terça-feira, 23 de outubro de 2018

Folha de S. Paulo – Antes pioneiro, Brasil perde espaço em novas ações contra o tabagismo

Folha de S. Paulo – Antes pioneiro, Brasil perde espaço em novas ações contra o tabagismo

País enfrenta desafio de reverter estagnação na queda de fumantes e entraves judiciais e políticos

21.out.2018 às 2h00
Natália Cancian
GENEBRA

Reconhecido como um dos primeiros países a adotar medidas mais duras contra o tabagismo, o Brasil vive o desafio de reverter uma estagnação no índice de fumantes, ao mesmo tempo em que entraves judiciais e no Congresso o levam a perder a liderança em novas ações.

Segundo país do mundo a adotar imagens de advertência sobre os riscos de fumar, em 2001, o Brasil está atrás de outros países quando se compara o espaço dedicado a essa medida. Os dados são do relatório Cigarette Package Health Warnings: International Status Report, da Sociedade Canadense de Câncer.

“O Brasil foi o segundo a adotar imagens de advertências nas embalagens. Também foi um dos primeiros países a banir expressões como ‘light’ e ‘suave’ dos cigarros. Mas agora está realmente ficando para trás”, afirma Rob Cunningham, analista de políticas e responsável pela análise.

Por outro lado, avançou o número de países que dedicam maior espaço nos maços para os alertas ou que adotam embalagens genéricas.

A Austrália foi o primeiro país a adotar o maço genérico, em 2012, com cores e tipografias padronizadas. Estudos apontam que a mudança, acompanhada de maior espaço aos alertas, ajudou acelerar a tendência de queda na prevalência de fumantes.

Desde então, nove países já adotam a iniciativa, e 16 avaliam a implementação. O mais recente foi o Uruguai.

No Brasil, o tema aparece em ao menos três projetos de lei no Congresso. Entre eles, dois estão parados desde 2015. O terceiro teve como última movimentação uma carta enviada em agosto por representantes da indústria que pedem a senadores que o projeto seja rejeitado. Eles afirmam que o setor já é muito regulamentado e que novas medidas estimulariam o mercado ilegal.

Para Cunningham, o pouco espaço para a advertência na frente dos maços no Brasil abre brecha para que empresas escondam os alertas. “Hoje há países com 80% e 90% da frente da embalagem com advertências. Se só há alerta em um lado, a pessoa pode simplesmente virar para não ver.”

Mas não é só na questão das embalagens que o país vive um impasse.

Em conferência neste mês com países que fazem parte da Convenção-Quadro de Controle do Tabaco, tratado vinculado à OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil foi citado como exemplo pelas ações já realizadas para reduzir o número de fumantes. Entre elas estão a lei antifumo, o veto à publicidade e a definição de preços mínimos para o cigarro.

Na prática, porém, especialistas apontam a necessidade de novas estratégias.

“O Brasil ainda é reconhecido como líder pelas medidas que acarretaram redução no tabagismo, mas já há algumas áreas em que o Brasil não acompanhou os avanços”, diz Mônica Andreis, da ACT Promoção da Saúde [antiga Aliança de Controle do Tabagismo].

Ela cita, além das embalagens padronizadas, o veto à exposição dos produtos nos pontos de venda. Hoje, ao menos 60% dos países que fazem parte do tratado já adotam essa última medida.

No ano passado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou norma que impede colocar cigarros perto de balas e chocolates —a medida, no entanto, só entra em vigor em 2020.

O alerta sobre a necessidade de novas ações ocorre em meio à recente estagnação na taxa de fumantes, que até então vinha caindo no país.

Entre 2006 e 2017, o índice caiu 35% e chegou a 10,1%. Nos últimos dois anos, porém, a taxa parou de cair e ficou estável, segundo o Vigitel, do Ministério da Saúde. Ao mesmo tempo, dados apontam aumento no consumo de cigarros entre jovens de 18 a 24 anos.

A tentativa de adotar novas ações tem esbarrado em embates judiciais e em disputas dentro do Congresso e do Executivo.

