sábado, 6 de agosto de 2022

Especialistas tentam de tudo para salvar baleia beluga que foi parar no rio Sena, na França

 Bichos  


Especialistas tentam de tudo para salvar baleia beluga que foi parar no rio Sena, na França

Especialistas tentam de tudo para salvar baleia beluga que foi parar no rio Sena, na França

beluga (Delphinapterus leucas), também chamada popularmente de baleia branca, é encontrada em altas latitudes, em torno do círculo polar Ártico, distribuindo-se desde a costa da Groenlândia até a região da Noruega. E como exatamente um animal dessa espécie foi parar no rio Sena, próximo a uma eclusa, entre as cidades de Paris e Rouen ninguém sabe.

O fato é que a baleia foi avistada nas águas do Sena na última quarta-feira (03/08) e desde então vem sendo monitorada atentamente, de longe e com a ajuda de drones, por diversas organizações de proteção ambiental, entre elas, a Sea Shepherd France.

Especialistas afirmam que o animal está muito magro e tem se movido muito pouco nos últimos dias, o que aumenta a suspeita de que ele esteja com problemas de saúde.

Hoje, ambientalistas tentaram oferecer peixes à beluga, que se encontra na região de Saint-Pierre-la-Garenne, ao oeste de Paris. Infelizmente, ela não quis se alimentar. Normalmente, a espécie consome lulas, polvos, camarões e caranguejos, o que não é encontrado em rios.

Em pequenas embarcações, a equipe da Sea Shepherd também tentou guiar a baleia para a direção de alto mar, mas sem sucesso.

“Estamos em uma corrida contra o relógio, claramente”, afirmou Lamya Essemlali, presidente da ONG. “Ela realmente está magérrima. Seus ossos estão salientes. Não sei se já é tarde demais”.

Especialistas tentam de tudo para salvar baleia beluga que foi parar no rio Sena, na França

Imagem aérea mostra um bote tentando se aproximar da beluga para oferecer alimento

Biólogos afirmam que uma operação de transporte da beluga para o oceano seria arriscada demais e com pouquíssima chance de dar certo.

Especialistas tentam de tudo para salvar baleia beluga que foi parar no rio Sena, na França

Até agora tentativas de alimentar a baleia foram frustradas

Há poucos meses, em maio, outro caso de uma baleia no Sena, completamente fora de seu habitat natural, mobilizou os francês. Na época, uma orca foi observada no rio, perto da Normandia. Tentou-se guiá-la de volta ao mar com estímulos sonoros, mas ela acabou morrendo. Uma necropsia mais tarde revelou que ela estava muito doente.

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Fotos: Sea Shepherd France

Plantar árvores salva milhões de vidas nas grandes cidades

 






Plantar árvores salva milhões de vidas nas grandes cidades

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Ainda há quem prefira derrubar árvores do que cuidar delas nas grandes cidades brasileiras. E isso tanto na esfera pessoal, quanto governamental. Afinal, elas “atrapalham” o desenvolvimento, a construção de prédios, os fios elétricos (que ainda não estão enterrados!!!!) e sujam ou destróem as calçadas… Mas, queiram ou não, o fato é que precisamos delas para ter qualidade de vida e isso tem se mostrado cada vez mais essencial nos metrópoles.

Com o crescimento acelerado – a ONU prevê que, até 2050, cerca de 70% da população mundial viverá em cidades grandes – e as mudanças climáticas, cada vez mais as ondas de calor farão parte de nosso cotidiano. É estarrecedor, mas o calor excessivo mata mais de 12 mil pessoas/ano no planeta e, por isso, é um dos eventos mais ameaçadores, relacionados ao clima. Os idosos são as maiores vítimas, seguidos pelas crianças.

Isso sem contar a poluição do ar, responsável pela morte de cerca de três milhões de pessoas, também por ano e no mundo.

E o que pode amenizar esses problemas tão graves da nossa civilização? Além de um planejamento mais consciente, a melhor coisa a se fazer é plantar árvores, pelos motivos mais óbvios: elas ajudam a baixar a temperatura local, já que oferecem sombra e liberam vapor d’água, e limpam o ar, inclusive de materiais particulados lançados com a queima de combustíveis fósseis, os mais perigosos. É bom lembrar que a poluição do ar aumenta a incidência de doenças respiratórias e cardíacas graves, derrames etc.

Com base nisso, a ONG The Nature Conservancy (TNC), uma das maiores organizações ambientais do mundo, conduziu estudo para identificar os reais efeitos das árvores em 245 grandes cidades do planeta. Mas não se trata apenas de confirmar que elas são vitais para nós, mas também de revelar dados palpáveis sobre investimentos.

A TNC contou com a parceira do Grupo C40, que reúne prefeitos de grandes cidades mundiais no combate às mudanças climáticas.

Assim, Planting Healthing Air ou Plantando Ar Puro, em tradução livre – apresentado na semana passada na conferência anual da Associação Americana de Saúde Púbica – indica que, com apenas US$ 4/habitante aplicados no plantio de árvores, é possível reduzir significativamente a temperatura e a poluição de uma cidade e, assim, salvar cerca de 4 milhões de pessoas da morte.

Deve-se levar em conta que a introdução de mais árvores no ambiente urbano, também reduz a poluição sonora e distúrbios como stress e depressão.

