terça-feira, 19 de julho de 2022

Brasil perdeu mais de 15 mil km2 de vegetação nativa em todos seus biomas em 2021: aumento de 20% em relação ao ano anterior

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Brasil perdeu mais de 15 mil km2 de vegetação nativa em todos seus biomas em 2021: aumento de 20% em relação ao ano anterior

Brasil perdeu mais de 15 mil km2 de vegetação nativa em todos seus biomas em 2021: aumento de 20% em relação ao ano anterior

desmatamento no Brasil aumentou 20% em 2021, segundo a mais recente edição do Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD) do MapBiomas*. No ano passado, nosso país perdeu 1.655.782 hectares de cobertura de vegetação nativa em todos seus biomas. Com a tendência de alta no desmate nos últimos três anos, nesse período a perda equivale a quase um estado do Rio de Janeiro de vegetação nativa.

Também aumentou a velocidade média de desmatamento no país, que passou de 0,16 hectares/dia para cada evento de desmatamento detectado e validado em 2020 para 0,18 hectares/dia em 2021. Com uma média diária de 191 novos eventos, a área de desmatamento por dia em 2021 foi de 4.536 hectares – ou 189 hectares por hora. Somente na Amazônia foram 111,6 hectares desmatados por hora ou 1,9 hectare por minuto, o que equivale a cerca de 18 árvores por segundo.

O estudo, que refinou e validou 69.796 alertas de desmatamento em 2021 em todo o território nacional, avaliou individualmente cada evento de desmatamento cruzando com dados de áreas protegidas, autorizações e cadastro ambiental rural (CAR) e encontrou indícios de irregularidades em mais de 98% dos casos.  Apenas em 1,34% dos alertas (que correspondem a 0,87% do total desmatado) não foi encontrado indício ou evidência de irregularidade. Esse percentual está em linha com os 99% detectados nos relatórios anteriores (2019 e 2020).

Os alertas de desmatamento que cruzam com com imóveis rurais cadastrados no CAR correspondem a 77% da área total desmatada. Isso significa que em pelo menos 3/4 deles é possível encontrar um responsável. Foram 59.181 imóveis com desmatamento detectado no país em 2021, que representam 0,9% dos imóveis rurais cadastrados no CAR até 2021. São reincidentes por terem desmatamento registrado em 2019 e/ou 2020 19.953 imóveis registrados no CAR.  Quando considerado o período de 2019 a 2021 o número de imóveis com pelo menos um evento de desmatamento observado sobe para 134.318, o que representa 2,1% dos imóveis rurais brasileiros. Em outras palavras, não foi detectado desmatamento nos últimos 3 anos em quase 98% dos imóveis rurais.

“Para resolver o problema da ilegalidade é necessário atacar a impunidade — o risco de ser penalizado e responsabilizado pela destruição ilegal da vegetação nativa precisa ser real e devidamente percebido pelos infratores ambientais”, explica Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas. “Para isso, é preciso atuar em três frentes, assegurando que: todo desmatamento seja detectado e reportado; todo desmatamento ilegal receba ação de responsabilização e punição dos infratores (ex. autuações, embargo); o infrator não se beneficie da área desmatada ilegalmente e receba algum tipo de penalização (ex. restrições de crédito, pendência do CAR, impedimento de regularização fundiária, exclusão de cadeias produtivas).”

Uma novidade na edição deste ano é a identificação dos vetores de pressão do desmatamento, como agropecuária, garimpo, mineração, expansão urbana e outros, como pressão por construção de usinas eólicas e solares, principalmente na região Nordeste. Os números mostram a prevalência e a estabilidade no nível de pressão da agropecuária nos últimos três anos, quando a atividade foi responsável por percentuais de desmatamento acima de 97%. Nesse cenário, o estado do Pará diferencia-se em algumas áreas onde o garimpo foi um expressivo vetor de pressão. Em áreas próximas às capitais e grandes centros urbanos, a pressão ficou por conta da expansão urbana.

Em todo o Brasil, as áreas desmatadas com menos de 25 ha representam 82,8% do total de alertas, mas somente 22,8% da área desmatada. Já os alertas com mais de 100 ha representam 4,4% dos alertas, mas 51,7% do total desmatado no país. Nessa categoria houve um aumento de 37,8% entre 2020 e 2021. Em 2021, foram constatados 3.040 desmatamentos com mais de 1 km2 (100 hectares), sendo que 107 deles superam os 10 km2 ou 1.000 hectares. Para efeito de comparação, o Central Park em Nova Iorque tem 3,41 km2 e o Parque Ibirapuera em São Paulo tem 1,6 km2.

