domingo, 7 de outubro de 2018

BNDES fornece crédito de R$ 2 bi para energia renovável

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

BNDES fornece crédito de R$ 2 bi para energia renovável

O banco disponibiliza R$ 2,2 bilhões para aquisição de sistemas de geração de energia solar, eólica e de aquecimento de água por meio de placas solares.

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou na última quinta-feira (27) novas linhas de crédito para investimento em energias renováveis. O banco disponibiliza R$ 2,2 bilhões para aquisição de sistemas de geração de energia solar, eólica e de aquecimento de água por meio de placas solares.

O lançamento das linhas de crédito ocorreu no Rio de Janeiro e contou com a presença do presidente Michel Temer. Ele afirmou que a promoção de energia limpa e desenvolvimento sustentável é uma “bandeira importante” do seu governo.

A linha de crédito está disponível para empresas de todos os portes, produtores rurais, condomínios, além de pessoas físicas e poderá financiar até 100% do valor total dos equipamentos, com até dez anos para pagar e dois anos de carência. A taxa final para micro, pequenas e médias empresas ficará em torno de 1,3% ao mês.

Durante o evento, o presidente lembrou também a sua passagem pela Assembleia-Geral da ONU, no início da semana.

“Aproveitei a ocasião para reafirmar o compromisso do Brasil com a economia de baixo carbono. Apenas para dar um exemplo, hoje temos a maior reserva marinha ambiental do mundo. Alcança um espaço equivalente à soma da França e Alemanha juntos. Verifiquei quantos e quantos chefes de Estado, de governo, vieram nos cumprimentar por isso. Trata-se, portanto, de um compromisso de princípio que nosso governo tem convertido em ações concretas, como a de hoje”.


Fonte: Ciclo Vivo

Brasil poderá ter sítio misto reconhecido pela Unesco

Brasil poderá ter sítio misto reconhecido pela Unesco

Resultado sai em 2019.

As belezas naturais e culturais da Serra da Bocaina de Paraty (RJ) e Angra dos Reis (RJ) concorrem a ser consagradas como Patrimônio Mundial. A candidatura do primeiro sítio misto brasileiro ao título foi oficializada e, na semana passada, a região recebeu visita oficial da Unesco, por meio de representantes do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

A candidatura Paraty: Cultura e Biodiversidade envolve as áreas protegidas da cidade de Paraty e seu centro histórico, as preciosas unidades de conservação de Angra dos Reis e toda a Serra da Bocaina, localizada neste dois municípios fluminenses e em quatro outros municípios do Estado de São Paulo: Cunha, São José do Barreiro, Areias e Ubatuba. (veja conjunto de unidades de conservação lista abaixo). Além dos recursos naturais, a proposta enaltece as comunidades quilombolas, indígenas e caiçaras que vivem na região. “O sítio inclui o modo de vida destas comunidades e sua forma de se relacionar com a biodiversidade”, afirma o diretor de Áreas Protegida do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Sotero.

O resultado da candidatura será anunciado em meados do próximo ano, na reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, que ocorrerá entre 30 de junho e 10 de julho de 2019, em Baku, no Azerbaijão. Caso aprovado, o sítio misto será reconhecido como patrimônio mundial cultural e natural. O título considera, assim, tanto a biodiversidade quanto a cultura viva local, que se traduz em aspectos como o modo de vida, o artesanato e a língua dos povos tradicionais da região.

O reconhecimento contribuirá para a proteção e a valorização da região. “Trata-se de uma região com enorme variedade de ambientes e fisionomias vegetais. Isso proporciona à região uma biodiversidade impar”, explica Sotero. Pelo caráter misto, a candidatura envolve o MMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em conjunto com o Ministério da Cultura, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – Inepac, além das prefeituras.

Visita

As equipes dos órgãos assessores da Unesco percorreram locais como a Serra da Bocaina e um trecho do Caminho do Ouro, onde há vestígios preservados remanescentes das antigas rotas usadas em expedições para o interior do país. No centro histórico de Paraty, visitaram locais como o Museu de Arte Sacra e a Casa de Cultura. Puderam perceber os registros da presença do homem na região, em períodos ainda mais antigos, como na visita à Oficina Lítica localizada na Praia de Dois Rios, na Ilha Grande. O grupo assistiu, ainda, a manifestações culturais como a apresentação do coral da Aldeia Itaxi (Guarani-Mbya) na Terra Indígena Paraty-Mirim e do jongo no Quilombo do Campinho. Puderam também conhecer a Canoa Caiçara e seu modo de produção.

