quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Desmatamento em Terras Indígenas na Amazônia quase triplicou

06/10/2016 1 Comentários Leia Mais →

Área recentemente desmatada na Terra Indígena Cachoeira Seca do Iriri (PA), campeã do desmatamento entre 2012 e 2015. Foto: © Juan Doblas - ISA
Área recentemente desmatada na Terra Indígena Cachoeira Seca do Iriri (PA), campeã do desmatamento entre 2012 e 2015. Foto: © Juan Doblas – ISA



Por Oswaldo Braga de Souza, do ISA – 
Roubo de madeira e grilagem são os principais causadores do desflorestamento, que já soma quase 20 mil campos de futebol em 2016. Novidade é salto no corte raso nas áreas protegidas.





O desmatamento realizado dentro das Terras Indígenas (TIs) da Amazônia, este ano, já é quase o triplo do registrado em todo o ano passado. Entre janeiro e agora, foram desflorestados 188 quilômetros quadrados nessas áreas – o que corresponde a quase 19 mil campos de futebol. Em 2015, esse número foi de 67 quilômetros quadrados.




O dado foi obtido pela Fundação Nacional do Índio (Funai) a partir da análise das mesmas imagens de satélites usadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para produzir a taxa anual oficial de desmatamento para toda a Amazônia. Portanto, a informação tende a ser confirmada, com pequena margem de erro.




Há 385 TIs na Amazônia, que somam 1.128.699 quilômetros quadrados, segundo o Programa Monitoramento de Áreas Protegidas do ISA.




O salto do desmatamento nas TIs é indício de uma possível nova alta na taxa para toda a Amazônia. A estimativa preliminar, para o período entre agosto de 2015 e julho de 2016, só será divulgada no final do ano. O órgão indigenista resolveu antecipar o levantamento para as TIs para orientar suas operações de fiscalização. O índice foi divulgado, ontem (5/10), em seminário realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, em Brasília.




As TIs estão entre as áreas menos desmatadas na região, com uma taxa acumulada de cerca de 2% do total de sua extensão. De acordo com a Funai, o desflorestamento nessas áreas é ainda menor que nas Unidades de Conservação (UCs), como Parques Nacionais. Para os pesquisadores e representantes da sociedade civil que estiveram no evento, a barreira ao avanço da fronteira agrícola representada por TIs e UCs pode estar começando a ruir.




“O desmatamento está gritante no momento”, alertou Tatiana Vilaça, coordenadora geral de Monitoramento Territorial da Funai. De acordo com ela, o corte seletivo de árvores realizado por madeireiros ilegais é até certo ponto comum nas TIs por ser mais difícil de ser identificado pelos satélites. Por isso, o salto tão grande no desflorestamento completo nessas áreas chamou atenção dos técnicos da Funai.




A servidora da Funai apontou que a grilagem, a exploração madeireira ilegal e a pecuária seguem como os vetores do desmatamento nas TIs. Ela chamou a atenção para a situação de Rondônia e Pará e das TIs Cachoeira Seca (PA) e Andirá-Marau (PA/AM). Localizada na área de influência da usina de Belo Monte, Cachoeira Seca foi a TI mais desmatada entre 2012 e 2015, de acordo com o Inpe.




Vilaça denunciou que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) está sendo usado para tentar legalizar a grilagem em TIs. Ela informou que já há decisões judiciais de primeira instância que estão usando o recibo do cadastro para tentar comprovar a regularidade de posses de não indígenas nessas áreas. Teoricamente, o documento não tem nenhum valor fundiário. O CAR foi instituído pelo novo Código Florestal e pretende identificar as áreas desmatadas ilegalmente que precisam ser reflorestadas nas propriedades rurais.




Maior aumento da taxa em quatro anos
No seminário, foi apresentada oficialmente a taxa revisada do desmatamento na Amazônia para o período entre 2014 e 2015. Foram destruídos 6.207 quilômetros quadrados de floresta, e não 5.831 quilômetros quadrados, um acréscimo de 6,45% em relação ao índice preliminar divulgado em novembro. O aumento em relação a 2013-2014 foi de 24%, e não de 16% – o maior em quatro anos e o segundo período sucessivo de acréscimo da taxa.




Especialistas e ambientalistas avaliam que a nova alta no ritmo de destruição da floresta resulta da fragilização do Código Florestal, da redução de UCs e dos investimentos em grandes obras na Amazônia promovidos pelo governo nos últimos cinco anos. Se uma nova tendência de crescimento desse ritmo estiver em curso, estarão em risco nossas metas de redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa definidas na legislação e nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil (saiba mais).



