quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Reynaldo-BH: Isto aqui é hospício ou circo?
25/11/2014 às 19:59 \ Augusto NUNES VEJA
REYNALDO ROCHA
País de loucos. Seremos todos hóspedes do Sanatório Geral que o Augusto tenta manter com o número necessário de vagas? Aqui corruptor passa recibo – isso mesmo, aquele de papel! – do crime cometido. Só falta a exposição de motivos.
Quem manda no prostíbulo? Lula, depois de uma reunião de dez horas com a mulher que se julga presidente, deve ter anotado as ordens em algum papel de padaria. Isso vale mais – neste governo – que um decreto. Bastam as digitais (ou meia dúzia de garranchos) do copresidente. Dilma jamais ousará contrariar uma determinação de Lula. Aceitou Joaquim Levy como regra-três de Luiz Carlos Trabuco e Henrique Meireles, os preferidos do padrinho.
Para o Ministério da Agricultura Dilma escolheu a senadora Kátia Abreu, que decidiu acabar com a credibilidade que tinha ─ e que um Demóstenes Torres também teve. Kátia qualificava Lula de governante dos 150 escândalos. Se a mais recente grande amiga da presidente somar os tais escândalos, talvez produza o equivalente a meio petrolão de Dilma.
Graça Foster foi, é e será a boneca de ventríloqua da inquilina do Palácio da Alvorada. Armando Monteiro, ex-presidente da CNI? O candidato derrotado ao governo de Pernambuco não tem representatividade sequer para ocupar o cargo de subchefe do assessor da secretária de alguém que decida.
E Miguel Rosseto? O eterno oponente de Pedro Simon, que costumava aplicar-lhe surras homéricas? Que se contentava com a candidatura a vice de qualquer um, por falta de competência para tornar-se titular? Que no posto de ministro da Reforma Agrária nada fez em favor da dita reforma?
Vital do Rego no TCU? O senador que apoia todos os governos? Sem comentários. Este espaço não comporta palavras de baixo calão.
Isto é um hospício ou um circo? Ou apenas Dilma em sua essência? Uma presidente manobrada por um beberrão?
Devemos aplaudir a escolha de Joaquim Levy pelas ideias que sempre defendeu? Por ter sido discípulo de Armínio Fraga? Ou por evitar que um mercadante assuma o leme do Titanic sem comandante?
Manter a sanidade mental no Brasil é tarefa para heróis. Ser insano virou atributo de quem está no poder.
Peço licença para ir logo ali fechar a porta do hospício. Espero que todos os loucos estejam dentro.
País de loucos. Seremos todos hóspedes do Sanatório Geral que o Augusto tenta manter com o número necessário de vagas? Aqui corruptor passa recibo – isso mesmo, aquele de papel! – do crime cometido. Só falta a exposição de motivos.
Quem manda no prostíbulo? Lula, depois de uma reunião de dez horas com a mulher que se julga presidente, deve ter anotado as ordens em algum papel de padaria. Isso vale mais – neste governo – que um decreto. Bastam as digitais (ou meia dúzia de garranchos) do copresidente. Dilma jamais ousará contrariar uma determinação de Lula. Aceitou Joaquim Levy como regra-três de Luiz Carlos Trabuco e Henrique Meireles, os preferidos do padrinho.
Para o Ministério da Agricultura Dilma escolheu a senadora Kátia Abreu, que decidiu acabar com a credibilidade que tinha ─ e que um Demóstenes Torres também teve. Kátia qualificava Lula de governante dos 150 escândalos. Se a mais recente grande amiga da presidente somar os tais escândalos, talvez produza o equivalente a meio petrolão de Dilma.
Graça Foster foi, é e será a boneca de ventríloqua da inquilina do Palácio da Alvorada. Armando Monteiro, ex-presidente da CNI? O candidato derrotado ao governo de Pernambuco não tem representatividade sequer para ocupar o cargo de subchefe do assessor da secretária de alguém que decida.
E Miguel Rosseto? O eterno oponente de Pedro Simon, que costumava aplicar-lhe surras homéricas? Que se contentava com a candidatura a vice de qualquer um, por falta de competência para tornar-se titular? Que no posto de ministro da Reforma Agrária nada fez em favor da dita reforma?
Vital do Rego no TCU? O senador que apoia todos os governos? Sem comentários. Este espaço não comporta palavras de baixo calão.
Isto é um hospício ou um circo? Ou apenas Dilma em sua essência? Uma presidente manobrada por um beberrão?
Devemos aplaudir a escolha de Joaquim Levy pelas ideias que sempre defendeu? Por ter sido discípulo de Armínio Fraga? Ou por evitar que um mercadante assuma o leme do Titanic sem comandante?
Manter a sanidade mental no Brasil é tarefa para heróis. Ser insano virou atributo de quem está no poder.
Peço licença para ir logo ali fechar a porta do hospício. Espero que todos os loucos estejam dentro.
“O que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente”
Lava Jato: Extorsão e caixa 2 são empulhações
Em 2005, logo que estourou o escândalo do mensalão, Lula tentou reduzir tudo ao caixa clandestino das campanhas. “O que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente”, disse, numa entrevista parisiense. No final do processo, corruptos e corruptores foram ao xadrez condenados por crimes mais pesados. Por exemplo: lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva.
Há quatro dias, discursando num congresso nacional de advogados, o ministro petista José Eduardo Cardozo (Justiça) disse, com outras palavras, algo parecido com o que afirmara aquele Lula do alvorecer do mensalão: “Se queremos um Estado de direito legitimado [...] temos uma tarefa inadiável: a reforma política.”
Numa clara referência ao petrolão. Cardozo acrescentou: “Não é possível conviver com um sistema que, pelas formas de financiamento, gera corrupção estrutural que não pode mais ser aceita entre nós.''
Se os crimes praticados na Petrobras tivessem alguma coisa a ver com a caixa registradora das campanhas, a delinquência seria bem mais simples: os contratos da Petrobras seriam superfaturados e a diferença se converteria em doações das empreiteiras aos partidos e aos comitês de candidatos. Coisa oficial, registrada na Justiça Eleitoral.
Para azeitar esse tipo de transação, não há necessidade de recorrer a personagens como Alberto Youssef. Quem passa pela lavanderia do doleiro está atrás de outro tipo de serviço: a transformação do dinheiro sujo da corrupção em patrimônio de aparência higienizada. De resto, depois que o gerente-executivo de Engenharia da Petrobas Pedro Barusco aderiu à delação e topou devolver à Viúva US$ 97 milhões recebidos por baixo da mesa, quem sustenta a tese de caixa dois se arrisca a passar por bobo. Ou, pior, por cúmplice.
Na outra ponta, a defesa de Erton Medeiros Fonseca, presidente da Galvão Engenharia, alegou que ele pagou propinas ao doleiro Alberto Yousseff e a prepostos dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque porque teria sido extorquido. Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Construtora Mendes Júnior, sustenta que também foi achacado por Youssef.
Nessa versão, empreiteiras boazinhas cederam a ameaças de funcionários malvadões —ou pagavam propinas ou não fariam negócios com a Petrobras. “É muito difícil de acreditar”, reagiu o procurador-geral da República Rodrigo Janot. De fato, é inacreditável.
O conteúdo dos depoimentos de delatores e o papelório colecionado pelos investigadores apontam para a formação de um cartel de empreiteiras na Petrobras. Mandavam e, sobretudo, desmadavam no orçamento e na distribuição das obras encomendadas pela estatal.
Se fossem vítimas de extorsão, as empreiteiras teriam formado um cartel às avessas. Mordidos, denunciariam os achacadores. Juntas, tinham o trombone nas mãos. Com um sopro, teriam poupado milhões, além das humilhações.
Fonte: Blog do JOSIAS DE SOUZA - 25/11/2014 - - 00:26:59
Investigação: Lava Jato detecta rede de operadores do PMDB no petrolão
3:04:56
As investigações indicam que o modelo peemedebista na Petrobras reproduzia a organização descentralizada do partido, loteado por diversos caciques e principal aliado do governo. Cada operador atuava para um padrinho, reportando-se a uma pessoa ou grupo de poder, e não à legenda como um todo.
Em depoimento à Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa admitiu que, além de operar para o PP, que o indicou ao cargo, também passou num determinado momento a atender o PMDB. O ex-diretor disse que começou a repassar dinheiro a peemedebistas após acordo para permanecer no cargo. A barganha foi a saída encontrada por ele para conter investida de uma ala da legenda, que se articulou para derrubá-lo da cúpula da companhia petrolífera.
A negociação com o PMDB ocorreu quando Costa se afastou por meses do cargo para tratar uma doença adquirida em viagem à Índia. Segundo interlocutores, após voltar ao Brasil, o então diretor teve uma infecção generalizada e chegou a ser desenganado pelos médicos. Aproveitando-se da vacância, uma ala do partido teria se articulado para substituí-lo pelo ex-gerente executivo Alan Kardec.
No depoimento, Costa contou que, depois de recuperado, esteve em Brasília e costurou o apoio à sua manutenção no cargo com um político do PMDB. Nessa época, o então deputado José Janene, seu padrinho, já estava enfraquecido por causa do seu envolvimento com o mensalão. Costa precisava do PMDB para continuar no cargo. O partido tem negado envolvimento no esquema. Costa dirigiu a área de Abastecimento e Refino da Petrobras de 2003 a abril de 2012.
Baiano - Segundo as investigações, paralelamente, outro grupo do PMDB também se beneficiava do esquema por meio do consultor Fernando Soares, o Fernando Baiano - que está preso na superintendência da Polícia Federal no Paraná e teve R$ 8,5 milhões bloqueados nas contas de duas de suas empresas. A defesa de Baiano nega que ele tenha participado de esquema de corrupção na estatal.
A força-tarefa da Lava Jato, porém, concluiu que Baiano tinha influência na Diretoria Internacional, comandada até 2008 por Nestor Cerveró. No PP e no PT o esquema tinha operadores únicos, que atuavam para atender aos partidos como um todo, conforme os investigadores. No caso do PP, o operador era o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de corrupção na estatal petroleira.
Lobista Fernando Baiano era apenas um dos que recolhiam propina ao partido, segundo jornal. Até Paulo Roberto Costa, indicado pelo PP, atuou para a sigla
Investigações da Operação Lava Jato detectaram que o PMDB tinha uma rede de operadores no esquema do petrolão, segundo reportagem desta quarta-feira do jornal O Estado de S. Paulo. Enquanto PP e PT contavam com um operador em diretorias da Petrobras comandadas por indicados pelas siglas, o PMDB atuava em diversas frentes – cada uma, com um interlocutor em diretorias da estatal...As investigações indicam que o modelo peemedebista na Petrobras reproduzia a organização descentralizada do partido, loteado por diversos caciques e principal aliado do governo. Cada operador atuava para um padrinho, reportando-se a uma pessoa ou grupo de poder, e não à legenda como um todo.
