sábado, 25 de outubro de 2014

Não se iludam: este é o duelo final

VESPEIRO

13 de outubro de 2014 § 34 Comentários
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É assustador esse abraço sem nenhum pudor do PT na mentira.


Dia após dia os jornais trazem novas coleções de dados e de desmentidos que confirmam a profundidade do buraco em que o país vai entrando mas nada abala a cega confiança do partido de Dilma Rousseff. Seja na impermeabilidade dos grotões que vivem da Bolsa Família, à informação que circula nas velocidades do 3º Milênio pelo Brasil metropolitano, seja na condição que acredita ter de calar esse Brasil mais moderno de que o PT se vai divorciando, cada vez mais, irreconciliavelmente, com esse seu casamento acintoso com a mentira.


Quanto mais avança a campanha, mais claro fica que o PT, encurralado, está assumindo um risco calculado do qual não ha retorno possível: ou perde a eleição, ou ganha e fecha o regime quando os fatos já não puderem mais ser encobertos por palavras.


Ver João Santana repetir, friamente, todos os dias, pela boca de uma Dilma Rousseff despida dos seus atributos e características pessoais, com um olhar cândido, que a chuva de lama da Petrobrás sobre o PT, o PMDB, o tesoureiro Vaccari Neto e o resto do círculo íntimo do governo da ex-presidente do Conselho de Administração da estatal assaltada pelos “petrolões”, não é senão o reflexo “da luta sem tréguas que o PT vem travando contra a corrupção” é algo que, por mais que se procure forçar outras leituras, só pode ser interpretado como antecipações das violências futuras que se tornarão necessárias, quando as provas adiantadas pelas delações premiadas virarem processos, e os fatos que os indicadores econômicos antecipam, já descidos inteiros às ruas, passarem a exigir do partido que mate mais do que apenas a verdade para não ser apeado do poder.


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A desmontagem do IBGE e a desconstrução da PNAD, termômetros do real estado da equação social brasileira e bússolas de orientação do investimento público, junto com a falsificação sistemática dos dados (hoje ha matérias em todos os jornais apontando as despesas subestimadas e as receitas irreais do orçamento de 2015), nos dizem das reais prioridades do partido que tem plena consciência do quanto são curtas as pernas dessas mentiras todas.


Afinal, de que servem instrumentos criados para interrogar a realidade e proporcionar um balizamento racional do investimento público para um partido que não se vexa de construir a sua em pleno ar, à revelia dos fatos, e que afirma quase textualmente todos os dias que toda a ação do Estado, sob sua batuta, está voltada exclusivamente para comprar os meios de perpetuar o PT no poder?


Os passos anteriores nessa estrada são ainda mais inconfundíveis.


A promessa sempre reiterada de “controlar a mídia” deixou para traz o estágio dos “balões de ensaio” e dos “morde-e-assopras” de um partido supostamente “dividido” a esse respeito para entrar no programa oficial do PT para o segundo governo Dilma travestido num “controle econômico” que sinaliza que é do modelo argentino que se trata agora: pretendem “fatiar” as maiores empresas como foi feito com o grupo Clarín e, possivelmente, controlar o resto da imprensa livre apropriando-se da cadeia de insumos básicos (papel e telecomunicações) e exercendo chantagem regulatória e fiscal (multas e taxação da mercadoria “informação”).
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O Congresso Nacional que, desde o Mensalão, é este que, com os pouquíssimos desvios da regra de praxe, vai de Michael Temer, o possível vice-presidente de 5 bilhões de reais, a André Vargas, o sócio condenado ha décadas por falcatruas pregressas com o doleiro Alberto Youssef que dá punhadas no ar, como as de Genoíno e Zé Dirceu, na cara do degredado Joaquim Barbosa, mas resiste à renuncia enquanto os companheiros cozinham-lhe um novo julgamento.


Para o que porventura venha a sobrar em pé dessa instituição, já está vigente – conquanto ainda não aplicado – o Decreto 8243 assinado por Dilma Rousseff que dá aos “movimentos sociais” a serem escolhidos, nomeadamente segundo o decreto pelo Secretário Geral da Presidência, a prerrogativa de fazer leis ou de triar as leis feitas pelo Legislativo vetando as que estiverem fora do novo padrão de “direitos humanos” estabelecido pelo partido.


Por cima de tudo, Dilma acaba de incluir formalmente nas suas promessas de campanha também um “plebiscito” sobre as suas “reformas políticas”, uma forma, talvez, de legitimar um decreto nitidamente inconstitucional.
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A frente dos previsíveis recursos judiciais contra essas violências todas já está devidamente coberta pelo aparelhamento do Supremo Tribunal Federal que coroou os movimentos anteriores de domesticação das entidades de defesa da cidadania e dos direitos humanos tais como a OAB, hoje transformada em mais uma UNE, agora a dos advogados, que recebe mesada do governo.


Acentua o desconforto com essa sucesssão de “avisos prévios” a hesitação da campanha de Aécio em afirmar claramente – como afinal fez Marina Silva ao dizer que é de garantir ou não a alternância no poder que caracteriza a democracia que se trata – que é isso, nada mais, nada menos, que está em disputa nesta eleição.


A maioria democrática do eleitorado brasileiro, com o povo de São Paulo na vanguarda da corrida que, nos últimos dias da campanha, virou a eleição a favor de Aécio e Marina, compreendeu isso antes e mais completamente que os próprios marqueteiros do candidato.


O PT já entendeu que este duelo é final e abriu mão da metade do Brasil na esperança de levar a outra + 1 a dar-lhe a condição, se salvo pelas urnas, de mudar suficientemente a regra do jogo para calar a outra. 