A coordenadora de Política e Direito do ISA, Adriana Ramos, avaliou que a descontinuidade das ações do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento é uma das responsáveis pelo novo salto no desflorestamento. “A sinalização que temos dado como sociedade para a importância das TIs é péssima. Os direitos indígenas estão cada vez mais fragilizados diante de outros interesses. É quase natural que isso venha a se refletir no desrespeito dos próprios limites dessas áreas”, analisou, no seminário. Ela cobrou do governo a retomada das demarcações e uma ação firme no Congresso contra os vários projetos que pretendem fragilizar os direitos indígenas.



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(ISA/ #Envolverde)


* Publicado originalmente no site ISA.

São Paulo sediará a primeira edição do Vegan Week Brasil

26/10/2016


vegan-week-brasil-logo-pngAmantes da gastronomia terão a oportunidade de conhecer diversos sabores e opções livres de ingredientes de origem animal.


Por Redação da Envolverde*



A cidade de São Paulo é considerada a mais vegana do Brasil. Pensando nisso, um grupo de empreendedores veganos se reuniu e criou a Vegan Week Brasil-SP, uma versão da Restaurant Week, só que com restaurantes com opções veganas e vegetarianas no menu, nas imediações da Rua Augusta e no bairro de Pinheiros.




Estima-se que na cidade de São Paulo existam em média mais de 15 mil restaurantes e 20 mil bares. A grande maioria não tem opções veganas (livres de ingredientes de origem animal) e vegetarianas. Ainda não há dados concretos e oficiais sobre o número de veganos no Brasil, menos ainda na cidade de São Paulo. Contudo, uma pesquisa do IBOPE, realizada em outubro de 2012, revelou que 8% da população brasileira declarou-se vegetariana.




A ideia surgiu após o grupo perceber a carência de divulgação e fortalecimento de restaurantes, bares e cafés veganos e com opções veganas. “Nosso principal objetivo é apresentar aos curiosos e simpatizantes que é possível ter uma variedade de refeições no cardápio sem que nenhum animal precise ser morto para isso”, afirma Márcia Cris.




Com a proposta inovadora de levar aos participantes da Vegan Week Brasil-SP alternativas saudáveis e livres de ingredientes de origem animal, a organização também oferecerá consultorias a serem realizadas por chefs de cozinha veganos. Assim, caso algum restaurante tenha interesse em implantar opções veganas no cardápio, esta será uma grande oportunidade.




Um dos principais objetivos da Vegan Week Brasil-SP é mostrar aos restaurantes que não possuem opções veganas e vegetarianas que é possível e financeiramente viável incluir opções vegetarianas e veganas em seus cardápios.



Para viabilizar o projeto, os fundadores Elton Bastos e Márcia Cris optaram pelo financiamento coletivo (crowdfunding) como caminho para levantar os recursos necessários para tirar a ideia do papel. “Sabemos que o coletivo move as pessoas e que juntos conseguimos, por isso optamos pelo financiamento coletivo”, declara Elton Bastos.




O evento acontecerá entre os dias 20 e 27 de novembro de 2016. A Vegan Week Brasil-SP já está preparando a lista dos restaurantes parceiros para a Semana de Alimentação Consciente e, logo mais, o público terá acesso através do site www.veganweek.com.br





Todo restaurante participante que não for vegano nem vegetariano se comprometerá a não usar ingredientes de origem animal e garantirá que os alimentos sejam preparados separadamente dos convencionais da casa.




Para ajudar o projeto, acesse o link e inscreva-se no crowdfunding.

Decreto cria corredor ecológico em Manaus


Reserva Florestal Adolpho Ducke. Foto: Blog Coyote Expedições
Reserva Florestal Adolpho Ducke. Foto: Blog Coyote Expedições




Na semana passada foi publicado no Diário Oficial do Estado do Amazonas, o Decreto n° 37.274 que formaliza a criação do corredor ecológico da Reserva Florestal Adolpho Ducke/Puraquequara, em Manaus. Com uma área de 2.396 hectares, o corredor ecológico está localizado na zona de expansão urbana da cidade, dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental Adolpho Ducke (AM), começando nos limites da Reserva Adolpho Ducke e se estendendo até o rio Puraquequara.





O corredor tem o objetivo de ligar as unidades de conservação que venham a ser criadas no seu perímetro ou entorno imediato garantindo a preservação das matas ciliares ao longo de cursos d’água. Ele também visa garantir a recuperação e manutenção de espécies facilitando a recolonização das áreas degradas, bem como disciplinar o uso e ocupação do solo nas zonas de proteção do corredor ecológico.




O levantamento realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) mostrou que a área desempenha importante função ecológica, como fonte de espécies colonizadoras para os fragmentos que estão próximos a ela, por ser ainda conectada com a floresta contínua. O relatório de caracterização ambiental da área evidencia que, caso não fosse criado o corredor ecológico, a área poderia ser impactada pela expansão da cidade e se tornar mais um fragmento isolado.




