quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Novo Boletim SAD/Imazon anuncia aumento de 84% no desmatamento da Amazônia Legal em setembro de 2018



Novo Boletim SAD/Imazon anuncia aumento de 84% no desmatamento da Amazônia Legal em setembro de 2018

Desmatamento da Amazônia Legal – Amazonas, Mato Grosso e Rondônia lideram o ranking
Imazon
Fonseca, A., Justino, M., Cardoso, D., Ribeiro, J., Salomão, R., Souza Jr., C., & Veríssimo, A. 2018. Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (setembro de 2018) SAD (p. 1). Belém: Imazon.
Em setembro de 2018, o SAD detectou 444 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, um aumento de 84% em relação a setembro de 2017, quando o desmatamento somou 241 quilômetros quadrados. Em setembro de 2018, o desmatamento ocorreu no Amazonas (24%), Mato Grosso (23%), Rondônia (20%), Pará (19%), Acre (11%), Roraima (2%) e Amapá (1%).
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 138 quilômetros quadrados em setembro de 2018, apresentando uma redução de 96% em relação a setembro de 2017, quando a degradação florestal detectada totalizou 3.479 quilômetros quadrados. Em setembro de 2018 a degradação foi detectada nos estados do Mato Grosso (62%), Pará (22%), Roraima (6%), Rondônia (5%) e Amazonas (4%) e Acre (1%).
(Geografia do Desmatamento):
Em setembro de 2018, a maioria (58%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado nos Assentamentos de Reforma Agrária (24%), Unidades de Conservação (14%) e Terras Indígenas (4%).

SAD setembro 2018 - Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (setembro 2018) SAD
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Baixe aqui o infográfico

Do Imazon, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 30/10/2018
"Novo Boletim SAD/Imazon anuncia aumento de 84% no desmatamento da Amazônia Legal em setembro de 2018," in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 30/10/2018, https://www.ecodebate.com.br/2018/10/30/novo-boletim-sadimazon-anuncia-aumento-de-84-no-desmatamento-da-amazonia-legal-em-setembro-de-2018/.

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Gerador de vapor solar produz água limpa com quase 100% de eficiência

Gerador de vapor solar produz água limpa com quase 100% de eficiência

Gerador de vapor solar produz água limpa com quase 100% de eficiência
O aumento de eficiência foi conseguido dobrando o material fototermal padrão conforme a técnica do origami. [Imagem: Seunghyun Hong et al. - 10.1021/acsami.8b07150]
Dessalinização solar
Mais uma vez buscando inspiração no origami, a arte japonesa de dobrar papel, pesquisadores desenvolveram um gerador de vapor solar que se aproxima de 100% de eficiência.
Geradores de vapor solar produzem água limpa capturando o calor do Sol, que é usado para evaporar a água do mar, deixando sais e outras impurezas para trás. Então, o vapor é coletado e condensado em água limpa.
Os geradores de vapor solares existentes contêm um material fototérmico plano, que produz calor a partir da luz absorvida. Embora esses dispositivos sejam bastante eficientes, eles ainda perdem energia pela dissipação de calor do material para o ar.
Peng Wang e seus colegas da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, melhoraram a eficiência energética remontando tridimensionalmente o material fototérmico. Eles basearam sua estrutura na técnica Miura do origami, que consiste em interligar paralelogramos para formar montanhas e vales, formando uma estrutura 3D.
O gerador de vapor solar foi fabricado depositando um composto de nanocarbono - absorvedor de luz - em uma membrana de celulose que foi estruturada com a dobragem Miura.
O dispositivo 3D apresentou uma taxa de evaporação 50% maior do que um dispositivo plano padrão. Além disso, a eficiência da estrutura 3D aproximou-se de 100%, em comparação com 71% para o material 2D.
Em comparação com a superfície plana, os vales do origami captam melhor a luz do Sol, de modo que menos dela se perde por reflexão. Além disso, o calor pode fluir dos vales para as montanhas mais frias, evaporando a água ao longo do caminho, em vez de se perder no ar.