Em depoimento à Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa admitiu que, além de operar para o PP, que o indicou ao cargo, também passou num determinado momento a atender o PMDB. O ex-diretor disse que começou a repassar dinheiro a peemedebistas após acordo para permanecer no cargo. A barganha foi a saída encontrada por ele para conter investida de uma ala da legenda, que se articulou para derrubá-lo da cúpula da companhia petrolífera.
A negociação com o PMDB ocorreu quando Costa se afastou por meses do cargo para tratar uma doença adquirida em viagem à Índia. Segundo interlocutores, após voltar ao Brasil, o então diretor teve uma infecção generalizada e chegou a ser desenganado pelos médicos. Aproveitando-se da vacância, uma ala do partido teria se articulado para substituí-lo pelo ex-gerente executivo Alan Kardec.
No depoimento, Costa contou que, depois de recuperado, esteve em Brasília e costurou o apoio à sua manutenção no cargo com um político do PMDB. Nessa época, o então deputado José Janene, seu padrinho, já estava enfraquecido por causa do seu envolvimento com o mensalão. Costa precisava do PMDB para continuar no cargo. O partido tem negado envolvimento no esquema. Costa dirigiu a área de Abastecimento e Refino da Petrobras de 2003 a abril de 2012.
Baiano - Segundo as investigações, paralelamente, outro grupo do PMDB também se beneficiava do esquema por meio do consultor Fernando Soares, o Fernando Baiano - que está preso na superintendência da Polícia Federal no Paraná e teve R$ 8,5 milhões bloqueados nas contas de duas de suas empresas. A defesa de Baiano nega que ele tenha participado de esquema de corrupção na estatal.
A força-tarefa da Lava Jato, porém, concluiu que Baiano tinha influência na Diretoria Internacional, comandada até 2008 por Nestor Cerveró. No PP e no PT o esquema tinha operadores únicos, que atuavam para atender aos partidos como um todo, conforme os investigadores. No caso do PP, o operador era o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de corrupção na estatal petroleira.
Fonte: Revista Veja - 26/11/2014 - - 13:04:56
Opinião: Todos são vítimas no Brasil
7:49:21
O petrolão daria um filme de suspense e ação. Só que não. Em qualquer roteiro blockbuster que se preze, há vilões e vítimas das vilanias. No Brasil, só há vítimas. Políticos, estatais, executivos, empreiteiras, diretores, governadores, prefeitos, presidente. São todos vítimas de um “esquema”. Afirmam só fazer “o que todo mundo sempre fez”, porque, caso contrário, o país poderia parar. Irrigam com propinas bilionárias o vale-tudo do Congresso e as obras públicas. É a cultura brasileira, estúpido...
Vamos comprar essa desculpa, sem pedir uma comissão por fora? Lula, na Presidência, banalizava o mensalão. Como você e Zé Dirceu bem sabem, o mensalão nunca existiu. A compra de votos nada mais era que a prática herdada de governos anteriores, para fazer funcionar a engrenagem política entre “os 300 picaretas (sic) do Congresso”, citação do ex-Lula, metamorfose ambulante. E estamos conversados. Punhos cerrados para cima, hasta la victoria siempre. Porque a História tem a péssima mania de ser reescrita por quem está no poder.
Nesse poço sem fundo da Petrobras, revelado pela Operação Lava Jato e pelo juiz Sergio Moro, as novas vítimas são as empreiteiras e seus executivos de capuz. Não se faz obra pública no Brasil sem “composição ilícita com um político”, diz o advogado Mario Oliveira Filho, que defende o lobista Fernando Soares, mais conhecido como Fernando Baiano, o boa-praça apontado como “operador” do PMDB. Sem propina, afirma Oliveira, não se coloca nem paralelepípedo na rua.
Deve ser verdade. Mas o esquemão não exime os executivos das empreiteiras, não os transforma em meras vítimas da ganância de políticos. O esquemão também não transforma partidos, gerentes ou presidentes de estatais em meros atores de extorsão ou marionetes das empreiteiras. São todos vilões e cúmplices de um clube VIP, que envolve doleiros, operadores, lobistas, executivos, políticos.
Mais de 4 mil pessoas, relacionadas com 4.300 empresas ligadas à rede de produção da Petrobras, são acusadas de movimentar, de maneira suspeita, R$ 23,7 bilhões, entre 2011 e 2014. A denúncia é do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). É um escândalo vasto, pesado, impossível de acompanhar. O cidadão comum fica assustado com o desfile diário de nomes desconhecidos e valores estratosféricos. O fator surpresa foi a delação premiada. Ninguém quer ir sozinho para a cadeia. A esperança é que as denúncias cheguem logo ao Congresso, como presente de Natal.
Se existe uma vítima clara, é você, contribuinte. Você, que não sabia de nada e não seria chamado para figurante nesse filme de vilões que posam de vítimas. Você está em boa companhia. Também não sabiam de nada a presidente Dilma Rousseff e sua indicada para o mais alto posto da Petrobras, Graça Foster. Dilma e Graça também são vítimas da má-fé dos diretores e políticos. Embora se orgulhem de seus dotes em gestão, Dilma e Graça não poderiam desconfiar de nada, mesmo após saber que a refinaria em Pernambuco multiplicara seus custos de R$ 4 bilhões para R$ 18 bilhões.
A cada vez que a imprensa denunciava “aditivos suspeitos” e superfaturamentos, a reação do governo era automática. Culpava-se o mensageiro pela “campanha negativa”. Como ousar atacar o desempenho da Petrobras e de estatais que servem ao povo? Só podia ser coisa de quem detesta os pobres e as obras públicas. Esse pessoal com complexo de vira-lata. Ninguém no Planalto mandou apurar nada. Ao contrário, Dilma elogiava protagonistas do atual escândalo pelos relevantes serviços prestados ao país.
Hoje, Dilma tenta se colocar como a justiceira do Brasil. Há quem acredite. Os militantes apaixonados voltam a Dom Pedro para justificar o petrolão e desculpá-la. Quando o PT assumiu, o que havia de bom foi apagado e renegado. Nunca antes na história do país a economia fora tão bem conduzida. Agora, o PT culpa o passado como origem de todos os malfeitos.
Uma coisa é admitir que sempre houve corrupção, em todos os partidos e governos. Outra é colocar o PT acima do esquemão, como avalista do Juízo Final. Não foram quatro nem oito anos de PT no poder. Foram 12. Isso explica a passividade atual de Dilma. Ou, talvez, cautela. Concordo com a declaração dela: “O país sairá mais forte”. Quem sairá mais fraco?
A dúvida agora é o destino dos milhões ou bilhões de reais confiscados do povo nas tenebrosas transações. Voltarão aos “cofres públicos”. Quer dizer o que exatamente? Voltarão para a Petrobras? Para Graça Foster? Para o Planalto? Os cofres públicos foram arrombados. A investigação nos dirá quem tem hoje autoridade moral e lisura ética para administrar as chaves desses cofres.
Políticos, estatais, empreiteiras... – se existe uma vítima clara do petrolão, é você, contribuinte
O petrolão daria um filme de suspense e ação. Só que não. Em qualquer roteiro blockbuster que se preze, há vilões e vítimas das vilanias. No Brasil, só há vítimas. Políticos, estatais, executivos, empreiteiras, diretores, governadores, prefeitos, presidente. São todos vítimas de um “esquema”. Afirmam só fazer “o que todo mundo sempre fez”, porque, caso contrário, o país poderia parar. Irrigam com propinas bilionárias o vale-tudo do Congresso e as obras públicas. É a cultura brasileira, estúpido...
Vamos comprar essa desculpa, sem pedir uma comissão por fora? Lula, na Presidência, banalizava o mensalão. Como você e Zé Dirceu bem sabem, o mensalão nunca existiu. A compra de votos nada mais era que a prática herdada de governos anteriores, para fazer funcionar a engrenagem política entre “os 300 picaretas (sic) do Congresso”, citação do ex-Lula, metamorfose ambulante. E estamos conversados. Punhos cerrados para cima, hasta la victoria siempre. Porque a História tem a péssima mania de ser reescrita por quem está no poder.
Nesse poço sem fundo da Petrobras, revelado pela Operação Lava Jato e pelo juiz Sergio Moro, as novas vítimas são as empreiteiras e seus executivos de capuz. Não se faz obra pública no Brasil sem “composição ilícita com um político”, diz o advogado Mario Oliveira Filho, que defende o lobista Fernando Soares, mais conhecido como Fernando Baiano, o boa-praça apontado como “operador” do PMDB. Sem propina, afirma Oliveira, não se coloca nem paralelepípedo na rua.
Deve ser verdade. Mas o esquemão não exime os executivos das empreiteiras, não os transforma em meras vítimas da ganância de políticos. O esquemão também não transforma partidos, gerentes ou presidentes de estatais em meros atores de extorsão ou marionetes das empreiteiras. São todos vilões e cúmplices de um clube VIP, que envolve doleiros, operadores, lobistas, executivos, políticos.
Mais de 4 mil pessoas, relacionadas com 4.300 empresas ligadas à rede de produção da Petrobras, são acusadas de movimentar, de maneira suspeita, R$ 23,7 bilhões, entre 2011 e 2014. A denúncia é do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). É um escândalo vasto, pesado, impossível de acompanhar. O cidadão comum fica assustado com o desfile diário de nomes desconhecidos e valores estratosféricos. O fator surpresa foi a delação premiada. Ninguém quer ir sozinho para a cadeia. A esperança é que as denúncias cheguem logo ao Congresso, como presente de Natal.
Se existe uma vítima clara, é você, contribuinte. Você, que não sabia de nada e não seria chamado para figurante nesse filme de vilões que posam de vítimas. Você está em boa companhia. Também não sabiam de nada a presidente Dilma Rousseff e sua indicada para o mais alto posto da Petrobras, Graça Foster. Dilma e Graça também são vítimas da má-fé dos diretores e políticos. Embora se orgulhem de seus dotes em gestão, Dilma e Graça não poderiam desconfiar de nada, mesmo após saber que a refinaria em Pernambuco multiplicara seus custos de R$ 4 bilhões para R$ 18 bilhões.
A cada vez que a imprensa denunciava “aditivos suspeitos” e superfaturamentos, a reação do governo era automática. Culpava-se o mensageiro pela “campanha negativa”. Como ousar atacar o desempenho da Petrobras e de estatais que servem ao povo? Só podia ser coisa de quem detesta os pobres e as obras públicas. Esse pessoal com complexo de vira-lata. Ninguém no Planalto mandou apurar nada. Ao contrário, Dilma elogiava protagonistas do atual escândalo pelos relevantes serviços prestados ao país.
Hoje, Dilma tenta se colocar como a justiceira do Brasil. Há quem acredite. Os militantes apaixonados voltam a Dom Pedro para justificar o petrolão e desculpá-la. Quando o PT assumiu, o que havia de bom foi apagado e renegado. Nunca antes na história do país a economia fora tão bem conduzida. Agora, o PT culpa o passado como origem de todos os malfeitos.