Este relatório é o terceiro de uma série que tem a finalidade de consolidar e analisar as informações sobre todos os desmatamentos detectados nos seis biomas brasileiros, pelos múltiplos sistemas de alertas disponíveis, e que foram validados, refinados e publicados pelo projeto MapBiomas Alerta.

Amazônia concentrou 59% da área desmatada em 2021

Os números não deixam dúvidas de que a Amazônia foi a grande frente de supressão da vegetação nativa do Brasil nos últimos três anos. Dados mostram que esse bioma concentrou 59% da área desmatada e 66,8% dos alertas em 2021. Foram mais de 977 mil hectares de vegetação nativa destruídos no ano passado – um crescimento de quase 15% em relação aos 851 mil hectares desmatados em 2020 que, por sua vez, já haviam representado um aumento de 10% em relação aos 771 mil hectares de desmate em 2019.

Em segundo lugar, vem o Cerrado, com pouco mais de meio milhão de hectares (30%), seguido pela Caatinga, com mais de 116 mil hectares (7%). Mesmo com menos de 29% de sua cobertura florestal, na Mata Atlântica foram desmatados 30.155 ha – 1,8% da área dos alertas. Apesar de responder pela menor área de alertas (0,1% do total), o Pampa quase dobrou o montante desmatado (92,1%). No Pantanal se observou um aumento de 50,5% nos alertas detectados e 15,7% na área desmatada entre 2020 e 2021.

Juntos, Amazônia e Cerrado representaram 89,2% da área desmatada em 2021. Quando somada a Caatinga, os três biomas responderam por 96,2% das perdas.

Os maiores aumentos, em relação à área devastada em 2020, ocorreram na Amazônia (126.680 ha) e no Cerrado (83.981 ha), enquanto que em termos proporcionais, ocorreram na Caatinga (88,9%) e no Pampa (92,1%). No caso da Caatinga, o aumento está relacionado ao aprimoramento da nova fonte de dados usada pelo MapBiomas, o SAD Caatinga, especializado na detecção de desmatamento em matas secas no bioma.

Embora o Cerrado tenha uma participação de apenas 9,9% no número total de alertas, a área total desmatada representa quase um terço do total (30,2%). Nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, predomina o desmatamento em formações florestais. No Cerrado, na Caatinga, no Pampa e no Pantanal o predomínio é de outras formações não florestais. Como a detecção de desmatamento em vegetação nativa não florestal ainda é deficiente, os alertas nestas classes são subestimados. A dinâmica de desmatamento nos biomas também apresentou diferenças de comportamento em 2021. No Cerrado, o pico do desmatamento aconteceu na primeira quinzena de maio; na Amazônia, foi na segunda semana de julho; na Mata Atlântica e no Pantanal foi em agosto; no Pampa, em outubro.

Os estados que mais desmataram

De cada quatro hectares desmatados no Brasil em 2021, um foi no Pará, onde a destruição alcançou 402.492 ha (24,3% do total). O Amazonas, que era o quarto no ranking em 2020, apareceu agora em segundo lugar, com 194.485 ha desmatados, que representam 11,8% do total. O Mato Grosso apareceu em terceiro, com perda de 189.880 ha (11,5%), seguido do Maranhão, com 167.047 ha (10,1%), e Bahia, com 152.098 (9,2%). Juntos, esses 5 estados responderam por 67% da área desmatada no Brasil em 2021.

Treze estados superaram a marca de 1.000 alertas de desmatamento em 2021; em 2020, foram 11 estados, e em 2019, 10 estados. Houve crescimento da área desmatada em 20 estados, ficando estável em dois (TO e RR) e caindo em apenas cinco (AL, SC, ES, RJ e AP). Entre os estados onde o desmatamento mais cresceu em termos proporcionais estão Pernambuco, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Sergipe, com mais de 80% de aumento na área detectada. Isso reflete o crescimento do desmatamento e também a melhora no sistema de detecção do SAD Caatinga. Em números absolutos, os maiores crescimentos foram no Amazonas (64.673 ha) e Bahia (46.160 ha).

Quase um quarto (23,6%) do desmate no Brasil em 2021 fica no Matopiba, onde também se registrou um aumento de 14% da área desmatada em relação a 2020. Foram 5.206 alertas e 391.559 ha desmatados. A região do Matopiba foi onde se concentrou a maior parte dos desmatamentos no Cerrado: cerca de 73%. Já na nova fronteira do desmatamento da Amazônia – a região que está ficando conhecida como Amacro (na fronteira de Amazonas, Acre e Rondônia)- a área desmatada representou 12,2% no total do Brasil em 2021, com 6.858 alertas e 203.143 ha desmatados. Em 2021 apresentou 28,8% de incremento do desmatamento em relação a 2020.