Bibliografia:

Nature-Inspired, 3D Origami Solar Steam Generator toward Near Full Utilization of Solar Energy
Seunghyun Hong, Yusuf Shi, Renyuan Li, Chenlin Zhang, Yong Jin, Peng Wang
Applied Materials and Interfaces
Vol.: 10 (34), pp 28517-28524
DOI: 10.1021/acsami.8b07150

O sol que castiga o sertão é realidade como fonte de energia na Paraíba

por Reinaldo Canto* — da Envolverde – 
A solução solar é ótima para comunidades mais distantes e isoladas da rede de distribuição, mas nada impede que áreas urbanas façam a opção

Envolverde - Revista Digital

Se em boa parte do País a energia solar ainda é uma promessa, representando menos de 1% na matriz energética brasileira, no extremo noroeste do estado da Paraíba já é uma realidade e com potencial para crescer muito, pois existem projetos variados que englobam ações no setor público, privado e de organizações da sociedade civil.


A Paraíba e a região Nordeste apresentam os maiores e melhores níveis de radiação solar do Brasil fora os enormes ganhos que essa opção representa no que tange ao enfrentamento das mudanças climáticas em razão de ser uma energia limpa e renovável.
Só para se ter uma ideia, o município de Sousa possui apenas 10% (80 mil habitantes) da população registrada na capital, mas já é responsável por gerar 2,5 vezes mais energia solar que João Pessoa, o que representa em torno de 2,1 megawatts.
Claro que o tema do uso da energia solar no sertão está diretamente associado às preocupações com a segurança hídrica e as consequências cada vez mais severas do aquecimento global.
Diversas regiões do Nordeste brasileiro e a Paraíba é uma delas enfrenta há sete anos uma seca severa cujas consequências não são mais dramáticas em razão de programas como a construção de cisternas, Bolsa Família e os de apoio à agricultura familiar que, possibilitaram manter o sertanejo produzindo e sendo capaz de dar condições de vida para suas famílias, programas estes que foram se consolidando nos últimos 15 anos.
“Não se ouve mais falar em flagelado, frentes de trabalho e migrações, graças principalmente as cisternas que garantiram o abastecimento de água dos trabalhadores do campo”, afirma a professora Mariana Moreira, da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cajazeiras.
Mas para a captação da água que escasseia na região é fundamental obter fontes de energia a preços acessíveis e que sejam capazes, entre outras necessidades, de extrair e tratar a água que será consumida pelas famílias.
Por essa razão, o Comitê de Energias Renováveis do Semiárido vem trabalhando há mais de quatro anos junto aos pequenos produtores por meio de suas associações, comunidades e apoio da academia.
César Nóbrega, coordenador-geral do Cersa, aponta que a energia elétrica representa um grande custo para o agricultor familiar e a fonte solar pode representar a independência energética do pequeno produtor, “dessa forma deixamos de ver a energia como mercadoria, mas como um bem à disposição das pessoas”, explica Nóbrega.
A ideia central dos projetos tocados pelo Cersa é a descentralização e independência das pequenas propriedades rurais para que de maneira autônoma sejam capazes de gerar sua própria energia e fazer frente às suas necessidades. É o caso do Assentamento Acauã, localizado na cidade de Aparecida, cujas placas fotovoltaicas instaladas na vila movimentam a bomba d´água que abastece todas as suas 114 famílias.
Cidade Solar
Se a solução solar é ótima para comunidades mais distantes e isoladas da rede de distribuição, nada impede que áreas urbanas já servidas por energia elétrica façam a opção pela abundante renovável.
Em Sousa, essa opção já está presente em hotel, posto de gasolina e até mesmo a paróquia Centro Pastoral da Paróquia de Santana e o cemitério da cidade já são solares. Nesse último, um sistema de poço artesiano movido pela energia solar abastece de água a população local e serve para a limpeza do cemitério São João Batista.
O município de Sousa também foi pioneiro em todo o estado da Paraíba ao instalar o primeiro sistema solar fotovoltaico em escola estadual de ensino fundamental e médio, o colégio Professora Dione Diniz Oliveira Dias no Núcleo Habitacional II. O projeto foi realizado em parceria com o Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (Cersa), o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social, Misereor (entidade ligada à Igreja Católica alemã) e a Cáritas (católica brasileira).
Além de tudo isso, 5% das dependências da Prefeitura já são abastecidas com energia solar. Para o prefeito Fábio Tyrone, do PSB, a opção pela energia solar de Sousa já está consolidada. “Queremos que todos os prédios da prefeitura migrem pra energia solar”.
Segundo o prefeito, em apenas 30 meses os investimentos seriam recuperados. A cidade possui em torno de 26 escolas e 28 postos de saúde, além de cerca de cinquenta imóveis, totalizando mais de 100 espaços públicos, incluindo aí a iluminação pública.
O prefeito de Sousa também se compromete a viabilizar a instalação de painéis solares nas residências. O valor médio de  8 mil reais para abastecer a casa de uma família com quatro pessoas levaria, pelas condições atuais, em torno de seis anos para ser pago. Com incentivo público, crédito e condições facilitadas, a cidade poderá servir de grande exemplo para o Nordeste e para todo o Brasil sobre como aproveitar o que temos de melhor e transformar o limão (sol escaldante) em limonada (energia da melhor qualidade).  (#Envolverde)
*O jornalista viajou a convite da agência de notícias Inter Press Service

