quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Nada de isoporzinho: Quem vai faturar com as obras da orla do lago é o dono da natura, principal doador da campanha de Rollemberg


Quem escuta o governador Rodrigo Rollemberg dizer que a orla do lago será do povo nem imagina que por trás do discurso demagogo existem interesses econômicos a perder de vista. O governo de Brasília está preparando a beira-lago para entregar ao Instituto Semeia, uma ONG da Natura, empresa  de propriedade do empresário bilionário Guilherme Leal que irrigou a campanha vencedora  do então candidato a governador do DF em 2014.No complexo gastronômico da Penísula dos Ministros, pobre com isoporzinho não terá vez.


Da Redação Radar
 
As vozes protetoras do meio ambiente do Distrito Federal pouco estão se importando com a rica fauna composta por capivaras, lontras gambás-de-orelha-branca, mico-estrela e biguás que fazem do bioma do Lago Paranoá o seu habitar. Essas espécies daqui a alguns dias não terão a liberdade de usar, na sua integridade, a unidade de conservação natural que o Governo de Brasília está preparando para entregar ao investidor privado. E não é a qualquer um.


A Natura, multinacional brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, já preparou os seus tentáculos para se apoderar do pedaço mais caro da orla do Lago Sul onde o valor de cada metro quadrado vale, segundo consultorias imobiliárias, nada menos do que R$ 12 mil, justamente por ser considerada uma das áreas nobres de Brasília.


O empresário Guilherme Leal, candidato a vice-presidente da Republica na chapa de Marina Silva em 214 e um dos fundadores do Partido Rede de Sustentabilidade não ver nada de contraditório em fomentar a proteção ambiental e ao mesmo tempo faturar muito dinheiro com o turismo, lazer e gastronomia.


“É na beira-lago da península dos ministros, na QL-12, que os “ecologistas” estão querendo armar a “REDE” para faturar milhões de reais com uma atividade econômica”, diz o arquiteto Marcos Coelho, presidente da Associação dos Moradores ao sustentar que tudo estaria sendo feito por meio de Instituto Semeia.


Na prática, trata-se do mesmo modelo tocado pela Empresa Sul Americana de Montagens S/A (Emsa) que detém o direito de explorar o Pontão do Lago Sul onde administra locação de bares, quiosques, restaurantes dentro de um espaço publico de 129 mil metros na Orla do Paranoá.


O instituto Semeia, braço da Natura, uma ONG “sem fins lucrativos” dirigida por Pedro Luiz Barreiros Passos, sócio de Leal, realizou um seminário no auditório do Ministério Publico em outubro do ano passado, denominado de I Seminário de Sustentabilidade de Unidades de Conservação Distritais onde o principal tema debatido com representantes do mundo financeiro e do governo de Brasília girou em torno da privatização dos parques do Distrito Federal.


“Coube ao secretário de Meio Ambiente, André Lima anunciar, na abertura do seminário, que em breve o Instituto Semeia estaria desenvolvendo as suas atividades no DF e pelo que a gente vem acompanhando, essas atividades seriam na orla do lago sul”, afirmou Coelho.


A afinidade de Rodrigo Rollemberg com a Natura é de longo tempo. Em 2014 o próprio Guilherme Leal como pessoa física injetou grana na campanha eleitoral de Rollemberg. Em seguida, como contrapartida pela ajuda, o Governo de Brasília resolveu presentear concedendo isenção fiscal de R$ 400 milhões à empresa de cosméticos.

Um termo de acordo de regime especial, assinado pela secretaria de Fazenda, garantiu à Natura um cálculo diferenciado de aferimento do ICMS, que passou a ser cobrado sobre os preços dos produtos vendidos às consultoras da marca, e não sobre o valor final dos produtos, como manda a legislação.


