quarta-feira, 16 de abril de 2014

ESTATUTO DA DIVERSIDADE SEXUAL - UMA ABERRAÇÃO



Parir um Supla não é para qualquer uma...
Tomei um susto quando li esse absurdo no Facebook, resolvi apurar a veracidade dessa ignomínia - que mesmo em se tratando de uma imbecil como Marta é forte demais - e confesso que não achei um texto exatamente igual: encontrei coisas ainda piores! Muitos palpites e opiniões excretados por essa demente que não valem à pena serem reproduzidos.


Mas entre alguns outros absurdos encontrei o “Anteprojeto do Estatuto da Diversidade Sexual” (íntegra aqui), que tem 109 artigos que alteram 132 dispositivos legais, elaborado por uma tal Comissão Nacional de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil, e que conta com Marta como maior entusiasta. “O Estatuto da Diversidade Sexual é um avanço. Isso nunca havia sido pensado em relação às questões LGBT”, disse a idiota, classificando-o como de importância “inquestionável”.


Entre outras coisas, o Estatuto defende que o Estado é obrigado a investir dinheiro público para homossexuais que querem caros procedimentos de reprodução assistida por meio do Sistema Único de Saúde  e também o Estado é obrigado a criar delegacias especializadas para o atendimento de denúncias por preconceito sexual contra homossexuais, atendimento privado para exames durante o alistamento militar e assegura a visita íntima em presídios para homossexuais e lésbicas.


O “Blog do Bronca” mostra seleciona alguns artigos absurdos - todos o são - que reproduzo aqui. Como o “Bronca” diz, “eis alguns dos ‘avanços’ que o Estatuto da Diversidade Sexual propõe”:


Legitimação da PEDOFILIA e outras anormalidades sexuais:

Título III, Art. 5º § 1º - É indevida a ingerência estatal, familiar ou social para coibir alguém de viver a plenitude de suas relações afetivas e sexuais.

Sob essa lei, a família nada poderá fazer para inibir um problema sexual nos filhos. A sociedade nada poderá fazer. E autoridades governamentais que ainda restarem com um mínimo de bom senso estarão igualmente impedidas de “interferir”.
Retirar o termo PAI E MÃE dos documentos:

Título VI, Art. 32 - Nos registros de nascimento e em todos os demais documentos identificatórios, tais como carteira de identidade, título de eleitor, passaporte, carteira de habilitação, não haverá menção às expressões “pai” e “mãe”, que devem ser substituídas por “filiação”.

Essa lei visa beneficiar diretamente os ajuntamentos homossexuais desfigurados tratados como família. Para que as crianças se acostumem com “papai e papai” ou “mamãe e mamãe”, é preciso eliminar da mente delas o normal: “papai e mamãe”.

Começar aos 14 anos os preparativos para a cirurgia de mudança de sexo aos 18 anos (pode começar com hormônios sexuais para preparar o corpo):

Título VII, Art. 37 - Havendo indicação terapêutica por equipe médica e multidisciplinar de hormonoterapia e de procedimentos complementares não-cirúrgicos, a adequação à identidade de gênero poderá iniciar-se a partir dos 14 anos de idade.

Título VII, Art. 38 - As cirurgias de redesignação sexual podem ser realizadas somente a partir dos 18 anos de idade.

Cirurgias de mudança de sexo nos hospitais particulares e no SUS:

Título VII, Art. 35 - É assegurado acesso aos procedimentos médicos, cirúrgicos e psicológicos destinados à adequação do sexo morfológico à identidade de gênero.
Parágrafo único - É garantida a realização dos procedimentos de hormonoterapia e transgenitalização particular ou pelo Sistema Único de Saúde - SUS.

Uso de banheiros e vestiários de acordo com a sua opção sexual do dia:

Título VII, Art. 45 - Em todos os espaços públicos e abertos ao público é assegurado o uso das dependências e instalações correspondentes à identidade de gênero.

Não é permitido deixar de ser homossexual com ajuda de profissionais nem por vontade própria:

rt. 53 - É proibido o oferecimento de tratamento de reversão da orientação sexual ou identidade de gênero, bem como fazer promessas de cura.