Para Tânia Cavalcante, da comissão de implementação das medidas da convenção-quadro, a dificuldade está atrelada ao poder da indústria de interferir na política.

Desde fevereiro, a Anvisa trava um novo embate com a indústria para fazer valer uma norma que proíbe o uso de aditivos de sabor e aroma em cigarros, como o mentol.

A agência diz ter sido notificada de 16 novas ações judiciais contra a medida. Dessas, oito já tiveram liminares favoráveis à indústria. Na prática, 90% das marcas continuam no mercado.

O combate ao marketing nas redes sociais, o aumento nos preços e impostos dos cigarros, não reajustados há dois anos, e o combate ao comércio ilegal são outras medidas defendidas por especialistas.

Neste último caso, o país deu um novo passo: em maio, após cinco anos de debates, ratificou um protocolo de combate ao problema.

Já o aumento na tributação não tem prazo. A Receita Federal diz que está “atenta ao mercado” e que, “ao perceber a necessidade de recalibrar os elementos de tributação, não hesita em propor adequação”.

MEDIDAS ESTIMULAM COMÉRCIO ILEGAL, DIZ INDÚSTRIA
A Abifumo (Associação Brasileira da Indústria do Fumo) contesta a avaliação de que o Brasil tem perdido espaço em novas ações. “O que deve reger a regulação de embalagens genéricas no Brasil são estudos que evidenciem a sua necessidade, não uma comparação com outros países.”

Para a entidade, propostas como uma maior restrição nas embalagens e aumento de impostos podem beneficiar o mercado ilegal. O mesmo vale para o veto a aditivos, substâncias que não trazem riscos maiores, alega.

“Não há nenhuma evidência que indique que cigarros mentolados ou com determinados ingredientes ofereçam riscos maiores à saúde do que outros.”

Especialistas e Anvisa discordam. A agência já citou estudo da OMS de 2014 que aponta que o uso dessas substâncias tem como finalidade o aumento do poder de causar dependência dos produtos derivados do tabaco.

Entre elas, estão a amônia, “que aumenta a nicotina livre e mascara o gosto ruim do produto”, e o eugenol e mentol, “que provocam analgesia para maior aspiração da fumaça e disponibilidade de nicotina nos pulmões”.

Para Stella Bialous, da Universidade da Califórnia em São Francisco, pesquisas já mostraram que países com mais contrabando não são os que têm o cigarro mais caro, mas mais barato.

A repórter viajou à 8ª COP a convite da ONG Campaign For Tobacco-Free Kids

Projeto sobre água e erosão no Cerrado vence o “Green Talents”


Projeto sobre água e erosão no Cerrado vence o “Green Talents”

Trabalho de Jamil Anache é focado na área computacional em serviços hidrológicos e solo do Cerrado brasileiro





Projeto utiliza modelagem computacional para avaliar o Cerrado brasileiro – Imagem: Reprodução
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Jamil Alexandre Ayach Anache, pesquisador do Laboratório de Hidráulica Computacional (LHC), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, foi um dos 25 selecionados na 10ª competição Green Talents, promovida pelo Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF). Participaram da competição 736 candidatos de mais de 100 países, de acordo com a Assessoria de Comunicação do Green Talents.

O projeto de Anache utiliza modelagem computacional para avaliar e estabelecer valores de referência do ciclo da água e da erosão do solo no Cerrado brasileiro (mata nativa, cana-de-açúcar, pastagem e solo exposto). O objetivo é identificar os serviços ambientais hidrológicos promovidos pelo Cerrado nativo e verificar como as variações no clima poderão afetar a disponibilidade hídrica e a conservação do solo nessas áreas.

Os projetos concorrentes foram avaliados por um júri formado por especialistas alemães. Os 25 selecionados participarão do Green Talents – International Forum for High Potentials in Sustainable Development, que se traduz em duas semanas de interação com especialistas de renomadas instituições e empresas de pesquisa, incluindo a Dresden University of Technology, Max Planck Institute for Biogeochemistry, Heinz-Glas GmbH & Co. KGaA, Energieavantgarde Anhalt, Helmholtz Centre for Environmental Research e Institute for Social-Ecological Research, em Frankfurt/Main. Ganham também acesso exclusivo à Rede Green Talents, composta de alunos de diversos países que atuam no segmento de desenvolvimento sustentável.