Outro afago do governo socialista como pagamento da ajuda de campanha foi a entrega da Secretaria de Meio Ambiente e o Instituto Ambiental IBRAM, órgãos controlado pela Rede, partido de Marina e de Guilherme Leal, que dar o “sinal verde” a quem pode explorar a orla do Paranoá e todos os parques do DF.


O Instituto Semeia que conta com investimento da Anima Investimentos, uma gestora de investimentos de um dos controladores da Natura Cosméticos, já teria apresentado um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), instrumento pelo qual os particulares formalizam seu interesse em propor estudos, projetos e soluções para a Administração Pública, com vistas à estruturação futura de um projeto de concessão ou de PPP.


A proposta prevê zonas gastronômicas com 14 lotes comerciais na área do Parque Península dos Ministros, considerado o “filé mignon” da orla a ser explorado por 20 anos que dará a viabilidade econômica a quem for fazer a gestão. Um aluguel de um restaurante hoje na orla como no Pontão gira em torno de 150 mil reais por mês, diz ao Radar Marcos Coelho.


O Instituto Semeia tema faca e o queijo nas mãos para fazer a gestão de parques entre o governo e atores privados e oferecer uma programação cultural e de lazer para os usuários, além de iniciativas que gerem receita para a manutenção dos locais, como restaurantes e quiosques. “O governador só está esquecendo de que no meio do caminho tem vários processos na justiça que colocam a orla, por enquanto, sub judice”, afirma o presidente da Associação de Moradores da QL-12 do Lago Sul.



Fonte: Portal Radar Condomínios

Minas Gerais realiza inventário de áreas contaminadas e reabilitadas


Por Sabrina Rodrigues*
A maior parte das contaminações está associada a vazamentos ou infiltrações de produtos no solo e subsolo, o que condiz também com as contaminações mais comuns advindas dos postos de combustíveis. Foto: Wikimapa/Flickr.
A maior parte das contaminações está associada a vazamentos ou infiltrações de produtos no solo e 
subsolo, o que condiz também com as contaminações mais comuns advindas dos postos de
 combustíveis. Foto: Wikimapa/Flickr.


A Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam) realizou um estudo que mapeou as áreas contaminadas e reabilitadas do estado. O inventário registrou que existem 642 locais com estas características no território mineiro. O processo de contaminação e reabilitação ocorreu em 170 municípios de Minas Gerais. As maiores ocorrências estão nos municípios de Belo Horizonte, Betim, Paracatu, Juiz de Fora e Uberaba. Betim destaca-se pelo número expressivo de atividades efetivamente ou potencialmente poluidoras.


Os principais contaminantes encontrados são os compostos orgânicos, com destaque para os hidrocarbonatos aromáticos (BTEX – benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno) e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), encontrados principalmente em combustíveis e derivados de petróleo, incluídos solventes, óleos e graxas. Em seguida, estão as contaminações por metais, presente em 28% dos casos.


O estudo também registrou  que o maior número de empreendimentos corresponde a postos de combustíveis, incluindo o comércio varejista de combustíveis e revendedores de gasolina, álcool e diesel. Os grupos de atividades econômicas importantes como a indústria metalúrgica (10%) e o transporte ferroviário (7%) ocuparam o segundo e terceiro lugar respectivamente. Belo Horizonte registra 198 áreas cadastradas, correspondente a 31% do total.


A maior parte das contaminações está associada a vazamentos ou infiltrações de produtos no solo e subsolo, o que condiz também com as contaminações mais comuns advindas dos postos de combustíveis. Em seguida, há a lixiviação/percolação de resíduos dispostos inadequadamente. Poucos casos resultam de dispersão atmosférica de poluentes e de lançamento direto de efluentes no solo/subsolo.


As áreas contaminadas em Minas Gerais estão em diferentes fases de gerenciamento sendo que 35% delas estão sendo monitoradas para reabilitação, 20% já foram reabilitadas, 19% estão em fase de intervenção e remediação, 13% em investigação detalhada e avaliação de risco, 12% em fase de investigação confirmatória e 1% em fase de projeto de intervenção.