O Kit Gay será desnecessário, pois será dever do professor sempre abordar a diversidade sexual e consequentemente estimular a prática:

Título X, Art. 60 - Os profissionais da educação têm o dever de abordar as questões de gênero e sexualidade sob a ótica da diversidade sexual, visando superar toda forma de discriminação, fazendo uso de material didático e metodologias que proponham a eliminação da homofobia e do preconceito.

Contos infantis que apresentem casais heterossexuais devem ser banidos se também não apresentarem duplas homossexuais travestidas de “casais:

Título X, Art. 61 - Os estabelecimentos de ensino devem adotar materiais didáticos que não reforcem a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de gênero.

As escolas não podem incentivar a comemoração do Dia dos Pais e das Mães:

Título X, Art. 62 - Ao programarem atividades escolares referentes a datas comemorativas, as escolas devem atentar à multiplicidade de formações familiares, de modo a evitar qualquer constrangimento dos alunos filhos de famílias homoafetivas.

Cotas nos concursos públicos para homossexuais assim como já existem para negros no RJ, MS e PR e cotas em empresas privadas com já existe para deficientes físicos:

Título XI, Art. 73 - A administração pública assegurará igualdade de oportunidades no mercado de trabalho a travestis e transexuais, transgêneros e intersexuais, atentando ao princípio da proporcionalidade.

Parágrafo único - Serão criados mecanismos de incentivo a à adoção de medidas similares nas empresas e organizações privadas.

Casos de pedofilia homossexual irão correr em segredo de justiça:

Título XIII, Art. 80 - As demandas que tenham por objeto os direitos decorrentes da orientação sexual ou identidade de gênero devem tramitar em segredo de justiça.

Censura a piadas sobre gays:

Título XIV, Art. 93 - Os meios de comunicação não podem fazer qualquer referência de caráter preconceituoso ou discriminatório em face da orientação sexual ou identidade de gênero.

13 de abril de 2014

Milton Valdameri: Salvador está sitiado

Salvador está sitiado, lojas e mercados estão sendo saqueados. Já chegaram tropas do exército e estão vindo tropas da guarda nacional. Quero deixar bem claro que não é apenas ação de gangues, tem ação da população, tem a ação das gangues mas tem também a revolta popular.
Esse é o resultado de 8 anos de governo do PT na Bahia.

Acrescento quase 12 de Brasil e imbecilidade total dos eleitores.
 
 

Políticos de PSDB e PSB lideram greve da PM contra governo petista na Bahia

Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió
O vereador Marcos Prisco (PSDB) e o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB)

  • O vereador Marcos Prisco (PSDB) e o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB)
A greve da Polícia Militar na Bahia, iniciada nesta terça-feira (15) e que pegou de surpresa o governo de Jaques Wagner (PT), teve liderança decisiva de dois nomes conhecidos da luta sindical da categoria e que alçam carreiras políticas.


O vereador Marcos Prisco (PSDB) e o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), que negociam em nome dos militares, respondem por duas das mais fortes associações militares --respectivamente, a Aspra ( Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares) e a AOPM (Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia)-- e são responsáveis por inflamar a categoria para a deflagração da greve. 

Ao todo, seis sindicatos estão envolvidos na paralisação.

A greve dos militares pede uma rediscussão do projeto de regimento interno da PM apresentado pelo governo; pagamento de itens como periculosidade, insalubridade e auxílios alimentação e transporte; e a criação de regime remuneratório por subsídio para os militares, eliminando as gratificações.


Os dois são aliados políticos, oposição ao governo petista de Jaques Wagner e mantém influência na categoria, cada um com um setor da PM. "Eles são unidos. Prisco lidera os praças, que inclui soldados, cabos e sargentos. Já o Tadeu tem força com os oficiais", disse um policial ouvido pelo UOL.


Prisco foi o principal líder da greve da PM em 2012 e, naquele ano, conseguiu eleição para a Câmara de Vereadores. Este ano, deve ser candidato a deputado estadual, em dobradinha com Tadeu, que deve sair para deputado federal.
A reportagem do UOL tentou contato com Prisco e Tadeu em seus respectivos gabinetes e também nas associações que presidem, mas ninguém atendeu as ligações porque ambos estão em reuniões.