Os 25 ganhadores serão homenageados em cerimônia de premiação no dia 22 de outubro no BMBF, em Berlim. O evento será aberto pela ministra Anja Karliczek e contará com a presença de representantes das instituições participantes, membros do júri e da embaixada e outros convidados ilustres.

Da Agência Fapesp

Mais informações: site www.greentalents.de

Rios cobertos-Vamos des-cobrir?


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Compostagem Urbana: porque o orgânico também é reciclável!



Compostagem Urbana: porque o orgânico também é reciclável!



Evento na Câmara Municipal de São Paulo discutirá políticas públicas para a compostagem

Todos os dias a cidade de São Paulo descarta aproximadamente 20 mil toneladas de lixo. Metade desse volume é formada por resíduos orgânicos, principalmente restos de alimentos e resíduos de poda e capinação. O material é transportado por quilômetros e enviado aos aterros sanitários.
Todo esse ‘lixo’ poderia ser reciclado por meio da compostagem e gerar uma economia de quase R$ 500 milhões ao ano para o município, segundo um levantamento feito pelo Composta São Paulo em 2017.

Na capital paulista já existem dois exemplos de melhor destinação para este resíduo em grande escala. Nas regiões da Lapa e da Sé funcionam dois pátios de compostagem, onde o material orgânico coletado em feiras livres é transformado em adubo, que é destinado para uso no plantio em áreas públicas.

No Seminário ‘Compostagem Urbana: porque o orgânico também é reciclável!’, realizado pelo mandato da vereadora Soninha Francine, falaremos sobre como os resíduos orgânicos têm sido tratados na nossa cidade, além de discutir políticas públicas para melhorar esse sistema. O evento será no dia 22 de outubro, segunda-feira, das 14h às 17h.

O evento é parte da #SemanaLixoZero realizada em São Paulo pelo Instituto Lixo Zero Brasil, a Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade e a Casa Causa, de 19 a 27 de outubro. Mais de 50 cidades do país realizarão ações semelhantes com eventos e atividades gratuitas promovidas por voluntários.

SERVIÇO
Seminário Compostagem Urbana: porque o orgânico também é reciclável!
Quando: 22 de outubro, das 14h às 17h
Onde: Câmara Municipal de São Paulo
Endereço: Viaduto Jacareí, nº 100, Bela Vista – São Paulo, 1º subsolo, sala Sérgio Vieira de Melo.
Acesse o evento no Facebook.

SOBRE A SEMANA
O Lixo é um grande problema! E esse problema é de todos nós, até porque, a maior parte dele, o plástico, o vidro, o papel e os resíduos orgânicos, são na verdade uma grande riqueza. Mas o que fazer? Qual o papel do poder público e qual o nosso como cidadãos?
A Semana Lixo Zero foi criada para discutir essa questão e o conceito do #LixoZero em diversos segmentos da sociedade. Porque na escola o lixo é diferente do hospital, que é diferente da indústria têxtil, que é diferente da construção civil e assim por diante.

Saiba mais em https://semanalixozero.com.br/.

Parque dos Falcões: O santuário das aves de Rapina




Parque dos Falcões: O santuário das aves de Rapina


As aves de rapina ou rapinantes são o grupo formado por todas as aves carnívoras, que possuem características específicas para a caça, como por exemplo garras afiadas, bico curvo e afiado para rasgar a carne e também uma visão aguçada e um vôo poderoso. Unindo todas essas ferramentas, esse grupo de aves se torna eficiente e muito ágil na hora de capturar sua refeição.


As aves de rapina representam 10% de todas as aves que conhecemos no mundo, sendo que a maioria das espécies pode ser encontrada no Brasil.
Se você é um amante dessas poderosas belezas da natureza, você com certeza precisa conhecer o Parque dos Falcões, localizado há 45km de Aracajú-SE.