A política ambiental eleva o Brasil a um modelo arrojado de desenvolvimento

Envolverde - Revista DigitalPor SOS Mata Atlântica –
Na campanha eleitoral que culminou neste domingo, a pauta ambiental não recebeu o destaque que um tema tão estratégico merece. Essa ausência foi publicamente destacada em um alerta aos candidatos. Agora, os eleitos podem incorporar essas diretrizes a seus programas e ações de governo, para que o Brasil avance de forma arrojada em um modelo de desenvolvimento.
Para a Mata Atlântica, lar da grande maioria dos brasileiros, é inadiável aprofundar um trabalho objetivo, no âmbito das atribuições do governo federal e nos 17 estados abrangidos pelo bioma (AL, BA, CE, ES, GO, MS, MG, PB, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, SC, SP e SE), pelo fim do desmatamento ilegal, pela restauração das matas nativas, a estruturação e valorização dos parques e reservas, pela conservação da água e recuperação de nascentes e rios e pela proteção do litoral e do mar. Os Secretários Estaduais de Meio Ambiente que assumirão a partir de janeiro de 2019 serão convidados a renovar os compromissos de seus estados com o bioma.
As agendas ambiental e da Mata Atlântica vêm sendo construídas desde a Constituição Federal, quando a Mata Atlântica foi declarada Patrimônio Nacional, e são primordiais, compatíveis com o desenvolvimento do país e cujo atendimento pleno trará benefícios sociais, econômicos e ambientais a todos.
Para tanto, será fundamental manter, fortalecer e modernizar os órgãos ambientais em todos os níveis de governo, respeitar movimentos e articulações da sociedade civil organizada e trabalhar em sintonia com o que há de melhor na ciência e nas políticas públicas, em prol de uma agenda ambiental descentralizada, integrada e positiva. Está em jogo não só a manutenção do Brasil como liderança ambiental frente à comunidade internacional, mas também do fluxo comercial com inúmeros países.
Nesse sentido, consumidores e empresários sintonizados com as necessidades de um ambiente globalizado de negócios, que sustenta exportações, equilibra a balança comercial e assegura a manutenção do PIB brasileiros, estão cada vez mais atentos à internalização e ao cumprimento efetivo de acordos internacionais na área socioambiental, como nos setores de clima e da conservação da biodiversidade. Vários países sinalizaram que reavaliarão compra e venda de commodities caso esses acordos não sejam respeitadosLembrando que o Acordo de Paris, que foi assinado por quase 200 nações em 2015, foi fruto da Rio-92 – que colocou o Brasil como protagonista dos temas ligados às mudanças do clima.
Também não podemos esquecer que o avanço da agropecuária nacional se deve fortemente às condições ambientais favoráveis que encontrou em nosso vasto território. Situações essas que só foram possíveis pela conservação de florestas nativas, campos e outras formações naturais, seja em imóveis privados ou dentro de Parques Nacionais e outras categorias de Unidades de Conservação. Foi esse patrimônio natural que assegurou ao país solos férteis, clima favorável, água limpa e abundante, todos esteios de nossas economias industrial e agropecuária.
A manutenção de um balanço entre as agendas de produção e de conservação pelo Brasil é reconhecida mundialmente e precisa ser responsabilidade compartilhada com cada pasta da administração federal e nas suas políticas setoriais.
É de conhecimento de todos que o aumento de produtividade da agropecuária garante maior produção sem demandar a ocupação de novas áreas florestais. Mais do que isso, estamos diante da oportunidade de recuperar grande parte do território, hoje ocupado com áreas degradadas. Torna-se, portanto, desnecessária e pouco inteligente do ponto de vista econômico a abertura de Parques Nacionais e outras Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Territórios Quilombolas a atividades econômicas de alto impacto socioambiental, como mineração e agropecuária.
Além de superlativa parcela do país já destinada às mesmas, esse modelo de exploração contraria o arcabouço legal brasileiro e desvirtua as funções constitucionais para as quais essas áreas protegidas foram estabelecidas, que são abrigar a biodiversidade, assegurar o fornecimento de água e outros serviços ambientais, bem como a sobrevivência física e cultural de populações tradicionais. Ao contrário, os parques devem ser abertos para a visitação e turismo, gerando emprego e renda, contribuindo para o desenvolvimento regional.
Nesse sentido, a Fundação SOS Mata Atlântica defende que a melhor postura para quem estará à frente da gestão pública será sempre a do diálogo, da integração e do entendimento entre políticas setoriais que precisam encontrar uma necessária convergência, pelo bem do país e do planeta. Comprometer-se com essas agendas, conquistas históricas da sociedade brasileira, pode alavancar e garantir o presente e futuro do Brasil.