A criação foi amplamente discutida em audiências públicas que reuniu pesquisadores, órgãos parceiros, além da população que reside no entorno da área. Na última, por exemplo, realizada em abril deste ano, o projeto foi aprovado por unanimidade. Também foram realizadas diversas reuniões e visitas para fazer levantamento de dados físicos, biológicos e geográficos da área, além da análise de pontos georreferenciados das características do uso e ocupação da terra para delinear as ações necessárias para criação da conectividade das áreas.



Reserva Florestal Adolpho Ducke
A Reserva Florestal Adolpho Ducke, criada em 1963, é uma área de 100 quilômetros quadrados, em plena zona urbana de Manaus, no Amazonas. Apesar de cumprir um papel de preservação ambiental, esta área protegida administrada pelo Inpa não faz parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O objetivo do corredor ecológico é garantir a proteção da Reserva através de uma zona de amortecimento comum às UCs; frear o desmatamento através de uma melhor fiscalização; e preservar animais que vivem na área.

*Com informações da assessoria de imprensa da Sema

A grama da Amazônia e a poeira do deserto

13/03/2015 1 Comentários

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Vista aérea da floresta amazônica no Acre. Foto: © WWF-Brasil/Bruno Taitson
Vista aérea da floresta amazônica no Acre. Foto: © WWF-Brasil/Bruno Taitson


Passar os olhos pelos jornais é exercício rico e nem sempre ameno. Ao mesmo tempo que nos dá o privilégio de saber o que acontece em toda parte – notícias surpreendentes e alentadoras -, essa cobertura ampla traz implícito o risco de preocupações, aflições, sofrimentos até. A semana passada não foi diferente.




Pode-se começar pela notícia (amazonia.org, 6/3) de que “grama de R$ 2 milhões da Arena da Amazônia não se adaptou e deverá ser substituída”. Nada menos que R$ 2 milhões para cobrir um campo de futebol – o que no interior do país se faz praticamente sem custo. E este, amazônico, ainda implica “custo de manutenção de R$ 60 mil mensais” ! Segundo os responsáveis, porque “o tipo de grama não se adaptou ao clima da região e será substituído”, com um novo custo de R$ 200 mil.




Por aí, vai-se chegar a um tema forte no noticiário durante toda a semana, que é a polêmica sobre o projeto de acesso a recursos genéticos e o pagamento pelo seu uso, na área de conhecimentos de povos indígenas e tradicionais. Se os implantadores da grama na arena conhecessem o tema da biodiversidade saberiam que uma espécie estranha ao bioma poderia não se adaptar. Poderiam ter evitado o prejuízo. Mas biodiversidade em geral – presente em quase tudo no nosso cotidiano – é considerada tema de “ambientalista exagerado”. Esquecendo que a remoção dessa biodiversidade pode implicar mudanças climáticas, acréscimo de custos econômicos, etc.




No dia seguinte os jornais diziam que o aumento do desmatamento e a perda de biodiversidade na Amazônia – mais 288 quilômetros quadrados de florestas só em janeiro deste ano (Agência Estado, 21/2) – vem somar-se aos 763 mil km2 já desmatados e 1,2 milhão de km2 quadrados já degradados, segundo o cientista Antônio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Amazônia.org, fevereiro de 2015).




Nos mesmos dias, vinha a notícia (Folha de S.Paulo, 7/3) de que um grupo de jovens cientistas no Japão desenvolvera método para transformar uma microalga em suco e biscoito – e com isso a empresa dona dos direitos do conhecimento abrira seu capital na Bolsa de Tóquio e seu valor imediatamente chegara a US$ 1 bilhão; suas vendas em um ano chegaram a US$ 28,5 bilhões. Agora estudam caminhos para produzir, a partir da mesma microalga, cosméticos, fertilizantes “e até combustível de avião”. A partir de uma única espécie da biodiversidade.




O pensamento vai para o início da década de 1980, quando o autor destas linhas gravou o documentário Amazonas, a pátria da água, com roteiro do poeta Thiago de Mello. Saímos de Manaus pelo Rio Amazonas num barco, entramos pelo Rio Nhamundá e algumas horas depois chegamos a um lugar chamado pelos moradores das redondezas de Lago da Serra do Espelho da Lua – um lago coberto de flores brancas, únicas por ali, o primeiro lugar que a Lua banhava com seus raios em noites de plenilúnio, quando surgia atrás da montanha. E, diziam eles, esse era o lugar em que as amazonas se banhavam. Da janela do barco, noite mais alta, era possível olhar e ver ao redor 360 graus de estrelas e de Lua, no céu e na água.