Uma coisa é admitir que sempre houve corrupção, em todos os partidos e governos. Outra é colocar o PT acima do esquemão, como avalista do Juízo Final. Não foram quatro nem oito anos de PT no poder. Foram 12. Isso explica a passividade atual de Dilma. Ou, talvez, cautela. Concordo com a declaração dela: “O país sairá mais forte”. Quem sairá mais fraco?
A dúvida agora é o destino dos milhões ou bilhões de reais confiscados do povo nas tenebrosas transações. Voltarão aos “cofres públicos”. Quer dizer o que exatamente? Voltarão para a Petrobras? Para Graça Foster? Para o Planalto? Os cofres públicos foram arrombados. A investigação nos dirá quem tem hoje autoridade moral e lisura ética para administrar as chaves desses cofres.
Fonte: Revista Época - Por RUTH DE AQUINO. Foto: Internet - 24/11/2014 - - 17:49:21
BLOG do SOMBRA
DF: MP investiga contratos que custaram até R$ 20 milhões a mais que o previsto na Saúde
0:43:52
O MPDFT (Ministério Publico do Distrito Federal) investiga contratos milionários do GDF (Governo do Distrito Federal) com empresas prestadoras de serviços para a rede pública de saúde. Um dos processos é sobre gastos com a Carreta Oftalmológica, que faz atendimento em diversas regiões administrativas. O contrato inicial prevê despesa de R$ 10 milhões, mas em seguida recebe aporte e chega a quase R$ 30 milhões. Os promotores ainda investigam outros 24 contratos com problemas semelhantes...
— Só para pagamento da Carreta Oftalmológica, pagamento ilegal, entre os dias 13 e 17 de novembro, uma ordem [de pagamento] deu R$ 8 milhões de reais, afirma o promotor de justiça, Jairo Bisol.
Desde setembro, empresas que prestam serviços aos hospitais, como alimentação, limpeza e fornecedores de materiais reclamam da falta de pagamento.
Os médicos do maior hospital do Distrito Federal, o Hospital de Base, denunciam situação grave de falta de material, medicamentos e estrutura básica para atender os pacientes. Em carta enviada a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, os profissionais de saúde dizem que o quadro é de “calamidade” e “caos”.
Um trecho documento diz que não é possível realizar consultas, cirurgias e que apenas atendimentos de emergência serão realizados a depender da gravidade e complexidade.
— O grau de desabastecimento tão extenso e grave compromete a segurança e coloca em risco a vida dos pacientes sob nossa responsabilidade, afirma o documento assinado por cirurgiões de 19 áreas médicas.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, diz que hoje a situação está mais grave, mas a falta de material e de condições mínimas de trabalho dificultam os atendimentos há muito tempo.
— Essa situação vem se agravando ao longo do tempo, não é de hoje. Esse quadro tem se repetido e nós chegamos numa situação em que os colegas estão sem condições de assistir os pacientes e os pacientes sem ter assistência. Em nota, a Secretaria de Saúde rebateu a denúncia dos médicos e afirmou que nenhum serviço será parado no Hospital de Base e que medidas serão tomadas para solucionar os problemas.
Nesta segunda-feira (24), pelo menos 15 cirurgias foram canceladas por falta de material cirúrgico. Para amenizar os problemas, a Secretaria de Saúde fez um reajuste orçamentário de última hora. A pasta anunciou o repasse de R$ 100 mil ao Hospital de Base para compra de produtos e R$ 60 milhões para pagamento de dívidas com fornecedores. Os recursos foram retirados de programa de Atenção Básica à Saúde.
A secretária de saúde, Marília Coelho, diz que o problema das contas é de arrecadação.
— Para usar esse dinheiro, eu precisei fazer um termo de ajuste sanitário, precisei aprová-lo no Comitê Gestor, no Conselho de Saúde, negociar com Ministério Público, Tribunal de Justiça para apresentar o que nós iríamos fazer para não termos problemas judiciais posteriormente.
O Ministério Público diz que o remanejamento para cumprir contratos desnecessários caracteriza improbidade administrativa.
Ministério Público investiga contratos do GDF com empresas que prestam serviço a hospitais
O MPDFT (Ministério Publico do Distrito Federal) investiga contratos milionários do GDF (Governo do Distrito Federal) com empresas prestadoras de serviços para a rede pública de saúde. Um dos processos é sobre gastos com a Carreta Oftalmológica, que faz atendimento em diversas regiões administrativas. O contrato inicial prevê despesa de R$ 10 milhões, mas em seguida recebe aporte e chega a quase R$ 30 milhões. Os promotores ainda investigam outros 24 contratos com problemas semelhantes...
— Só para pagamento da Carreta Oftalmológica, pagamento ilegal, entre os dias 13 e 17 de novembro, uma ordem [de pagamento] deu R$ 8 milhões de reais, afirma o promotor de justiça, Jairo Bisol.
Desde setembro, empresas que prestam serviços aos hospitais, como alimentação, limpeza e fornecedores de materiais reclamam da falta de pagamento.
Os médicos do maior hospital do Distrito Federal, o Hospital de Base, denunciam situação grave de falta de material, medicamentos e estrutura básica para atender os pacientes. Em carta enviada a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, os profissionais de saúde dizem que o quadro é de “calamidade” e “caos”.
Um trecho documento diz que não é possível realizar consultas, cirurgias e que apenas atendimentos de emergência serão realizados a depender da gravidade e complexidade.
— O grau de desabastecimento tão extenso e grave compromete a segurança e coloca em risco a vida dos pacientes sob nossa responsabilidade, afirma o documento assinado por cirurgiões de 19 áreas médicas.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, diz que hoje a situação está mais grave, mas a falta de material e de condições mínimas de trabalho dificultam os atendimentos há muito tempo.
— Essa situação vem se agravando ao longo do tempo, não é de hoje. Esse quadro tem se repetido e nós chegamos numa situação em que os colegas estão sem condições de assistir os pacientes e os pacientes sem ter assistência. Em nota, a Secretaria de Saúde rebateu a denúncia dos médicos e afirmou que nenhum serviço será parado no Hospital de Base e que medidas serão tomadas para solucionar os problemas.
Nesta segunda-feira (24), pelo menos 15 cirurgias foram canceladas por falta de material cirúrgico. Para amenizar os problemas, a Secretaria de Saúde fez um reajuste orçamentário de última hora. A pasta anunciou o repasse de R$ 100 mil ao Hospital de Base para compra de produtos e R$ 60 milhões para pagamento de dívidas com fornecedores. Os recursos foram retirados de programa de Atenção Básica à Saúde.
A secretária de saúde, Marília Coelho, diz que o problema das contas é de arrecadação.
— Para usar esse dinheiro, eu precisei fazer um termo de ajuste sanitário, precisei aprová-lo no Comitê Gestor, no Conselho de Saúde, negociar com Ministério Público, Tribunal de Justiça para apresentar o que nós iríamos fazer para não termos problemas judiciais posteriormente.
O Ministério Público diz que o remanejamento para cumprir contratos desnecessários caracteriza improbidade administrativa.
Fonte: R7 - Foto: Divulgação/ MPDFT - 25/11/2014 - - 00:43:52
BLOG do SOMBRA
DF: Distritais, por enquanto, suspendem blindagem
1:32:04
Colégio de Líderes barra projetos que tornavam quase impossível a cassação de deputados. Resoluções são engavetadas e presidente da Casa assume erro pela superficialidade das discussões. ...
Os distritais desistiram dos projetos que dificultam a abertura de processos de cassação. Foi preciso muita cobrança e pressão nas ruas e nas redes sociais, mas, enfim, a Câmara Legislativa do Distrito Federal anunciou, ontem, que engavetou dois projetos de resolução polêmicos. Um deles, aprovado em primeiro turno por 13 parlamentares, estabelece que um deputado só pode ser cassado após decisão final da Justiça. Outro, que não chegou a ir a plenário, impede a participação popular — do cidadão comum e de entidades da sociedade civil — no pedido de investigação contra um parlamentar.
Agora, a responsabilidade para retirada das propostas da gaveta fica para os deputados da próxima legislatura, que e iniciam oficialmente os trabalhos em fevereiro. Os projetos têm até 60 dias para voltarem à pauta ou serão arquivados (leia mais sobre o assunto na página 20). O presidente da Casa, Wasny de Roure (PT),anunciou a notícia, após se reunir com seis dos 11 líderes de blocos e partidos. Ele admitiu que errou. “Foi um equívoco. Assumo a responsabilidade, não apenas por ter incluído na pauta, mas também por ter assinado e votado”, afirmou.
De acordo com o Regimento Interno, o presidente tem a prerrogativa de incluir ou retirar um assunto da pauta. Ontem, Wasny assumiu o compromisso público de não debater mais o tema. Ele levou o assunto para ser discutido ao Colégio de Líderes, “por entender que há na sociedade um apelo contrário ao projeto que trata do trânsito em julgado”. Na reunião a portas fechadas, a maioria decidiu pelo engavetamento. Estavam presentes, além de Wasny, Arlete Sampaio (PT), líder do governo; Chico Vigilante (PT), do bloco PT-PRB; Paulo Roriz (PP), do bloco PP-PTB-PR; Agaciel Maia (PTC); Celina Leão (PDT); Professor Israel Batista (PV) e Olair Francisco (PTdoB).
Em plenário, os deputados usaram a tribuna para se manifestar sobre o assunto. A posição foi amplamente favorável à decisão de engavetamento. A única voz destoante foi a de Eliana Pedrosa (PPS). Ela defendeu as duas propostas. “Parece um absurdo tanta polêmica. Não retiro assinatura e não volto atrás. Se as propostas vierem a plenário, votarei a favor”, argumentou. Ela disse que o Projeto de Resolução 82, que trata da participação popular nos pedidos de investigação contra deputados, seria modificado para exigir que os cidadão sejam identificados. Quanto ao PR 81 (ver detalhes em quadro), ela explica que ele não impede que o processo de cassação seja aberto.
A defesa de Eliana, no entanto, não encontrou eco no restante dos colegas. Também não explicou o motivo para as propostas terem tramitado tão rápido. A petista Arlete Sampaio chamou a atenção justamente para a falta de discussão das ideias. Os dois PRs foram protocolados em 12 de novembro e, na mesma data, o PR 81 passou pelas comissões temáticas e foi aprovado em primeiro turno. “Eles não foram colocados no Colégio de Líderes. Foi um equívoco a forma como vieram a plenário. Se fosse fazer alguma mudança, que fosse ampla no Código de Ética e Regimento Interno. Acho importante que se enterre esses projetos”, afirmou.