The New York Times (EUA) – China Reverses Ban on Rhino and Tiger Parts in Medicine, Worrying Activists

The New York Times (EUA) – China Reverses Ban on Rhino and Tiger Parts in Medicine, Worrying Activists


By Javier C. Hernández

BEIJING — The Chinese government, reversing a 25-year ban, announced on Monday that it would allow the use of rhinoceros horns and tiger bones in medicine, a move that environmentalists described as a significant setback for efforts to protect the animals from extinction.

The State Council, China’s cabinet, said in a policy directive that it would legalize the use of rhino horns and tiger bones for “medical research or in healing,” but only by certified hospitals and doctors, and only from rhinos and tigers raised in captivity, excluding zoo animals.

Still, environmentalists said the decision would likely help fuel a black market for wild rhino and tiger parts, which are revered in traditional Chinese medicine for supposed healing powers, and could lead to increased poaching of the fewer than 30,000 rhinos and 3,900 tigers still in the wild.

“It’s a devastating decision,” said Leigh Henry, director of wildlife policy at the World Wildlife Fund in Washington. “I can’t overstate the potential impact.”

The announcement on Monday threatened to undermine President Xi Jinping’s efforts to promote an image of China as a responsible environmental steward capable of tackling global issues like climate change and air pollution.

“A small number of individuals stand to make a lot of money perhaps at the price of the species,” said Peter Knights, chief executive of WildAid, an environmental advocacy group based in San Francisco. He added that the decision “comes completely out of the blue and with no rationale.”

In 2016, China, along with the United States, announced that it would ban the sale of ivory. China’s domestic ban, which went into effect earlier this year, was widely applauded as a critical step in ending elephant poaching in Africa.

Now, just as prices for rhino horn are decreasing and populations of tigers seem to be stabilizing, the environmental advocates say, China threatens to hurt that progress.

Chinese officials on Monday did not draw attention to the reversal of the rhino horn and tiger bone bans, put in place in 1993, nor did they explain the decision.

Experts said the move was likely related to the government’s efforts to encourage the growth of traditional Chinese medicine, an industry valued at more than $100 billion, with more than 500,000 medical practitioners.

While leaders of traditional Chinese medicine have officially discouraged the use of rhino horn and tiger bone for years, an underground trade has continued.

Rhino horn is used in Chinese medicine to treat a variety of conditions, including fevers, gout and food poisoning. Tiger bone, often turned into tiger bone wine or so-called glue, is thought to boost health, cure a range of ailments and increase virility for men.

Mr. Xi has used Chinese medicine as a way to expand China’s overseas influence, and his government has promoted it in places like Zimbabwe and Nepal. The government hopes Chinese medicine will win global acceptance alongside Western therapies.