A parada seguinte foi na aldeia dos índios maués, que haviam sido os descobridores das propriedades alimentares do guaraná nativo, conhecimento que transmitiram aos portugueses no século 17, sem nada receber por isso. Quanto vale hoje na indústria de refrigerantes esse conhecimento sobre a biodiversidade, que, segundo os maués, lhes foi transmitido pelo deus que os criou? (É o que está em discussão hoje no projeto de acesso a recursos genéticos e a seu conhecimento por povos indígenas e tradicionais.) Ali, entre os maués, documentamos o ritual da tucandeira, em que jovens dançam, num ritual de passagem, com a mão enfiada numa luva de palha onde foram colocadas centenas de formigas tucandeiras enfurecidas.




Tudo isso faz parte do modo de vida, que inclui o conhecimento da biodiversidade. E este é fundamental, como lembra o biólogo Rômulo Batista, da Companhia da Amazônia, do Greenpeace Brasil (Ecológico, fevereiro de 2015)): “O desmatamento da Amazônia é uma das possíveis explicações para essa preocupante escassez de águas no Sudeste. Devemos nos mobilizar e exigir dos nossos representantes que o Desmatamento Zero seja transformado em lei. Sem floresta não tem chuva”. E o desmatamento “aumenta as incertezas e os riscos para a produção de alimentos, seja perto ou longe das áreas desmatadas, em função das mudanças de temperatura e da alteração nos regimes de chuva.”




Mas seguimos fazendo de conta que não sabemos disso, nem de outras graves questões da perda da biodiversidade. Não continuamos a derrubar a floresta para abrir pastagens? Não continuamos a avançar, além do desmatamento, com hidrelétricas como a de Belo Monte, que exigirá a abertura de um canal de 100 km e está custando R$ 30 bilhões (Miriam Leitão, 7/3), mas em certos momentos não conseguirá gerar mais que mil megawatts, embora a propaganda diga que serão 11 mil megawatts?




E assim vamos. Este último projeto está ainda envolvido na Operação Lava Jato, em que dirigentes de empreiteira disseram que pagaram R$ 100 milhões a partidos políticos pela aprovação do contrato. Também por lá o Ministério Público Federal pede à Justiça que suspenda a licitação para concessão de manejo nas florestas públicas amazônicas de Itaituba I e II, porque contraria exigências legais – da mesma forma que outros projetos como esse, onde já foram constatadas irregularidades graves.




Quando aceitaremos que tudo está relacionado com tudo – como vemos inclusive agora, na notícia (Geophysical Research Letters, 24/2) de que um satélite da Nasa calculou em 27,7 milhões de toneladas anuais a quantidade de fósforo – essencial para a Floresta Amazônica – que é transportada em poeira do Deserto do Saara que atravessa o Atlântico, trazida pelos ventos?



Sempre será tempo.



* Washington Novaes é jornalista.



** Publicado originalmente no site O Estado de S. Paulo.

Nossa biodiversidade no centro da atenção

07/10/2016

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O desmatamento ainda é o principal responsável pelas emissões nacionais. Foto: Shutterstock
O desmatamento ainda é o principal responsável pelas emissões nacionais. Foto: Shutterstock
Por Washington Novaes*
Temos fechado os olhos para um futuro muito problemático para o nosso país.




São importantes as informações de que o Ministério do Meio Ambiente e outros órgãos se mobilizam diante de notícias que levantam preocupações por alguns ângulos na Amazônia. Uma delas é a de que o desmatamento ali pode estar em tendência de aumento, enquanto outras sugerem estabilização e até queda.




Algumas instituições, entre elas o Sistema Nacional de Estimativas de Emissão de Gases do Efeito Estufa (SEEG) e o Observatório do Clima, apontam para um “sinal amarelo” na área. Após queda de 2005 a 2010, as emissões por desmatamento mantiveram o patamar até 2014: 0,82 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente por ano.



Agora, as emissões por desmatamento fariam crescer a preocupação com o compromisso brasileiro de redução de emissões no âmbito da Convenção do Clima. De acordo com os últimos dados, o setor de mudanças no uso da terra emitiu entre 1990 e 2014 cerca de 56 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, a maior parte por desmatamento em três biomas: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica (65% na Amazônia). Com diversas ações governamentais, as emissões médias anuais haviam caído 13% em 2014, comparadas com as do ano anterior.




O desmatamento ainda é o principal responsável pelas emissões nacionais, com 42% (amazonia.org, 3/10). Pará e Mato Grosso concentram metade das emissões. Há poucas semanas (Valor Econômico, 4/8) o Ministério Público Federal do Pará começou a investigar esquema de desmatamento que envolveria até empresa de titular de cargo oficial.