Polícia Militar entra em greve em Salvador

16.abr.2014 - Membros da Exército chegam à Bahia nesta quarta-feira (16) para assumir o comando da segurança do Estado, por causa da greve dos policiais militares, iniciada na noite dessa terça (16) pela categoria, após decisão em assembleia. Inicialmente, o governo informou que serão disponilibilizados mais de 5.000 homens das Forças Armadas e da Força Nacional  
 
Leia mais Daniel Senna/GOVBA

Ataques

Um dia antes da greve, Prisco gravou um vídeo para inflamar a categoria contra o governo. "O governo do Estado, de forma ardilosa, vem mentido para todos nós. Coloca propaganda na televisão, coloca um código de ética que não foi aprovado pela gente. Querem trazer de volta a prática ditatorial pra gente. Não existe proposta de carreira para a gente no  governo", afirmou.


Em seguida, ele convoca os militares "com vergonha na cara" para irem à assembleia, que viria a deflagrar a greve, na terça. "O governo está desafiando os policiais militares. O desafio está aceito, governador!"


Já Tadeu usou uma emissora de rádio, nesta quarta-feira, para também criticar o governador e tentar lucrar com a paralisação. "Estou muito preocupado com o que está acontecendo na cidade e o governador está inoperante, é lamentável. O militar realiza em média uma greve a cada 10 anos, no governo Wagner nós tivemos três greves. Ele não sabe comandar a PM", disse.

Não é só salário, diz governador

Em entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira, o governador Jaques Wagner disse que foi traído pelas associações e garantiu que o Estado paga alguns dos melhores salários. Ele deixou claro que vê motivação política na paralisação.


"No item soldados e cabos, somos o quinto maior salário do país. Nas outras categorias, estamos em 11º. A posição está encaixada na realidade nacional e, no meu governo, eles acumulam um ganho real acima de 60%. Contratamos 12 mil policiais militares e temos mais 1.400 para serem contratados agora, modernizamos a frota e o armamento. Tem muita coisa que não se restringe somente à questão salarial", insinuou.


Wagner ainda disse que não havia negociação em andamento com os militares, e por isso a greve pegou a todos de surpresa.


"Não havia negociação salarial em curso. Era um trabalho para a modernização da PM. Ainda estou concluindo o pagamento da negociação de 2012, que vai até 2015. Seria preciso esgotar este pagamento para se voltar ao assunto", disse.

Greve de PMs na Bahia: as consequências

Quem insistir em continuar com a greve terá o ponto cortado", diz Agnelo

O governador do Distrito Federal alertou que quem continuar com a paralisação sofrerá as consequências. A paralisação já dura duas semanas


16/04/2014 15:58    Correio Braziliense
 

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, falou nesta quarta-feira (16/4) sobre a greve dos metroviários, que tem complicado a vida dos brasilienses há duas semanas. Durante um evento de entrega de vans que vão atender turistas na cidade, ele disse que quem continuar com a paralisação sofrerá as consequências.


“Quem insistir em continuar com a greve terá o ponto cortado. Quem insiste em fazer isso não tem comprometimento com a sociedade. Esse é um serviço essencial. Até a Justiça mandou que o serviço volte", disse o governador, referindo-se a determinação do Tribunal Regional do Trabalho que solicitou a volta de 50% dos trens a partir desta quarta-feira (16/4).

Apesar da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que obriga 50% do funcionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), apenas oito, dos 24 trens, estão em circulação, o que representa 33% da frota. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, somente 12 pilotos se apresentaram para trabalhar nesta quarta-feira (16/4).

O Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô-DF) negou que oito trens estão em operação, e afirmou que cumpre a determinação do TRT com 12 composições em circulação. A diretora do sindicato informou ainda que um oficial de justiça acompanha a situação do metrô hoje.

