A ex-senadora Marina Silva fez nesta terça-feira (19) uma crítica velada a seus adversários na corrida presidencial, atacando os que tentam explorar a morte do ex-governador Eduardo Campos se apropriando de "fragmentos" de sua herança política.
A crítica aos rivais foi feita durante um breve pronunciamento após missa do sétimo dia realizada em homenagem a Campos em Brasília.
"Nosso esforço, de todos os brasileiros, independente de partido, é de que seu esforço, sua trajetória, sua insistência em renovar a política não seja tratada como herança, onde cada um pega um fragmento do despojo, mas que seja tratado como um legado em que quanto mais pessoas puderem se apropriar dele, melhor fica", afirmou a ex-senadora.
O PSB indicará Marina nesta quarta (20) como candidata à Presidência no lugar de Campos, de quem ela era vice, sete dias após o acidente que matou o ex-governador, quatro assessores e dois pilotos em Santos (SP).
A comoção gerada pela morte do ex-governador deu impulso à candidatura de Marina e foi explorada pelos três partidos que lideram a corrida eleitoral na estreia do horário de propaganda eleitoral nesta terça-feira.
O programa do PSB foi inteiramente dedicado a Campos e exibiu a imagem de Marina a seu lado em eventos de campanha. O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, também fez uma homenagem a Campos, a quem se referiu como "amigo".
No programa da presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que tinha uma relação de "pai e filho" com o ex-governador, que rompeu com o governo petista para se lançar candidato a presidente.
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