Avanços no desmatamento significam ameaças aos 7 milhões de quilômetros quadrados (60% dos quais em território brasileiro) onde vivem 2,5 milhões de tipos de insetos, dezenas de milhares de espécies de árvores e mais de 2 mil animais entre peixes, anfíbios répteis e mamíferos – fora os desconhecidos. Em estudo recente, pesquisadores na Amazônia apontam estar ali o hábitat de ao menos 12 mil espécies de árvores (Amazônia.org, 25/7).




Várias instituições continuam a pesquisar formatos de valorizar produtos nativos da Amazônia, na tentativa de consolidar caminhos que possam contribuir para a valorização econômica e a preservação do bioma. É o caso do buriti, que vem sendo muito estudado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) pelo cientista Afonso Rabelo e sua equipe, principalmente na área de doces e sorvetes. Com forte aceitação, da mesma forma que o pato no castamburi (buriti, castanha e tucumã). Ele lembra que só nas feiras de Manaus são comercializados 300 frutos regionais e seus produtos.
 Foto: Shutterstock
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Por outro ângulo, a jornalista Camila Faria enfatiza (Eco 21, agosto 2016) que, segundo um grupo internacional de pesquisadores, “a floresta com tipos diferentes de plantas se recupera melhor aos ser submetida a um aquecimento moderado” – e isso é vital para a biodiversidade. Tem também maior potencial de adaptação a mudanças do clima – a Amazônia é um “estudo de caso”.



A pesquisa Resilience of amazon forest emerges from plant trait diversity reforça “a importância da preservação da biodiversidade como instrumento de políticas públicas contra o agravamento da crise climática (…). A diversidade vegetal pode permitir que o maior ecossistema tropical do mundo se ajuste a certo nível de mudança climática – árvores que hoje são espécies dominantes, por exemplo, poderiam dar lugar a outras que seriam mais adaptadas às novas condições”.




Também é um bom sinal que se amiúdem estudos sobre a riqueza e a importância nutricional da biodiversidade brasileira. Como é o caso dos peixes, que hoje representam apenas 1,69 quilo no nosso consumo anual por habitante, enquanto os importados chegam a 2 quilos por habitante/ano – e ainda assim 55% do consumo é fora de casa. Compradores em feiras e mercados exigem que o peixe já venha sob a forma de filé.




Segundo o biólogo Fernando Reinach, “cientistas observaram que basta remover 10% da floresta de uma bacia hidrográfica para que entre 20% e 40% da biodiversidade desapareça. E essa perda de biodiversidade aumenta gradativamente, à medida que a região em volta da floresta remanescente é desmatada”.



Uma conclusão: “Se queremos preservar 80% da biodiversidade da Amazônia, a fração da área que poderia ser desmatada é significativamente menor que os 20% permitidos hoje pelo Código Florestal”. Ou seja, temos fechado os olhos para um futuro muito problemático para o País; porque uma floresta intacta, localizada numa região onde o desmatamento pode ser de 20% da área total, perde entre 39% e 54% de seu valor como área de conservação da biodiversidade.




Pode ser ainda mais grave se se levar em consideração notícia recente (geodireito, 26/9) de que já haveria “estimativa maior de desmatamento”. Uma revisão do desmatamento entre 2014 e 2015 teria mostrado que o corte raso nas florestas da região alcançou 6.207 quilômetros, ou seja, 6,45% mais que os 5.831 km2 até aqui conhecidos. Essa estimativa reajustaria de 16% para 24% o aumento do corte na Amazônia, em comparação com o período de 2013 a 2014, que foi de 5.012 km2.




Há preocupações vindas também de fora. Uma ONG holandesa quer criar “um corredor gigante de biodiversidade no Brasil, com 2,6 mil quilômetros contínuos e até 40 quilômetros de largura, 10,4 milhões de hectares e 2 bilhões de árvores plantadas” (Estado, 8/9). Outros estudiosos já discutem modelos de desenvolvimento para o Brasil que tenham seu centro em projetos de valorização da biodiversidade e de novos produtos para o mercado que tenham esse ponto de partida.




É também preciso dar muita atenção ao secretário executivo da Convenção da Diversidade Biológica da ONU, o cientista brasileiro Bráulio Dias (Estado, 11/9): o Brasil pode perder o acesso a recursos genéticos para várias áreas se não ratificar o Protocolo de Nagoya, que regula essa matéria. (O Estado de S. Paulo/ #Envolverde)


* Washington Novaes é jornalista (e-mail: wlrnovaes@uol.com.br).




** Publicado originalmente no site O Estado de S. Paulo.

Poluição Do Ar Pode Causar Derrame E Ataque Cardíaco, Alerta A OMS



 
 
 
Campanha global “Respire Vida” foi lançada durante Habitat III, conferência das Nações Unidas em Quito; segundo agência da ONU, nove em cada 10 pessoas respiram ar que não é seguro.