Também em plenário, onde não houve quórum para votações, Professor Israel Batista (PV) e Dr. Michel (PP) confirmaram que sofreram pressão de eleitores. Os dois assinaram as propostas e estavam presentes na votação de uma delas em primeiro turno. “Eu fui cobrado nas redes sociais. Eu ouvi um ‘não’ redondo de quem votou em mim. Volto atrás e me coloco contra”, admitiu. “Estão falando em criar uma comissão para discutir isso. Não tem que criar nada. Tem é que jogar uma pá de cal nessas duas propostas”, acrescentou Michel.
Mesmo que as propostas tenham sido apresentadas após as eleições e com tramitação recorde, o petista Chico Vigilante chamou a atenção para a questão que trata do trânsito em julgado. Ele salientou que existe um estudo técnico da Casa que mostra que o projeto apenas se adequa a preceitos constitucionais e ao que já ocorre na Câmara dos Deputados e no Senado. Mas a modificação só copia parte dos regimentos das outras casas.
Wasny afirmou que foi um equívoco incluir, assinar e votar a PR 81
Arlete chamou a atenção para a rapidez com que os projetos foram votados
Eliana Pedrosa foi ao plenário e defendeu os superpoderes aos distritais
Colégio de líderes
Presentes:
Wasny de Roure (PT), presidente da Casa
Arlete Sampaio (PT), líder do governo
Chico Vigilante (PT), líder do bloco PT-PRB
Paulo Roriz (PP), líder do bloco PP-PTB-PR
Agaciel Maia (PTC), líder do PTC
Celina Leão (PDT), líder do PDT
Professor Israel Batista (PV), líder do PV
Olair Francisco (PTdoB), líder do PTdoB
Ausentes:
Wellington Luiz (PMDB), líder do PMDB
Eliana Pedrosa (PPS), líder do PPS
Alírio Neto (PEN), líder do PEN
Decisão do grupo
Engavetar as duas propostas e não voltar a debatê-las nesta legislatura. O presidente da Casa tem a prerrogativa de colocar ou retirar um assunto da pauta de votações. Wasny de Roure se comprometou publicamente não colocar mais os assuntos em discussão.
As propostas polêmicas
Projeto de Resolução nº 81, de 2014
O que é: altera o Código de Ética da Câmara Legislativa. Estabelece
que os deputados só podem sofrer processo de cassação por ato
de improbidade administrativa depois da sentença transitada
em julgado (quando não houver mais possibilidade de recursos judiciais).
Situação: aprovado em 1º turno em 12 de novembro. Engavetado.
Quem assinou: Agaciel Maia (PTC), Alírio Neto (PEN), Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Celina Leão (PDT), Chico Vigilante (PT), Cláudio Abrantes (PT), Cristiano Araújo (PTB), Dr. Michel (PP), Liliane Roriz (PRTB), Olair Francisco (PTdoB), Professor Israel Batista (PV), Robério Negreiros (PMDB), Wasny de Roure (PT) e Wellington Luiz (PMDB).
Votaram a favor: Alírio Neto (PEN), Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Celina Leão (PDT), Chico Vigilante (PT), Cristiano Araújo (PTB), Dr. Michel (PP), Eliana Pedrosa (PPS), Liliane Roriz (PRTB), Professor Israel Batista (PV), Robério Negreiros (PMDB), Rôney Nemer (PMDB), Wasny de Roure (PT) e Wellington Luiz (PMDB).
Projeto de Resolução nº 82, de 2014
O que é: Altera o Regimento Interno da Câmara Legislativa. Retira cidadãos comuns e entidades representativas
da sociedade civil da relação daqueles que podem oferecer representações, denúncias ou notícias de infrações
contra deputados distritais.
Situação: Engavetado.
Quem assinou: Agaciel Maia (PTC), Alírio Neto (PEN), Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Celina Leão (PDT), Chico Vigilante (PT), ristiano Araújo (PTB), Dr Michel (PP), Eliana Pedrosa (PPS), Liliane Roriz (PP), Professor Israel Batista (PV), Robério Negreiros (PMDB) e Wellington Luiz (PMDB).
Nesta gestão, garantem os parlamentares, o tema não volta à pauta
Colégio de Líderes barra projetos que tornavam quase impossível a cassação de deputados. Resoluções são engavetadas e presidente da Casa assume erro pela superficialidade das discussões. ...
Os distritais desistiram dos projetos que dificultam a abertura de processos de cassação. Foi preciso muita cobrança e pressão nas ruas e nas redes sociais, mas, enfim, a Câmara Legislativa do Distrito Federal anunciou, ontem, que engavetou dois projetos de resolução polêmicos. Um deles, aprovado em primeiro turno por 13 parlamentares, estabelece que um deputado só pode ser cassado após decisão final da Justiça. Outro, que não chegou a ir a plenário, impede a participação popular — do cidadão comum e de entidades da sociedade civil — no pedido de investigação contra um parlamentar.
Agora, a responsabilidade para retirada das propostas da gaveta fica para os deputados da próxima legislatura, que e iniciam oficialmente os trabalhos em fevereiro. Os projetos têm até 60 dias para voltarem à pauta ou serão arquivados (leia mais sobre o assunto na página 20). O presidente da Casa, Wasny de Roure (PT),anunciou a notícia, após se reunir com seis dos 11 líderes de blocos e partidos. Ele admitiu que errou. “Foi um equívoco. Assumo a responsabilidade, não apenas por ter incluído na pauta, mas também por ter assinado e votado”, afirmou.
De acordo com o Regimento Interno, o presidente tem a prerrogativa de incluir ou retirar um assunto da pauta. Ontem, Wasny assumiu o compromisso público de não debater mais o tema. Ele levou o assunto para ser discutido ao Colégio de Líderes, “por entender que há na sociedade um apelo contrário ao projeto que trata do trânsito em julgado”. Na reunião a portas fechadas, a maioria decidiu pelo engavetamento. Estavam presentes, além de Wasny, Arlete Sampaio (PT), líder do governo; Chico Vigilante (PT), do bloco PT-PRB; Paulo Roriz (PP), do bloco PP-PTB-PR; Agaciel Maia (PTC); Celina Leão (PDT); Professor Israel Batista (PV) e Olair Francisco (PTdoB).
Em plenário, os deputados usaram a tribuna para se manifestar sobre o assunto. A posição foi amplamente favorável à decisão de engavetamento. A única voz destoante foi a de Eliana Pedrosa (PPS). Ela defendeu as duas propostas. “Parece um absurdo tanta polêmica. Não retiro assinatura e não volto atrás. Se as propostas vierem a plenário, votarei a favor”, argumentou. Ela disse que o Projeto de Resolução 82, que trata da participação popular nos pedidos de investigação contra deputados, seria modificado para exigir que os cidadão sejam identificados. Quanto ao PR 81 (ver detalhes em quadro), ela explica que ele não impede que o processo de cassação seja aberto.
A defesa de Eliana, no entanto, não encontrou eco no restante dos colegas. Também não explicou o motivo para as propostas terem tramitado tão rápido. A petista Arlete Sampaio chamou a atenção justamente para a falta de discussão das ideias. Os dois PRs foram protocolados em 12 de novembro e, na mesma data, o PR 81 passou pelas comissões temáticas e foi aprovado em primeiro turno. “Eles não foram colocados no Colégio de Líderes. Foi um equívoco a forma como vieram a plenário. Se fosse fazer alguma mudança, que fosse ampla no Código de Ética e Regimento Interno. Acho importante que se enterre esses projetos”, afirmou.
Também em plenário, onde não houve quórum para votações, Professor Israel Batista (PV) e Dr. Michel (PP) confirmaram que sofreram pressão de eleitores. Os dois assinaram as propostas e estavam presentes na votação de uma delas em primeiro turno. “Eu fui cobrado nas redes sociais. Eu ouvi um ‘não’ redondo de quem votou em mim. Volto atrás e me coloco contra”, admitiu. “Estão falando em criar uma comissão para discutir isso. Não tem que criar nada. Tem é que jogar uma pá de cal nessas duas propostas”, acrescentou Michel.
Mesmo que as propostas tenham sido apresentadas após as eleições e com tramitação recorde, o petista Chico Vigilante chamou a atenção para a questão que trata do trânsito em julgado. Ele salientou que existe um estudo técnico da Casa que mostra que o projeto apenas se adequa a preceitos constitucionais e ao que já ocorre na Câmara dos Deputados e no Senado. Mas a modificação só copia parte dos regimentos das outras casas.
Wasny afirmou que foi um equívoco incluir, assinar e votar a PR 81
Arlete chamou a atenção para a rapidez com que os projetos foram votados
Eliana Pedrosa foi ao plenário e defendeu os superpoderes aos distritais
Colégio de líderes
Presentes:
Wasny de Roure (PT), presidente da Casa
Arlete Sampaio (PT), líder do governo
Chico Vigilante (PT), líder do bloco PT-PRB
Paulo Roriz (PP), líder do bloco PP-PTB-PR
Agaciel Maia (PTC), líder do PTC
Celina Leão (PDT), líder do PDT
Professor Israel Batista (PV), líder do PV
Olair Francisco (PTdoB), líder do PTdoB
Ausentes:
Wellington Luiz (PMDB), líder do PMDB
Eliana Pedrosa (PPS), líder do PPS
Alírio Neto (PEN), líder do PEN
Decisão do grupo
Engavetar as duas propostas e não voltar a debatê-las nesta legislatura. O presidente da Casa tem a prerrogativa de colocar ou retirar um assunto da pauta de votações. Wasny de Roure se comprometou publicamente não colocar mais os assuntos em discussão.
As propostas polêmicas
Projeto de Resolução nº 81, de 2014
O que é: altera o Código de Ética da Câmara Legislativa. Estabelece
que os deputados só podem sofrer processo de cassação por ato
de improbidade administrativa depois da sentença transitada
em julgado (quando não houver mais possibilidade de recursos judiciais).
Situação: aprovado em 1º turno em 12 de novembro. Engavetado.
Quem assinou: Agaciel Maia (PTC), Alírio Neto (PEN), Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Celina Leão (PDT), Chico Vigilante (PT), Cláudio Abrantes (PT), Cristiano Araújo (PTB), Dr. Michel (PP), Liliane Roriz (PRTB), Olair Francisco (PTdoB), Professor Israel Batista (PV), Robério Negreiros (PMDB), Wasny de Roure (PT) e Wellington Luiz (PMDB).
Votaram a favor: Alírio Neto (PEN), Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Celina Leão (PDT), Chico Vigilante (PT), Cristiano Araújo (PTB), Dr. Michel (PP), Eliana Pedrosa (PPS), Liliane Roriz (PRTB), Professor Israel Batista (PV), Robério Negreiros (PMDB), Rôney Nemer (PMDB), Wasny de Roure (PT) e Wellington Luiz (PMDB).
Projeto de Resolução nº 82, de 2014
O que é: Altera o Regimento Interno da Câmara Legislativa. Retira cidadãos comuns e entidades representativas
da sociedade civil da relação daqueles que podem oferecer representações, denúncias ou notícias de infrações
contra deputados distritais.