Desmatamento é maior em áreas privadas

No Brasil 69,5% de toda a área desmatada em 2021 estavam em propriedades privadas, incluindo 14,1% em assentamentos rurais. Outros 10,6% recaíram sobre glebas públicas, sendo 9,3% em terras públicas não destinadas. O desmatamento em áreas protegidas respondeu por 5,3% do total, sendo 1,7% nas Terras Indígenas e 3,6% nas Unidades de Conservação.

Nos biomas Pantanal e Cerrado, a maior parte das áreas desmatadas se concentra em áreas privadas (94,1% e 75,9%, respectivamente). Nos biomas Caatinga, Mata Atlântica e Pampa, a concentração de alertas ocorre em vazios fundiários (terras devolutas ou áreas privadas ainda não cadastradas no CAR). Também na Amazônia a maior porcentagem do desmatamento ocorre em áreas privadas (44,6%), seguido por assentamentos rurais (22,2%), áreas públicas (17,2%) e áreas protegidas (exceto APAs) com 8,5%.

Nos últimos três anos (entre 2019 e 2021), houve crescimento do desmatamento em todas as categorias fundiárias, exceto em Terras Indígenas (TIs), o que reforça a importância desses territórios para a preservação ambiental. Os aumentos mais expressivos foram em áreas de vazio fundiário(88%), áreas públicas não destinadas (47%) e áreas privadas (32%).

A área dos alertas com sobreposição total com áreas com CAR alcançou 1.265.128 hectares, o que representa 76% da área desmatada no país. Porém, quando se considera a área dos alertas que cruzam também parcialmente com o CAR, este número sobe para 1.445.066 hectares, ou 87% da área desmatada no Brasil.

Um terço (33%) de todos os alertas tem sobreposição com áreas registradas como Reserva Legal (RL). Isso representa 22% do total da área desmatada no país. O número de alertas que têm sobreposição com Áreas de Preservação Permanente (APP) declaradas no CAR chegou a 5% do total (em área, 0,6%).

Unidades de Conservação

Foram registrados 166.895 hectares de desmatamento dentro de Unidades de Conservação (UCs) em 2021, o que representa 10,1% da área total detectada no Brasil em 2021. Das 2.181 UCs federais e estaduais terrestres registradas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC), 252 UCs (11,6%) tiveram pelo menos um evento de desmatamento de pelo menos 1 hectare em 2021 – número próximo ao observado em 2020 (254 UCs).

Dessas 252 UCs, 21 tiveram mais de 1.000 hectares desmatados, sendo 12 delas APAs. Elas estão localizadas em dez estados: PA, RO, BA, TO, AC, CE, MA, PI, MG e GO. As duas UCs com maior área desmatada foram a APA do Triunfo do Xingu (PA), com 48.971 ha, e a FLONA do Jamanxim  (PA), com 18.281 ha. Já a área com maior número de alertas foi a RESEX Chico Mendes, no Acre, com 1.078 alertas.

A maior parte desse desmatamento ocorreu em UCs de uso sustentável (91,9%). Embora nas UCs de proteção integral esse percentual tenha sido de apenas 8,1% do total observado em Unidades de Conservação, foi nessa categoria onde o problema mais avançou.

Terras indígenas

Os desmatamentos que ocorreram em TIs representaram 4,7% do total de alertas e 1,9% da área total desmatada no Brasil em 2021. A maior parte dos alertas e da área desmatada em TIs se encontra no bioma Amazônia.

Do total de 573 Terras Indígenas (TIs) no Brasil (considerando suas várias fases de reconhecimento e demarcação, inclusive com portaria de interdição), 232 (40,5%) tiveram pelo menos um evento de desmatamento em 2021. O número de TIs que teve algum desmatamento entre 2019 e 2021 chegou a 326 (57%). Desse total, apenas 11 (2%) tiveram mais de 500 ha desmatados. As TIs com desmatamento estão localizadas em oito estados: AM, PA, RO, MA, MT, PR, AC e RR.

Os maiores desmatamentos ocorreram nas TIs Apyterewa (8.247 ha), Trincheira Bacajá (2.620 ha) e Cachoeira Seca (2.034 ha), todas no estado do Pará. Kayapó e Apyterewa foram as TIs com maior número de alertas em 2021, com 531 e 514, respectivamente.