*Com informações da Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais

Curta as férias sem prejudicar as tartarugas


Por ((o))eco*
Verão coincide com a época de desova das tartarugas marinhas. Foto: Divulgação/ICMBio.
Verão coincide com a época de desova das tartarugas marinhas. Foto: Divulgação/ICMBio.


Praia lotada é sinônimo de verão, mas também é época de reprodução das tartarugas marinhas, que procuram áreas nas praias para realizar a desova. Pensando numa espécie de guia informal para proteger o momento de renovação do ciclo da vida das tartarugas, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, divulgou um alerta para que as pessoas tomem cuidados e evitem impactar às condições naturais das áreas de desova.


Para se ter uma ideia, para cada mil filhotes que nascem, somente um ou dois conseguem atingir a maturidade. E as ações humanas estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas. O apelo do Tamar é para que o banhista adote um comportamento cuidadoso para reduzir essa ameaça.


Ameaças
Embora comum, o trânsito de veículos nas praias, incluindo carros, caminhonetes e quadriciclos, é uma prática ilegal, conforme portaria editada pelo Ibama. Além de ser um perigo para os banhistas, a passagem de veículos atropela filhotes, compacta ninhos e afugenta as fêmeas durante a desova.


Os técnicos do Tamar também apontam três grandes problemas que atingem as tartarugas no verão: as capturas incidentais pelos barcos de pesca, que aumenta nessa época do ano pela demanda dos produtos pesqueiros; a luz artificial, resultado da expansão urbana sobre o litoral, que prejudica fêmeas e filhotes principalmente durante o período de desova e a poluição das águas por elementos orgânicos e inorgânicos, como lixo e esgoto, que interfere na alimentação e locomoção e prejudica o ciclo de vida das tartarugas marinhas.


Fonte: ICMBio.

Polo perde área de gelo do tamanho da Índia


Por Observatório do Clima
Gelo marinho se rompe na Antártida. Foto: Ted Scambos/NSIDC
Gelo marinho se rompe na Antártida. Foto: Ted Scambos/NSIDC

Porções de mar congelado que somadas têm o tamanho da Índia (3,8 milhões de quilômetros quadrados) desapareceram do Ártico e da Antártida no mês de novembro, graças às altas temperaturas do ar e do mar e a mudanças nos ventos.


Segundo o NSIDC (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve) dos EUA, o mês bateu o recorde de redução de gelo em ambos os polos.


No Ártico, a área de gelo marinho medida por satélites em novembro foi de 9,08 milhões de quilômetros quadrados, 1,95 milhão de quilômetros quadrados abaixo da média de 1981 a 2010.


O mês geralmente é de crescimento na área de gelo, já que a partir de outubro as temperaturas despencam e o sol desaparece acima do Círculo Polar. No entanto, o que se viu em novembro, além de um recongelamento menor, foi uma diminuição da área congelada, algo que só aconteceu uma vez antes (em 2013) em todo o período desde que as medições por satélite começaram, na década de 1980.


De acordo com os cientistas do NSIDC, este é o sétimo mês neste ano a bater o recorde negativo de gelo marinho no Ártico. “Parece que foi um golpe triplo”, disse Julienne Stroeve, pesquisadora do NSIDC. Segundo ela, a culpa pode ser atribuída a um oceano mais quente, a ventos que vieram do sul e a temperaturas do ar mais altas em várias porções do Ártico. Na região a nordeste da Groenlândia, por exemplo, as temperaturas bateram 10oC acima da média para o período.


Na Antártida, o mar congelado (que está derretendo com a proximidade do verão) diminuiu mais rápido e mais cedo no mês. A extensão média foi de 14,54 milhões de quilômetros quadrados, 1,81 milhão de quilômetros quadrados abaixo da média de 1981 a 2010.