Distritais aprovam regras para a circulação de pets em parques

#VAITRABALHARDEPUTADO »  Os bichos poderão ficar apenas em áreas cercadas, com focinheira e coleira, e se estiverem acompanhados de pessoas maiores de 18 anos



Publicação:  16/04/2014 14:58  Correio Braziliense 
Cães soltos em parques ou em áreas proibidas podem levar donos a serem multados em, no mínimo, R$ 100 (	Iano Andrade/CB/D.A Press)
Cães soltos em parques ou em áreas proibidas podem levar donos a serem multados em, no mínimo, R$ 100

Só depois da pressão popular os distritais decidiram trabalhar este ano. Ainda assim, quando voltam a plenário, aprovam projetos polêmicos. Uma proposta que deve causar muita discussão passou ontem em primeiro e segundo turnos e, se for sancionada pelo governador Agnelo Queiroz (PT), vai criar uma série de restrições para a presença de cachorros nos parques urbanos e ecológicos do Distrito Federal. 


Se depender do projeto aprovado da ex-deputada Luzia de Paula (PEN) — ela era suplente de Alírio Neto, do mesmo partido, que retornou à Casa —, cachorros de qualquer porte que forem levados a esses espaços públicos devem ser conduzidos somente por maiores de 18 anos e devem ficar em locais isolados e cercados, com coleiras e focinheiras.


Na justificativa do projeto de lei, apresentado em 2011, a então distrital alega que “é preciso zelar pela segurança das pessoas frequentadoras das áreas públicas”. “Vez ou outra, nos deparamos com notícias dando conta que cães atacaram pessoas no interior dos parques públicos, sobretudo no Parque da Cidade”, destaca trecho do texto. “Ora, a liberdade de um cão não pode sobrepor à liberdade do cidadão de se locomover”, acrescenta. Tirando os cercadinhos, a proposta permite a presença de cães nos parques, mas somente em feiras, amostras e competições do gênero. Em caso de descumprimento de qualquer uma das regras, a multa é de pelo menos R$ 100 (valor a ser atualizado).

Antes de chegar a plenário, o projeto passou pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na qual Liliane Roriz (PRTB) foi a relatora. Também tramitou pela Comissão de Segurança (CS) e foi relatado por Benedito Domingos (PP). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisou o pedido, com relatoria de Eliana Pedrosa (PPS). Em todos os casos, não houve emendas, e os colegiados votaram pela admissibilidade da proposta original. Ontem, como o projeto foi apreciado em plenário por meio de processo simbólico, quando só os contrários se manifestam, a proposta passou sem qualquer debate. Hoje, alguns parques de Brasília já restringem por conta própria a presença de animais, mas essa é a primeira regra que pode passar a valer para todo o DF.

“Estou abismada. É um absurdo. Como é que a pessoa vai poder passear com seu cachorro, já que essa lei se aplica a todos os parques públicos? Os cães representam muito para as pessoas, em alguns casos são até tratados como um componente da família. Será que os deputados pensaram nisso na hora de aprovar tal projeto? Será que pensaram nas pessoas que têm cães? O que fica parecendo é que os distritais aprovam os projetos sem cuidado e nenhuma discussão. Contamos agora com a sensibilidade do governador para não aprovar um projeto desses”, disse a diretora administrativa da Associação Protetora dos Animais do DF (Pro-Anima), Valéria Sokal.