Está na hora da campanha de Aécio comprar essa briga nos termos em que ela lhe foi proposta para que ninguém, lá na frente, possa alegar que votou desavisado do que realmente estava em jogo.


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“Vergonha na cara” ou polícia na política?

20 de outubro de 2014 § 9 Comentários
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Dia sim outro também, vendo os jornais da manhã nas televisões enquanto faço a minha caminhada na esteira, vou contando a infindável quantidade de vezes em que os apresentadores repetem a palavravergonha”.


Seja a dose diária de miséria hospitalar, as escolas caindo aos pedaços, as ruas e estradas de asfalto de mentira sendo engolidas pelos buracos, a roubalheira na Petrobras, ou a ínfima quantidade de crimes que chegam a resultar numa punição que nos servem todo santo dia em doses cavalares antes de cada refeição, tudo acaba sempre nessa frase do comentarista chamado para arrematar as matérias: “Quando é que os nossos políticos vão criar vergonha na cara?


A resposta, adianto-lhes, começa justmente por onde acaba a pergunta: “Quando eles não tiverem mais a opção de ter ou não ter vergonha na cara”.
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Se um político ou um funcionário público virá ou não a ter vergonha da omissão que mata ou do “malfeito” que faz dele um criminoso, um dia, é um tipo de luxo japonês que eu gostaria de me reservar o direito de pagar para ver somente depois que o culpado estivesse na prisão e, mesmo assim, só se tivesse garantias de que uma coisa (a pena de prisão) de modo algum pudesse vir a ser substituída pela outra (o “pedido de desculpas” alegadamente “envergonhado”) que andou tentando nos induzir a aceitar a grei de Lula nos bons tempos dos primeiros dias do Mensalão.


De lá para cá veja-se onde chegamos…


Não me venham, portanto, com “ética na política”. O que nós precisamos é de polícia na política. Quem tem de discutir ética é o legislador. A ele sim, cabe definir os limites do que é ou não é ético na forma de arregimentar funcionários e nomear pessoas para o exercício de cargos publicos; na forma de estruturar essas hierarquias e de colocá-las em ação para usar os dinheiros públicos no interesse da coletividade; nos meios e modos admissíveis de tratar de se eleger e de se reeleger. Ao político e ao funcionário público cabe apenas cumprir a lei que resulta dessa tertúlia filosófica e impor essa lei com toda a força do braço armado dela é tudo quanto é necessário para resguardar a saúde da coisa pública.
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Não é preciso incluir aulas de “cidadania” nas escolas públicas nem constituir ONGs para dar pregações regadas com dinheiro do governo. Distinguir o certo do errado é algo que se faz com tanta precisão no Vaticano quanto no Morro do Borel, dependendo o pendor para um lado ou para o outro, tanto la como cá, da certeza de que a uma coisa corresponderá o Céu e à outra o Inferno.


O resto é conversa mole.


Basta que ao crime suceda inexoravelmente o castigo e à inoperância, à inépcia, à preguiça e à incompetência suceda inexoravelmente a demissão como já ocorre aqui fora com todos nós outros simples mortais, para as coisas entrarem naturalmente nos eixos.


Assim, quando você se sentir a ponto de se afogar no mar de lama que aflora dos debates presidenciais, perdido entre a meia e a anti moral em que tratam de inserir os nossos falsos dilemas, sem pé na aparente inexistência de terra firme em que tudo por aqui parece se dar, lembre-se sempre de que o milagre pelo qual você anseia já é o milagre sob o qual você mesmo vive.
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Não é necessário esperar que do além desça uma vaga “cultura política” que ninguém sabe bem como definir, ou esperar que da mera sucessão das gerações venha ela um dia a se instalar espontanea e milagrosamente para nos redimir. Não ha nada de complicado nem muito menos de esotérico para esperar ou para aprender. Basta que “eles” passem a viver pela regra pela qual você já vive, pela mesmíssima razão pela qual você vive nela, a saber, porque se viver fora dela você está demitido ou vai em cana.

É simples assim.

Se continuar sendo sinalizado à casta dos ungidos da política e do serviço público que não haverá polícia para forçá-la a seguir a lei e pagar penas pesadas quando se desviar dela; se o funcionário público continuar indemissível, seguro de que basta-lhe por uma vez um pé dentro do Estado para que nenhuma força terrena possa removê-lo de lá jamais; se o servidor do Estado puder seguir trabalhando por baixo daquele cartaz que diz que ele não pode ser “desacatado”, sob pena de prisão, por mais que desacate quem lhe paga o salário todo mês não haverá “vergonha na cara” que espontaneamente cure a doença nacional.
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Nem aqui, diga-se de passagem, nem no Japão, onde exige-se do faltoso, além do cargo, da multa e da pena de prisão, uma exibição pública e cerimonial de vergonha cujo sentido é acrescentar a esse pagamento em espécie também (mas nunca apenas) uma sessão formal de execração pública.


Lembre-se disso porque lembrar-se disso é o primeiro passo na direção da saída desse labirinto. Lembre-se sempre disso porque lembrar-se sempre disso é o único ingrediente necessário para que isso de fato aconteça.


Como tudo o mais, entretanto, lembrar-se disso é também um aprendizado. Para que comece, finalmente, a ser aprendido pelo povo brasileiro é preciso que seja aprendido antes pelos jornalistas posto que é à imprensa que cabe pautar os costumes da Nação. É ela quem deve fincar o marco abaixo do qual disparam os mecanismos de sanção pela ausência de mérito e, daí para baixo, os de repressão ao crime do colarinho branco.