Diferentemente do Ártico, na Antártida existe pouco gelo marinho permanente, e não havia até agora uma tendência de redução – ao contrário, o gelo marinho na maior parte do continente vinha aumentando no inverno, algo que os cientistas atribuem a mudanças nos ventos causadas pelo buraco na camada de ozônio.


Neste mês de novembro, porém, o Oceano Austral saiu da casinha. Temperaturas do ar de 2oC a 4oC maiores que a média e mudanças ne circulação atmosférica estão provavelmente por trás da alteração.


“O Ártico geralmente é o que atrai mais nosso interesse, mas neste mês [novembro] a Antártida inverteu o script e é o gelo do sul que está surpreendendo”, afirmou em comunicado Walt Meier, pesquisador da Nasa e do NSIDC.

Republicado do Observatório do Clima através de parceria de conteúdo.

Corrente do Golfo pode parar, diz estudo

Por Claudio Angelo, do Observatório do Clima
Nesta imagem do satélite Aqua, da Nasa, a Corrente do Golfo aparece como a faixa vermelha atravessando o Atlântico. Imagem: Nasa.
Nesta imagem do satélite Aqua, da Nasa, a Corrente do Golfo aparece como a faixa vermelha 
atravessando o Atlântico. Imagem: Nasa.


Cientistas chineses trabalhando nos EUA trouxeram nesta quarta-feira uma notícia agridoce sobre um dos efeitos mais temidos do aquecimento global. Um modelo climático feito por eles mostra que a corrente oceânica que leva calor dos trópicos à Europa é mais vulnerável do que se imaginava às mudanças do clima, e desligará completamente caso a quantidade de gás carbônico na atmosfera siga aumentando. Por outro lado, esse desligamento ocorreria em séculos, não em anos ou décadas.



Conhecida como circulação termoalina do Atlântico, essa imensa esteira oceânica é um dos principais sistemas de regulação do clima da Terra. Sua face mais conhecida é a Corrente do Golfo, uma corrente quente que migra pela superfície do Atlântico tropical até as imediações do Ártico. No Atlântico Norte, ela fica mais fria e mais salgada (devido à evaporação da água no caminho), afundando e retornando aos trópicos na forma de uma corrente fria submarina. A dissipação de calor dessa corrente é o que mantém a Inglaterra e o norte da Europa com um clima relativamente tépido, mesmo estando em uma latitude elevada.


Desde os anos 1980 os cientistas têm postulado que o aquecimento global, ao derreter o gelo e a neve do Ártico, lançaria grande quantidade de água doce no oceano, diluindo o sal da corrente e impedindo que ela afundasse.


O efeito imediato seria a suspensão do transporte do calor para a Europa, que mergulharia numa espécie de era do gelo. Isso já aconteceu há 8.200 anos e resfriou o Velho Continente por dois séculos. Poderia acontecer de novo de forma rápida e causar problemas sérios à civilização, caricaturados no filme-catástrofe O Dia Depois de Amanhã, de 2004.



Observações feitas até aqui, que são esparsas, têm mostrado que justamente desde 2004 esteira oceânica está em sua menor potência nos últimos mil anos, provavelmente por causa do aquecimento global. Alguns cientistas temem que o colapso já tenha começado.



Ocorre que os modelos computacionais que simulam o clima da Terra no futuro, usados pelo IPCC (o painel do clima da ONU), têm falhado sistematicamente em apontar instabilidade no sistema. Por consequência, o desligamento repentino da corrente é considerado pouco provável pelo painel.



Entram em cena Wei Liu, da Universidade da Califórnia em San Diego (hoje na outra costa do país, na Universidade Yale), e colegas. Em estudo publicado nesta quarta-feira no site da revista Science Advances, o grupo aponta que os modelos padecem de um viés: uma distorção faz a corrente parecer artificialmente mais estável do que é de fato.