Situação: Engavetado.
Quem assinou: Agaciel Maia (PTC), Alírio Neto (PEN), Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Celina Leão (PDT), Chico Vigilante (PT), ristiano Araújo (PTB), Dr Michel (PP), Eliana Pedrosa (PPS), Liliane Roriz (PP), Professor Israel Batista (PV), Robério Negreiros (PMDB) e Wellington Luiz (PMDB).
Fonte: Correio Braziliense - Por ALMIRO MARCOS E ARTHUR PAGANINI. Ed Alves/CB/D.A
BLOG do SOMBRA
Petrobras: Suíça coloca condições para devolução de dinheiro desviado
Justiça europeia exigiu que os mais de US$ 23 milhões congelados desde abril em cinco contas do país retornem ao Estado
A Justiça suíça coloca condições para a devolução do dinheiro bloqueado em nome do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Os mais de US$ 23 milhões estão congelados desde abril em cinco contas na Suíça e os operadores do esquema da Petrobrás estão sendo investigados por lavagem de dinheiro pelo Ministério Público do país europeu. O Brasil, se quiser o dinheiro de volta, terá de dar garantias de que os recursos não retornarão ao suspeito e nem a outras empresas ou pessoas, ficando exclusivamente para o Estado. ...
Nesta semana, uma delegação de procuradores brasileiros que trabalham na Operação Lava-Jato está em Lausanne revisando documentos e movimentações bancárias colhidas pela Justiça suíça. O acesso aos documentos ocorreu nos escritórios do Ministério Público suíço e continuará nesta quarta, 26.
Os procuradores Delton Dallagnol e Orlando Martello querem um acordo para acelerar a repatriamento de US$ 23 milhões depositados em nome de Costa, que já declarou aceitar o retorno dos recursos.
Mas, pela lei suíça, recursos bloqueados apenas são enviados ao país de origem se a Justiça que o investiga condena o suspeito em última instância. Para complicar o caso, os próprios suíços o investigam por lavagem de dinheiro, o que poderia resultar em cinco anos de prisão ao brasileiro.
Nesta semana, a negociação envolve justamente as condições de devolução dos recursos.
Os suíços querem garantias de que, apesar do acordo com Costa, ele não se beneficiará de nenhuma parte da fortuna. Os suíços também querem garantias de que o dinheiro não será distribuído a outras pessoas ou empresas, mesmo que tenham sido vítimas no processo. O Ministério Público suíço quer, acima de tudo, uma confirmação de que apenas o Estado brasileiro vai administrar a fortuna.
Sigilo - Oficialmente, os suíços preferiram manter o sigilo em relação ao conteúdo das conversas. Mas admitiram que estão dispostos a colaborar na investigação. Para ter acesso aos documentos que mostram o caminho do dinheiro desviado, os procuradores brasileiros tiveram de assinar um termo de compromisso no qual asseguram que nenhuma informação do processo que corre na Suíça será tornado público.
Durante as reuniões, os suíços chegaram a alertar que, se alguma informação vazar, a cooperação será suspensa imediatamente e o acesso aos documentos que mostram o percurso do dinheiro será encerrado.
Fonte: O Estado de S.Paulo - Por JAMIL CHADE. Foto: Fabio Motta/Estadão - 26/11/2014 - - 13:31:14
PSDB recorreu ao STF contra a manobra fiscal
Josias de Souza
O PSDB protocolou no STF, nesta terça-feira, um mandado de segurança contra o projeto de Dilma Rousseff que autoriza o governo a fechar suas contas no vermelho em 2014. O caso foi à mesa do ministro Luiz Fux. O tucanato pede a concessão de liminar para suspender imediatamente a tramitação da proposta, aprovada horas antes, no início da madrugada, na Comissão de Orçamento do Congresso.
Signatário da petição, o deputado Carlos Sampaio (SP) disse que o projeto “é uma vergonhosa tentativa do governo de alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, com o objetivo único e exclusivo de livrar a presidente da República de responder por crime de responsabilidade”, previsto no artigo 10, itens 4 e 5, da Lei 1.079/1950.
Em discurso feito no Congresso, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB federal, disse que o projeto que desobriga o governo de cumprir a meta de superávit de 2014 retira do Legislativo a prerrogativa de fiscalizar o Executivo. Segundo ele, “R$ 44 bilhões foram remanejados do Orçamento sem o devido cumprimento da lei.'' Assim, o objetivo do projeto questionado pelo PSDB seria o de “anistiar a senhora presidente do crime de responsabilidade que ela cometeu'', disse Aécio. “É dizer que, quando não se consegue cumprir a lei, altera-se a lei. É um passo atrás no mais importante passo que demos, a Lei de Responsabilidade Fiscal.''
O mandado de segurança protocolado pelo PSDB no Supremo anota: “Deixar ao Poder Executivo a escolha do montante a ser deduzido do cálculo de superávit é o mesmo que dizer ao Ministério da Fazenda que não precisa ‘assegurar o cumprimento da meta de superávit primário’, como determina o Plano Plurianual (PPA).”
O tucanato sustenta que o Plano Plurianual determina ao Ministério da Fazenda o cumprimento das metas de superávit fiscal previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO. Porém, em vez de cumprir a meta de economia de gastos aprovada pelo Congresso, o governo “descumpriu a lei”. Posteriormente, argumenta o PSDB, pede ao Legislativo que aprove “a toque de caixa a mudança da legislação vigente, para adequar o rombo nas contas.”
O projeto questionado pelo PSDB encontra-se no plenário do Congresso. Antes de apreciá-lo, deputados e senadores precisam votar, em sessão conjunta da Câmara e do Senado, 38 vetos presidenciais. Em sessão iniciada às 15h30 desta terça-feira, o Congresso iniciou a apreciação dos vetos.
STF arquiva pedido do PT contra a revista Veja
Josias de Souza
O ministro Teori Zavascki, do STF, arquivou pedido do PT contra Veja. O partido queria a abertura de inquérito contra a revista para apurar o vazamento de informações atribuídas a Alberto Youssef, ouvido pela Polícia Federal em procedimento sigiloso de delação premiada.
De acordo com a revista, o doleiro da Lava Jato disse no interrogatório que Dilma Rousseff sabia da corrupção na Petrobras.
Ouvido, o procurador-geral da República Rodrigo Janot opinara a favor do arquivamento da petição. Argumentara que não se sabe se o responsável pelo vazamento tem ou não prerrogativa de foro, pré-condição para ser processado no STF —“o que, por si só, impede a instauração de inquérito perante esta Corte.”
O PT também solicitara a oitiva do repórter de Veja e o acesso ao depoimento de Youssef. Tudo arquivado
Equipe de Dilma tem ministros que não despacham com ela há mais de um ano
Blog do Josias de Souza
Josias de Souza
Dilma Rousseff acha que preside 39 ministérios. Durante a campanha, tachou de míopes os adversários que prometiam lipoaspirar a Esplanada. No entanto, há um mês e quatro dias do encerramento do ano, pelo menos dez ministros atravessaram 2014 sem um despacho individual com a chefe. Para cinco deles, o jejum de audiências já se prolonga por mais de um ano.
Alertado para o fenômeno por um dos ministros sem-audiência, o blog resolveu fazer uma pesquisa na agenda eletrônica de Dilma, disponível no site do Planalto. Varejaram-se os compromissos agendados pela presidente no período de 1º de outubro de 2013 até esta quarta-feira, 26 de novembro de 2014. Vão abaixo algumas das constatações:
1. Nesse período de quase treze meses, ministros de setores estratégicos como Garibaldi Alves (Previdência), Maurício Dias (Trabalho) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União) não tiveram seus nomes gravados na agenda de Dilma nenhuma vez. Se foram recebidos, foi em compromisso extra-agenda. Ou em conversas coletivas. Deu-se o mesmo com a titular da periférica pasta de Políticas de Igualdade Racial, a ministra Luiza Helena Barros, e com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito Carvalho Siqueira.
2. Nomeados nos primeiros meses do ano, cinco substitutos de ministros que trocaram de pasta ou deixaram Brasília para tentar a sorte nas urnas ainda não viveram a experiência de enxergar seus nomes gravados na agenda da presidente depois da cerimônia de posse. De novo: tomando-se como precisos os registros eletrônicos do Planalto, se estiveram com Dilma foi extra-agenda ou em evento coletivo. São eles: Mauro Borges Lemos (Desenvolvimento), Clelio Campolina Diniz (Ciência e Tecnologia), Vinicius Nobre Lages (Turismo), Laudemir André (Desenvolvimento Agrário), e Eduardo Benedito Lopes (Pesca).
3. Outros ministros aparecem na agenda de Dilma, ao longo do período pesquisado, uma quantidade mixuruca de vezes. Por exemplo: Marcelo Neri (Assuntos Estratégicos), Gilberto Magalhães Occhi (Cidades), Francisco José Coelho Teixeira (Integração Nacional) e Neri Geller (Agricultura), uma vez cada. Izabela Teixeira (Meio Ambiente), Paulo Bernardo (Comunicações) e Eleonora Menicucci (Políticas para Mulheres) colecionam duas menções na agenda de Dilma. Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), três. Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa), quatro cada. César Borges (ex-Transportes, hoje Portos) e Moreira Franco (Aviação Civil), foram à agenda cinco vezes cada.
4. No topo do ranking das audiências formais com Dilma aparecem, desde outubro de 2013: Guido Mantega (Fazenda), 26 vezes; Aloizio Mercadante (ex-Educação, hoje Casa Civil), 19 vezes; Thomas Traumann (Comunicação Social), 17 vezes; Miriam Belchior (Planejamento), 15; José Eduardo Cardoso (Justiça), 14; Aldo Rebelo (Esportes) e Edison Lobão (Minas e Energia), sete vezes cada.
De volta às articulações para a composição de mais um ministério, Dilma vive o dilema entre a racionalidade e a necessidade de saciar o apetite de seus apoiadores. Seria sensato que cada ministro tivesse algo como uma hora semanal de despacho com a chefe. Mas, com 39 auxiliares, sobrariam para Dilma 60 minutos numa jornada de 40 horas por semana.
Resta à presidente conviver com a ilusão de que governa seu ministério, ainda que à distância.
Vital do Rego, operador da Dilma nas CPIs da Petrobras, vai virar ministro do TCU. Seu primeiro trabalho? Abafar o Petrolão.
O presidente das duas CPIs da Petrobrás do Congresso, senador Vital
do Rêgo (PMDB-PB), foi indicado no início da noite desta terça-feira,
25, para ocupar uma cadeira de ministro do Tribunal de Contas da União
(TCU), na vaga aberta com a aposentadoria de José Jorge. A indicação foi
apresentada pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), à
Secretaria-Geral da Mesa do Senado e contou com o apoio de 40 senadores,
por meio dos líderes de partidos e de blocos partidários.