The Chinese state media sought to portray Monday’s policy announcement as an effort to help protect rhinos and tigers by improving oversight. The regulations said that trade of rhinos, tigers and their related products was illegal, except for a handful of purposes, including medicine, scientific research and “cultural exchanges.”

The State Council said in the announcement that the medical use of rhino and tiger parts would be strictly monitored. Only doctors certified by the State Administration of Traditional Chinese Medicine would be allowed to administer the medicines.

China is estimated to have 6,500 tigers in captivity as of 2010, according to the World Wildlife Fund, though the number of rhinos in captivity is unknown.

Experts said the number of animals in captivity that could be used for medicinal purposes would likely not meet the demand in China, potentially leading to increased poaching and a thriving underground trade.

The New York Times (EUA) – Best Way to Fight Climate Change? Put an Honest Price on Carbon / Editorial

The New York Times (EUA) – Best Way to Fight Climate Change? Put an Honest Price on Carbon / Editorial


Will voters in Washington State breathe new life into the idea of taxing carbon emissions? Plenty of people worried about the earth’s future certainly hope so.

Climate scientists and economists have long argued that the single best way to slow global warming is to put a price on greenhouse gas emissions from fossil fuels and raise that price over time, thus creating a sensible market incentive to reduce emissions and invest in cleaner energy sources. Carbon pricing was also high on the list of urgent recommendations of the United Nations Intergovernmental Panel on Climate Change, which warned in a major report this month that without swift action to control emissions the world will begin suffering global warming’s worst consequences — including, but not limited to, the displacement of millions of people by drought and sea-level rise — as early as 2040, much sooner than previously forecast.

It is thus encouraging that in this time of torpor and climate denial at the highest levels of the federal government, voters in the state of Washington will soon be given the chance to adopt, by initiative, a carbon pricing plan that would charge polluters like refineries a fee for emitting greenhouse gases. This would be what economists call a Pigovian tax, after the British economist Arthur Pigou. In this case, the fee would factor in the now unaccounted for costs of more frequent and intense hurricanes, wildfires, droughts and other natural disasters linked to climate change. In the words of George Frampton, a senior environmental adviser to Bill Clinton and co-founder of a group that favors carbon taxes, Partnership for Responsible Growth, it’s an overdue stab at “honestly pricing carbon,” which industry has until now been able to hurl into the atmosphere pretty much for free.

Polling so far suggests a close vote. Opponents of the measure, including such big oil companies as BP and Chevron, have raised more than $25 million to get people to vote no; in addition, Washington voters soundly defeated a carbon tax the last time it appeared on the ballot, in 2016. But other powerful forces, including Bill Gates and Michael Bloomberg, the former New York mayor, have ponied up in support this time.

If the proposal, Initiative 1631, wins — as we hope it does — the result could ripple beyond Washington’s boundaries. No state can match California’s impressively broad suite of clean-energy programs, but the initiative, if successful, could catapult Jay Inslee, Washington’s governor, into the climate leadership role long occupied by the outgoing California governor, Jerry Brown. More important, it could provide a template, or at least valuable lessons, for other states to follow; and (let’s dream for a moment) it might even encourage Congress to take action on a national program.

Initiative 1631 is substantially different from the measure that failed spectacularly two years ago, and which Mr. Inslee voted against. That measure was advertised as revenue-neutral (meaning no net gain to the government). The money raised through carbon taxes would have been mostly returned to state residents through a reduction in the sales tax. This was intended to appeal to conservatives who didn’t want the tax to underwrite new government programs, but it turned out that many conservatives, like a lot of others, wanted real programs for their money, not just a tax shift.

Initiative 1631 aims to do that. On the revenue side, it would impose a $15 per metric ton fee on carbon emissions starting in 2020, increasing by $2 per year until the state’s 2035 carbon reduction goals are met. The state estimates that the levy would generate $2.2 billion in its first five years. The initiative’s supporters say that gasoline prices would rise about 13 cents a gallon in 2020, and would, overall, cost most citizens about $10 a month.

