domingo, 16 de maio de 2021

Flórida investirá U$ 400 milhões em corredores de vida selvagem para proteger animais em risco de extinção

 

Flórida investirá U$ 400 milhões em corredores de vida selvagem para proteger animais em risco de extinção

Flórida investirá U$ 400 milhões em corredores de vida selvagem para proteger animais em risco de extinção, como a pantera

Pelo menos por uma vez, políticos de partidos adversários se uniram em prol de uma boa causa. Ou melhor, excelente. Recentemente, parlamentares do estado da Flórida, nos Estados Unidos, tanto de direita como de esquerda, aprovaram, por unanimidade (150 votos), um projeto de U$ 400 milhões para proteger a vida selvagem no estado, através do Florida Wildlife Corridor Act.

O dinheiro será utilizado para a implantação de corredores que facilitem a travessia de animais em áreas de conservação e também, a preservação da flora local. A fragmentação de habitats e seu impacto sobre os ecossistemas da Flórida colocam em risco a sobrevivência de aproximadamente 130 espécies da fauna, entre elas, ursos, veados, peixes-bois, tartarugas marinhas e a pantera, o último grande felino da costa leste americana.

Para uma espécie animal deixar de ser considerada ameaçada de extinção, como é o caso da pantera da Flórida, é preciso que existam diversas populações (grupos), em habitats grandes o suficientes para que elas possam se reproduzir e sobreviver.

Todavia, atualmente na Flórida há apenas uma população de panteras, com cerca de 230 indivíduos. E isso já é um avanço. A espécie foi praticamente extinta no passado, chegando a ter apenas algumas dezenas. Até que, em 1973, a pantera foi incluída na Lista de Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos.

O Corredor de Vida Selvagem da Flórida terá aproximadamente 6 milhões de hectares. Grande parte desta área já está em áreas protegidas, o restante pertence a fazendas e ranchos, que são cortados por rios e riachos, muito importantes para a manutenção de espécies aquáticas.

Pela nova lei, que precisa ainda da aprovação final do governador Ron DeSantis, mas que se espera o sinal positivo dele também, U$ 100 milhões serão usados pelo programa “Florida Forever” para a compra de áreas destinadas à conservação e também, para recreação.

Assim como outras espécies ao redor do mundo todo, entre as principais ameaças enfrentadas pela pantera no estado americano estão a perda de habitat, devido à expansão de centros urbanos, e atropelamentos.

Curiosidades sobre a pantera da Flórida

– A pantera (Puma concolor coryi) é uma das duas espécies de felinos selvagens encontradas na Flórida. O lince (Lynx rufus) é a outra;
– Panteras podem saltar mais de 4 metros e podem correr 55 km por hora em curtas distâncias;
– Os machos pesam entre 45 e 70 kg e podem ter 2,10 metros de comprimento. Suas caudas podem ter quase dois terços do comprimento do corpo;
– Ao nascer, os filhotes pesam pouco mais de 200 gramas. Isso é menos do que um gato doméstico com um mês de idade;
– Porcos selvagens, veados-de-cauda-branca e guaxinins constituem 70% da dieta de uma pantera;
– Apenas 12 a 20 panteras existiam no início dos anos 1970 na Flórida.

Flórida investirá U$ 400 milhões em corredores de vida selvagem para proteger animais em risco de extinção, como a pantera

Graças a esforços de conservação, hoje o número de panteras na Flórida chega a pouco mais de 200. Na década de 70, eram aproximadamente 20

Fonte: The Nature Conservancy

*Com informações do jornal The Guardian

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Fotos: reprodução The Nature Conservancy/© Mark Conlin/Tallahassee Natural History Museum (abertura) e © William Freund/TNC Photo Contest 2018 (preto e branco)

Imunologia, natureza e saúde: reverberações fisiológicas de um problema ecológico

 

Imunologia, natureza e saúde: reverberações fisiológicas de um problema ecológico, artigo de Lázaro Araujo Santos

A destruição da biodiversidade leva à menor interação entre as microbiotas ambiental e humana. Por sua vez, isso pode levar à disfunção imune e à perda de mecanismos de tolerância em humanos

 

Imunologia, natureza e saúde: reverberações fisiológicas de um problema ecológico

Lázaro Araujo Santos¹

Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Formação de Professores – UESB

Quando pensamos na perda da biodiversidade e no evidente problema ecológico – sustentável que possuímos, a grande maioria das pessoas imaginam as derrubadas catastróficas em florestas icônicas, tal como a amazônica, ou, situações como a extinção de grandes animais, por exemplo, o rinoceronte branco. Contudo, a alteração na biodiversidade vai muito além desses exemplos, e reverbera em extremos mais díspares possíveis.