Vital do Rêgo (foto) é considerado um fiel aliado da presidente Dilma
Rousseff (PT), chegando até a concorrer ao governo da Paraíba para
garantir um palanque para a petista no Estado na eleição deste ano
(terminou a disputa em terceiro lugar). O peemedebista está em seu
primeiro mandato no Senado e, além de comandar atualmente as duas CPIs
sobre a Petrobrás, preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
Senado, a mais importante comissão da Casa. Ele também presidiu a CPI
do Cachoeira em 2012, que terminou com um relatório sem ter sugerido o
indiciamento de qualquer pessoa.
O projeto de decreto legislativo com a indicação de Vital,
protocolada às 19h22, seguiu para análise da Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE). Nesse colegiado, ela terá de ser aprovado e,
posteriormente, também pelo plenário do Senado. Se passar,
posteriormente, seguirá para apreciação da Câmara dos Deputados. Todas
as votações, como prevê o regimento interno para casos de indicações de
autoridades, ocorrem em votações secretas.
Caso seu nome seja aprovado pelo Congresso, Vital do Rêgo, que
tem 51 anos, poderá ficar no tribunal até os 70 anos, prazo limite para
que uma pessoa permaneça no serviço público federal pelas regras
atuais. Ou seja, poderia atuar na Corte, se não quiser sair antes, até
setembro de 2033. Na justificativa que apresentou para a indicação, Eunício
Oliveira disse que Vital possui "reputação ilibada", da mesma forma que
exerceu "todos os cargos que lhe foram atribuídos". "Entendemos que os
senhores senadores integrantes desta comissão (CAE) dispõem de
suficientes elementos para deliberar sobre a presente indicação",
afirmou Eunício.
Apoiaram a indicação, como líderes, Eunício Oliveira pelo
bloco da maioria, que abrange os 26 senadores do PMDB, do PP, do PSD e
do PV; Gim Argello (PTB-DF) pelo bloco União e Força, representando os
10 senadores do PTB e do PR; e o líder e presidente do DEM, Agripino
Maia (RN), que abrange os quatro senadores da bancada. Regimentalmente, a
assinatura de um líder contabiliza os votos de todos os parlamentares
de uma determinada bancada ou bloco partidário. Mesmo sendo do bloco do
PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez questão de
assinar ele próprio o apoio à indicação de Vital, seu aliado.
O nome de Vital para o TCU tem sido costurado pelo PMDB há,
pelo menos, um mês nos bastidores. O partido preferiu marcar posição na
disputa que trava pela cadeira no tribunal com o PT, que tenta emplacar a
atual ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti. A
petista chegou a fazer um périplo pelo Senado pedindo o apoio de
parlamentares para sua indicação. Outros nomes podem ser indicados para a
vaga. (Estadão)
Vem aí o "tarifaço" da Dilma. E junto com ele, velhos impostos serão ressuscitados.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Depois de acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal, por ter
promovido uma verdadeira gastança der mais de R$ 100 bilhões para se
reeleger, Dilma Rousseff prepara um "tarifaço" para que o povo, como
sempre, pague a conta. Junto com o aumento das tarifas públicas, está
certa a volta da Cide, o imposto sobre combustíveis. Em seguida, será a
CPMF. E a tabela do IR pessoa física até agora nada. A matéria abaixo é
da Folha de São Paulo.
A volta da cobrança da Cide (contribuição para regular o preço dos
combustíveis) faz parte do pacote fechado pelo ministro Guido Mantega
(Fazenda) e apresentado ontem à presidente Dilma Rousseff com medidas
para reequilibrar as contas públicas.
Segundo a Folha apurou, a decisão final será tomada em reunião da
presidente com a nova equipe econômica. Nesta terça (25), ela recebeu
no Planalto o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o novo
ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
Na reunião, da qual participaram Alexandre Tombini --que será mantido no
cargo como presidente do BC-- e Aloizio Mercadante (Casa Civil), foram
discutidas as novas medidas e a futura equipe econômica.
Os nomes ainda não foram anunciados porque Dilma queria esperar a
aprovação, pelo Congresso, de autorização para que o governo descumpra a
meta fiscal deste ano. O projeto ainda não passou pelo plenário. Além
da Cide, o plano inclui propostas de redução de despesas com
seguro-desemprego, abono salarial e pensão pós-morte. As duas primeiras
atingem cerca de R$ 45 bilhões por ano.
VALOR INCERTO
Técnicos disseram à Folha que a proposta de retorno da Cide tem
cenários com recomposição parcial ou integral do valor que era cobrado
em 2008 --R$ 0,28 por litro de gasolina e R$ 0,07 por litro de diesel. A
tendência, caso a medida seja aprovada, é fazer uma volta parcial.
A contribuição, que foi sendo reduzida ao longo dos últimos anos e
zerada em 2012 para segurar os preços dos combustíveis, pode gerar cerca
de R$ 14 bilhões de receita por ano se cobrada em seu maior valor. Além
de reforçar o caixa do governo federal, que está no vermelho, a
volta da Cide é uma reivindicação do setor de etanol para tornar o
combustível mais competitivo.
LEVY EM BRASÍLIA
Levy e Barbosa estavam ontem a Brasília para reuniões com a presidente
Dilma a fim de fechar as linhas gerais das medidas que devem ser
divulgadas no anúncio oficial da nova equipe, nesta quinta-feira (27).
Mantega deve se despedir de sua equipe já na sexta, embora a transmissão
do cargo possa ficar para a segunda.
Dilma está fechando também a escolha de outros nomes da equipe
econômica. No Tesouro Nacional, são cotados Tarcisio Godoy, que foi
secretário-adjunto do órgão quando foi chefiado por Joaquim Levy no
governo Lula, e Carlos Hamilton, diretor de Política Econômica do BC.
No BNDES, Luciano Coutinho pode ficar mais um ano. Para a presidência do
BB, ela analisa os nomes de Paulo Cafarelli --hoje secretário-executivo
da Fazenda-- e do vice-presidente do banco Alexandre Abreu. Na Caixa,
Jorge Hereda deve continuar no comando da instituição.
"Johann" Santana: a mentira repetida chamada Dilma rendeu R$ 70 milhões.
Se há alguém que deve estar rindo à toa com os números, digamos,
espetaculares das finanças da campanha que garantiu a reeleição a Dilma
Rousseff, é o marqueteiro João Santana. Dos 350 milhões de reais em
gastos declarados pela presidente em 2014, um recorde para qualquer
pleito no país, 70 milhões de reais foram diretamente para a conta da
empresa do marqueteiro, a Pólis Propaganda.
Outros 8 milhões de reais
foram repassados à empresa por meio do diretório nacional do
partido. Não se sabe o quanto disso é, de fato, lucro próprio, mas
significa nada menos que 20% dos gastos totais da campanha da
presidente. Em 2010, o marqueteiro havia abocanhado "apenas" 42 milhões
de reais. Mas o bolo despendido por Dilma também era menor: 194 milhões
de reais.
No fim das contas, exceto pelos 8 milhões de reais pagos pelo
PT, a proporção da fatia de Santana na conta de Dilma se manteve igual
entre um pleito e outro. Mas o trabalho certamente foi maior. Na eleição
mais suja das últimas décadas, o marqueteiro não economizou na
artilharia. E venceu a guerra. Resta saber se a presidente achou a
fatura 'salgada' demais. (Da VEJA)
O eleitor tem direito de saber como o seu deputado e o seu senador votaram em relação aos 38 vetos presidenciais. Que a Oposição entre no STF em respeito ao povo brasileiro.
Ontem, em total desrespeito ao eleitor, o presidente do Congresso
Nacional, Renan Calheiros, símbolo maior do PMDB capacho e corrupto,
decidiu que 38 vetos presidenciais seriam analisados em bloco, mediante
votação em cédula de papel. Secretamente! Uma ilegalidade e uma
imoralidade.
No final de 2013, as Mesas do Senado e da Câmara promulgaram a Emenda Constitucional 76, que extinguiu o voto secreto nas votações em processos de cassação de parlamentares e no exame de vetos presidenciais.
Na oportunidade, quando o Congresso implantou a mudança, a velha Cláudia
Lyra, eterna secretária-geral da Mesa do Senado, explicava:
Os deputados serão chamados a votar o
item. Se os deputados rejeitarem o veto, os senadores são chamados para
votar. Se a apuração mostrar que a Câmara manteve o veto, os senadores
não precisam votar, já que a Constituição diz que o veto presidencial só
pode ser rejeitado pela maioria absoluta dos votos de ambas as Casas. É
o único caso em que a Constituição exige quorum para rejeição de
matéria. Nos outros casos, a Constituição fala de quoruns para aprovação.
No caso de um veto presidencial abranger mais de um item, deputados e
senadores terão de votar individualmente cada parágrafo,
artigo ou alínea que foram vetados. Na oportunidade, Cláudia Lyra
lembrou que pode haver casos de votação em globo de todos os itens
vetados de um
mesmo projeto, mas essa votação em conjunto depende de acordo entre os
deputados e senadores e da aprovação de requerimento específico para
esse procedimento.
Que retrocesso é esse, já que a partir da mudança na Constituição, deputados e senadores não votariam mais pela derrubada ou manutenção de vetos por meio de cédulas de papel e sim pelo painel eletrônico?
Que retrocesso é esse, já que a emenda prevê que votação deve ser feita diretamente no painel eletrônico do Plenário da Câmara e o resultado ser divulgado na hora, não dependendo mais de apuração manual por parte da Secretaria Especial de Informática do Senado (Prodasen)?
Que retrocesso é esse, já que os deputados e senadores devem votar veto a veto?
O mais grave, no entanto, é que o eleitor não sabe como o seu deputado e o seu senador votaram, para cobrar deles coerência e respeito ao voto dado. Tudo volta a ficar às escuras, permitindo a compra de votos por parte de um governo corrupto, cujo partido que ocupa a presidência da República e cujo partido que ocupa a presidência do Congresso estão atolados ate o pescoço na lama do Petrolão.
Que a Oposição recorra ao Supremo Tribunal Federal em nome de mais de 100 milhões de eleitores brasileiros que têm o direito de saber como votaram os deputados e os senadores que eles elegeram. Que o STF anule mais este golpe contra a democracia representativa, orquestrado pelo bando corrupto que domina o Congresso Nacional.
Petrolão: PT é lula, PMDB polvo.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
O PT tem apenas um operador no mar de lama da corrupção na Petrobras.
João Vaccari Neto é lula sugando toda a propina para financiar
campanhas eleitorais e comprar apoios no Congresso. Já o PMDB é polvo.
Tem vários tentáculos sufocando os cofres da estatal em busca de
dinheiro público roubado para os principais caciques. Leia abaixo
matéria do Estadão.