Trata-se de um treino: estímulo e resposta; crime e cobrança de castigo. Não me venham com “vergonha na cara”…
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Não ha, para resumir, nada por ser inventado. Para que sejam curadas as doenças do Brasil basta fazer valer para “eles” o que já vale para nós todos, sem “julgamentos administrativos”, nem foros e nem, muito menos, prisões especiais, como está prescrito na fórmula universal do remédio para este mal, aquele que se define pelo axioma da igualdade perante a lei.


O primeiro passo, senhores jornalistas, é tornar isso lembrado.


O que vem depois é mais fácil. A maneira mais prática e segura de se instituir a meritocracia na vida política e no serviço público e ir dando a cada um, “lá em cima“, exatamente aquilo que fizer por merecer, sem complicar a vida de todos quantos já temos de trabalhar e mostrar desempenho para continuar vivendo aqui fora – pois que é disso e nada mais que isso que se trata – é, como tantas vezes já se demonstrou aqui no Vespeiro, armar a mão também do eleitor brasileiro do mesmo voto distrital com recall de que já estão armadas as de todos os eleitores dos países remediados deste mundo, sem meias medidas nem meias soluções.


Nesta eleição trata-se de reconfirmar o princípio da alternância no poder que é anterior a todos os anteriores. Mas até para saber porque é tão necessário reconfirmar esse princípio sem o qual seremos atirados de volta para a Idade Média, é bom que você não esqueça o que é que queremos para sempre estável, uma vez garantida a mudança que nos manterá aptos a todas as demais mudanças.
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Hoje é dia de pensar no Brasil


25 de outubro de 2014 § 24 Comentários
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Artigo para O Estado de S. Paulo de 25/10/2014
Ha um estranho distanciamento entre os temas debatidos na campanha que desaguará na eleição de amanhã e o que de fato está em jogo na escolha que ela decidirá.


Para além dos ataques pessoais que dominaram a cena, e das diferenças inerentes ao tema da corrupção, tudo se passou como se não houvesse escolha mais arriscada em jogo para o Brasil do que optar entre dosagens ligeiramente diferentes de intervenção na economia por cima de políticas sociais rigorosamente idênticas, dentro de um abiente institucional perfeitamente consolidado.


Só que isso não corresponde à realidade.


Na verdade tudo está em aberto. Nem mesmo os itens básicos da Declaração Universal dos Direitos do Homem são incondicionalmente acatados pelo atual governo do país que ha 30 anos clamava em uníssono por “Diretas Já” e nos pede mais quatro anos de mandato.


Em plena revolução tecnológica não ha “verdade absoluta” que tenha ficado em pé. A dúvida, cada vez mais, é senhora, e essa ausência de certezas é o pressuposto da liberdade que é, antes de mais nada, a liberdade de dissentir.


Ha muito tempo já que não há mais enganos perdoáveis a esse respeito. Não ha como não repudiar, de boa fé, as afirmações categóricas do passado, o apriorismo político e as concepções tendentes a deformar as sociedades humanas e o indivíduo segundo modelos pré-concebidos.


A flexibilidade política deixou de ser uma opção para se transformar num imperativo de sobrevivência.
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Não obstante o que o PT trata de fazer o Brasil tragar por baixo de um discurso que nunca penetra claramente nessas profundidades, é de impedir o país de navegar conforme a onda que venha e o vento que sopre, livre para mudar de rumo e mudar de prumo; é de fechar a porta de saída – ou no mínimo antepor a ela um labirinto virtualmente intransponível – depois de ter aceito o convite para passar pela de entrada.


Os fatos são os fatos:
No plano internacional o governo do PT alinha-se automaticamente com todas as ditaduras e com os mais notórios violadores dos direitos humanos deste e de outros continentes, muitas das quais, ao arrepio da lei, financia com dinheiro público em contas dadas como “secretas”.


Chegou até ao extremo de exigir que a ONU desse mais tempo e largueza para os degoladores do Estado Islâmico.


No plano nacional, o partido manipula os números que medem o desempenho da economia, censura as instituições públicas encarregadas dessa medição quando os dados lhes são adversos, financia com dinheiro público uma vasta rede de difamadores assalariados para promover o linchamento moral nas redes sociais de quem quer que divulgue fatos que considere prejudiciais às suas pretensões eleitorais ou manifeste opiniões diferentes das suas e promete solenemente, em caso de vitória, passar a “controlar” o que os brasileiros poderão ver, ouvir ou dizer daqui por diante também na “mídia tradicional”.


Num plano mais concreto e efetivo, a própria candidata que pede votos aos brasileiros dentro do sistema ainda em vigor assina o Decreto nº 8243 da Presidência da República que revoga a exclusividade do poder de legislar dos representantes eleitos por todos os brasileiros e transfere parte dele a grupos de militantes do seu partido com os quais reuniu-se cerimonialmente na sede do governo às vésperas do 1º turno para reiterar oficialmente seu compromisso de, à revelia do Congresso Nacional e contra a eventual resistência dele, submeter a plebiscito a continuação ou não do regime de democracia representativa eleita pelo voto universal.


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Para a massa dos eleitores o volume e a intensidade com que são divulgadas as “mordidas” e os “assopros” da proposta petista são monitorados com o mesmo ajuste fino de modulação com que, na sua sempre reveladora obsessão com os falsos silogismos, contaminam com meias verdades ou mentiras inteiras as ações e declarações dos adversários, sempre de modo a poder afirmar mais adiante que, seja o adversário, seja o eleitor, disse o que não disse ou votou no que não votou.