Uma perspectiva pouco utilizada e midiaticamente menos chamativa é a perda, ou, alteração da microbiota ambiental e, consequentemente, a modificação dos microrganismos existentes em nosso corpo (HANSKI et al., 2012)

A mudança nas condições climáticas, as modificações intensas nos diferentes ecossistemas, liberação de substâncias industrializadas nos oceanos e nos ares, bem como a mudança de hábitos alimentares associados a estilos de vidas típicos de século XXI, contribuíram para que os organismos microscópicos que até outrora, não apenas faziam/fazem parte da nossa constituição biológica se modificassem, como, também, em alguns casos, fossem totalmente substituídos (HAAHTELA et al, 2013).

Uma das principais consequências dessa súbita alteração da microbiota, seja ela a presente no ambiente ou a existente no organismo humano, é a desregulação do sistema imunológico.

Os seres humanos evoluíram com os micro-organismos, que não promovem respostas imunes defensivas, mas, ao contrário, induzem circuitos imunorregulatórios. Uma redução súbita na abundância ou na diversidade desses micro-organismos, até então universais, pode ter levado a falhas em regular e restaurar respostas imunes e inflamatórias de maneira apropriadas (HANSKI et al., 2012).

Além disso, a destruição da biodiversidade leva à menor interação entre as microbiotas ambiental e humana. Por sua vez, isso pode levar à disfunção imune e à perda de mecanismos de tolerância em humanos.

Pesquisas demonstraram que Participantes que viviam em fazendas ou nas proximidades de florestas tiveram uma composição bacteriana diferente em suas peles e se revelaram menos sensibilizados a alérgenos, em comparação com as pessoas que tinham menos contato com o ambiente natural e que estavam vivendo em áreas edificadas (HAAHTELA; VON HERTZEN; HANSKI, 2013).

Esses mesmos pesquisadores realizaram, ainda nesse estudo, pesquisas com adolescentes, demonstrando que em indivíduos saudáveis existe uma maior diversidade de um grupo de bactérias, do tipo gamaproteobactérias, na pele, quando comparados aos adolescentes que apresentaram maior sensibilização a alérgenos (HAAHTELA; VON HERTZEN; HANSKI, 2013).

Além disso, entre os adolescentes saudáveis, a abundância de certa gamaproteobactéria, Acinetobacter, na pele foi positivamente associada com o nível de uma importante molécula sinalizadora anti-inflamatória interleucina 10.

Essa ideia que relaciona o declínio da diversidade biológica com a disfunção do sistema imune ficou conhecido como hipótese da biodiversidade que, assim como a hipótese higiênica, creditam o surgimento e o aumento no número de doenças e quadro clínicos, tais como autoimunidade, descontrole de processos inflamatórios e maior prevalência/incidência de hipersensibilidade a nossa atual forma de nos relacionarmos com a natureza (HAAHTELA et al., 2013).

Portanto, é preciso ter em mente que a microbiota que carregamos não pode mais ser considerada como espectadores passivos e temporários, são, contudo, participantes ativos e essenciais no desenvolvimento e manutenção da função de barreira e da tolerância imunológica.

Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de se pensar as ações conservacionistas de forma holística uma vez que a destruição e, consequente, perda da diversidade em uma escala microscópica é tão ruim quanto a derrubada de uma floresta ou extinção de animais de grande porte.

É notório que as ações humanas em relação ao ambiente acarretarão alguma consequência, é preciso, sendo assim, agirmos de forma deliberada e ecologicamente consciente a fim de que no ímpeto de querer crescer a todo custo e a toda forma, o homem não acabe se destruindo, bem como a natureza que o cerca.

Lázaro Araújo Santos; formado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal da Bahia (IFbaiano), especialista em Neurociências pela Faculdade Venda Nova imigrante (FAVENI), e atualmente mestrando do programa de pós graduação em educação científica e formação de professores da Universidade do sudoeste da Bahia (UESB)
Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/9405066243024092

REFERÊNCIAS

Haahtela T, Holgate ST, Pawankar R, Akdis CA, Benjaponpitak S, Caraballo L, et al. and WAO Special Committee on Climate Change and Biodiversity. The biodiversity hypothesis and allergic disease: orld Allergy Organization position statement. World Allergy Organization, v. 6, n. 3, p. 1 – 5, 2013.

HAAHTELA, Tari; VON HERTZEN, Leena; HANSKI, Ilkka. Hipótese da biodiversidade explicando o aumento dos transtornos inflamatórios crônicos-alergia e asma entre eles em populações urbanizadas. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 1, n. 1, p. 5-7, 2013.