A experiência única que o local oferece encanta não somente quem é fascinado por essas aves, mas também pessoas que nunca imaginaram que estar com elas é algo tão incrível assim. No Parque dos Falcões, o  visitante recebe a chance de ter um contato íntimo com as aves e de brinde ainda leva uma super selfie para casa.

O Parque dos Falcões possui  uma área de 3.500 km² de Organização Não Governamental (ONG) mantida por José Percílio e Alexandre Correia. O primeiro a entrar de cabeça nesse sonho foi Percílio, enquanto Alexandre se juntou ao projeto em 1999, dando início a uma parceria que continua até os dias de hoje.
Mas a história por trás do projeto começou bem antes! Quando Percílio tinha ainda apenas 7 anos, ele foi presenteado com um ovo de Carcará (Caracara plancus) e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. Atualmente, Tito tem 27 anos e o Instituto está cuidando de mais de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos, etc.


O Parque dos Falcões também conta com a autorização e apoio do IBAMA, para a criação das aves em cativeiro e é referência mundial referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação dessas aves.

Muitas das aves do Parque, são vítimas da crueldade humana, através de tráfico de animais, multilação e também maus tratos em cativeiros ilegais. Esses animais chegam até lá trazidas pelo Ibama e Corpo de Bombeiros, para que recebam o cuidado necessário para se recuperarem da melhor forma possível. Quando chegam ao local, as aves mal tratadas estão ariscas e com muito medo do contato com humanos, mas graças a dedicação de toda a equipe, logo os animais se sentem mais seguros e se adaptam às visitas de pessoas aoparque e conseguem ter a sua recuperação total ou parcial, dependendo do nível do trauma sofrido.
Após o período de recuperação completo, algumas das aves recebem a chance de reintegração à natureza, enquanto outras não podem e ficam no Parque, recebendo cuidados diários para uma melhor qualidade de vida.

As aves que sofrem maus tratos também passam pelo trabalho de reprodução em cativeiro e graças a dedicação da equipe do local e de Percílio, os filhotes gerados já superaram as expectativas.

Quanto ao treinamento das aves, ao contrário da falcoaria tradicional da Ásia e Europa, que treina as aves para caçar ao lado de humanos, Percílio se concentra em fazer com que a população entenda o verdadeiro papel das aves de rapina na natureza, e as vejam como predadoras com papel fundamental na cadeia alimentar e não como “assassinas sanguinárias”.

No Instituto, os adestradores identificam e reproduzem cada vocalização da ave, criando um diálogo com ela e assim envia comandos de defesa, ataque, alerta, ou mesmo cumprimentos por meio de sons guturais produzidos na “linguagem” das aves. “O segredo está na vocalização”, explica José Percílio. “Através da identificação de cada som produzido pela ave, sabemos o que ela quer. Há sons de ataque, pedido de carinho, e outros que avisam sobre a chegada de pessoas”.
De três quatro vezes por semana, todas as 32 aves adestradas do Parque voam em pequenas viagens no exercício chamado de punho-a-punho – a longas distâncias – nos voos livres pela serra. Ao som do apito ou da própria voz do treinador, as aves simulam ataques a presas imaginárias.


Cada espécie de ave precisa realizar um treinamento individual, pois só assim as necessidades de cada espécie são colocadas em prioridade.  “Treinamento é tudo. Por serem  aves de rapina, elas precisam se exercitar de forma a queimar gordura e atingir o peso ideal”, explica Ricardo Alexandre. 


“A vida dessas aves está associada ao vôo. É através dele que, na natureza, essas espécies buscam alimento. O treinamento permite que os falcões mantenham a forma e estejam prontos para qualquer tarefa”.


O Parque dos Falcões está nos roteiros de passeios ecoturísticos do Estado de Sergipe, e além das aves de rapina, oferece um passeio guiado pelas no Parque Nacional Serra de Itabaiana, com quem faz fronteira.