Fiscalização

A análise das ações realizadas pelos órgãos de controle ambiental para conter o desmatamento ilegal apontam que os embargos e autuações realizados pelo IBAMA e ICMBio até maio de 2022 atingiram apenas 2,4% dos desmatamentos e 10,5% da área desmatada identificada entre 2019 e 2021. Nos 52 municípios definidos como prioritários pelo Ministério do Meio Ambiente para o combate ao desmatamento na Amazônia, este índice é um pouco melhor: 4,4% do total de alertas e 21,2% da área desmatada.

Com base nos dados disponíveis, quando somadas as ações realizadas pelos órgãos federais e estaduais, incluindo Ministérios Públicos, o número de alertas de desmatamento detectados entre 2019 e 2021 com ações de fiscalização sobe para 15.980, o que representa 7,7% do total e 27,1% da área desmatada (1,169 milhão de hectares).

No período de 2019 a 2021, houve maior atuação dos órgãos fiscalizadores nos estados da região Sudeste, em comparação com as outras regiões do país, quando se considera o percentual de alertas com ações de fiscalização como indicador (88,4% no ES, 27,3% no RJ, 26% em MG, e 21,8% em SP). Os estados com a maior proporção do desmatamento respondido com algum tipo de ação (seja autorização, autuações ou embargos) são Espírito Santo (86,3%), Mato Grosso (66%), Minas Gerais (43,2%) e Tocantins (40,9%). Os menores índices estão na Bahia (1,7%), Santa Catarina (3%) e Pernambuco (4,4%).

Os estados que apresentam menor atuação são Pernambuco (1,1%),  Piauí (1,1%), Amapá (1,2%), Bahia (1,4%) e Santa Catarina (1,5%). Observa-se que na maioria desses estados (com exceção da Bahia) não houve acesso a bases de dados estaduais.

*O MapBiomas Alerta consolida informações fornecidas pelos vários sistemas que monitoram o desmatamento no Brasil, tais como DETER/INPE, SAD/IMAZON, GLAD/Univ. Maryland, SIRAD-X/ISA, SAD Caatinga/Geodatin/UEFS, SAD Pantanal/SOS Pantanal-ArcPlan e SAD Mata Atlântica/SOS Mata Atlântica -ArcPlan. Cada alerta é validado e refinado, gerando um laudo com imagens de satélite diárias em alta resolução espacial do antes e depois do desmatamento, além dos possíveis cruzamentos com limites geográficos (como biomas, estados, municípios e bacias hidrográficas), recortes fundiários (como Cadastro Ambiental Rural, Unidades de Conservação e Terras Indígenas) e situação administrativa (como existência de autorização, autuação ou embargo).

O resultado é um laudo completo para cada evento de desmatamento detectado no Brasil. Todos os dados e laudos são disponibilizados de forma pública e gratuita em plataforma web para que órgãos de fiscalização, agentes financeiros, empresas e sociedade civil possam agir para reduzir o desmatamento ilegal. O relatório completo com todos os dados está disponível no site do MapBiomas Alerta.

*Texto publicado originalmente em 18/07/22 no site do Observatório do Clima

Foto de abertura: Alberto César Araújo/Amazônia Real  

Que fim levou a chimpanzé Cecilia?

https://www.youtube.com/watch?v=QlRIk7pheAM

 


Que fim levou a chimpanzé Cecilia? A ultima noticia que lemos a respeito data de 2018.

 

Notícias

GAP Brasil: Notícias de Cecília, a primeira chimpanzé a desfrutar

do direito de Habeas Corpus no mundo

Postado em 21/12/2018


Cecilia (GAP)

A chimpanzé Cecília chegou em abril de 2017 no Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba, em São Paulo, afiliado ao Projeto GAP, e fez história. Ela foi a primeira chimpanzé do mundo a desfrutar do direito de Habeas Corpus, quando a Justiça da Argentina permitiu  sua transferência do zoológico de Mendoza para o santuário brasileiro.

A adaptação de Cecília foi muito boa e alguns meses depois de sua chegada já começou a conviver com um companheiro, o chimpanzé Marcelino.

Segundo a equipe do santuário que acompanha Cecília, ela está muito bem de saúde e se  encontra totalmente adaptada à vida no Santuário. 