Hanski I, von Hertzen L, Fyhrquistc N, Koskinen K, Torppa K, Laatikainen T, et al. Environmental biodiversity, human microbiota, and allergy are interrelated. Proc Natl Acad Sci USA, v.109, n. 1, p. 8334 – 8339, 2012.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 14/05/2021

 

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A maioria não reconhece a ligação da pecuária com doenças infecciosas

  

pecuária
Foto: Unsplash/University of Kent

A maioria não reconhece a ligação da pecuária com doenças infecciosas

As pessoas culpam o comércio de animais selvagens ou a falta de preparação do governo para surtos epidêmicos, em oposição à pecuária e ao consumo global de carne

Por Olivia Miller*, University of Kent

Uma nova pesquisa liderada pela Escola de Psicologia da Universidade descobriu que as pessoas não reconhecem o papel da agricultura industrial em causar doenças infecciosas.

O estudo publicado pela Appetite demonstra que as pessoas culpam o comércio de animais selvagens ou a falta de preparação do governo para surtos epidêmicos, em oposição à pecuária e ao consumo global de carne.

Os cientistas avisaram sobre a iminência de pandemias globais como a Covid-19, mas a humanidade não conseguiu contornar sua chegada. Eles vinham alertando há décadas sobre os riscos das práticas agrícolas intensivas para a saúde pública. A escala de produção e as condições de superlotação nas fazendas industriais facilitam a migração e a disseminação de vírus. Além disso, a prática comum de alimentar animais de criação com antibióticos promove resistência antimicrobiana e ameaça a saúde pública.

Com o foco agora na necessidade de prevenir futuras pandemias e doenças zoonóticas, é fundamental que haja mais compreensão sobre as causas e riscos apresentados pela pecuária.

Este estudo liderado pelo Dr. Kristof Dhont (Kent), ao lado do Dr. Jared Piazza (Lancaster University) e do Professor Gordon Hodson (Brock University), explorou a compreensão e a opinião pública para determinar onde as pessoas colocam a culpa pelos surtos de doenças zoonóticas.

As descobertas mostram que, além de não reconhecer o papel prejudicial da pecuária industrial, aqueles que estão altamente comprometidos em comer carne lutam para reconhecer o consumo global de carne como um elo para o problema. Mesmo depois de ler sobre os riscos das fazendas industriais na propagação de doenças, os comedores de carne comprometidos estavam ainda menos convencidos das políticas para mudar ou banir a pecuária industrial do que das políticas que visam a melhor preparação para pandemias. No entanto, ao ler as mesmas informações sobre os mercados de animais selvagens, eles endossaram políticas para reduzir, regulamentar ou proibir os mercados de animais selvagens.

O Dr. Dhont disse: ‘À medida que as populações mundiais aumentam, nossa dependência da carne tende a crescer, tornando cada vez mais urgente enfrentar o papel prejudicial da agricultura intensiva e tomar medidas para virar a maré. Sem dúvida, a humanidade precisa estar mais bem preparada para lidar com surtos de doenças infecciosas – das quais estamos cada vez mais próximos. No entanto, é vital identificar e erradicar as causas das doenças infecciosas.

“O apetite por carne pode ser um obstáculo para se considerar o papel da pecuária na disseminação de doenças zoonóticas. A carne é um produto muito agradável para muitos, um fator que nos impede de tomar medidas em direção a um futuro mais seguro.

‘As soluções para este problema exigirão mudanças de política e sacrifícios pessoais, semelhantes a lidar com a emergência climática que se aproxima.’

Referência:
The role of meat appetite in willfully disregarding factory farming as a pandemic catalyst risk
Appetite, Volume 164, 1 September 2021, 105279 doi: 10.1016/j.appet.2021.105279
https://doi.org/10.1016/j.appet.2021.105279

 

Henrique Cortez*, tradutor e editor

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 17/05/2021

 

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Justiça investiga mineradora no Paraná que desmatou sete hectares de Mata Atlântica dentro de Unidade de Conservação




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Justiça investiga mineradora no Paraná que desmatou sete hectares de Mata Atlântica dentro de Unidade de Conservação

Justiça investiga mineradora no Paraná que desmatou sete hectares de Mata Atlântica, em área de proteção permanente

Uma mineradora vem destruindo uma extensa área de Mata Atlântica dentro da Escarpa Devoniana há pelo menos dois anos. Esse processo coloca em risco fauna e flora específicas e nativas de uma região de formação rochosa com mais de 400 milhões de anos.