A origem do problema está longe da Europa, no Atlântico Sul. Essa região do oceano tropical, perto do equador, recebe chuvas constantes na chamada Zona de Convergência Intertropical, o cinturão de tempestades onde massas de ar aquecido dos dois hemisférios se encontram.



Liu e colegas dizem que os modelos do IPCC assumem que há mais água doce oriunda dessas chuvas na corrente do que há de fato. Isso causaria nos modelos uma ilusão de estabilidade – quanto mais água doce no trópico, menor a diferença de salinidade perto do Ártico, portanto, menos suscetível a perturbações a corrente seria. Esse viés, afirma Liu, já havia sido sugerido por outros estudos no passado.



O que o chinês e seu grupo fizeram foi ajustar um dos modelos de acordo com parâmetros de salinidade que eles consideravam mais realistas. Mas não apenas isso: a correção do viés tornou a corrente mais instável e vulnerável ao próprio aquecimento da água do mar – algo que casa melhor com as observações. “O aquecimento reduz a densidade da água e impede a convecção”, disse Liu ao OC.  “O método não é perfeito, mas é o melhor que podemos fazer agora para corrigir o viés e fazer uma projeção mais confiável.”



Os pesquisadores usaram o modelo ajustado para estimar o que acontece com a esteira oceânica caso o nível de CO2 na atmosfera duplique – algo que acontecerá por volta de meados do século se medidas radicais de controle de emissões não forem tomadas.



Aqui vem a nota de alívio do estudo: o colapso da corrente ocorre nas simulações apenas 300 anos após a quantidade de CO2 dobrar na atmosfera. Questionado sobre se isso era uma boa notícia, Liu foi cauteloso: “Sim, 300 anos são muita coisa comparado a uma vida humana, mas mudanças notáveis podem ocorrer antes de a circulação colapsar”, disse.


“Além disso, nosso resultado é baseado em um modelo e em um cenário simples de aquecimento.” Liu e seus colegas não consideraram, por exemplo, o fator que até agora tem sido invocado para explicar a redução da corrente: o efeito do degelo da Groenlândia. Ao lançar excesso de água doce sobre o oceano no Ártico, o derretimento poderia agravar a situação de uma corrente que já seria impactada pelo aquecimento da superfície.


Um efeito esperado dessa redução na corrente, por exemplo, é uma mudança nos padrões de chuva em várias regiões do planeta. Um dos lugares que seriam afetados é o Brasil. Estudos do grupo do geólogo de Francisco Cruz, da USP, já mostraram que fases de redução da circulação termoalina no passado corresponderam a chuvas torrenciais no Brasil, devido ao deslocamento da Zona de Convergência Intertropical para o sul.


“Precisamos aplicar essa metodologia a mais modelos climáticos e a cenários de aquecimento global mais realistas”, afirmou Liu.

Republicado do Observatório do Clima através de parceria de conteúdo. logo-observatorio-clima

PARA FAVORECER A NATURA, Rollemberg recorre de decisão judicial e vai continuar cometendo crimes ambientais na orla do Paranoá



orlaDoido para entregar 6,5 quilômetros da orla do Paranoá ao grupo Natura, o governador Rodrigo Rollemberg vai recorrer da decisão judicial proferida pela Vara do Meio Ambiente que manda parar as obras de pavimento asfáltico na beira lago

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LETRA No entendimento do juiz Matheus Stamilo Santarelli Zuliani, da Vara do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), o GDF está cometendo um grave dano ambiental na orla do Paranoá. Por causa disso, o magistrado determinou que a construção de uma estrada de 6,5 quilômetros com pavimento asfáltico fosse imediatamente interrompida.

A estrada medindo quatro metros de largura está a menos de 1 metro da beira do Lago e fica em um trecho de APP (área de preservação permanente). Essa é a segunda vez que a Vara do Meio Ambiente manda parar a obra. Na primeira vez, o juiz titular Carlos Maroja teve o mesmo entendimento, mas GDF recorreu ao juízo de 2ª Instância que ordenou a continuidade da obra.