 
 
 
 
Nove em cada 10 pessoas no mundo respiram ar que não é seguro, segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS. E a poluição do ar pode causar derrames e ataques cardíacos. O alerta é da agência da ONU.
 
 
 
 
Para enfrentar o desafio, a OMS lançou a campanha “Respire Vida”. A iniciativa global da agência da ONU lançada durante a Habitat III. Em Quito, o coordenador de políticas públicas e saúde da OMS, Carlos Dora, explicou à Rádio ONU os riscos causados pela poluição do ar.
 
 
Infarto
 
 
 
 
“A gente está lançando essa campanha global, OMS e parceiros, porque não existe ainda uma conscientização da importância que o ar limpo tem para a saúde das pessoas. Até 15 anos atrás a gente achava que o problema da poluição do ar, a contaminação, era mais a causa de uma doença respiratória, câncer de pulmão se conhecia. Mas não se conhecia a dimensão completa do problema da poluição do ar que é, na verdade, uma das maiores causas de doença do coração, de ataque do coração, infarto do miocárdio, e doença cerebrovascular.”
 
 
 
 
Segundo Dora, hoje se sabe, através de “inúmeros estudos” que as “partículas entram no pulmão, mas também na circulação”, causando inflamação nos vasos sanguíneos, em um fenômeno semelhante ao colesterol e à pressão alta.
 
 
Soluções
 
 
 
 
Ele citou algumas soluções práticas, mencionando, por exemplo, andar de bicicleta, onde for seguro, e que em alguns locais da África e da Ásia, queimar lixo é uma das grandes causas de poluição.
 
 
 
 
“E também a poluição dentro das casas. Ainda há países africanos onde 95% da população usam lenha para aquecer a casa no inverno, para cozinhar, usa querosene para iluminar a casa, todos esses combustíveis são muito sujos. Até agora os serviços de saúde não estão aconselhando os indivíduos como eles poderiam reduzir o seu risco a poluição. E a gente devia e poderia.”
 
 
 
 
Dora afirmou que, a pedido dos governos dos países, que fizeram uma resolução na Assembleia Mundial da Saúde, a OMS aumentou muito a resposta à questão da poluição do ar.
 
 
 
 
Segundo um relatório da agência da ONU, 3,7 milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças ligadas à poluição externa. Em 2012, a OMS calcula que o número de mortes chegou a 6,5 milhões, incluindo poluição interna e externa, o que corresponde a 11,6% do total global de óbitos.
 
 
 
Fonte: EcoDebate
 
 
 
 

BH sedia festival cultural grátis que promove gentileza e sustentabilidade





Serão atrações musicais, intervenções culturais, literárias, palestras e muito mais.



Entre os dias 26 e 30 de outubro, o Circuito Liberdade vai receber o Festival da Gentileza, com cinco dias de programação gratuita. O evento é uma parceria entre o Sustentarte e Verbogentileza, um projeto de ações digitais e de rua que tem o objetivo de inspirar um comportamento mais cuidadoso e gentil e contribuir para uma vida urbana melhor.






A principal atração do festival acontece no dia 26 de outubro, às 18h, quando a artista chinesa Candy Chang vai inaugurar o painel “Before I Die”, na Praça da Liberdade. O mural contém a frase “Before I die, I want to…” (antes de morrer, eu quero…) e fica disponível para que o público possa completa-lo. “Com mais formas de partilhar nossas esperanças, medos e histórias, as pessoas à nossa volta podem, não só ajudar-nos a construir melhores espaços, como a viver vidas melhores“, conta a artista, que já realizou uma primeira edição deste projeto em Nova Iorque.



Shows, palestras, projeção de poemas, dança, oficinas, feiras, piqueniques, entre outras atividades, completam a programação. Uma espécie de portal, de fitas coloridas com frases gentis, será instalado na praça para que as pessoas entrem – literalmente – no clima que propõe o Verbogentileza.



Entre as atrações musicais estão: o cortejo Bloco Magnólia com seu carnaval jazzístico dos anos 30; a fusão entre Jazz e Rhythm & Blues de Mark Lambert e Quinteto Radio Swing (USA); o Trio Bola Preta (MG) apresenta choro e música brasileira; e o Fancy Trio, com uma violinista sérvia, uma flautista russa e uma chilena violoncelista que falam a mesma língua – a música erudita.



A dança será embalada pelo grupo BeHoppers, que leva a cena hooper e o swing jazz do Lindy Hop ao público. E a dançarina Maíra Rodrigues convida para o projeto “Dançando na rua”, com aulas coletivas de salsa cubana, os dançantes conhecem o próprio corpo e o corpo do outro. O prédio do Espaço UFMG será um grande projetor de poemas urbanos e imagens de gentileza.