Todas essas manobras se dão sob a regência pessoal de um Luis Ignácio Lula da Silva que, à medida em que avança a campanha eleitoral, vem recrudescendo seus votos de ódio e suas ameaças de vinganças “inimagináveis” contra quem ousar resistir-lhes, e seguem à risca o roteiro por ele pessoalmente prescrito ao Foro de São Paulo, a entidade que ele próprio criou e que congrega em torno desse mesmo esquema tático todos os ditadores em projeto ou já instalados no poder na América do Sul e no Caribe, com a expressa recomendação de que “não permitam recuos” após cada “conquista”.


Não obstante tudo isso, acuado pela máquina de mentiras e intrigas que vem semeando a cizânia e empurrando um povo que já foi definido por sua cordialidade para a beira da conflagração, a candidatura de Aécio Neves escolheu trabalhar exclusivamente os temas que menos a diferenciam da blitz lulista, deixando fora do debate a única diferença de fato irreconciliável entre o PSDB e o PT que é o compromisso de um com a democracia e o compromisso do outro contra a democracia ou pelo menos contra a democracia desadjetivada, o que parece ter desmobilizado uma parcela daquele eleitorado que, sentindo instintivamente o perigo que continua no ar, aliou-se no 1º turno, por cima de suas diferenças, no voto antipetista e a favor da democracia.


Afinal, se as diferenças não pasam de nuances, segundo os próprios interessados em ressaltá-las, porque arriscar os incômodos todos de uma troca de governo?


Seria um trágico engano.
Acreditar nisso é ignorar o que se passa à nossa volta no continente sul-americano, descrer de tudo quanto o PT afirma sobre si mesmo e suas intenções, relevar o ambiente de violência moral – quase física – em que transcorreu a campanha eleitoral e arriscar-se a descer até à profundidade a partir da qual não ha mais retorno nos sistemas de socialização da corrupção e seleção negativa dos parasitas no controle deles em que, década após década numa espiral sem fim, vêm dando voltas, soçobrados, tantos dos países vizinhos do Brasil .

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Dilma manda recolher as VEJA das bancas!!!




A denúncia foi corroborada na edição deste sábado da Folha, com mais detalhes

Os exemplares da revista VEJA cuja capa da edição deste fim de semana denunciam a presidente Dilma e Lula desapareceram das bancas de Brasília ontem ao fim da tarde tarde.

Testemunhas revelaram que um carro parava, do qual descia um homem e as comprava.

A revista trouxe denúncia sobre suposto conhecimento prévio de Dilma e Lula a respeito das falcatruas de Paulo Roberto Costa na Petrobras, a favor do PP.

A denúncia foi corroborada na edição deste sábado da Folha, com mais detalhes abaixo.

Lula sabia de esquema na Petrobras desde 2005, diz doleiro...


O doleiro Alberto Youssef disse em sua delação premiada que soube que o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve conhecimento do esquema de propina na Petrobras após a eclosão da crise do mensalão, em 2005.

Lula, segundo o relato do doleiro, procurou o presidente do PP à época, José Janene, para discutir como acalmar os deputados do partido, descontentes com a perda do financiamento ilícito que recebiam via mensalão.

O doleiro afirmou em seu depoimento que a presidente Dilma Rousseff também tinha conhecimento do esquema de desvios de recursos. As citações a Dilma e a Lula foram reveladas pela 'Veja'.

Duas pessoas que acompanham a investigação confirmaram à Folha que Youssef mencionou a atual e o ex-presidente em depoimentos. Ele foi mais citado do que ela, segundo estas fontes.

A revista "Veja" ainda diz que o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli ordenou o pagamento de R$ 1 milhão a uma agência de publicidade que ameaçava revelar o esquema.

Gabrielli, em nota, negou com veemência a acusação.

O esquema da Petrobras é apontado por procuradores da Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a estatal, como sucessor do mensalão.

Youssef era próximo de Janene, que morreu em 2010, e do próprio PP. O doleiro nasceu na mesma cidade de Janene, em Londrina (PR), e herdou negócios do parlamentar, como ele mesmo contou aos procuradores.

O PP aderiu à base aliada do governo Lula em 2003 e recebeu R$ 4,1 milhões durante o mensalão, esquema de compra de apoio de parlamentares operado pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza.

A revelação do esquema do mensalão, feita pela Folha em junho de 2005, implodiu o esquema de compra de apoio do PP.

O PT, à época, tinha outros problemas com seu aliado. A ameaça do PP de deixar a base aliada era tão grande que, em junho de 2005, o governo entregou um ministério para o partido, o das Cidades.

Foi o PP que indicou Paulo Roberto Costa à diretoria de abastecimento da Petrobras em 2004, cargo que o executivo ocupou até 2012.

O ex-diretor, também investigado na Lava Jato, disse à Justiça que sabia que havia sido colocado no cargo para fazer operações que irrigariam o PP, que ficava com 1% do valor de contratos, e o PT, que ficava com 2%.

Editoria de arte/Folhapress
Fonte: Coluna Esplanada. Por LEANDRO MAZZINI - 25/10/2014 - - 14:50:37
 
BLOG DO SOMBRA

Pesquisas: Aécio volta a subir e eleição está indefinida

Ibope aponta vantagem para Dilma, e Datafolha mostra empate técnico no limite da margem de erro

As pesquisas divulgadas neste sábado pelo Ibope e pelo Datafolha mostram que a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), segue à frente do adversário, Aécio Neves (PSDB), nas intenções de voto. Para o Ibope, a diferença entre os dois candidatos está fora da margem de erro de dois pontos para mais ou para menos; o Datafolha aponta empate técnico...

Segundo o Ibope, Dilma tem 49% das intenções de voto, contra 43% de Aécio. A diferença, que era de oito pontos percentuais (49% a 41%) no levantamento anterior, caiu para seis pontos. Já o Datafolha mostra a presidente com 47%, e seu adversário, com 43% – a diferença, que era de seis pontos (48% a 42%) passou para quatro pontos percentuais.