O Parque não trabalha de forma exploratória, mas precisa de dinheiro para cuidar das aves, uma vez que não recebe apoio do  governo para se manter. Sendo assim, para cada visita, é preciso pagar uma tarifa de acesso. Para mais informações sobre o local e como visitar, veja abaixo!
TARIFA DE ACESSO

Adultos: R$ 25,00
Crianças de 8 a 12 anos: R$ 15,00
Crianças até 7 anos: acesso livre
Todas as visitas ao Parque dos Falcões devem ser previamente agendadas e ocorrem somente às 9h e às 14h. Faça seu agendamento através dos telefones: (79) 99962-8396 | 99885-2522 | 99945-9020.


AGENDAMENTO
Todas as visitas ao Parque dos Falcões devem ser previamente agendadas e ocorrem somente às 9h e às 14h.


Faça seu agendamento através dos telefones: (79) 99962-8396 | 99885-2522 | 99945-9020.
*As visitas turísticas incluem apresentação oral e audiovisual da história, missão e técnicas de manejo do Instituto; apresentação dos hábitos de vida das aves de rapina; e fotografias com os animais em punho.

Nota do MMA sobre ataques contra Ibama e ICMBio




Nota do MMA sobre ataques contra Ibama e ICMBio


Ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, manifesta apreensão em relação aos casos registrados durante operações de combate ao desmatamento na Amazônia. Carros do Ibama foram incendiados e servidores do ICMBio sofreram ameaças


O Ministério do Meio Ambiente manifesta forte apreensão diante dos recentes ataques perpetrados contra agentes de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), durante operações de combate ao desmatamento na Amazônia neste final de semana.


Ataques como esses representam um atentado contra a nação, contra as instituições públicas e contra servidores que doam as suas vidas e se dedicam a preservar o meio ambiente e a respeitar a legislação brasileira.


As pessoas que agem na legalidade não têm porque temer a ação da fiscalização. Por isso, o MMA credita esses atentados àqueles que querem se perpetuar na ilegalidade, afrontando os órgãos ambientais.


Continuaremos trabalhando duro para combater todo e qualquer ato ilícito, para fazer valer a legislação ambiental e para defender aquilo que é de interesse do povo brasileiro, que é o nosso rico patrimônio natural.


Por fim, informamos que já entramos em contato com o Ministério da Segurança Pública da Presidência da República, para relatar os fatos, expressar nossa preocupação com o recrudescimento dessas ameaças e solicitar providências urgentes para identificação e punição dos autores.



Edson Duarte
Ministro do Meio Ambiente
(#Envolverde)

O equilíbrio climático deve ser uma bandeira apartidária



O equilíbrio climático deve ser uma bandeira apartidária


Por André Ferretti e Carlos Rittl – 
Estamos a alguns dias do segundo turno das eleições que decidirão quem será o futuro presidente do nosso País. Entre as dezenas de propostas apresentadas em diversas áreas de extrema importância para os brasileiros, algumas estão com o alerta vermelho ligado. O presidente eleito, independentemente da sua bandeira partidária, não poderá tratar com descaso a mudança climática que o nosso planeta vive. Ao nosso ver, este é o maior desafio da humanidade neste século.


Contrariando o que muitos pensam, isso não é apenas de uma preocupação ambiental. Trabalhar pelo equilíbrio climático – seja em hábitos individuais, atitudes organizacionais ou políticas públicas – é determinante para questões como qualidade de vida, segurança alimentar, desenvolvimento econômico, investimentos, infraestrutura, defesa civil e muitas outras.

Precisamos correr contra o tempo. O clima está mudando e desafia o Brasil e todas as nações a se adaptarem. Contudo, o tema vem sendo praticamente ignorado na corrida presidencial e medidas extremas aventadas ao longo da campanha – como a possibilidade de sairmos do Acordo de Paris e a desestruturação de órgãos e mecanismos ambientais de extrema relevância para a conservação de nosso patrimônio natural – podem colocar abaixo conquistas ambientais históricas.

O Acordo de Paris é um instrumento de governança global extremamente importante para o desenvolvimento econômico, social e ambiental que define medidas de redução da emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020 e estabelece mecanismos para que todos os países limitem o aumento da temperatura global e fortaleçam a defesa contra os impactos inevitáveis da mudança climática. Abandonar o tratado seria ignorar todos esses benefícios e seguir os passos de Donald Trump, que fez com que os Estados Unidos sejam o único país do mundo a querer sair do acordo.