“Não há razão para uma nova decisão”, ressaltou o procurador-chefe da Procuradoria do Meio Ambiente, Patrimônio Imobiliário e Saúde do DF, Tiago Pimentel. “Ele [Zuliani] não ouviu a versão do governo, mas se baseou apenas no relato dos moradores.”, Disse durante uma coletiva a jornalistas nesta quarta-feira.

barrinhaDesde agosto do ano passado que a obra criminosa avança por meio de maquinas pesadas que rasgam a beira lago. A região é considerada como Áreas de Preservação Permanente (APP), instituída pelo Código Florestal e consistem em espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis.



Há evidências de sobras que revelam que a obra feita pela Novacap se trata de uma rua de serviço, onde, futuramente, os caminhões de entrega de gêneros irão trafegar para abastecer os bares e restaurantes sofisticados que Rollemberg pretende instalar na APP do lago em parceria com a Natura.


A afinidade de Rodrigo Rollemberg com a Natura é de longa data. Em 2014 o dono da empresa de cosméticos Guilherme Leal, como pessoa física, injetou grana na campanha eleitoral do governador. Em contrapartida, pela ajuda, o Governo de Brasília resolveu fazer um mimo ao empresário concedendo isenção fiscal de quatrocentos milhões de reais à empresa de cosméticos .

“Se o governo conseguir derrubar a liminar nós vamos continuar metendo processo contra o governo e contra gestores como a Bruna da Agefis, a Jane do Ibram e contra o próprio governador Rollemberg pelos danos ambientais causados em uma área de APP”, disse Marcos Coelho, presidente da associação dos moradores da QL12.

SEGETH decide destruir o Park Way


Prezados,

Novamente a comunidade do Park Way se encontra encurralada pela Secretaria de Habitação. Quando pensamos que poderíamos relaxar, que o pesadelo representado pela SEDHAB e seu Secretário pouco confiável faziam parte do passado o monstro reaparece.

E reaparece ainda mais ambicioso e mortal. Desta feita a SEGETH não quer apenas implantar comercio no Pak Way, adensando assim um bairro que não tem estrutura urbana para suportar adensamentos, mas quer também que esse comércio seja colocado DENTRO de condomínios!!

E para piorar, quer colocar indústrias dentro dos condomínios, também!

De modo que um bairro que foi criado para ser o pulmão de Brasília, uma ilha verde em oposição à ilha de calor causada pela urbanização terá, dentro das residências, comercio e ...industrias!!

Ora, essa  alteração de Residencial Exclusivo para uso misto já havia sido proposta nessa LUOS em 2012.  E foi rechaçada por unanimidade pelos moradores.

Mas o governo tem uma audição seletiva. E apenas a voz do lucro fácil é ouvida. E o meio ambiente, por ser silencioso, nunca tem voz.E nem vez.

Desenvolvida insulina mais estável para tratamento da diabetes




Desenvolvida insulina mais estável para tratamento da diabetes
As proteínas são transformadas em cristais, mantendo sua ação terapêutica.
[Imagem: UGR]


Cristalização de proteínas
Pesquisadores da Universidade de Granada (Espanha) desenvolveram uma tecnologia que permite a fabricação de remédios mais eficazes a partir de proteínas terapêuticas previamente transformadas em hidrogéis.


Usando esta técnica, eles obtiveram uma nova formulação com insulina que apresenta uma maior estabilidade e meia-vida mais longa do que a atualmente vendida nas farmácias - e, mais importante, mais eficaz para o tratamento da diabetes.
Isto foi conseguido transformando as proteínas em cristais.


Proteínas terapêuticas
Como explicam Luis de Cienfuegos e Juan Mochon, o número de proteínas terapêuticas utilizadas no tratamento de diversas doenças tem aumentado dramaticamente nos últimos anos graças aos avanços da biotecnologia.