Veja mais detalhes de sua adaptação nestes quase dois anos:

“Ela se alimenta muito bem e gosta de vários tipos de frutas e folhas. Continua convivendo com seu companheiro Marcelino, que gosta muito dela e está sempre por perto. Em algumas ocasiões em que foi preciso separá-los momentaneamente, ambos ficaram preocupados um com o outro e Marcelino chega a vocalizar para chamá-la. Cecília tem bom relacionamento com seu tratador, mas prefere interagir com outros chimpanzés, muito diferente de quando ela chegou, quando tinha muito medo. Cecília gosta de interagir com Luke, um macho adulto que é seu vizinho de recinto, e faz tudo para chamar atenção dele. Outro vizinho que Cecília interage é Martin. Recentemente ela se mostrou muito interessada por ele e  eles permanecem várias horas interagindo pela janela. Outro ponto positivo é que Cecília apresenta vários comportamentos naturais para espécie que evoluíram muito desde que ela chegou, pois no início ela se mostrava muito apática e sequer vocalizava como os outros chimpanzés.”

Veterinárias Camila Gentile e Juliana Kihara

 

 https://www.projetogap.org.br/noticia/gap-brasil-noticias-de-cecilia-a-primeira-chimpanze-a-desfrutar-do-direito-de-habeas-corpus-no-mundo/#:~:text=Ela%20foi%20a%20primeira%20chimpanz%C3%A9,Mendoza%20para%20o%20santu%C3%A1rio%20brasileiro.


Laudo da Polícia Federal aponta inúmeras irregularidades em manejo de girafas do Bioparque e alerta sobre bem-estar dos animais

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Laudo da Polícia Federal aponta inúmeras irregularidades em manejo de girafas do Bioparque e alerta sobre bem-estar dos animais

Laudo da Polícia Federal aponta inúmeras irregularidades em manejo de girafas do Bioparque

No último dia 6 de julho, peritos do setor técnico-científico da Polícia Federal divulgaram um Laudo de
Perícia Criminal Federal
 após diversas visitas realizadas ao Portobello Resort & Safari, em Mangaratiba, no litoral do Rio de Janeiro, onde estão há mais de oito meses as 15 girafas importadas da África do Sul pelo Bioparque (originalmente eram 18, mas três delas morreram durante uma fuga logo após a chegada ao Brasil no final de 2021). Em todas as ocasiões, uma equipe de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também esteve presente.

No documento a que o Conexão Planeta teve acesso, em quase 300 páginas, os peritos fazem um relatório minucioso sobre todo o caso, sobretudo, como as girafas estão sendo cuidadas atualmente. Todavia, o processo de importação ou as possíveis irregularidades nele não foram analisadas.

O laudo responde a sete perguntas específicas e para respondê-las de maneira adequada os peritos fizeram uma extensa pesquisa bibliográfica sobre a criação em cativeiro de animais silvestres exóticas e em especial, as girafas, e também, à legislação brasileira sobre o tema, além de serem consultados diversos especialistas em veterinária, zoologia, zootecnia e manejo de fauna:

a. Qual espécie, quantidade, sexo e identificação das girafas guardadas no galpão?
b. Qual a situação em que os animais estão guardados?
c. As condições de guarda dos animais são adequadas?
d. Quais as características gerais e específicas do galpão de confinamento?
e. Quais as características da infra-estrutura vinculada ao galpão?
f. Os animais estão submetidos a situação de penúria trancados nas baias?
g. Os animais apresentam ferimentos ou cicatrizes?

Para começar, os peritos ressaltam que ficaram impossibilitados de realizar algumas análises ou elas não foram as mais adequadas “dada a impossibilidade de contenção e manipulação das 15 girafas no local”. Entre elas estariam o “exame da arcada dentária para a determinação da idade dos indivíduos e da ocorrência de afecções bucais; coleta de material biológico, como pelos e sangue, para a realização de exames forenses laboratoriais; exame físico geral dos espécimes para avaliar: posturas, locomoções, claudicações e condição dos cascos, formato abdominal, escore corporal, presença de ferimentos na pele, órgãos da face e da genitália externa, ocorrência de afecções dentárias, características respiratórias, nível de consciência etc”.

Todavia, mesmo diante dessas limitações, foram notados vários ferimentos e lesões nas girafas, conforme várias fotos anexadas.

Em vermelho, uma ferida com bordas enrugadas, de coloração cinza amarronzada. A seta amarela aponta para um segundo ferimento no mesmo animal. Lesões podem ser sinal de uma doença de pele, que se espalha pelo corpo do animal

“Maus-tratos, crueldades e abusos”

Sobre os recintos e o ambiente externo a que as girafas têm acesso no Portobello Resort & Safari, o relatório destaca que eles deveriam ter sido, previamente, planejados para receber as girafas “com o conforto e a dignidade que os animais fariam jus”. E não foi o que aconteceu. Após a morte dos três animais e a atenção que o caso ganhou nacionalmente, o Bioparque foi acionado pela justiça a adequar o espaço corretamente para os animais, conforme a legislação do Ibama determina.