As for spending the money, about 70 percent of the proceeds would be invested in projects to accelerate the state’s transition from fossil fuels — public transportation, energy efficiency, wind and solar plants, and so on — and the rest on protecting forests and streams and shielding low-income ratepayers from higher electricity bills. There are exemptions — for the state’s only operating coal-fired power plant, which is scheduled to close in 2025, and for the state’s largest employer, Boeing, which competes in foreign markets. All in all, the initiative covers about 80 percent of Washington’s climate-warming emissions.

Groups that opposed the 2016 initiative, like the Sierra Club, have flocked to this one. As David Roberts has noted in Vox, “Tying the revenue from a dirty-energy tax to clean-energy investments is intuitively appealing.” He has also noted, however, that carbon pricing is no cure-all.

The dream among many carbon-pricing enthusiasts is that a smoothly functioning carbon tax will eliminate the need for messy government regulations like those imposed by the Obama administration after Congress failed to pass a cap-and-trade program. Carbon pricing would help, and could do wonders to drive private investment toward cleaner energy. But it won’t eliminate the need for government involvement; as the I.P.C.C. report made clear, rapidly decarbonizing a global economy is a gigantic undertaking, and will require government involvement and an array of responses.

And in the meantime, of course, and indeed into the foreseeable future, all present strategies to reduce emissions must continue, including the kinds of things Mr. Trump refuses to do — build out the electric vehicle fleet, reduce emissions from power plants, clamp down on methane pollution from oil and gas wells.

As of now, about 40 governments around the world, including the European Union and California, have put a price on carbon, some through cap-and-trade programs, with an average price per ton of $8, nowhere near the level the I.P.C.C. thinks necessary (at least $135 a ton by 2030, if not much higher) to cause meaningful reductions. But lately the idea of carbon taxes is showing signs of life in many parts of the world. Portugal launched a carbon tax in 2015, and Chile followed in 2017, and just last week Justin Trudeau, the Canadian prime minister, announced a sweeping plan to tax industrial emitters.

A yes vote in Washington State would add further momentum — and possibly focus a few minds in the other Washington.

Semente de jaca substitui chocolate do capuccino


Semente de jaca substitui chocolate usado no capuccino


Semente de jaca substitui chocolate do capuccino
Farinha torrada de sementes de jaca dura pode substituir chocolate em pó na mistura com leite e café para fazer capuccino.
[Imagem: Fernanda Papa Spada]
Jaca substitui cacau

Uma farinha de sementes de jaca pode substituir de 50% a 75% do chocolate em pó que costuma formar a mistura com leite e café usada para fazer um cappuccino - sem prejuízo no gosto e aroma.
"A farinha torrada de sementes de jaca naturalmente exala um aroma suave de chocolate," disse a pesquisadora Fernanda Papa Spada, da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).
Spada conta que investigar uma alternativa para o chocolate foi motivado pelo crescimento na demanda por cacau no mercado internacional, marcado por um aumento no consumo de chocolate e estabilização da oferta nos países produtores. O resultado é a escassez crescente do produto.

A semente de jaca surge como um substituto do cacau. Produtos achocolatados, como bebidas lácteas de chocolate, contêm um mínimo de 25% de cacau em pó na sua composição, de acordo com a legislação brasileira. 


Já o percentual máximo de cacau em pó não ultrapassa os 30%, e assim mesmo nos produtos mais nobres, como os chocolates finos. Acima disso estão apenas o chocolate amargo e o semiamargo, que devem conter 35%, e o chocolate em pó, que varia entre 30% e 50% de cacau em pó e manteiga de cacau em sua composição. O restante são derivados do leite, como leite em pó ou manteiga, além de açúcares e aromatizantes.

Sementes de jaca dura
A professora Solange Guidolin, coordenadora da equipe, conta que a descoberta da semente de jaca como substituta do cacau ocorreu por acaso: "Estava sendo feito um trabalho de desenvolvimento de produtos alimentícios com base em resíduos do processamento de frutas diversas. Quando uma aluna assou um pão com farinha de sementes de jaca, ele produziu um aroma de chocolate."
Após a constatação acidental, foram realizados experimentos demonstrando a viabilidade do uso de farinha torrada de sementes fermentadas ou acidificadas de jaca dura para obter aroma similar ao do chocolate no cappuccino.
O cappuccino é basicamente um café com leite e um pouco de chocolate. A quantidade e a qualidade de pó de chocolate que entram na composição variam de acordo com o fabricante. "Os produtos mais nobres usam pó de chocolate. Já as marcas populares costumam utilizar aromatizantes artificiais," disse Fernanda.
Semente de jaca substitui chocolate do capuccino
O segredo da tecnologia está no ponto de torrefação das sementes de jaca.
[Imagem: Fernanda Papa Spada]
Torrefação