Tudo começou em 2018, quando o Ministério Público do Paraná recebeu duas denúncias anônimas contra a Pedreira São Jorge e abriu um Inquérito Civil para apurar o caso.

Acionado pelo MP, o Instituto Água e Terra (IAT) foi ao local e emitiu um auto de infração pela devastação de 7 hectares de Mata Atlântica. A 4ª Promotoria de Justiça de Campo Largo instaurou um procedimento criminal sobre o caso. A Lei 9.605/98 prevê pena de prisão de 1 a 3 anos e/ou multa para quem destrói a Mata Atlântica. Paralelo a isso, MP e a e pedreira negociam um Termo de Ajustamento de Conduta para a recomposição da área.

A Escarpa Devoniana é uma área de proteção permanente de 392 mil hectares dentro de 18 municípios paranaenses. Abriga 1/3 das cavernas do Paraná, ricas em tesouros arqueológicos, fauna e flora.

O professor de geologia da UEPG, Gilson Burigo, vê a situação com preocupação. “A região da Escarpa Devoniana representa um dos principais patrimônios paranaenses, de caráter natural e cultural, e assim deve ter um nível de cuidado máximo. É preocupante o crescimento de atividades em desacordo com a legislação, com destaque para a mineração de areia/arenito, principalmente para a construção civil.”

O OJC procurou o IAT e a defesa da mineradora

O IAT informou que os autos de infração [contra a Pedreira São Jorge] estão em processo de análise. E que, além das autuações, a empresa mineradora será oficiada para apresentar um plano de recuperação ambiental e uma área para compensação.

O advogado da pedreira foi procurado na última terça-feira, disse que enviaria uma nota mas ainda não nos retornou. Esse texto será editado com a resposta, quando ela vier.

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Foto: OJC  Compartilhe isso:

Termina com sucesso operação de resgate de girafas em ilha prester a desaparecer no Quênia

 


Termina com sucesso operação de resgate de girafas em ilha prester a desaparecer no Quênia

Termina com sucesso operação de resgate de girafas em ilha prester a desaparecer no Quênia

O lago Baringo fica no Vale do Rift, na região central do Quênia, na África. Ao longo dos últimos anos, suas águas têm subido, mas em 2020, chegaram a um nível nunca visto antes, inundado casas em vilarejos próximos e colocando em risco a sobrevivência de um pequeno grupo de girafas, que viviam na Ilha de Longicharo.

As girafas foram reintroduzidas na ilha em 2001, como parte de um projeto de conservação. Chamadas de girafas de Baringo ou Rothschild (Giraffa camelopardalis rothschildi), elas são uma subespécie da girafa do norte. Considerada uma das mais altas dentre todas as espécies, podendo chegar a até 6 metros de altura, essas girafas do Quênia estão em risco de extinção. Estima-se que restem apenas 1.400 indivíduos na vida selvagem.

Por isso, mesmo que somente nove girafas vivessem na Ilha de Longicharo, sua retirada do local era tão importante. Elas poderiam começar a sofrer com a falta de alimentos e acabar isoladas pela água. A operação de resgate começou em dezembro do ano passado. Com apoio do Serviço Nacional de Vida Selvagem do Quênia, a organização Northern Rangelands Trust organizou toda a ação.

Foram construídas balsas para levar as girafas através do lago até uma outra área, um santuário, com mais de 1.500 hectares, na região de Ruko. Os animais foram levados um a um. Para que se sentissem confortáveis dentro da balsa, elas foram atraídas com sua fruta favorita, manga.

Todavia, no final do ano, uma das fêmeas do grupo deu à luz a um filhote, batizado de Noelle (por causa da proximidade com o Natal). Com isso, foi necessário adiar o transporte da mãe e a girafinha, até que esta última ficasse maior e forte para a travessia.

Termina com sucesso operação de resgate de girafas em ilha prester a desaparecer no Quênia

Travessia de uma das nove girafas

Mas esta semana, a Northern Rangelands Trust celebrou o sucesso da operação de resgate. Todas as nove girafas já estão em seu novo lar!

O novo santuário vai abrir novas vagas de trabalho para moradores locais e também, estimular o ecoturismo. A ideia é trazer outras girafas do Quênia para viverem também no local e assim aumentar a população da espécie e garantir uma segurança genética através da reprodução com um maior número de indivíduos. Atualmente há apenas um macho no grupo.

Termina com sucesso operação de resgate de girafas em ilha prester a desaparecer no Quênia

A chegada da filhote, Noelle, no santuário

O grupo está se adaptando bem no novo lar

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Fotos: divulgação Northern Rangelands Trust