Caso essas medidas se confirmem a partir de 2019, esta será uma das maiores, se não a maior ameaça já vista ao patrimônio natural brasileiro desde a redemocratização. Tal fato seria desastroso para a sociedade e para a economia.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indica, por exemplo, que limitar o aquecimento global a 1,5°C reduziria impactos sobre ecossistemas, saúde humana e bem-estar, tornando mais viável o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas. Decisões políticas não podem simplesmente ignorar dados científicos.

O Brasil é o País com a mais rica biodiversidade do mundo, um ativo primordial para a qualidade de vida da nossa população, assim como, entre outras, para a segurança hídrica, atividades agropecuárias e nossa resiliência a eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. Um ambiente equilibrado é um direito constitucional, um dever do Estado e uma condição básica para a manutenção dos serviços ambientais essenciais para a nossa vida. Sem isso não tem como haver prosperidade e qualidade de vida.

Se quiser evitar um colapso do clima, o que impactaria severamente a nossa civilização, a humanidade tem pouquíssimo tempo para revolucionar a economia, fazendo com que a sociedade troque a economia fóssil e que destrói florestas por uma sustentável e de baixo carbono.

Independentemente de quem seja eleito nosso novo presidente, precisamos de líderes comprometidos com essa transformação urgente e de imenso impacto, cujas janelas de oportunidade estão se fechando.

* André Ferretti é gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e coordenador geral do Observatório do Clima.
* Carlos Rittl é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza e secretário-executivo do Observatório do Clima.
(#Envolverde)

The Guardian (Reino Unido) – Oldest Brazilian human fossil Luzia found amid National Museum debris

The Guardian (Reino Unido) – Oldest Brazilian human fossil Luzia found amid National Museum debris


20/10/2018

Associated Press in Rio de Janeiro

One of the most prized possessions of Brazil's National Museum has been found amid debris after a huge fire on 2 September sent the building up in flames.

The museum director, Alexander Kellner, told the Associated Press that a fossil named Luzia was recovered.

Kellner said the fossil was broken and that 80% of its pieces had been found.

The fossil was discovered during an excavation in 1975 outside of the Brazilian city of Belo Horizonte and is among the oldest in the Americas.

It was given the name Luzia in homage to Lucy, the famous 3.2m-year-old remains found in Africa.

The National Museum held Latin America's largest collection of historical artifacts, with about 20m pieces.

Reuters (Reino Unido) – Brazil front-runner proposals could lead deforestation to explode

TEMAS INTERNOS


Reuters (Reino Unido) – Brazil front-runner proposals could lead deforestation to explode


19/10/2018

Jake Spring

BRASILIA (Reuters) - Proposals made by Brazil’s far-right presidential front-runner Jair Bolsonaro present a serious threat to the country’s environment that could lead deforestation “to explode,” a group of non-government organizations said on Friday.

More than 20 NGOs, including Greenpeace and WWF-Brasil, signed the open letter taking aim at several proposals, calling for Brazilians to take action to protect the environment as a runoff vote approaches on Oct. 28.

Among a long list of complaints, the NGOs criticized “the announcement of a possible exit of Brazil from the Paris Agreement.”

Bolsonaro has said he could take Brazil out of the Paris Agreement to combat climate change, following in the footsteps of U.S. President Donald Trump.

The NGO letter did not mention Bolsonaro by name.

Brazil is home to roughly 60 percent of the Amazon, the world’s largest tropical rainforest that is considered by many as nature’s best defense against global warming, with its trees absorbing huge amounts of carbon dioxide.

The letter also condemned plans to combine the environment and agriculture ministry, as suggested by Bolsonaro’s top agriculture adviser last week.

“The subordination of these functions to agriculture, in addition to demonstrating a lack of knowledge of the subject, would generate insurmountable conflicts of interest and jeopardize four decades of progress in protecting the environment,” the letter said.