Nas Unidades de Conservação, vivenciaram a grande diversidade biológica que habita toda a área do Sitio e que se estende do fundo do mar a mais de 2 mil metros de altitude. Por meio de sobrevoos, visitas, trilhas pela Mata Atlântica e atividades de observação de pássaros, foi exposta toda a riqueza que faz da região uma área única no mundo.

Os avaliadores também puderam provar pratos típicos da culinária caiçara e quilombola feitos com ingredientes locais e da biodiversidade, constatando a alta gastronomia que se pratica em Paraty, reconhecida pela Unesco como Cidade Criativa para a Gastronomia. A intensa semana de trabalho envolveu também várias reuniões com o conjunto amplo de parceiros, entre governos e sociedade civil e só foi possível pelo compromisso e engajamento de todas as instituições.

Confira as UCs que compõem a área ampla do sítio misto:

Federais

– Parque Nacional da Serra da Bocaina
– Estação Ecológica de Tamoios
– Área de Proteção Ambiental de Cairuçu

Estaduais

– Reserva Ecológica Estadual da Juatinga
– Parque Estadual da Ilha Grande
– Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul
– Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiro
– Área de Proteção Ambiental de Tamoios

Municipal

Área de Proteção Ambiental Municipal da Baía de Paraty

Em Curitiba, preservar araucárias rende incentivos a construtores de imóveis

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Em Curitiba, preservar araucárias rende incentivos a construtores de imóveis

O decreto nº 1035, que possibilita flexibilizar parâmetros construtivos em terrenos com a árvore símbolo do Paraná.

A preservação de araucárias em Curitiba renderá incentivos construtivos aos proprietários de imóveis que abriguem árvores da espécie. O decreto nº 1035, que possibilita flexibilizar parâmetros construtivos em terrenos com a árvore símbolo do Paraná, foi assinado nesta quinta-feira (4/10) pelo prefeito Rafael Greca.

A assinatura ocorreu no Solar 907, pequeno edifício residencial construído recentemente na rua Desembargador Motta, cujo projeto arquitetônico se moldou na conservação de uma araucária. “Este prédio é um exemplo de solução arquitetônica amigável e de respeito às araucárias, que chegaram aqui muito antes de nós. Daqui tirei a inspiração para criar esse decreto que beneficia, com incentivos construtivos, proprietários e construtores a conservarem nos terrenos nossas lindas araucárias”, disse Greca.

Pelo novo decreto, caberá ao Conselho Municipal do Urbanismo avaliar processos urbanísticos em terrenos que tiverem uma araucária ou mais para oferecer condições especiais de construção mediante a preservação da árvore. Os benefícios podem ser na ampliação da taxa de ocupação do terreno, no aumento de número de pavimentos, na quantidade de estacionamentos, entre outros.
Segundo o secretário municipal do Urbanismo, Júlio Mazza, os benefícios dependerão de cada caso. “As condições oferecidas vão variar de acordo com cada processo, dependendo do tamanho, localização do terreno, entre outros fatores”, disse Mazza.

Antes da avaliação no CMU, os processos dessa natureza passarão pela análise da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e também pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Atualmente as regras para remoção de araucárias em Curitiba estão sujeitas a análise criteriosa da Secretaria do Meio Ambiente.

Na legislação de Curitiba também existe benefícios construtivos para quem preserva maciços florestais, como bosques. “Com esse decreto ampliamos a possibilidade de benefícios também para casos de terrenos com árvores (araucárias) isoladas”, explicou o presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.

A secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, participou da assinatura do decreto.

Memória preservada

O edifício Solar pertence às irmãs Carmem e Cyntia Costa e foi construído no mesmo terreno de 273,6 metros quadrados onde elas moraram com os pais, Lúcia e João Costa.

Na antiga casa que ali existia, as irmãs cresceram com a araucária plantada há mais de 40 anos por um tio. “Todo ano minha mãe colhia pinhões e distribuía para os vizinhos. Essa é uma lembrança muito forte”, contou Carmem.

A construção mudou, mas a araucária continuou para produzir mais frutos e memórias afetivas. No novo prédio mora também a filha, o genro e a pequena Clara, neta Carmem.

Para a obra, a família contratou o escritório de arquitetura Doria e Lopes Fiuzza, que desenvolveu o projeto de maneira a preservar a araucária. “O terreno é pequeno e a primeira ideia foi realmente retirar a árvore, mas conseguimos adequar o projeto e mantê-la de forma a valorizar a construção”, disse Maicon Leitoles, um dos arquitetos responsáveis pelo projeto.

Via Prefeitura de Curitiba. Foto: Cesar Brustolin/SMCS