O PMDB tinha uma rede de operadores na Petrobrás para desviar
recursos de contratos com empreiteiras, segundo as investigações da
Operação Lava Jato. Ao contrário do que ocorria com o PP e o PT, no PMDB
havia várias frentes que se beneficiavam do esquema, cada uma com seu
interlocutor nas diretorias da estatal.
As investigações indicam que o modelo peemedebista na
Petrobrás reproduzia a organização descentralizada do partido, loteado
por diversos caciques, e principal aliado do governo. Cada operador
atuava para um padrinho, reportando-se a uma pessoa ou grupo de poder, e
não à legenda como um todo.
Em depoimento à Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da
Petrobrás Paulo Roberto Costa admitiu que além de operar para o PP, que o
indicou ao cargo, também passou num determinado momento a atender o
PMDB. O ex-diretor disse que começou a repassar dinheiro a peemedebistas
após acordo para permanecer no cargo. A barganha foi a saída encontrada
por ele para conter investida de uma ala da legenda, que se articulou
para derrubá-lo da cúpula da companhia petrolífera.
A negociação com o PMDB ocorreu quando Costa se afastou por
meses do cargo para tratar uma doença adquirida em viagem à Índia.
Segundo interlocutores, após voltar ao Brasil, o então diretor teve uma
infecção generalizada e chegou a ser desenganado pelos médicos.
Aproveitando-se da vacância, uma ala do partido teria se articulado para
substituí-lo pelo ex-gerente executivo Alan Kardec.
No depoimento, Costa contou que, depois de recuperado, esteve
em Brasília e costurou o apoio à sua manutenção no cargo com um político
do PMDB. Nessa época, o então deputado José Janene, seu padrinho, já
estava enfraquecido por causa do seu envolvimento com o mensalão. Paulo
Roberto precisava do PMDB para continuar no cargo.
O PMDB também tem negado envolvimento do partido no esquema.
Costa dirigiu a área de Abastecimento e Refino da Petrobrás de 2003 a
abril de 2012.
Baiano. Segundo as investigações,
paralelamente, outro grupo do PMDB também se beneficiava do esquema por
meio do consultor Fernando Soares, o Fernando Baiano - que está preso na
superintendência da Polícia Federal no Paraná e teve R$ 8,5 milhões
bloqueados nas contas de duas de suas empresas. A defesa nega que ele
tenha participado de esquema de corrupção na estatal. A força-tarefa da Lava Jato, porém, concluiu que Baiano tinha
influência na Diretoria Internacional, comandada até 2008 por Néstor
Cerveró.
No PP e no PT o esquema tinha operadores únicos, que atuavam
para atender aos partidos como um todo, conforme os investigadores. No
caso do PP, o operador era o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores
do esquema de corrupção na petroleira.
OUSADIA CRIMINOSA – Segundo diretor de empreiteira, cadeia criminosa continua a atuar mesmo depois de deflagrada Operação Lava Jato
25/11/2014
às 2:56
O
que se vai narrar abaixo é uma história de ousadia — e de ousadia
criminosa. Sim, meus caros: segundo um dos presos que contou detalhes do
esquema de roubalheira incrustado na Petrobras, houve pagamento de
propina mesmo depois de deflagrada a Operação Lava Jato. Prestem
atenção!
Erton
Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, já admitiu que pagou, sim,
propina à quadrilha que atuava na Petrobras. E um dos intermediários da
roubalheira, segundo ele, é alguém que entra tardiamente no relato das
tramoias, mas que, tudo indica, era muito bem relacionado: Shinko
Nakandakari. Segundo Erton, Shinko atuava como operador do esquema de
corrução comandado por Renato Duque, o petista que era diretor de
Serviços e homem de José Dirceu na Petrobras.
Outro
subordinado de Duque, Pedro Barusco, não custa lembrar, já admitiu
devolver, calculem vocês!, US$ 97 milhões. Segundo informa o Globo, “os
advogados de Fonseca entregaram nesta segunda-feira à Justiça Federal do
Paraná várias notas fiscais relativas à propina. Elas foram emitidas a
favor da LFSN Consultoria e Engenharia, no valor de R$ 8,863 milhões, e
teriam como finalidade pagar a propina a políticos”.
A LFSN
Consultoria pertence a Shinko Nakandakari, Luís Fernando Sendai
Nakandakari, que seria filho dele, e a Juliana Sendai Nakandakari. O
endereço informado à Receita Federal, segundo o Globo, é um apartamento
num prédio residencial no bairro do Brooklin, na Zona Sul de São Paulo,
que está em nome de Luís Fernando.
Sabem o
que impressiona? A ousadia da turma e a aposta na impunidade. Aqueles
quase R$ 9 milhões em propina foram pagos entre 2010 e 2014, enquanto o
processo do mensalão corria no Judiciário. Só isso? Não! A última nota
fiscal é de 25 de junho de 2014, dois meses depois de deflagrada a
Operação Lava Jato. Os advogados de Fonseca entregaram nesta segunda à
Justiça Federal do Paraná algumas notas fiscais referentes ao
propinoduto.
Shinko não
é desconhecido da Polícia e da Justiça. Ele é um dos denunciados num
processo de improbidade administrativa envolvendo a construtora Talude,
que foi contratada pela Infraero para obras no aeroporto de Viracopos,
em Campinas. O valor inicial do contrato, assinado em 2000, foi de R$
13,892 milhões. Seis meses depois da assinatura, foi feito um aditivo de
R$ 1,904 milhão. O segundo aditivo, de R$ 1,540 milhão, ocorreu em
2011. Para o Ministério Público Federal, não havia razões para firmar os
aditivos, que tornaram a obra mais cara. O caso está na Justiça.
Convenham:
ainda que este senhor realmente fosse um prestador de serviços
convencional, a sua ficha já não o autorizaria a celebrar contratos com a
Petrobras. Mas sabem como é… Os patriotas não dão bola para isso.
Alguns dos 208 Comentários)
1
2
3
…
5
Seguinte »
-
FABIO-26/11/2014 às 9:13 am
-
Gobierno soy contra-26/11/2014 às 9:05 am
-
A. Soares-26/11/2014 às 8:55 am
Pois, ousadia criminosa e aposta na impunidade, é o pagamento de propinas com emissão de recibos, através de Notas Fiscais.
Ainda, continuaram passando os tais recibos enquanto o processo do mensalão corria no Judiciário e mesmo dois meses depois de deflagrada a Operação Lava Jato.
Propina com recibos???
É o fim da picada!!!
-
Ernesto-26/11/2014 às 8:33 am
-
enio-26/11/2014 às 7:56 am
-
zé-26/11/2014 às 7:39 am
Dia destes estava eu em minha cama pensando na vida e me ocorreu algo bastante interessante,é algo que so enche linguiça,mas tem uma relevancia tremenda…No advento das espionagens americanas na petrobrás e olhares dos mesmos americanos na vida pessoal da Dilma eu tive a impressão nitida que ela estava bastante incomodada,em varias aparições dela vc podia notar o ar de preocupação estampada..agora depois de tudo isto acontecendo ficou uma suspeita,e se ela tem pobres ditos ou mesmo relaçoes menos explicitas com a petrobrás da epoca? Os Americanos poderiam ter algo a nos dizer,quem sabe não seja dai que vem o milagre do descobrimento??? Que nos precisamos de verdades é obvio,de onde esta verdade virá so Deus sabe!
-
Arnaldo-26/11/2014 às 3:04 am
-
eugenio maciel-26/11/2014 às 2:59 am
-
PEDRO-26/11/2014 às 2:49 am
“ Se você não faz parte da quadrilha, nem recebe bolsa família e vota no PT… então você é um analfabeto funcional. Foi na mosca!
Depois de dizer tudo o que disse ainda tem a coragem de declarar que é filiado ao pt. Seu Renato, vai se eu estou lá na esquina e não enche o saco!
Invasões triplicam na gestão Haddad, e o prefeito — aliado objetivo dos militantes, que ajudaram a fazer a sua campanha — culpa o governo do Estado!
25/11/2014
às 6:41
É
impressionante. O número de invasões promovidas por movimentos de
sem-teto quase triplicou nos dois primeiros anos da gestão do prefeito
Fernando Haddad, do PT, na capital de São Paulo, informa reportagem de
Giba Bergamin Jr. na Folha desta terça. E sabem qual é a resposta do
valente? Responsabilizar o governo de São Paulo. No começo, eu achava
que Haddad não parecia ser uma pessoa muito séria. Agora eu tenho a
certeza de que ele não é uma pessoa… séria!
Nos anos
de 2011 e 2012, houve 247 invasões de propriedades públicas e privadas
na capital, número já absurdo, que saltaram para 681 em 2013 e 2014, nos
dois primeiros anos de gestão. Faz sentido? Ora, é claro que sim! A
maioria dos ditos movimentos de sem-teto está sob o comando de
militantes políticos ligados ao PT, como Guilherme Boulos, chefão do
MTST e estafeta do partido. Não se esqueçam: o prefeito já subiu no
caminhão do movimento para discursar.
Só isso?
Não! Estimulou uma súcia disfarçada de gente sem moradia a cercar a
Câmara dos Vereadores para que o Plano Diretor da cidade legitimasse a
invasão chamada “Nova Palestina”, que fica em área de mananciais.
Ocupá-la é cometer um crime contra o meio ambiente. E daí? Na prática, a
Prefeitura incentiva a ação desses movimentos, que são aliados seus.
À Folha, o
petista disfarçado de não petista Guilherme Boulos — aquele rapaz que
costuma pôr seu furor militante até contra o Estado de Israel!!! —, deu a
seguinte declaração para explicar a multiplicação de invasões: “Foi se
tornando um barril de pólvora. A ocupação é por falta de escolha,
causada pelo aumento desenfreado da especulação imobiliária”. Nota: não
existe, no período, aumento nenhum da especulação imobiliária. A
explicação é apenas mentirosa. O que cresceu, isto sim, foi a parceria
entre a Prefeitura e os movimentos de invasão.
Segundo
Haddad, vejam que mimo, cabe ao governo de São Paulo conter as invasões.
Entenderam? Ele quer subir no caminhão do MTST e legitimar a ocupação
de área de mananciais e, depois, quer que a polícia dê um jeito nos
invasores.
A
Secretaria de Segurança Pública do Estado deu a resposta adequada ao
prefeito: “Em vez de tentar transferir responsabilidades, o prefeito
precisa dar explicações sobre sua política, que incentiva invasões ao
premiar aqueles que as promovem, deixando à Polícia Militar o ônus de
mediar os conflitos de interesses advindos das reintegrações de posse”.
A resposta é perfeita. O prefeito Fernando Haddad tem de ser mais responsável!