Imagens aéreas apresentadas no documento mostram que há pouco menos de um mês da chegada das
girafas ao Brasil, em novembro do ano passado, as instalações externas do criatório não estavam preparadas ainda para recebê-las.

E até a última visita feita ao local, no início de maio, o laudo atesta que o ambiente de cativeiro era desfavorável à saúde e ao bem-estar dos espécimes.

Vários pontos foram levantados, como por exemplo, a falta de iluminação dentro das baias/recintos; dificuldade de visualização pelos animais do ambiente externo, existência de diversas saliências, especialmente de metal, nas estruturas de contenção que podem machucar as girafas em caso de choque contra as mesmas; a falta de limpeza adequada nos pisos, com o acúmulo de urina e fezes no chão, o que pode favorecer o desenvolvimento de bactérias;

Laudo da Polícia Federal aponta inúmeras irregularidades em manejo de girafas do Bioparque e alerta sobre bem-estar dos animais

Na imagem feita em 17/05/22, a linha pontilhada em vermelho destaca uma ponta proeminente do portão que pode ferir as girafas na baia. Em azul, é evidenciada a ponta de um
vergalhão, que representa mais uma fonte de perigo observada na cela em questão

De acordo com o Bioparque estão sendo construídos recintos externos aos quais as girafas terão acesso no futuro, Entretanto, o laudo questiona que, se um dia, “as obras efetivamente forem concluídas… Conforme se observa, dada a configuração das instalações, os animais terão acesso a uma área a céu aberto, contudo, continuarão privados de visualizar a paisagem natural”.

“As práticas instituídas na criação dos animais questionados e as instalações oferecidas aos espécimes estão em direção contrária ao conhecimento científico atualmente produzido e reunido acerca da manutenção de girafas em cativeiro… Em face do arrazoado, a signatária conclui que, as práticas de manejo instituídas na criação de girafas no Portobello Resort & Safári, bem como as instalações físicas
do local destinadas ao confinamento dos espécimes vêm impondo uma série de atos que ensejam maus-tratos, crueldades e abusos”, afirma o laudo na página 73.

Laudo da Polícia Federal aponta inúmeras irregularidades em manejo de girafas do Bioparque e alerta sobre bem-estar dos animais

Outro flagrante que comprova a falta de conhecimento para proteger as girafas de eventuais acidentes:
o recinto não apresenta um bebedouro capaz de fornecer água irrestrita e ilimitada para as girafas (indicado pela seta vermelha). Além disso troncos de madeira, usados para isolar a palmeira, e a corda do dispositivo pendurado em uma haste de madeira (indicado pela seta azul), podem causar riscos

Capacidade reprodutiva das girafas pode estar comprometida

O laudo alerta ainda que, apesar de o Bioparque alegar que os animais teriam sido importados para fazer parte de um programa de conservação ex-situ, uma vez que os espécimes foram retirados da natureza, conforme atesta o documento de importação, “a menos que haja conhecimento sobre a exata origem territorial dos espécimes e sobre a população da qual eles fariam parte, o emprego de tais girafas para projetos de conservação resta prejudicado, já que o desconhecimento quanto à procedência dos animais impõe riscos à conservação, principalmente por conta de sensibilidades ambientais, transmissão de doenças e composição genética de populações”.

Exemplo da falta de informações precisas é que um dos primeiros problemas apontados pelos peritos foi que os números dos microchips de quatro girafas que constavam na na Licença CITES de importação, segundo informado pelo Bioparque, apresentavam uma numeração completamente diferente. Ou seja, o laudo conclui que ” não há como afirmar que a importação dos mesmos foi feita de forma regular”.

Além disso, os especialistas dizem que devido à maneira inadequada como as girafas estão sendo criadas e manejadas no Portobello Resort & Safári, possivelmente, a capacidade reprodutiva dos animais poderá estar comprometida.

Outra questão, como já tínhamos revelado aqui anteriormente, assim como no relatório divulgado anteriormente pelo Ibama, especialistas afirmam que os indivíduos trazidos para o Brasil seriam da subespécie Giraffa camelopardalis giraffa, a segunda com o maior número populacional na natureza e apresentando tendência de aumento, ou seja, não seria a melhor opção para um programa de conservação.

Questionado sobre o laudo da Polícia Federal, o Bioparque divulgou a seguinte nota à imprensa:

“O BioParque do Rio informa que a manifestação da perícia criminal contraria os laudos técnicos periciais elaborados pelo perito judicial e pelo Inea e as conclusões das inúmeras diligências realizadas pelas autoridades no local, todas atestando o bem-estar das girafas. Os animais estão sob os cuidados de uma equipe técnica especializada, com ampla experiência, dedicadas ao grupo de girafas. A empresa, através de laudos de especialistas independentes, irá apontar as fragilidades dessa manifestação e tomar as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis”.