Os eleitores que declararam ao Ibope que votariam nulo ou em branco somaram 5% do total – dois pontos percentuais a menos que na pesquisa anterior –, e 3% não souberam dizer ou não quiseram responder. A pesquisa do Datafolha trouxe números idênticos.

Considerando apenas os votos válidos – ou seja, excluindo os votos em branco e nulos, como é feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para divulgar os resultados oficiais das eleições – a petista tem 53% e o tucano, 47%, segundo o Ibope. O Datafolha mostra Dilma com 52%, novamente empatada no limite da margem de erro com Aécio, que tem 48%.

PESQUISAS ANTERIORES

Os levantamentos anteriores dos dois institutos, divulgados no último dia, apontavam vantagem maior para Dilma.

O Ibope ouviu eleitores em municípios, e o Datafolha, eleitores em municípios. Em ambos os casos, o nível de confiança – a probabilidade de que o resultado, considerando a margem de erro, reflita a realidade – é de 95%.

A pesquisa do Ibope foi registrada no TSE sob o protocolo BR-01221/2014; a do Datafolha, sob o protocolo BR- 01210/2014.

Fonte: O Globo - 25/10/2014 - - 21:11:37
BLOG do SOMBRA

Confronto inédito




Mesmo que não se confirmem os boatos de que pesquisas não divulgadas mostram resultados muito mais próximos de um empate técnico do que uma vitória folgada da presidente Dilma hoje saem as últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha –, nunca uma eleição brasileira nos últimos tempos teve tanta disputa quanto esta, que entra no fim de semana decisivo sem um vencedor claramente identificado.

Na melhor das hipóteses para o PT, a presidente Dilma será reeleita com uma votação menor do que a que o partido vinha tendo até 2010. E Aécio Neves, mesmo que não vença, deve ter a melhor performance de um candidato tucano nos últimos tempos, o que o credenciará como um líder incontestável de uma oposição que será muito mais aguerrida, pelas próprias circunstâncias da campanha atual.


O clima de agressividade que marcou a disputa, plantado no primeiro e elevado ao extremismo neste segundo turno, dificultará a conciliação nacional, e certamente precisaremos de um governo com legitimidade para levar o país adiante em meio a previsíveis crises institucionais, estas mais graves ainda, pois turbinadas por problemas econômicos que somente os que acreditam no mundo cor de rosa do marqueteiro João Santana desconhecem.


E o país que sairá das urnas estará irremediavelmente dividido. A legitimidade de um eleito não se deve apenas ao número de votos que teve nas urnas, mas à maneira com que os conquistou. Esta sem dúvida será a mais rasteira das campanhas eleitorais dos últimos anos, só comparável com a que elegeu Collor em 1989. Não à toa ele teve o fim que se sabe, pois alcançou a vitória usando manobras baixas, e não conseguiu nunca mais se aprumar como um presidente respeitável. [Collor apenas alertou os eleitores que o seu adversário - o Ignorantácio Lula da Silva - havia tentado obrigar sua namorada a matar um ser humano inocente e indefeso do qual ele era o pai.

Collor mostrou que o seu adversário só não era um assassino devido a namorada ter resistido.]

A começar pelo estelionato eleitoral caracterizado pelo confisco da poupança dos brasileiros, que ele acusava Lula de premeditar. Na eleição de 2002, o candidato derrotado do PSDB José Serra fez um discurso de despedida onde marcou com a expressão “estelionato eleitoral” o primeiro governo Lula, vencedor naquela eleição depois de ter perdido quatro eleições seguidas para Collor e Fernando Henrique.


Os eleitores petistas naquele ano, que acreditavam em grandes mudanças na economia, foram realmente enganados, pois Lula adotou práticas ortodoxas na economia e seguiu à risca o receituário do governo tucano, até mesmo nomeando para o Banco Central Henrique Meirelles, um banqueiro internacional eleito deputado federal naquela eleição pelo PSDB.


Mas aquele parecia ter sido um estelionato “do bem”, pois o PT abriu mão de teses radicais como o calote da dívida externa para colocar o país no rumo do crescimento. No segundo governo, quando a hoje presidente Dilma assumiu o Gabinete Civil em lugar de José Dirceu, em meio ao escândalo do mensalão, o PT retomou aos poucos suas teses econômicas, aprofundadas pela troca do ministro Antonio Pallocci por Guido Mantega.


Um novo estelionato eleitoral está sendo montado agora caso a presidente Dilma se reeleja amanhã. Sua campanha esconde o fato de que a crise econômica está se agravando e que terá que adotar medidas amargas para que o país não perca seus fundamentos e não se veja novamente às voltas com uma inflação sem controle e uma economia estagnada.


Mesmo os programas sociais que são o sustentáculo de sua votação correrão perigo com a economia sem produzir riqueza para ser distribuída. O aumento real do salário mínimo, por exemplo, depende por lei do crescimento econômico dos últimos anos, e por isso não acontecerá em 2015.


A queda da desigualdade foi interrompida no último ano exatamente devido à falta de crescimento econômico, mas os números não foram divulgados para não manchar a campanha eleitoral, que mostra um país pujante que só existe na propaganda do PT.
Os últimos dias de campanha estão marcados por denúncias de práticas ilegais e imorais da militância petista, e acusações de tentativa de golpe por parte dos petistas, que atribuem intenções eleitoreiras à reportagem da revista Veja revelando que o doleiro Alberto Yousseff afirmou em sua delação premiada que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula sabiam da corrupção na Petrobras e se beneficiaram dela em campanhas eleitorais.