A utilização de proteínas para fins terapêuticos tem uma série de vantagens em termos de especificidade e potência da ação em comparação com os medicamentos sintéticos. No entanto, a estrutura complexa das proteínas faz com que seus compostos sejam difíceis de estabilizar e administrar, limitando a sua durabilidade e, portanto, seu efeito terapêutico.



Para resolver estes problemas de estabilidade, empregam-se duas técnicas diferentes, que necessitam modificar a proteína. Embora ambas deem resultado, elas não são fáceis de realizar e, em alguns casos, estas alterações na proteína podem causar uma redução da sua atividade e até mesmo induzir toxicidade.


Cristais
A nova tecnologia deixa de lado tanto as modificações genéticas quanto as químicas, que alteram a atividade e a segurança das proteínas.


Em vez disso, elas são previamente transformadas em cristais, gerando um hidrogel, que é então usado para desenvolver a formulação, o medicamento propriamente dito.


A equipe já patenteou sua descoberta e está em negociações com a indústria farmacêutica para que o novo processo seja adotado em larga escala.

Ímãs substituem antibióticos contra infecções




Ímãs substituem antibióticos contra infecções
As bactérias são removidas por minúsculos ímãs, em uma técnica chamada "purificação magnética do sangue".
[Imagem: EMPA]
Antibacteriano magnético
Já pensou em substituir os antibióticos - caros e com riscos de efeitos colaterais e de tornar as bactérias resistentes - e ter as infecções curadas por ímãs?


Os primeiros testes laboratoriais com essa nova terapia - bem-sucedidos e promissores - acabam de ser realizados por uma equipe internacional incluindo médicos do Instituto EMPA (Suíça), Instituto Adolphe Merkle e Escola de Medicina de Harvard (EUA).


A terapia envolve injetar nanopartículas magnéticas de ferro no sangue do paciente. As nanopartículas ligam-se às bactérias, que são então removidas do sangue usando campos magnéticos gerados do lado de fora do corpo.


Ímãs contra sepse
A sepse, ou septicemia - também conhecida como "envenenamento do sangue" -, é uma condição de infecção generalizada que é fatal em mais de 50% dos casos, mas pode ser curada se tratada em uma fase inicial. A maior prioridade, portanto, é agir rapidamente.


Por isso, os médicos costumam administrar antibióticos tão logo se suspeite de envenenamento do sangue, sem tempo para determinar se é realmente uma sepse bacteriana. Como em muitos casos não é, essa medida necessária de emergência acaba aumentando o risco de resistência bacteriana aos antibióticos.


Por isso, Inge Herrmann e sua equipe estão trabalhando no desenvolvimento de uma solução alternativa sem a necessidade de usar antibióticos - eles chamam sua técnica de "purificação magnética do sangue".

Purificação magnética do sangue
O princípio é, pelo menos na teoria, muito simples. As nanopartículas de ferro são revestidas com um anticorpo que detecta e se liga às bactérias nocivas no sangue. Decorrido um tempo suficiente para que as bactérias sejam capturadas, elas são removidas do sangue magneticamente.


Mas, até agora, havia um porém: os cientistas só haviam conseguido preparar as partículas magnéticas com anticorpos para reconhecer um único tipo de patógeno - mas muitos tipos diferentes de bactérias podem estar envolvidas na septicemia.


Finalmente, a equipe do professor Gerald Pier (Harvard) conseguiu desenvolver um anticorpo que pode se ligar a quase todas as bactérias que podem desencadear a septicemia - desta forma, se houver uma suspeita de sepse, o tratamento magnético poderia ser iniciado imediatamente, independentemente de qual patógeno está realmente no sangue.


Esse anticorpo polivalente permitiu finalmente que a equipe tivesse sucesso na filtragem das bactérias patogênicas do sangue, resultando em um procedimento semelhante à diálise.