A CREDIBILIDADE





A Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (CHESF) sempre contou com o apoio e a defesa incondicional dos nordestinos. Ai de quem ousasse criticá-la. Além de seus funcionários, a grande maioria dos políticos locais, dos professores, das classes dirigentes, da mídia e da população, em geral, sairia em sua defesa.
Em várias áreas o legado da CHESF para o Nordeste é inegável. Todavia existem máculas na sua relação com as populações nativas que foram forçadas a sair de suas casas, de suas terras para dar lugar à construção dos grandes reservatórios de água de suas hidroelétricas. A justificativa era sempre em nome do “desenvolvimento”.
Muitas decisões foram tomadas em nome da maioria, mas isso, no entanto, não lhes garantiu caráter democrático. O principio majoritário se justifica como um procedimento decisório democrático quando os direitos das minorias dos atingidos (no caso, pelas barragens) têm os seus direitos preservados.
Existem temas de interesse do país, com decisões políticas tomadas, por exemplo, pelos representantes do povo no Congresso Nacional, cujos custos e impactos atingem minorias da população. Nestes casos, o principio majoritário da decisão não garante o seu caráter democrático.
A construção das barragens ao longo do Rio São Francisco expulsou populações nativas, inundando várias cidades, e se constitui exemplo de decisões antidemocráticas, pois não levaram em conta os interesses dessas populações. Para situações relacionadas à questão energética, preconiza-se a necessidade de construção de consensos, o que significa o reconhecimento dos interesses divergentes que devem ser considerados e incorporados no processo de negociação.
Questões sociais envolvendo a Chesf foram blindadas. Pouco debate ocorreu na sociedade. A companhia virou intocável, inatacável, devido a sua importância para a região. O direito das populações afetadas (minorias) não se confunde com o direito da maioria – ambos podem ser exercidos democraticamente.
Por outro lado, todo o sistema elétrico brasileiro, desde o final do século passado, tem sofrido uma ingerência político-partidária nunca antes ocorrida com tal voracidade, que é nefasta para os objetivos, o trabalho e a atuação desse setor estratégico para o país. Verifica-se que as empresas do setor viraram moeda de troca nas transações de pura politicagem. Os dirigentes dessas empresas são escolhidos dentre os apadrinhados pelos partidos da base aliada de sustentação política do governo. Depois é que se analisa se estes têm competência técnica para a função designada. Tudo, diz o governo, para manter a “governabilidade”.
Uma combinação de fatores trouxe para a CHESF uma agenda negativa, onde quedas no fornecimento de energia se tornaram recorrentes na região por falta de planejamento, de investimentos, de valorização de seus funcionários (substituídos muitas vezes pelos terceirizados). A demissão de seus quadros técnicos contribuiu para a perda reconhecida da qualidade dos serviços prestados à população. Nos últimos anos, virou rotina o não cumprimento dos contratos de projetos vitais para a segurança energética, especialmente o atraso na implantação de linhas de transmissão associadas às centrais de geração para conexão compartilhada (ICG). O que levou a própria Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) a desabilitar a CHESF, impedindo que a empresa participe de leilões de linhas de transmissão. Ressalte-se que a CHESF foi à empresa que mais recebeu autos de infração (16 penalidades) nos últimos anos.
É inegável a responsabilidade das últimas administrações da CHESF pelo sentimento negativo existente na sociedade nordestina, devido ao grande desgaste da credibilidade da empresa. Responsabilizar a questão ambiental pelos atrasos nas obras, como vem sendo repetido pelos gestores, é uma ladainha que já não convence ninguém. Apenas mostra o despreparo e a falta de compromisso daqueles que dirigem esta empresa, outrora tão admirada.
O que acontece, hoje, com o grupo Eletrobrás, incluindo a CHESF, revela o mesmo “modus operandi” perverso adotado pelos governos para a privatização de outras estatais. O desgaste, a perda de credibilidade, e o sucateamento integram o roteiro que caminha a passos largos no processo de privatização de mais um patrimônio do povo brasileiro – se nada for feito para detê-lo.
 
16 de abril de 2014
 
Heitor Scalambrini Costa é Professor da Universidade Federal de Pernambuco.

GRANDES VISÕES FRACASSADAS









 

A reportagem do New York Times do último domingo, intitulada "Grandes Visões Fracassam no Brasil" (Great Visions Fizzle in Brazil), de autoria de Simon Romero, jornalista americano que cobre o Brasil desde 2011, apresenta uma radiografia lúgubre e depressiva da situação atual do nosso país



A matéria se inicia pela referência à decadência que se seguiu ao boom artificial de progresso  que, como qualquer cidadão razoavelmente informado não desconhece, não foi construído em alicerces sólidos, mas baseado no estímulo ao consumo irresponsável e no populismo de resultados imediatos, visando a objetivos puramente eleitorais. 



A reportagem desfia, em seguida, um rosário de projetos mal concebidos e dispendiosos, obras grotescamente inacabadas, destacando-se a construção de várias pontes ferroviárias, testemunhos patéticos e fantasmagóricos de ligações desligadas e pernetas que  unem o ar daqui com o ar de lá, vestígios da Ferrovia Transnordestina, iniciada em 2006, interrompida e, hoje, abandonada, depois de desalojar e deslocar  inúmeras famílias que não receberam nenhuma compensação e vivem hoje numa atmosfera de desesperança e miséria. 



Cita também o incrível teleférico de 32 milhões de reais, construído numa comunidade do Rio de janeiro e que só realizou, com o prefeito fazendo o papel de mestre da banda, a viagem inaugural, em 2012, parado desde então.