Caberá ao eleitor avaliar as informações ao seu dispor e decidir em quem votar. Só não é possível exigir-se que casos polêmicos não sejam julgados ou reportagens não sejam publicadas quando há eleição por perto.


Fonte: Merval Pereira - O Globo   BLOG PRONTIDÃO

Pastor Silas Malafaia alerta: Vai votar agora? Pensando em votar em Dilma? por favor, antes veja este POST e o vídeo



Vai votar em Dilma?

Ela defende os que matam cristãos, ela defende o Estado Islâmico

26 de outubro de 2014 - antes de sair para votar veja o vídeo abaixo - do pastor Silas Malafaia.



IMAGENS FORTES, CRUÉIS, de cristãos sendo assassinados por terroristas do Estado Islâmico.

Terroristas que a presidente-candidata Dilma Rousseff defende e prega o diálogo com eles.

Dilma sendo reeleita vai estabelecer relações diplomáticas com o ESTADO ISLÂMICO e com isso aquele grupo terrorista passa a ter uma representação diplomática, embaixada em território brasileiro, com direito a imunidade diplomática e tudo o mais.

Duas coisas passarão a ocorrer:
- os terroristas integrantes do ESTADO ISLÂMICO passarão a viver no Brasil, já que terão o apoio da presidente Dilma, imunidade diplomática e todas as benesses de o terrorismo de Estado - afinal, os terroristas do ESTADO ISLÂMICO e Dilma são farinha do mesmo saco: ela foi terrorista.

Outro perigo para os brasileiros:
-as grandes potências tem interesse em matar várias lideranças do ESTADO ISLÂMICO e não vão concordar com a imunidade diplomática que Dilma vai conceder àqueles terroristas. Certamente vão realizar operações em território brasileiro para destruir aqueles terroristas - BOMBARDEANDO E USANDO DRONES.

Você quer que o Brasil se transforme em um Oriente Médio? 

Caso queira, vote em Dilma.

Se quiser que o Brasil continue sendo uma NAÇÃO PACÍFICA, do BEM, tire o PT do poder.

VOTE AÉCIO - 45. 

Malafaia lista cinco motivos para não votar em Dilma

 

Resposta da revista VEJA à fala da presidente no horário eleitoral


sábado, 25 de outubro de 2014

Doleiro declara que Dilma e Lula sabiam de toda a roubalheira na Petrobras

Nota da revista VEJA sobre a fala da presidente no horário eleitoral



A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ocupou parte de seu horário eleitoral para criticar VEJA, em especial a reportagem de capa desta semana. Em respeito aos nossos leitores, VEJA considera essencial fazer as seguintes correções e considerações:


1) Antecipar a publicação da revista às vésperas de eleições presidenciais não é exceção. Em quatro das últimas cinco eleições presidenciais, VEJA circulou antecipadamente, no primeiro turno ou no segundo.

2) Os fatos narrados na reportagem de capa desta semana ocorreram na terça-feira. Nossa apuração sobre eles começou na própria terça-feira, mas só atingiu o grau de certeza e a clareza necessária para publicação na tarde de quinta-feira passada.

3) A presidente centrou suas críticas no mensageiro, quando, na verdade, o cerne do problema foi produzido pelos fatos degradantes ocorridos na Petrobras nesse governo e no de seu antecessor.

4) Os fatos são teimosos e não escolhem a hora de acontecer. Eles seriam os mesmos se VEJA os tivesse publicado antes ou depois das eleições.

5) Parece evidente que o corolário de ver nos fatos narrados por VEJA um efeito eleitoral por terem vindo a público antes das eleições é reconhecer que temeridade (irresponsabilidade) mesmo seria tê-los escondido até o fechamento das urnas.

VEJA reconhece que a presidente Dilma é, como ela disse, “uma defensora intransigente da liberdade de imprensa” e espera que essa sua qualidade de estadista não seja abalada quando aquela liberdade permite a revelação de  fatos que lhe possam ser pessoal ou eleitoralmente prejudiciais.


Saiba mais lendo: A casa caiu - se Dilma for reeleita o presidente do Brasil acabará sendo Michel Temer 

SAI ÚLTIMA PESQUISA ANTES DA ELEIÇÃO Pesquisa Sensus fechada agora dá Aécio na frente com 52,1%. Tendência confirmada.

sábado, 25 de outubro de 2014

O Instituto Sensus realizou a última pesquisa de intenção de votos para presidente, fechada há pouco, indicando liderança do candidato do PSDB, Aécio Neves, com 52,1% dos votos válidos. A sua oponente Dilma Rousseff (PT), segundo o Sensus, soma 47,9% dos votos válidos. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob nº 01193/2014.

Ao contrário de todos os demais institutos de pesquisa do País, como Datafolha, MDA e Ibope, que apontavam para Marina Silva (PSB) disputando o segundo turno com a candidata do PT, o Sensus foi o único a captar o crescimento de Aécio, na reta final, sobretudo após o debate da Rede Globo, indicando que ele estaria no segundo turno, como de fato aconteceu.

Computando-se todas as intenções de voto, inclusive brancos e nulos, Aécio tem 45,7%, contra 42% de Dilma. Indecisos, brancos e nulos somam 12,4%. As entrevistas foram realizadas nesta sexta-feira (24) e hoje, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais e para menos.

O levantamento do Sensus confirma outra pesquisa, divulgada mais cedo pela CNT/MDA, segundo a qual Aécio Neves passou à frente da candidata petista. Ele agora somaria 50,3% das intenções de votos válidos contra 49,7% de Dilma. Na última pesquisa CNT/MDA, divulgada no dia 20 de outubro, Dilma aparecia com 50,5% dos votos válidos, contra 49,5% de Aécio.