O evento ainda conta com palestras sobre os temas gentileza, sustentabilidade e literatura também. Fabrício Marques fala sobre “Literatura e memória urbana” e “Novas escritas: a cidade que se desenha”. A Manto Produções traz um bate-papo sobre família e um Piquenique na Praça da Liberdade. E uma feira de produtos sustentáveis, gastronomia e artesanato disponibiliza o consumo sustentável à programação do Festival da Gentileza, em frente ao Memorial Minas Gerais.



O Ministério da Cultura gentilmente apresenta o Festival da Gentileza, que conta com as marcas gentis Cielo, Copasa e Drogaria Araujo; o apoio gentil do Consulado Americano em Minas Gerais e Fundação Assis Chateaubriand. Uma parceria verbogentileza – projeto da Do Brasil Projetos e Eventos, Hardy Design e Dois Arquitetura e Design – e Sustentarte – projeto



Fonte: Ciclo Vivo

Projeto incentiva cultivo de alimentos orgânicos na calçada



A experiência fortalece os laços entre os vizinhos.

Uma das desculpas para as pessoas não plantaram nos centros urbanos é a falta de espaço. Mas, se for reparar, há sempre um cantinho na rua com potencial para o plantio. Qualquer mudinha já ajuda. E é com esse olhar atento que o grupo “Food is Free Project” incentiva a produção de pequenas hortas urbanas pelas cidades.
 
 
A ideia é que as pessoas tornem-se menos dependentes do atual sistema agrícola: plantem alimentos em frente de suas residências, ofereça gratuitamente e convide os vizinhos a fazerem o mesmo – fortalecendo os laços na comunidade. O projeto nasceu em Austin, Texas, mas já está se espalhando em outras regiões dos EUA.
 
 
“Menos de 3 meses depois, a maioria dos vizinhos começaram a cultivar hortas comunitárias também. Estamos documentando o processo à medida que continuamos a expandi-lo. Também vamos compartilhando nossos erros e acertos”, afirmam os idealizadores.
 
 
Para quem quer começar e não sabe como, veja o pdf (em inglês) que o grupo disponibiliza: Food is Free Project.
Fonte: Ciclo Vivo

Um ano do desastre ambiental de Mariana

quarta-feira, 26 de outubro de 2016


Denúncia do Ministério Público mostra ação da Justiça, mas não resolve o problema das vidas assoladas pela lama.

 
 
 
Linhares e Colatina (ES) – No próximo dia 5 de novembro, completa-se um ano desde o crime ambiental – o maior da História do Brasil – cometido pela mineradora Samarco, controlada pelas gigantes Vale e BHP Billiton, que destruiu os vilarejos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, no município de Mariana, deixou 19 mortos, centenas de desabrigados, poluiu o Rio Doce e desencadeou uma série de prejuízos econômicos em Minas Gerais e Espírito Santo que atingiu principalmente os mais pobres. 
 
 
 
Durante o ano de 2016, Plurale em Site e Plurale em Revista acompanharam o caso e estiveram em Mariana e municípios banhados pelo Rio Doce – em Minas Gerais e Espírito Santo – para conhecer o testemunho de quem foi atingido pela tragédia, além de cobrar as mineradoras e o Poder Público quanto a medidas para punir os culpados e reparar os danos causados. De uma forma geral, a constatação é de que pouco foi feito desde novembro do ano passado, tanto do ponto de vista social, quanto ambiental.
 
 
O sinal da tragédia ainda ronda Mariana. Os desabrigados ainda vivem na cidade, em imóveis alugados pela Samarco, a maioria tendo como único ganho o cartão com salário mínimo e cesta básica pagos pela empresa. A medida paliativa, anunciada pouco após o desastre, não repara a perda de quem tinha ganhos muito maiores com suas profissões. Imóveis e veículos foram indenizados em preço de tabela, muito abaixo do que poderiam valer em negociação. Os R$ 100 mil em caso de morte não reparam a dor da perda. Em Mariana, no Vale do Rio Doce ou no litoral capixaba, a sensação de injustiça permanece, mas a revolta ou a desolação dão lugar à certeza de que é preciso seguir a vida e lutar na Justiça e no dia a dia, a fim de recuperar a qualidade de vida e o meio ambiente.
 
 
 Dos gabinetes do Judiciário, a última notícia é a denúncia, pelo Ministério Público Federal (MPF), de 21 pessoas por homicídio qualificado (entre outros crimes como lesão corporal, dano a patrimônio público e privado e ao meio ambiente), entre elas o presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, além de outros diretores da mineradora, da Vale e da BHP. A ação é resultado de uma força-tarefa que constatou que os investigados sabiam dos riscos do rompimento das barragens e não teriam investido adequadamente na segurança das estruturas que abrigavam os rejeitos de minério. Tampouco teriam sido transparentes em relação à integridade das barragens. Os acusados podem ir a júri popular e estão sujeitos a até 54 anos de prisão. Entretanto, a morosidade da Justiça e a noção de que a punição não recupera o que foi perdido, põe as personagens dessa história diante de desafios mais pragmáticos e cotidianos: recuperar bens, renda, meio ambiente e um local para viver.
 