Produtos como café e chocolate têm aroma e sabor singulares devido à presença de compostos provenientes dos processos de torrefação e de fermentação aos quais foram submetidos. O desafio foi descobrir qual seria o grau ideal de torrefação e de fermentação das sementes de jaca para se obter uma farinha com o máximo de intensidade de aroma de chocolate, sem comprometer nem alterar o gosto do cappuccino.


A jaca é um fruto grande com polpa e sementes comestíveis. As sementes são envolvidas individualmente por uma polpa (bago) amarela, viscosa, aromática, doce, de consistência mole a dura. Sua semente é um subproduto da agroindústria e pode ser consumida cozida, torrada ou assada.

Proteína de planta brasileira inibe progressão do câncer


Proteína de planta brasileira inibe progressão do câncer


Proteína de planta brasileira inibe progressão do câncer
Proteína de planta brasileira inibe progressão do câncer de mama triplo-negativo e melanoma, além de combater inflamações e trombose.
[Imagem: Steve Hurst/USDA-NRCS PLANTS Database/Wikimedia]
Orelha-de-macaco
Uma proteína extraída de sementes da árvore tamboril ou orelha-de-macaco (Enterolobium contortisiliquum) está-se tornando a esperança para o tratamento de algumas das formas mais agressiva do câncer.


Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram que a proteína extraída da planta é capaz de inibir a migração e a metástase de câncer de mama triplo-negativo e de outros tipos de tumor, como o gástrico e o de pele (melanoma).


Um dos tumores mais agressivos e para o qual houve menos avanços no desenvolvimento de terapias nos últimos anos, o câncer de mama triplo-negativo ainda não conta com um tratamento específico e um agente que consiga combatê-lo.


"Constatamos que a proteína inibe a invasão, a proliferação e a metástase de tumor de mama triplo-negativo em testes in vitro [em células] e, no caso do melanoma, tanto em modelo in vitro como in vivo [em animais]," contou a professora Maria Luiza Vilela Oliva.


Inflamações e trombose
Denominada Enterolobium contortisiloquum inibidor de tripsina (EcTI, na sigla em inglês), a proteína foi isolada por Maria Luiza durante seu curso de doutoramento.
A partir daquela época a pesquisadora começou a tentar isolar de sementes de leguminosas da flora brasileira outras moléculas inibidoras de proteases - enzimas capazes de quebrar as ligações peptídicas de outras proteínas. Essas enzimas estão envolvidas em diversos processos biológicos, como inflamação, hemostasia (prevenção e interrupção de sangramentos e hemorragias), trombose e desenvolvimento tumoral, além de outros processos que envolvem microrganismos patológicos.


"Temos estudado os efeitos fisiopatológicos dessas proteínas isoladas de leguminosas em alguns tipos de câncer na tentativa de descobrir novos agentes que possam, se não curar, ao menos ajudar a entender a patologia dessas doenças," afirmou.


As análises dessas moléculas em diferentes modelos fisiopatológicos, como de inflamação, trombose e tumor, indicaram que, além de antitumoral, elas apresentam propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e antitrombótica.



"O tumor, a inflamação e a trombose são patologias que estão de certa forma interligadas, porque às vezes o paciente com câncer pode morrer não por causa da doença, em si, mas em decorrência de um quimioterápico que pode levar ao desenvolvimento de uma trombose," explicou a pesquisadora.

The Guardian (Reino Unido) – Humanity has wiped out 60% of animals since 1970, major report finds

The Guardian (Reino Unido) – Humanity has wiped out 60% of animals since 1970, major report finds


Damian Carrington

Humanity has wiped out 60% of mammals, birds, fish and reptiles since 1970, leading the world’s foremost experts to warn that the annihilation of wildlife is now an emergency that threatens civilisation.

