




Tabagismo custa mais de US$ 1 trilhão por ano, diz OMS
Seis milhões de pessoas morrem prematuramente por ano em decorrência do fumo.
[Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil]


Custos do fumo
As despesas de saúde e por perda de produtividade econômica em decorrência do uso de tabaco podem custar aos países mais de US$ 1 trilhão por ano.

A informação foi divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, que elaboraram o relatório que trata dos impactos do fumo na economia dos países e na saúde da população.

O documento mostra que, se ignorada, a indústria do tabaco traz enormes prejuízos para o sistema de saúde e para as famílias.

Atualmente, seis milhões de pessoas morrem prematuramente por ano em decorrência do fumo. A maioria das vítimas está em países em desenvolvimento. Em todo o mundo, 1,1 bilhão de fumantes tem até 15 anos de idade e 226 milhões são pobres.

Taxação dos cigarros
No lado positivo, o relatório indica que os investimentos em políticas de controle do uso do tabaco, incluindo o aumento de preços e impostos, podem proteger as pessoas das doenças que mais matam no mundo (câncer e problemas cardíacos) e ainda se tornar uma fonte de receitas para saúde e para o desenvolvimento.


De acordo com o estudo, se os países banissem o marketing que incentiva o uso do tabaco e aumentassem os impostos de cigarros em US$ 0,80 por pacote, poderiam gerar um aumento em suas receitas em 47% ou US$ 140 bilhões.


O aumento das taxas elevaria em 42% os preços de venda dos cigarros e estimularia o declínio do hábito de fumar para pelo menos 66 milhões de fumantes adultos.


Brasileiro cria substância que pode aposentar obturações




Brasileiro cria substância que regenera dentes
A substância selou totalmente furos introduzidos artificialmente nos dentes dos roedores.
[Imagem: Vitor C. M. Neves et al. - 10.1038/srep39654]
 
 
Fim das obturações?
O pesquisador brasileiro Vitor de Carvalho Moreno das Neves, atualmente trabalhando na Universidade Kings de Londres, está por trás de uma inovação que pode aposentar as tradicionais obturações.

Vitor desenvolveu uma substância química capaz de estimular as células da polpa dental a taparem pequenos buracos nos dentes. Os primeiros testes promissores foram feitos em camundongos.

Para isso, uma esponja biodegradável embebida no produto foi colocada na cavidade.

No estudo, publicado pela revista científica Nature Scientific Reports, a equipe escreve que a substância teve efeito reparativo "completo, eficaz e natural".

Vitor das Neves é formado pela PUC de Campinas, já passou pela USP e pela Unicamp, e atualmente está fazendo seu doutoramento no Kings College.


Regeneração dos dentes
Os dentes têm uma capacidade limitada de regeneração. Eles conseguem produzir uma pequena faixa de dentina - a camada abaixo do esmalte - se a polpa ficar exposta, mas não conseguem consertar buracos maiores. Isto é feito hoje com um amálgama metálico ou com um composto feito de vidro em pó e cerâmica, que os dentistas aplicam nas tão conhecidas obturações.
Brasileiro cria substância que regenera dentes
O pesquisador brasileiro Vitor das Neves é o principal responsável pela descoberta da nova substância.

[Imagem: Vitor das Naves/Kings College]
 
A nova substância, chamada tideglusib, amplia a capacidade regenerativa natural dos dentes aumentando a atividade de células-tronco na polpa dental. Nos experimentos com animais, o produto realizou reparos em buracos de até 0,6 milímetro de diâmetro.



"O espaço ocupado pela esponja fica cheio de minerais enquanto a dentina regenera, então você não tem nada ali que possa falhar no futuro," disse o professor Paul Sharpe,
orientador do trabalho. "A esponja é biodegradável, isso é a chave."


A equipe agora quer descobrir como conseguir aumentar o poder de ação da tideglusib, para tapar buracos maiores. "Não acho que vamos esperar muito tempo. Tenho esperanças de que (o tratamento) estará comercialmente disponível em três a cinco anos," prevê Sharp.

Descoberta nova rota de tratamento para depressão e ansiedade




Descoberta nova rota de tratamento para depressão e ansiedade
O inibidor de JNK alivia a ansiedade e a depressão controlando as células nervosas recém-nascidas no hipocampo.
[Imagem: Turku Centre for Biotechnology]


Substância antidepressiva
Uma descoberta importante trouxe novas informações sobre como o cérebro opera em casos de depressão e ansiedade.

Em termos simples, foi identificada uma nova substância que alivia a ansiedade e o comportamento depressivo - por enquanto, em experimentos em animais de laboratório.
A descoberta foi feita pela equipe da professora Eleanor Coffey, da Universidade Abo Akademi (Finlândia), em colaboração com colegas dos EUA.

Proteína JNK
Coffey descobriu que, quando ativa, uma proteína chamada JNK inibe o nascimento de novos neurônios no hipocampo, uma parte do cérebro envolvida nas emoções e no aprendizado.

A JNK é uma proteína que ajuda a regular o processo de autodestruição celular, ou apoptose - é uma quinase cujo nome é uma sigla para c-Jun N-terminal Kinase.
Ao inibir a JNK unicamente nas células nervosas recém-geradas no hipocampo, os pesquisadores conseguiram aliviar a ansiedade e o comportamento depressivo nos camundongos.


Compreensão
Este mecanismo, desconhecido até agora, traz uma nova visão sobre como o cérebro funciona para regular o humor e indica que os inibidores de JNK, como o usado no experimento, podem fornecer uma nova via para o desenvolvimento de drogas antidepressivas e ansiolíticas.


E é particularmente importante, uma vez que muitos pacientes não respondem aos tratamentos atuais e há muito tem sido reconhecida a necessidade de uma nova compreensão dos mecanismos fisiológicos envolvidos nesses distúrbios para que se possa desenvolver medicamentos eficazes contra a depressão resistente aos tratamentos atuais.


A depressão e a ansiedade são distúrbios altamente prevalentes e representam uma das maiores causas de incapacitação em todo o mundo.