Riscos das partículas de ferro
A equipe alerta que a nova terapia ainda não está suficientemente madura para ser usada em pacientes.
Na próxima etapa do trabalho, eles pretendem fazer testes para ver se algumas partículas permanecem no sangue após a extração magnética. Isto porque o requisito fundamental para essas capturadoras de bactérias é claro: elas não podem prejudicar o corpo humano.
Nos primeiros testes, feitos em culturas de células (in vitro), as nanopartículas de ferro se degradaram completamente após cinco dias.

Ler a mente e compartilhar pensamentos está próximo da realidade




Ler a mente e compartilhar pensamentos está próximo da realidade
A primeira comunicação cérebro a cérebro feita em laboratório será bastante diferente da telepatia.
[Imagem: New Scientist]
 
Telepatia científica
A primeira comunicação cérebro a cérebro "verdadeira" entre duas pessoas poderá ser realizada já no próximo ano, de acordo com expectativas da equipe do professor Andrea Stocco, da Universidade de Seattle (EUA).


As primeiras tentativas não vão se assemelhar muito à telepatia, como muitas vezes imaginamos. Isto porque o cérebro de cada um de nós funciona de maneira única, e a forma como cada um de nós pensa sobre um conceito é influenciada por nossas experiências e memórias.


O resultado é que os padrões de atividade cerebral que os equipamentos atuais conseguem medir, para fazer coisas como controlar equipamentos pelo pensamento, são muito diferentes de pessoa para pessoa.


É por isso que os equipamentos atuais exigem uma longa curva de aprendizado, com o usuário e o programa de computador precisando ser treinados para reconhecer como o cérebro sinaliza coisas simples, como "mova o braço" ou "feche os olhos".


Treinamento cerebral
Mas, se os neurocientistas conseguirem aprender os padrões de um indivíduo, eles podem ser capazes de desencadear certos pensamentos no cérebro dessa pessoa. E, em teoria, eles poderiam capturar a atividade cerebral de uma pessoa, interpretá-la, e então traduzir o comando na forma de sinais neurais de outra pessoa, e então desencadear aqueles pensamentos nesta segunda pessoa.


Até agora, os pesquisadores conseguiram que dois voluntários, usando um capacete com sensores que realizam exames contínuos de eletroencefalograma, e sentadas em salas diferentes, jogassem uma partida de um jogo de 20 perguntas em um computador. Os participantes transmitiram respostas "sim" ou "não", desencadeando uma corrente elétrica no cérebro do outro mediante uma técnica chamada estimulação magnética transcraniana.
Indo além, pode ser possível detectar certos processos de pensamento, e usá-los para influenciar os pensamentos de outra pessoa, incluindo decisões simples, como sentar, levantar ou mexer ou não a mão.
Ler a mente e compartilhar pensamentos está próximo da realidade
Nos últimos anos os neurocientistas começaram a discutir os usos médicos da cibernética avançada.
[Imagem: Ag.USP]


Treinar roupas robóticas
Outra abordagem que está sendo explorada consiste em reunir em um único dispositivo eletrônico a atividade cerebral de vários indivíduos. Isso já foi feito com animais. Três macacos com implantes cerebrais aprenderam a pensar juntos, cooperando para controlar e mover um braço robótico.


Um experimento similar foi realizado com camundongos, conectando seus cérebros em um "rede cerebral".


O próximo passo é desenvolver um equivalente humano que não requeira cirurgia invasiva para colocação de implantes no cérebro, como tem sido feito com os animais. A ideia é que os voluntários só utilizem os capacetes de eletroencefalograma, que são feios e desajeitados, mas que são o melhor de que dispomos.


Os primeiros usuários provavelmente serão pessoas paralisadas.

A médio prazo, os neurocientistas esperam incorporar essa "rede cerebral" em uma roupa robótica, por exemplo, que poderá permitir que essas pessoas com paralisia obtenham ajuda de outra pessoa para treinar os exoesqueletos que finalmente lhes permitirão recuperar os movimentos.