Texto publicado originalmente às 4h07
(Alguns dos 165 Comentários)
-
GEROLDO ZANON-
26/11/2014 às 5:34 am -
ArcoGótico-
26/11/2014 às 12:11 am -
Rose Veiga-
25/11/2014 às 11:55 pm -
Raissa Pedra-
25/11/2014 às 11:36 pm
A boa notícia é que o PT começa a ficar preocupado com o aumento do número de assinaturas na petição que pede Impeachment de Dilma, hoje às 23:04 conta com 1.478.023 assinaturas, li na própria página da AVAAZ. Chegando aos 5 milhões, a Câmara Federal terá que abrir o processo. Mesmo que não cheguemos aos 5 mi, já vale a PREOCUPAÇÃO.
Vamos nos divertir um pouquinho assinando a do Dr. Rogério Teixeira que pelo currículo que apresenta na Interne,t mostra ser competente e com bastante experiência. -
pedro couto-
25/11/2014 às 10:48 pm -
Márcia-
25/11/2014 às 10:40 pm -
Maurício M.A-
25/11/2014 às 10:39 pm -
Consciência Infernal-
25/11/2014 às 10:25 pm
Está na cara que esse ilustre paquiderme comunista, o que está querendo fazer é impulsionar o êxodo das pessoas mais carentes com senhos perambulantes de que o governo tem que cuidar deles EM TROCA DE UMA PROPRIEDADE. LOGO LOGO VEREMOS ESSE IRRESPONSAVEL SENHOR MANDAR INVADIR SHOPPING CENTERS E PREDIOS SEM HABITAR EM CONSTRUÇAO “EM NOME DA REVOLUÇAO”, DANDO ASSIM UMA FALSA ESPERANÇA E UM CAOS POLITICO SOCIAL PARA CRIAR A VERDADEIRA IDEIA DO PLEBISCITO QUE ESTA FALSANTE ESQUERDEOPATA,TRUCULENTA GOSTARIA DE FAZER NO BRASIL, DE QUALQUER JEITO.
PRONTO, ESTE IGNORANTE IRRESPONSAVEL ESTA CRIANDO ESSA VERDADE PARA MOSTRAR QUE EXISTE GENTE DE ESTADO SOCIAL MAIS PRECARIO PREGANDO POR ISSO.
ISSO E´ EXATAMENTE O QUE O PT QUER FAZER AGORA FRENTE A POPULAÇAO NACIONAL E MUNDIA QUE OBSERVA O PAIS, COMO ELES FALAM, O GRITO DA SOCIEDADE E DA POPULAÇAO.
CLARO ESTA, TUDO ISSO E´ UMA MENTIRA DE MERDA ACAÇAPADA PELA TRISTE E PRECARIA DEMOCRACIA.
LOGO APOS ISSO, VIRA UMA MINHOCA FALANTE COMUNISTA ORGANIZADA, JA INSTRUIDA PELO MST E O MINISTRO VENEZUELANO, ESPECIALISTA EM GUERRILHAS SUBURBANAS EM MOSTRAR AO MUNDO A INFAME MENTIRA IRRESPONSAVEL, ASQUEROSA, DESSE POPULISMO DE MERDA.
DE NOVO, ESSES CRETINOS, COMO JA SABENDO QUE ESTA TUDO CORROMPIDO E PROTEGIDO, NAO MUDAM O MODULUS OPERANDI, PENSANDO QUE ALGUEM ENGOLE ESSA DIARREIA MENTAL. -
JOSIMAR-
25/11/2014 às 9:03 pm -
Maria de Sá-
25/11/2014 às 8:53 pm
Também tem a chantagem feita com os sem teto a fim de que pressionassem a votação do plano diretor e, caso conseguissem, teriam a ocupação da área de manancial, Palestina, cedida para eles. Isso pode? -
ACORDA BRASIL!-
25/11/2014 às 8:50 pm
Pessoal, estamos vivendo uma situação catastrófica, onde há necessidade URGENTE de procedimento cirúrgico, para romper de vez o câncer que assola o nosso país há 12 anos!
ELES contam com a nossa ingenuidade para poder continuar o seu reinado de corrupção. Juram que nada sabem … alguns até se solidarizam em sua comiseração, mas não merecem a nossa indulgência.
Estão condenados a terminar a sua dinastia impotente, emasculada, sem nobreza, apenas aterro sanitário, corrupção e podridão.
“A autoridade de um rei provém do exemplo que ele produz. Sem exemplo não há reis. A não ser os de copas, ouros, espadas ou paus”. (Armando Mellão, In O Estado de São Paulo, 12 –“
O PT é o contrário de toda Moral. É o oposto daquilo que mesmo na política, hoje, se chama de “ético”. Para seus maus conselheiros, “ético” é tudo o que ajuda a estabelecer o socialismo, isto é, o comunismo, uma contradição absurda! A imoralidade e a corrupção são intrínsecas e são essenciais ao Partido.
O Brasil ficou estarrecido diante do cinismo dos líderes petistas ao ver como eles mentiam cinicamente, sem nenhum constrangimento, nas CPIs e nas entrevistas e principalmente como é possível encontrar justificativas para tanta corrupção divulgada através da mídia, nacional e internacional.
Vale ressaltar que mentir em proveito da causa operária é justificado pela doutrina marxista professada pelo PT, uma vez que a sua “ética” (marxista) considera toda propriedade particular um roubo e que é lícito tirar o que é dos outros, daquele que trabalhou, suou para comprar sua casas, suas terras, e dar para aquele que nunca estudou e trabalhou (trem da alegria/ sem concursos), altos cargos, com altos salários casa comida etc (cotas/bolsas), assim como usar o tesouro do Estado em causa própria a seu bel prazer é tão normal, que a corrupção é justificada em prol da revolução proletária e para a “ética” marxista do PT pegar o que é dos outros, ou do Estado, não é roubar, mas agir em proveito do proletariado. É expropriar a burguesia, assim como mentir é lícito e “ético”, se for para bem da causa dos proletários. Leiam a matéria que saiu ontem na Folha de Sp (www.1.folha.uol.com.br) .”A prefeitura pretende rastrear imóveis ociosos para cobrar mais IPTU”. Em outras palavras, se você tiver um imóvel desocupado á venda ou aluguel, corre o risco de perde-lo! Simplesmente abominável.
Essa “ética“ marxista do PT que é oposta à Moral do Evangelho, que não respeita nem os mandamentos da lei de Deus que proíbem roubar, ou até mesmo cobiçar as coisas alheias, e nem o mandamento que obriga a dizer a verdade, é inadmissível para nós.
Penso que no caso de impeachment da Dilma, que é mais do que provável, diante de tantas denúncias gravíssimas, quem deve assumir é o Aécio Neves, uma vez que está mais do que provado que foi ele o eleito, ela é apenas uma farsa, considerando todos os votos dele que foram fraudados, manipulados e transferidos para ela e/ou ignorados .
Considerando ainda que o vice dela também faz parte do esquema, exatamente por isso é seu vice. Não há como trocar “6” por “meia dúzia”! Isso é inadmissível. Há que se fazer uma faxina geral no país, inclusive no Congresso e STF uma vez que o câncer já virou uma metástase e nós brasileiros se não fizermos a cirurgia total, todos nós morreremos a não ser que haja uma intervenção das Forças Armadas imediatamente! Não vejo outra alternativa, senão tudo continuará como está, a caminho da nova Venezuela.
Que Deus nos livre e nos proteja de todo mal.
Na sociedade moderna – integralmente humanista, isto, é totalmente pagã, pois retirou Deus do centro de tudo — não há Fé e, portanto, não pode haver verdadeira caridade. Por isso, no mundo moderno não há paz.
Com efeito, a Igreja ensina que não há conflito — e que não pode haver conflito — entre a Fé e a razão, porque Deus é quem nos revela o conteúdo da Fé e Ele mesmo é o autor da razão. Se houvesse contradição entre as duas, haveria contradição no próprio Deus, o que é absurdo.
A Fé é uma virtude sobrenatural intelectual. Isto é, ela é praticada pela nossa inteligência especialmente, quando aceitamos com nossa inteligência o que Deus revelou, ainda que não o compreendamos. Porém, nada que Deus nos revela — mesmo os mistérios incompreensíveis a nosso intelecto — é contrário à razão. Deus nunca nos pede para crer no absurdo.
A Fé sem a razão é misticismo louco. A Razão sem a Fé é racionalismo naturalista.
Quanto mais compreendemos da Fé com nossa inteligência, mais nossa Fé será elevada. Por isso, Deus nos pediu para amá-Lo também com toda nossa inteligência.
Deus nos concede ter sentimentos, mas normalmente os sentimentos não devem ser procurados, nem desejados. Deus os dá quando quer. Dando, devemos aproveitá-los, mas sem jamais colocar os sentimentos acima da compreensão intelectual, porque a verdade é imutável e nos liberta — “A verdade vos libertará– nos disse Jesus –, enquanto os sentimentos podem ser bem enganadores, e mesmo podem não provir de Deus.
O socialismo e capitalismo não são formas de governo, mas sistemas econômicos. O socialismo é totalmente condenado pela Igreja. O capitalismo é tolerado porque ainda nele se permitem dois valores:
1- o direito de propriedade particular;
2- a livre iniciativa
Mas a Igreja condena no capitalismo:
1- a separação entre economia e moral
2- a livre concorrência absoluta
Há três formas de governo aceitáveis pela Igreja:
1-monarquia,
2-aristocracia
3-democracia
Mas sabemos que nenhuma dessas três formas de governo, solucionaria os problemas do mundo atual, porque elas seriam apenas paliativos, isto é, remédios políticos, considerando que é público e notório que a crise atual é religiosa e moral. -
Michel-
25/11/2014 às 8:39 pm
Segundo sua lógica até faz sentido… Se o Alckmin foi o culpado por não chover em SP, deve ser culpado por não ter impedido São Pedro de inundar a cidade também (e as ciclofaixas nela contidas…). -
Nirinei Claro-
25/11/2014 às 8:27 pm -
Alex-
25/11/2014 às 8:15 pm
Esqueceu que 20% das casas do minha casa minha vida vai para o MTST? Que o movimento pode determinar seus criterios para dar estas casas a quem bem entende e que um dos critérios é a participação em invasões?
A prima de uma conhecida estava tentando convencê-la a participar de uma invasão, detalhe: a tal prima tem casa. Na invasão chega caminhão para entregar carne todo dia, tem yogurte, eles não pagam comida, ganham kits de produtos de limpeza e higiene, tudo coisa boa segundo ela, e quando botam eles para fora ainda ganham um bolsa aluguel, e até podem ganhar uma casa de graça.
Por que as invasoes aumentam? -
lilia salles-
25/11/2014 às 8:12 pm -
Esque-
25/11/2014 às 8:06 pm -
Indignado do interior SP-
25/11/2014 às 8:04 pm
Petistas!!!!, prefeitos, governadores, presidentes….. ora bolas!!!!!, eles são somente petistas, e não se fala mais nisso. -
Aleatório-
25/11/2014 às 7:25 pm -
Francisco S-
25/11/2014 às 7:21 pm
Assinar:
Postagens (Atom)