 
Os novos vilarejos. Promessa vai sair do papel?
 
 
A dúvida paira, entre os desabrigados de Mariana. A Samarco promete e construção de novos distritos para substituir Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, provendo casas e estrutura para que as vítimas possam voltar a viver próximas de onde moravam. Segundo as empresas, os locais estão escolhidos e foram definidos de acordo com a vontade de seus futuros moradores. De acordo com José do Nascimento, 71 anos, aposentado e presidente da Associação de Moradores de Bento Rodrigues, o projeto foi apresentado e foi escolhido um terreno próximo de Mariana. “O ano foi ruim demais, todo mundo viveu do cartão e das indenizações. 
 
 
 
A reconstrução do distrito seria um alento maior”, afirma. Antônio Pereira, 47, motorista, é mais cético. “Quanto mais o tempo passa, mais todo mundo esquece a tragédia e finge que é menor o dano que foi causado.”
 
 
 
A dona de casa Cleonice Rezende contesta a boa intenção da Samarco. Para ela, é inaceitável que dezenas de famílias sobrevivam com um salário mínimo. “Minha família tirava mais que isso no mês. E nenhuma indenização repara a história que foi perdida na lama de Bento Rodrigues.” A mulher inclusive, relata que a família retornou algumas vezes ao vilarejo submerso em lama para encontrar seus bens. “Achamos uma mesa que tinha sido feita na nossa casa, pelo meu marido.”
 
 
Plurale procurou a Samarco para questionar sobre o prazo e a execução das obras dos novos distritos, além de sobre a continuidade das medidas de reparação dos danos sociais e ambientais. Até o momento, não houve resposta. O IBAMA, em recente coletiva, criticou a lentidão das obras, enquanto a Samarco assegurou que o cronograma está sendo seguido.
 
 
Prejuízos na agricultura e na pesca
 
 
 
Ao longo do Rio Doce, toda a cadeia produtiva que dependia da bacia hidrográfica do leste de Minas Gerais e do estado do Espírito Santo foi severamente prejudicada. A pesca, principalmente, foi atingida de forma irreparável neste último ano. Por centenas de quilômetros, ribeirinhos foram impedidos de pescar e ficaram à mercê do cartão da Samarco, tornando-se mais um grupo de famílias que ficou relegado a receber um salário e pouco mais de R$ 400 de cesta básica. Na alta temporada da pesca, a atividade costumava render R$ 4 mil por família, de acordo com os trabalhadores.
 
 
 
 
O engenheiro especialista em gestão de recursos hídricos do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), César Carvalho, afirma que a crise hídrica provocada pela tragédia impacta até hoje a região. Contudo, programas de irrigação e a perfuração de poços artesianos atenuaram o problema e mantiveram a agricultura na ativa. O mesmo não pôde ser feito com a pesca. “Foi o setor econômico mais afetado, pois até a presente data a população não tem garantias de consumo saudável do pescado e a atividade vem retornando suas atividades de uma forma não atestada.”
 
 
 
 
Muitos pescadores estão voltando a pescar sem qualquer laudo oficial que os autorize, no desespero para recuperar a renda perdida. De acordo com o pescador do município de Linhares Leoni Carlos, 69 (foto), além da falta de renda, a inatividade acarreta prejuízos. “Barco parado gera despesa. É propriedade, tem imposto. Além disso, a inatividade prejudica a madeira, os materiais, a estrutura toda.” O trabalhador, que não está pescando, diz entender a situação dos colegas. “Muitos têm família para sustentar e há, inclusive, quem, mesmo cadastrado como pescador, não tenha recebido o cartão da Samarco. A gente liga e o pessoal da empresa afirma que essa pessoa ‘não se enquadra no perfil’, sem mais explicações.”
 
 
 
 
O Fundo Renova, responsável pelo contato com a população para ressarcimento e assistência às vítimas, pertence à própria Samarco e é representado pela mesma assessoria, que ainda não retornou á Plurale.
Fonte: Envolverde

Agro em Questão: Alimentos saudáveis

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Agro em Questão: Alimentos saudáveis
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Data: 01/11/2016

A CNA vai propor um debate sobre "Produção Orgânica e Produção Convencional: Diferentes formas de produção. A mesma qualidade", no evento AGRO EM QUESTÃO: ALIMENTOS SAUDÁVEIS. 

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