The new estimate of the massacre of wildlife is made in a major report produced by WWF and involving 59 scientists from across the globe. It finds that the vast and growing consumption of food and resources by the global population is destroying the web of life, billions of years in the making, upon which human society ultimately depends for clean air, water and everything else.

“We are sleepwalking towards the edge of a cliff” said Mike Barrett, executive director of science and conservation at WWF. “If there was a 60% decline in the human population, that would be equivalent to emptying North America, South America, Africa, Europe, China and Oceania. That is the scale of what we have done.”

“This is far more than just being about losing the wonders of nature, desperately sad though that is,” he said. “This is actually now jeopardising the future of people. Nature is not a ‘nice to have’ – it is our life-support system.”

“We are rapidly running out of time,” said Prof Johan Rockström, a global sustainability expert at the Potsdam Institute for Climate Impact Research in Germany. “Only by addressing both ecosystems and climate do we stand a chance of safeguarding a stable planet for humanity’s future on Earth.”

Many scientists believe the world has begun a sixth mass extinction, the first to be caused by a species – Homo sapiens. Other recent analyses have revealed that humankind has destroyed 83% of all mammals and half of plants since the dawn of civilisation and that, even if the destruction were to end now, it would take 5-7 million years for the natural world to recover.

The Living Planet Index, produced for WWF by the Zoological Society of London, uses data on 16,704 populations of mammals, birds, fish, reptiles and amphibians, representing more than 4,000 species, to track the decline of wildlife. Between 1970 and 2014, the latest data available, populations fell by an average of 60%. Four years ago, the decline was 52%. The “shocking truth”, said Barrett, is that the wildlife crash is continuing unabated.

Wildlife and the ecosystems are vital to human life, said Prof Bob Watson, one of the world’s most eminent environmental scientists and currently chair of an intergovernmental panel on biodiversity that said in March that the destruction of nature is as dangerous as climate change.

“Nature contributes to human wellbeing culturally and spiritually, as well as through the critical production of food, clean water, and energy, and through regulating the Earth’s climate, pollution, pollination and floods,” he said. “The Living Planet report clearly demonstrates that human activities are destroying nature at an unacceptable rate, threatening the wellbeing of current and future generations.”

The biggest cause of wildlife losses is the destruction of natural habitats, much of it to create farmland. Three-quarters of all land on Earth is now significantly affected by human activities. Killing for food is the next biggest cause – 300 mammal species are being eaten into extinction – while the oceans are massively overfished, with more than half now being industrially fished.

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Chemical pollution is also significant: half the world’s killer whale populations are now doomed to die from PCB contamination. Global trade introduces invasive species and disease, with amphibians decimated by a fungal disease thought to be spread by the pet trade.

The worst affected region is South and Central America, which has seen an 89% drop in vertebrate populations, largely driven by the felling of vast areas of wildlife-rich forest. In the tropical savannah called cerrado, an area the size of Greater London is cleared every two months, said Barrett.

“It is a classic example of where the disappearance is the result of our own consumption, because the deforestation is being driven by ever expanding agriculture producing soy, which is being exported to countries including the UK to feed pigs and chickens,” he said. The UK itself has lost much of its wildlife, ranking 189th for biodiversity loss out of 218 nations in 2016.

The habitats suffering the greatest damage are rivers and lakes, where wildlife populations have fallen 83%, due to the enormous thirst of agriculture and the large number of dams. “Again there is this direct link between the food system and the depletion of wildlife,” said Barrett. Eating less meat is an essential part of reversing losses, he said.

The Living Planet Index has been criticised as being too broad a measure of wildlife losses and smoothing over crucial details. But all indicators, from extinction rates to intactness of ecosystems, show colossal losses. “They all tell you the same story,” said Barrett.

Conservation efforts can work, with tiger numbers having risen 20% in India in six years as habitat is protected. Giant pandas in China and otters in the UK have also been doing well.

But Marco Lambertini, director general of WWF International, said the fundamental issue was consumption: “We can no longer ignore the impact of current unsustainable production models and wasteful lifestyles.”

The world’s nations are working towards a crunch meeting of the UN’s Convention on Biological Diversity in 2020, when new commitments for the protection of nature will be made. “We need a new global deal for nature and people and we have this narrow window of less than two years to get it,” said Barrett. “This really is the last chance. We have to get it right this time.”