A intenção de votos espontânea mostra os candidatos empatados tecnicamente. Aécio tem 44,4% dos votos e Dilma, 43,3%. Na pesquisa estimulada os números vão a 45,3% para o tucano e 44,7% para a candidata à reeleição. (Diário do Poder)

Datafolha dá empate técnico.Ibope, que faturou R$ 11 milhões este ano com a Dilma, não. Quem acredita neles?

Acabam se sair pesquisas do Ibope e Datafolha. Elas não fizeram entrevistas depois do debate na Globo. E nem pegaram o efeito Veja no eleitor. Portanto, não servem para nada. Ibope deu 53% para Dilma e 47% para Aécio. Uma diferença de 3%. Datafolha deu Dilma com 52% e Aécio com 48%, dentro da famigerada e desprestigiada margem de erro. Todos os trackings botam Aécio na frente. Estamos na frente. Mobilização vai dar 2% a mais pra Aécio. Abstenção vão tirar 2% da Dilma. Como sempre. Portanto, não vamos abaixar as nossas bandeiras e o nosso grito. Nunca estivemos tão perto da vitória como agora.

Rememore os erros dos institutos:

Aécio lidera trackings da véspera em eleição duríssima.

Meus caros e caras, recebi o tracking tucano e de duas instituições financeiras. Não posso dizer qual é de quem, mas todos mostram uma eleição muito dura. Aécio segue na frente e a tendência, com a intensa mobilização de hoje, o sucesso no debate e as abstenções que sempre favorecem o tucano, que estejamos muito mais próximos da vitória do que o lado negro da força. 

Mas nada está garantido. Daqui a pouco saem as pesquisas de campo e elas têm impacto, mesmo que erradas.  Não podemos deixar a mobilização cair. É ela que fará a diferença. Portanto, de novo: mãos ao telefone, mãos ao volante, mãos batendo porta de vizinho, mão na massa, mão apertando mão e mãos à obra! Nunca estivemos tão perto. Não vamos jogar o Brasil fora!


53 comentários

Fragmentação põe em risco fauna da Mata Atlântica

mata-atlantica-paratyManaus, AM - Se ter pouca floresta já é ruim, pior ainda se o que restou dela estiver dividido, fracionado em pedaços ainda menores. A fragmentação do hábitat aumenta a possibilidade de desaparecimento das espécies, conforme artigo recentemente publicado no jornal científico Proceedings of the Nacional Academy of Sciences (PNAS).


"Muitas regiões florestais, com a Mata Atlântica, na América do Sul, têm sido reduzidas a pequenas frações de sua extensão original e essas florestas estão frequentemente muito fragmentadas", afirmou o autor principal do artigo, Ilkkla Hanski, da Universidade de Helsinki, Finlândia, para o site Mongabay.com. "Nossos resultados sugerem que, nesta situação, se alguém ignora o efeito da fragmentação provavelmente subestima a extinção".


O artigo cita trabalho do biólogo Gonçalo Ferraz, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que desenvolve estudos de efeitos da fragmentação sobre a as aves, desenvolvidos no Programa de Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e o Instituto Smithsonian.


De acordo com Ferraz, em florestas que foram muito reduzidas, a configuração da mata restante passa a ser fundamental para a preservação das espécies que vivem ali. "Por exemplo, na Mata Atlântica de hoje, a distribuição espacial da cobertura florestal tem mais importância para a sobrevivência das espécies do que a distribuição espacial da cobertura florestal da Amazônia como ela é hoje", afirma o pesquisador.


Mesmo sem levar em conta a fragmentação, as previsões feitas pelo modelo anterior, chamado de Relação Espécie-Área (SAR, em inglês), já apontavam que uma redução de 90% na área florestal resultava na extinção local de metade das espécies de aves. Mas este dado pode ser otimista. Os autores do estudo aplicaram outro modelo matemático, que inclui a fragmentação do hábitat nos cálculos, para estimar a perda de espécies na Mata Atlântica, a qual mantém apenas 8% de sua extensão original. Essa nova estimativa é ainda pior, e mais próxima da realidade.

Eles concluíram que a fragmentação tem um efeito elevado em ambientes reduzidos a menos de 20% da paisagem original. Outro ponto levantado pelo estudo é que, quando resta apenas 10% da floresta, a maioria dos animais e aves não são capazes de sobreviver a longo prazo.

Ao levar em conta os efeitos da fragmentação, pesquisadores têm apresentado más notícias para a biodiversidade. Há algumas semanas, com base nos efeitos da fragmentação e as distâncias entre os fragmentos florestais da Mata Atlântica, a equipe liderada pelo professor Gareth Russell, do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, já havia sugerido que o estado de conservação de 28 aves da floresta brasileira fosse reconsiderado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). No artigo publicado em julho, na revista Conservation Biology, os pesquisadores analisaram a situação de 127 espécies, levando em consideração aspectos como a fragmentação do ambiente e a distância entre esses fragmentos.

Os autores liderados por Hanski alertam que a Mata Atlântica não é o único ambiente tropical a sofrer gravemente com a fragmentação. Eles citam também todo o Sudeste Asiático, onde frações da floresta estão separadas por monoculturas, como o óleo de palma, borracha e plantios para produção de celulose. Na África, espécies estão sendo confinadas a pequenas manchas de floresta pelo avanço da agricultura, principalmente no litoral e montanhas da África Oriental.