As 15 girafas passam a maior parte do dia em um ambiente escuro,
sem contato visual com a área externa

*Texto atualizado às 16h15 para a inclusão de mais informações contidas no laudo da Polícia Federal

Leia também:
União recorre contra decisão da justiça que devolveu cargo a servidor do Ibama que denunciou irregularidades na importação de girafas do Bioparque

ONGs repudiam uso de suas marcas em documento do Bioparque sobre “programa de conservação” das girafas trazidas da África
Necropsia aponta que as três girafas do Bioparque morreram por miopatia, causada por estresse extremo
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Fotos: reprodução Laudo de Perícia Criminal Federal

Presidente Bolsonaro, não permita!!! Reabertura de estrada que corta o Parque Nacional do Iguaçu facilitará ainda mais acesso a caçadores e outros criminosos

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Bichos Meio Ambiente  

Reabertura de estrada que corta o Parque Nacional do Iguaçu facilitará ainda mais acesso a caçadores e outros criminosos

Reabertura de estrada que corta o Parque Nacional do Iguaçu facilitará ainda mais acesso a caçadores e outros criminosos

*Por Suzana Camargo

Com 185 mil hectares, o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral criada com o objetivo de preservar um dos mais significativos remanescentes da Mata Atlântica na América do Sul. Em áreas com esse status de preservação, são proibidas atividades como caça, pesca ou qualquer outro tipo de exploração de recursos naturais.

Apesar disso, entre 2009 e 2019, a Polícia Ambiental e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) registraram mais de 1.300 autos de infração no parque, entre eles caça de animais e extração de palmito juçara, retirado de uma palmeira nativa (Euterpe edulis), ameaçada de extinção.

Especialistas, porém, temem que o número desses crimes possa crescer ainda mais caso seja aprovado algum dos dois projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados, o PL 7123/2010 e o PL 984/2019 — este de autoria do deputado federal Nelsi Coguetto Maria, mais conhecido como Vermelho, que tem apoio público do presidente Jair Bolsonaro.

Ambos os projetos de lei propõem a reabertura da Estrada do Colono, que corta o Parque Nacional do Iguaçu de norte a sul, para a criação de uma nova categoria de Unidade de Conservação no Brasil, a de Estrada-Parque. O trecho está fechado desde 2001 por determinação do Superior Tribunal de Justiça.

Construída na década de 1950, a referida estrada tem pouco mais de 17 km. Liga os municípios de Serranópolis do Iguaçu, com aproximadamente 5,5 mil habitantes, a Capanema, com pouco mais de 19 mil moradores.

Reabertura de estrada que corta o Parque Nacional do Iguaçu facilitará ainda mais acesso a caçadores e outros criminosos

Mapa do Parque Nacional do Iguaçu com a Estrada do Colono em vermelho
(Imagem: Prasniewski et al)

Ao longo dos últimos 20 anos, o trecho já foi praticamente recoberto pela vegetação. Todavia, sua reabertura ainda é um tema polêmico na região. Organizações ambientais são contra — citam impacto que teria sobre a população de onças-pintadas (Panthera onca) do parque, a única que apresenta crescimento no bioma Mata Atlântica.

Já Vermelho defende que a reabertura “corrige uma histórica injustiça (…) e atende ao clamor social de décadas do povo paranaense, resgatando a história e as relações socioeconômicas, ambientais e turísticas da região”.

Para sair da discussão política e cultural, um grupo de pesquisadores decidiu quantificar qual seria o impacto sobre os registros dos crimes no parque caso veículos voltem a circular pela Estrada do Colono.

“Nosso principal objetivo foi mensurar os efeitos sobre a principal função do Parque Nacional do Iguaçu, que é a proteção integral da biodiversidade”, diz Neucir Szinwelski, professor de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e um dos coautores de um estudo publicado na Environmental Research Letters.

Reabertura de estrada que corta o Parque Nacional do Iguaçu facilitará ainda mais acesso a caçadores e outros criminosos

Estrada do Colono no momento em que a adentra o Parque Nacional do Iguaçu
(Foto: Marcos Labanca)

10 mil hectares abertos ao crime

O levantamento foi feito a partir de um modelo estatístico. A maior parte dos crimes ocorre próximo às bordas das estradas que circundam o parque e também perto de rios e encostas mais planas. “Nós já sabemos que essas áreas são as mais suscetíveis aos crimes, já que o deslocamento dentro da mata é difícil”, explica o biólogo Victor Mateus Prasniewski, doutorando do Programa de Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Federal do Mato Grosso e o principal autor do artigo.