Árvores são barreiras naturais que amenizam o calor em até 2ºC, filtram o ar poluído e abafam o som. Ou seja, elas são ótimas aliadas na economia de qualquer cidade e ajudam a diminuir os investimentos em saúde pública. E os impactos positivos não param por aí. Toda e qualquer infraestrutura verde oferece ampla gama de cobenefícios, que incluem habitat para a vida selvagem, controle de águas pluviais, oportunidades de recreação e embelezamento de espaços públicos e privados nas cidades.

Quanto custa

A partir de pesquisas locais aplicadas em escala global, foi possível apontar as cidades (e os bairros) nas quais esse tipo de investimento pode alterar consideravelmente a qualidade do ar (temperatura e poluição) e causar impactos positivos importantes. Entre outras cidades indianas, Bangladesh seria uma das mais beneficiadas com a medida. Também foram indicadas Jacarta, na Indonésia e Atlanta, na Georgia.

O investimento global necessário para garantir cidades mais limpas e frescas para 77 milhões de pessoas é de US$ 100 milhões/ano. Nesse pacote, também está incluída a redução da poluição de material particulado no ar de 68 milhões de pessoas.

O plantio de árvores é apenas uma das estratégias que podem ser adotadas pelos planejadores urbanos para mitigar o calor e a poluição do ar e do som e está completamente de acordo com as ações da ONU no combate às mudanças climáticas, além de atender diretamente a alguns dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Mas o relatório da TNC também apresenta outras estratégias como limitações no tráfego de automóveis.

O reltatório Plantando Ar Puro, da TNC, está disponível para download no site da organização. E você também pode ler as considerações do principal autor e cientista do estudo, Rob McDonald, em seu blog, Cool Green Science.

Foto: Parque Ibirapuera/Rodrigo Soldon, Flickr

Beija-flor que não era visto há mais de 10 anos e já considerado extinto é observado em área de montanha na Colômbia

 https://conexaoplaneta.com.br/blog/beija-flor-que-nao-era-visto-ha-mais-de-10-anos-e-ja-considerado-extinto-e-observado-em-area-de-montanha-na-colombia/#fechar


Beija-flor que não era visto há mais de 10 anos e já considerado extinto é observado em área de montanha na Colômbia

Beija-flor que não era visto há mais de 10 anos e já considerado extinto é observado em área de montanha na Colômbia

beija-flor asa-de-sabre-de-santa-marta (Campylopterus phainopeplus) constava na lista dos dez pássaros mais “procurados” por três organizações da área ambiental: a Re:wild, American Bird Conservanc e a BirdLife International. Acreditava-se que ele estava extinto. A primeira vez que um indivíduo da espécie havia sido coletado foi em 1946. Apenas muito tempo depois, em 2010, outro espécime foi documentado, pela primeira vez em fotos.

Apesar de seu grande porte e sua coloração chamativa, suas penas são verde esmeralda e a garganta azul brilhante, desde então o beija-flor que vive nas montanhas da Sierra Nevada de Santa Marta, ao norte da Colômbia, nunca mais foi visto. Até recentemente, graças ao olhar atento de um observador de aves muito experiente, Yurgen Vega.

“Este avistamento foi uma surpresa completa, mas muito bem-vinda”, diz Vega, que fez a redescoberta enquanto trabalhava com as organizações SELVA, ProCAT Colombia e World Parrot Trust para estudar aves endêmicas em Sierra Nevada de Santa Marta.

Ele revela que o encontro foi inesperado. “Ao sair da área onde estava trabalhando, um beija-flor me chamou a atenção. Peguei meu binóculo e fiquei chocado ao ver que era um asa-de-sabre-de-santa-marta e num incrível golpe de sorte o beija-flor pousou em um galho me dando tempo para tirar fotos e filmar”.

Campylopterus phainopeplus é listado como “criticamente ameaçado de extinção” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). Estima-se que exista apenas uma pequena população em Santa Marta. Embora tenha uma diversidade enorme de fauna e flora ali, incluindo 24 espécies de aves endêmicas, ou seja, não existem em nenhuma outra parte do planeta -, a agricultura avança gradativamente sobre a região. Apenas 15% da área original ainda está intacta.

Beija-flor que não era visto há mais de 10 anos e já considerado extinto é observado em área de montanha na Colômbia

O flagrante raríssimo feito por Yurgen Vega

O beija-flor fotografado por Vega era um macho (é possível reconhecer o sexo por suas cores). Segundo o especialista, ele estava cantando e vocalizando, o que pode ser sinal de defesa de território e busca de parceira para acasalamento. O fotógrafo viu apenas um indivíduo.

Ainda que saiba-se pouquíssimo sobre o asa-de-sabre-de-santa-marta, ornitólogos suspeitam que ele viva em florestas neotropicais úmidas em altitudes médias entre 1.200 e 1.800 metros. Essa espécie de beija-flor pode ser migratória, subindo para altitudes ainda mais altas no páramo, um ecossistema de grama e arbustos, durante a estação chuvosa, em busca de plantas com flores.

“Esta redescoberta é maravilhosa e me deixa esperançoso de que começaremos a entender melhor essa ave misteriosa e ameaçada”, ressalta Esteban Botero-Delgadillo, diretor de Ciência da Conservação da SELVA. “No entanto, o encontramos em uma área desprotegida, o que significa que é extremamente importante que conservacionistas, comunidades locais e instituições governamentais trabalhem juntos para aprender mais sobre os beija-flores e protegê-los e seu habitat antes que seja tarde demais”.

*Com informações e entrevista do site da BirdLife International

Fotos:  Yurgen Vega/Selva/ProCAT