Vandré Fonseca


Fragmentar floresta aumenta emissão de carbono


Vandré Fonseca - 07/10/14


desmate
Manaus (AM) − A fragmentação de florestas resulta em um acréscimo de até 20% nas emissões de carbono na atmosfera pela vegetação em relação ao que tem sido considerado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

De acordo com um estudo publicado na última quinta-feira pela revista científica Nature Communications por pesquisadores de universidades brasileiras e de instituições do Canadá e da Alemanha, os cálculos têm desprezado emissões provocadas pelo efeito de borda, ou seja, as condições adversas enfrentadas pela floresta nas áreas vizinhas ao desmatamento.


Nas bordas da floresta, devido à maior incidência de sol e de ventos, as temperaturas flutuam mais, com elevação de calor e redução da umidade. O resultado é estresse, principalmente nas árvores maiores. “A mortalidade das árvores em condições de borda aumenta, de maneira que estas áreas não armazenam tanto carbono quanto as regiões mais centrais”, afirma o líder do estudo, o pesquisador do Centro de Pesquisas Ambientais Hemholtz, da Alemanha, Sandro Pütz, que liderou o estudo.


Na Amazônia, os cálculos indicam que em 10 anos a emissão de 600 milhões de toneladas de gases de efeito estufa foi provocada apenas pela fragmentação da floresta. O estudo demonstrou que aproximadamente 68 milhões de toneladas de carbono deixam de ser absorvidas pela Mata Atlântica, devido aos efeitos da fragmentação.


De acordo com o biólogo brasileiro Alexandre Martensen, da Universidade de Toronto, que também assina o artigo, mais de 90% dos remanescentes florestais são menores que 100 hectares. “Aproximadamente 45% do que sobrou da Mata Atlântica está a menos de 100 metros das bordas, o que compromete grandemente a sua função de reservatório de carbono”, afirma.
Para chegar a estes resultados, foi utilizado um método que integra informações obtidas por sensoreamento remoto, ecologia de paisagens e modelagem de dinâmica florestal.

Eles analisaram os efeitos da fragmentação em florestas tropicais. Na Mata Atlântica, foram usadas imagens com 30 metros de resolução. Já na Amazônia, as imagens eram menos precisas, 250 metros de resolução.


De acordo com o estudo, quanto menor o fragmento e, consequentemente, maior a proporção da área de borda em relação ao tamanho do total da área, pior é a situação. Para que a perda de carbono seja quase nula, os fragmentos de floresta precisam ter pelo menos 10 mil hectares, de acordo com a pesquisa.  Só em fragmentos com mais de 10 mil hectares, a perda de carbono é praticamente anulada.


“Como fragmentos menores apresentam maior proporção de áreas de boda, quanto comparados aos fragmentos maiores e as áreas de matas contínuas, ao usar o tamanho dos fragmentos para prever a perda de carbono estamos apresentando estimativas mais precisas”, afirma doutor em Ecologia Milton Ribeiro, da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), que também participou dos estudos.



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Comentários (2)


Avatar de MIGUEL
MIGUEL ·
DEPOIS NÃO SABEM POR QUE SÃO PAULO AGONIZA SEM ÁGUA.

Avatar de Riane Mendes
Riane Mendes · 
Essa escassez de água, esta servindo para reeducar a população ambientalmente.

O APÊ EM PARIS DE UM PRETENSO SOCIALISTA BRASILEIRO QUE ESTÁ APOIANDO DILMA



O APÊ EM PARIS DE UM PRETENSO SOCIALISTA BRASILEIRO QUE ESTÁ APOIANDO DILMA
 
                 Frase do Roberto Campos:

"É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda :
admiram o socialismo de Fidel Castro,
mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar :
bons cachês em moeda forte,
ausência de censura e
consumismo burguês.
Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca Cola."

Acabei de voltar de Paris,
minha última passagem por lá fazia mais de 20 anos,
portanto eu precisava ir novamente a todos aqueles pontos turísticos manjados da cidade luz.
O tempo era curto,
apenas dois dias,
porém eu precisava encontrar um espaço para encaixar uma visita a um ponto pouco conhecido,
                                        totalmente fora do mainstream parisiense,

o " Apê do Chico " ....

Pois é, o comunista mais charmoso do nosso país,
Chico Buarque de Hollanda,
possui um belo apartamento em um dos endereços mais exclusivos de Paris.
Bem próximo à Catedral de Notre Dame,
dividindo o Rio Sena no coração de Paris,
existe uma ilha chamada " Ile de Saint Louis ".
É para lá que ele vai durante o verão do hemisfério norte.
                                            E eu achando que era pra Havana ...

Chico, que tanto defende o PT, Cuba, Fidel Castro, Mao Tse-Tung, Marx e tantas outras belas porcarias, não pratica a ideologia que defende.

Este é o endereço dele em Paris, de frente para o Rio Sena. (vide fotos abaixo)

Passei em uma imobiliária e verifiquei o preço de um apartamento nesta ilha,
R$18.500.000,00 ou RS$61.000,00 por metro quadrado.
Quase três vezes mais caro que o Leblon, metro quadrado mais caro do Brasil.
Karl Marx iria adorar acabar com essa propriedade privada.

Mais " esquerda caviar " que isso é impossível, Chico zerou o jogo no modo HARD.
Aos amigos Marxistas que estão lendo este e-mail com uma camisa do Che Guevara, me desculpem mas não pude resistir ...

O ladrão rouba o seu dinheiro, relógio, corrente, carro e ou celular.
O político rouba a saúde, a educação, a aposentadoria, o trabalho e a sua felicidade.
O ladrão escolhe você.
Já o político, é você quem escolhe.
Pense bem em 2014!

" Não é a política que faz o político virar ladrão, é o seu voto que faz o ladrão virar político. "






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Flavio Musa de Freitas Guimarães
Blog do Flavio Musa - www.flaviomusa.com.br