Foram lembrados também os geradores eólicos, sem "tomadas" e linhas de transmissão, necessidades óbvias para a oferta de energia, além dos gastos mal direcionados e sem propósito, como o monumento aos ET's, em Varginha, um espelho da incompetência da administração pública, atualmente parado, no esqueleto, e oxidando.



O que dizer então do projeto futurista construído em Natal, inaugurado em 2008, assinado por afamado arquiteto, também abandonado, servindo, no momento,  de habitação para desabrigados? 



Dignos de menção são também os projetos megalomaníacos de irrigação cuja prontificação, prometida para 2010, apresenta como único resultado, no entanto, até agora, a degradação do solo por onde deveriam  passar quantidades generosas de água para atender agricultores nordestinos secularmente torturados pela seca. 



Sobre toda essa rede de absurdos desconexos e capengas, está o impacto produzido pela construção de luxuosos estádios para a Copa do Mundo que se aproxima, alguns dos quais em locais em que o futebol desperta menos interesse que lançamento de coco, em cidades nas quais grande parte do esgoto ainda corre a céu aberto. 



Enfim, a matéria  expõe um quadro de apreensão, agravado por uma disputa eleitoral no corrente ano que promete ser a mais desleal dos últimos tempos, tudo adornado com um crescimento raquítico, uma inflação persistente, uma classe política mergulhada em fétido ambiente de corrupção e pragmatismo corrosivo e uma justiça a serviço dos propósitos de um executivo ensandecido pela manutenção do poder a qualquer custo. 



Ao contrário de "Viva o Povo Brasileiro", título de uma das obras mais significativas de João Ubaldo Ribeiro, somos forçados a falar baixinho, "Pobre Povo Brasileiro".



16 de abril de 2014

Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.


Blog Lorotas políticas e verdades efêmeras

Já deu!Tiago Barbosa de Castro

Perolas do Pondé


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Euzinho - Luiz Felipe Pondé

"A modernidade é uma declaração de guerra à ideia de tradição. Mas nós, modernos, continuamos a não perceber isso, e o resultado é que suspiramos como bobos diante do que pensamos ser uma tradição, apesar de detestarmos qualquer sinal verdadeiro de tradição.
Procuramos tradições em workshops xamânicos, espaços budistas nas Perdizes, livros baratos sobre como viviam os druidas.
 
São muitas as definições de tradição. Não vou dar mais uma, mas sim elencar atitudes que estão muito mais próximas do que é uma tradição do que cursos de cabala nos Jardins. Nada tenho contra estudar culturas antigas, apenas julgo um equívoco confundir a ideia de tradição com modas de uma espiritualidade de consumo.
 
Não existe xamã na Vila Madalena. A cabala não vai salvar meu casamento. Meditação não fará de mim uma pessoa melhor no trabalho. Imitar a alimentação de monges tibetanos não aliviará minha inveja. Frequentar cachoeiras indígenas não fará de mim uma pessoa menos consumista. Tatuar palavras védicas não me impedirá de fazer qualquer negócio pra viver mais.
Visitar templos no Vietnã não fará de mim alguém menos dependente das redes sociais. Desejar isso fará de mim apenas ridículo.
 
Uma tradição, pra começo de conversa, nada tem a ver com "escolha". Não se escolhe uma tradição. Neste sentido, muitos rabinos têm razão em desconfiar de conversos ao judaísmo por opção. Uma tradição funciona sempre contra sua vontade, à revelia de sua consciência, submetendo-a ao imperativo que escapa à razão mais imediata. A única forma de tradição a que a maioria de nós ainda tem acesso é a língua materna.
 
Colocar os filhos pra dormir todos os dias é mais próximo do que é uma tradição do que estudar velhos símbolos indígenas ou brincar com eles em pousadas nas chapadas. Não poder sair à noite porque um dos filhos tem febre é tradição. Velá-lo durante a noite é tradição. Morrer de medo durante esta noite é tradição. Nada menos tradicional do que uma mulher sem filhos. Ela até pode aprender capoeira, mas será apenas iludida, se sua intenção for experimentar a tradição afro.
 
Nada tenho contra mulheres não terem filhos, digo apenas, de forma modesta, o que é uma tradição.
 
Homens que sustentam sua mulher e filhos são tradicionais, mesmo em tempos como os nossos em que todo mundo mente sobre isso. Levar seus velhos ao hospital, enterrá-los, em agonia ou com absoluta indiferença, é tradição. Andar pela casa à noite pra ver se tem algum ladrão, enquanto sua mulher e filhos ficam protegidos no quarto, é tradição. Ser obrigado a ser corajoso é uma tradição, maldita, mas é.
 
Pular sete ondas numa Copacabana lotada nada tem de tradicional, é apenas chato. Tradição é ir pra guerra se não sua mulher achará você covarde. Lavar louça, fazer o jantar, lavar banheiros, morrer de medo diante do médico. Falar disso pra quem vive uma situação semelhante a você. Ter que passar nas provas na escola. Ter que ser melhor do que os colegas. Sangrar todo mês.
Tradição é pagar contas, enfrentar finais de semana vazios e não desistir. É sonhar com um futuro que nunca chega. Engravidar a namorada. Ter ciúmes. Odiar Deus porque somos mortais. Ter inveja da amiga mais bonita, do amigo mais forte e inteligente. É cuidar dos netos. É educar os mais jovens e não deixar que eles acreditem nas bobagens que inventam.
 
Tradição funciona como hábitos que se impõem com a força de um vulcão, de um terremoto, de um tsunami, de uma febre amarela. Nada tem a ver com se pintar como aborígenes pra defender reservas indígenas ou abraçar árvores.
 
Evolução espiritual é um dos top em quem quer "adquirir" uma tradição. Mas esta nada tem a ver com "buscar" uma evolução espiritual como forma de fugir de filhos que têm febre ou compromissos afetivos. A evolução espiritual verdadeira é algo que nos acomete como uma disciplina aterrorizante.
 
Teste definitivo: você busca evolução espiritual pra aperfeiçoar seu "euzinho"? Lamento dizer que qualquer evolução espiritual (se existir) começa com você esquecer que seu euzinho existe."

Luiz Felipe Pondé - Folha de São Paulo, 27 de janeiro de 2014.
 

Pedindo desculpas....


Ator pede desculpa por ser assaltado.

O mundo deve estar perto de acabar. O ator é assaltado e escreve uma carta pedindo desculpa ao ladrão.

“Senhor ladrão, 
Ontem o senhor furtou minha bicicleta querida vermelha da marca KHS 21 marchas que eu ganhei de presente da minha mãe quando tinha uns 12, 13 anos. O que me deixou muito confuso, constrangido e inseguro.  
 
Não quero julgá-lo, acho que a vida tá foda mesmo.Também tenho culpa, deixei-a sem cadeado, sem pedir pra alguém vigia-la e entrei no supermercado pra fazer umas compras rápidas (pelas quais também fui roubado, mas não vou entrar nesse mérito agora). 
 
Peço desculpas por deixa-lo numa situação tão tentadoraDe qualquer forma admiro sua coragem. A cidade está muito cara, os impostos são altíssimos, as autoridades estão mais agressivas do que nunca e não vemos muitas melhorias nos hospitais, nas escolas e nos serviços públicos em geral.  
 
Não o culpo. Mas quero fazer um apelo. Afinal, eu sou sua vítima e também estou triste e com saudade do meu camelinho vermelho. Eu o quero de volta.  
 
Não quero que o senhor seja punidoE não quero que a polícia o prenda de maneira alguma. Mas se puder deixá-la na praça Sibelius (perto de onde o senhor a encontrou) em frente ao Detran-RJ com um bilhete anônimo “Favor entregar esta bicicleta em mãos e pés à João Velho” ficarei extremamente emocionado a ponto de te oferecer uma recompensa. Espero sinceramente que o senhor possua facebook pra que esta mensagem o alcance. 
Um abraço 
João Velho” 

Deixa eu entender, o cara é assaltado, pede desculpa ao ladrão e ainda oferece uma recompensa. 

Nesse contexto, aproveito para pedir desculpa aos mensaleiros José Dirceu, Delúbio, Genoíno e João Paulo Cunha, vocês roubaram o país, mas a culpa deve ser nossa. 
 
Afinal, o dinheiro estava ali dando sopa, nós não estávamos tomando conta dele e vocês tiveram a coragem de roubá-lo. Peço desculpa por colocar vocês nessa situação.

Revisionismo histórico e os 50 anos do Regime Militar - Roberto Barricelli.


"Tento, em vão, compreender o desespero de alguns em efetuar um revisionismo histórico do Regime Militar Brasileiro. De outro, eu compreendo perfeitamente, pois lhes convém.


Um dos maiores erros que o cidadão mediano comete ao falar sobre o Regime Militar é dizer que os que hoje estão no poder precisaram passar por muitas “provações”, torturas, etc, para que tenhamos a liberdade atual. Ora, cara pálida, qual liberdade? Um jornalista não pode expor suas opiniões sem que o governo faça pressão sob a emissora até que ele seja “realocado”. 


Uma âncora não pode comentar sobre fatos evidentes do país, sem que seja censurada descaradamente por políticos. E agora aprovaram o Marco Civil da Internet, institucionalizando a censura na internet e jogando a resolução de casos para o já moroso judiciário, que como está também aparelhado, não deve ser tão moroso dependendo dos interessados.


A liberdade que dispomos hoje é a mesma que os que estão no poder desejavam “impor” na época do contra golpe de 1964, ou seja, nenhuma. Os militares tomaram o poder em 31 de março de 1964 com a missão de erradicar do Brasil o comunismo e impedir determinados grupos de implantarem uma Ditadura Comunista, ou como alguns preferem chamar, Ditadura do Proletariado. Quero saber apenas que proletários são esses que não sabem o que é trabalhar?


"Assumo que há pelo menos quatro anos escrevi um artigo criticando a expressão “Ditabranda” utilizada por um articulista na Folha de São Paulo. Se vergonha matasse, eu estaria sob sete palmos de terra. Faço essemea culpa, com a certeza de quem se livrou do ranço comunista e hoje defende a liberdade.


Leio em alguns veículos que “movimentos cobram justiça e punição de torturadores, em Brasília”, no entanto, não vejo nenhum dos ditos movimentos cobrar pela punição de José Genoíno, na época conhecido como Geraldo pelos demais guerrilheiros comunistas, pela participação na guerrilha do Araguaia, participar do grupo B da Gameleira (o mais perigoso) que matou o primeiro militar naquela guerrilha (o Cabo Odílio Cruz Rosa), cujo líder era Osvaldo Orlando Costa (o Osvaldão) e, principalmente, porque não cobram a punição de José Genoíno, pelo esquartejamento do garoto João Pereira, filho de Antonio Pereira, pelos “camaradas” do “soldado Geraldo”. 


O garoto tinha apenas 17 anos e Genoíno o “denunciou” aos comparsas por supostamente ser guia de membros das Forças Legais, que combatiam os guerrilheiros comunistas.


Além dos registros sobre o ocorrido, há o depoimento do Coronel Lício Augusto, em sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem aos militares mortos no Araguaia, em 26/06/2005, e o relatório de Ângelo Arroyo, um dos chefes da Guerrilha do Araguaia, onde consta: “A morte desse bate-pau (João Pereira) causou pânico entre os demais da zona”. O relatório do Coronel Lício Augusto está no Centro de Instrução Especializada (segundo o Coronel).


Porque não cobram punição aos guerrilheiros que capturaram o Tenente Alberto Mendes Junior, que foi castrado e obrigado a engolir os próprios órgãos genitais, pelos guerrilheiros comunistas? Será que só a vida de assassinos
“revolucionários” tem algum valor? 


Obviamente que quando a história é contada pelos assassinos, o resultado não pode ser diferente de uma tentativa vergonhosa de revisionismo histórico. Porque não cobram a punição dos guerrilheiros responsáveis pelos crimes cometidos pelo grupo VAR Palmares? 


Responderei essas questões no próximo artigo desta série. Mas que fique claro! Nenhuma Ditadura é boa, contudo, devemos reconhecer a importância do contra golpe de 1964 para impedir (pelo menos temporariamente) a instalação de uma ditadura comunista no Brasil. Os pontos ruins? Ora, devemos criticar como faríamos com qualquer governo."