Com dados obtidos de diversas fontes, como a área de fiscalização do ICMBio e o corpo de guarda-parques do vizinho Parque Nacional Iguazú, na Argentina, os pesquisadores sobrepuseram os registros feitos na última década de quatro tipos de delitos — acampamento, caça, pesca e extração de palmito — sobre o eventual mapa da região com a Estrada do Colono em funcionamento, ou seja, com mais áreas acessíveis para os criminosos.

“Todos os cenários que modelamos demonstram um aumento dos crimes. Se a estrada for reaberta, uma área de 10 mil hectares em torno dela será mais suscetível à caça, pesca e extração do palmito”, alerta Szinwelski. “Abrir uma estrada ali é completamente inviável. A vegetação já está completamente regenerada e não há nenhum fundamento para a reabertura. Sabemos que as espécies serão impactadas.”

Apreensão de equipamentos de extração de palmito e prisão de dois homens
no Parque Nacional do Iguaçu junho de 2018
(Foto: Polícia Militar do Paraná/divulgação)

Segundo o professor da Unioeste, todos os mamíferos de pequeno e médio porte ficariam mais ameaçados. Isso inclui não apenas a onça-pintada, mas dezenas de outras espécies, entre elas cutias, pacas, veados, porcos-do-mato, catetos, antas e onças-pardas. Ele cita ainda o maior risco que aves correriam de ser caçadas para abastecer o tráfico ilegal, como tucanos, jacutingas e macucos.

No caso da pesca, por exemplo, os pesquisadores preveem que haja um aumento de 10% da suscetibilidade de ocorrência do crime na região caso a estrada seja reaberta. Já a extração do palmito chegaria a quase 15%.

“Quando você abre uma estrada você facilita o acesso. O PL 984/2019 propõe a criação da estrada como uma via rural, então será de acesso livre”, alerta Prasniewski.

Reabertura de estrada que corta o Parque Nacional do Iguaçu facilitará ainda mais acesso a caçadores e outros criminosos

Aves estão entre as maiores vítimas de caçadores ou traficantes que abastecem o mercado de animais silvestres. Na imagem, um tucano-toco (Ramphastos toco), uma das espécies que habitam o parque. (Foto:  Charles J. Sharp, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons)

Abastecendo a demanda do mercado ilegal

A caça faz parte da cultura em muitas comunidades rurais, uma prática ainda considerada aceitável sobretudo para uma geração de pessoas mais velhas. “Muitos dos infratores presos pela polícia têm entre 50 e 65 anos. Eles sempre caçaram e continuam caçando. A questão cultural é muito clara. As pessoas vão lá simplesmente pelo prazer e pelo gosto por essa atividade. Montam um acampamento, cortam lá um palmito, matam um animal, comem ali ou trazem para casa e pronto”, diz Szinwelski.

Entretanto, sabe-se que tanto a extração de palmito quanto a caça e a pesca de algumas espécies específicas são feitas para abastecer a demanda de um mercado ilegal de produtos considerados como iguarias por consumidores com alto poder aquisitivo, e também, sem preocupação em estar infringindo a lei.

Ou seja, os animais são mortos para que sua carne seja consumida. Segundo o professor da Unioeste, pelo que se ouve na região, o preço de uma paca varia entre R$ 800 a R$ 1 mil e o de um cervo pode chegar a até R$ 2 mil. “Diante de uma prisão, que pode não acontecer, caçar e conseguir numa noite um valor que pode se equiparar a um salário mínimo ou mais, os criminosos preferem correr o risco, diz Szinwelski.

O que torna a prospecção da possível reabertura da Estrada do Colono ainda mais preocupante, é que, desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o governo e colocou em prática uma política armamentista, estimulando o porte de armas entre a população, houve um salto de 333% nos novos registros de armas para CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo). Entre 2018 e 2021, o número passou de 59.439 para 257.541.

Com mais armas na mão e uma estrada que tornará ainda mais vulnerável a fauna e a flora do Parque Nacional do Iguaçu, será quase impossível que a principal função desse que é considerado Patrimônio Natural da Humanidade seja cumprida: a proteção de sua biodiversidade.

*Texto publicado originalmente em 18/07/22 no site do Mongabay Brasil

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Foto de abertura: Vista aérea  do Parque Nacional do Iguaçu. Foto: Maury Santos, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons