terça-feira, 27 de setembro de 2016

Pourquoi la théorie de Hawking sur les «extraterrestres dangereux» est peu probable

Le physicien britannique Stephen Hawking

© AFP 2016 Justin Tallis Sci-tech 23:11 27.09.2016URL courte 5115294


Stephen Hawking craint que si nous prenons contact avec des êtres extraterrestres, ils pourraient répondre avec hostilité. Si c’est le cas, il est un peu tard pour s’inquiéter. Seth Shostak, directeur du centre spatial Seti, qui cherche l'intelligence extraterrestre, a déclaré aux journalistes du journal britannique The Guardian, qu'il ne fallait pas avoir peur des attaques extraterrestres.



Dans un film récemment publié en ligne, M. Hawking souligne le danger potentiel de la diffusion des signaux radio vers d'autres systèmes d'étoiles. Après tout, nous ne savons pas qui est là-bas, et ils pourraient ne pas être bien intentionnés. Si nous révélons notre présence avec des signaux, peut-être les extraterrestres tireront avec leur artillerie interstellaire pour nous éliminer. Nous avons déjà diffusé en permanence notre position aux aliens pendant des années grâce à des choses comme la télévision et les radars.



S'il y a une civilisation avancée qui peut recevoir ces signaux, elle sait probablement déjà que nous sommes ici, affirme M. Shostak. Le système d'étoiles le plus proche de notre système solaire est à environ 40.000 milliards de kilomètres.


S'il y a une espèce extraterrestre qui a développé la technologie super-avancée nécessaire pour recevoir des émissions de la Terre, alors il y a des chances qu'elle ait aussi la capacité technique de se rendre sur Terre et de nous capturer en un instant.


 Mais ils n'ont pas encore pris la peine de détruire la Terre, alors pourquoi est-ce mauvais d'essayer de communiquer avec eux ? Si vous supposez que qu'une vie extraterrestre soit susceptible d'exister, étant donné qu'il y a des milliards d'autres planètes dans notre galaxie et des milliards d'autres galaxies dans l'Univers, alors il est tout à fait possible que la Terre soit quelque part au milieu de l'évolution de la vie dans l'Univers.


Il pourrait y avoir des espèces beaucoup plus avancées qui existeraient depuis bien plus longtemps que nous. Ces espèces auraient eu beaucoup de temps pour récolter les ressources de la Terre bien avant le début de la vie humaine.


Une autre scientifique du centre Seti, Jill Tarter, a souligné que les humains étaient devenus plus gentil et plus doux que nous l'étions dans le passé. Il semble qu'au fur et à mesure de l'évolution des technologies, la société évolue et devienne moins violente. Ainsi, toute civilisation extraterrestre suffisamment avancée pour communiquer avec nous ne décidera probablement pas de nous vaporiser immédiatement.


Donc, au moins pour l'instant, il semble que les idées alarmistes de Stephen Hawking concernant les aliens fassent encore débat.




En savoir plus: https://fr.sputniknews.com/sci_tech/201609271027948748-hawking-extraterrestres-peu-probable/

País deve apoiar controle de CO2 da aviação


Por Do Observatório do Clima*
Foto: Paul/Flickr.
Foto: Paul/Flickr.

O Observatório do Clima enviou nesta segunda-feira uma carta ao Presidente da República, Michel Temer, pedindo que o Brasil participe de um novo mecanismo de regulação das emissões de carbono da aviação civil internacional.



O mecanismo deverá ser criado durante a assembleia da Oaci (Organização Internacional da Aviação Civil), que começa nesta terça-feira (27) em Montréal, Canadá, e vai até 7 de outubro.



A aviação civil internacional é um dos setores da economia cujas emissões de gases de efeito estufa crescem mais depressa. Sozinha, ela já emite mais do que todo o Canadá (quase 2% das emissões globais) e, se fosse um país, seria um dos dez maiores poluidores do mundo. Caso nada seja feito, suas emissões poderão crescer 300% até o meio do século. Os responsáveis por esse crescimento serão basicamente os países em desenvolvimento, onde o mercado mais se expande.



No entanto, por serem internacionais – ou seja, por ocorrerem no espaço entre países -, essas emissões não estão regulamentadas pelo acordo do clima de Paris. Só que, se os governos estiverem falando sério sobre cumprir a meta do Acordo de Paris de estabilizar o aquecimento global em bem menos de 2oC e fazer esforços para limitá-lo a 1,5oC, a aviação civil precisa controlar o crescimento de suas emissões.



O mecanismo que se desenha para a reunião de Montréal visa limitar o crescimento dessas emissões após 2020. Mas ele deverá ser de adesão voluntária na sua primeira fase, que vai até 2026. Até lá, as empresas aéreas dos países que não aderirem, e todos os voos entrando e saído desses países, ganhariam um passe livre para poluir.



É crucial que o maior número possível de nações se integre ao mecanismo desde seu início, em 2020, e comunique essa intenção até o final da assembleia, para saber se haverá um acordo eficaz ou não. E o Brasil é uma peça-chave para o sucesso desse acordo.



“O Observatório do Clima considera fundamental que o Brasil anuncie à comunidade internacional que suas emissões de transporte aéreo internacional estarão sujeitas ao controle de mecanismo regulatório no âmbito da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) desde sua fase inicial, como já o fizeram também países como China, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Ilhas Marshall, Indonésia, Malásia, México, Quênia, dentre outros países em desenvolvimento”, afirma a carta.



Para Carlos Rittl, secretário-executivo, do OC, a participação brasileira desde o início é fundamental não apenas pelo tamanho e potencial de crescimento do mercado brasileiro (aproximadamente 1.6% do tráfego de voos internacionais vem do Brasil), mas também pela importância estratégica do país. “Uma posição de liderança do Brasil na negociação tem o potencial de estimular outros países em desenvolvimento, reforçando o papel do país como um dos poucos produtores de aviões comerciais e uma superpotência na produção de biocombustível para aviação. Por outro lado, se o Brasil adiar compromissos, outros países farão o mesmo, o que aumentará o risco de mudanças climáticas perigosas no mundo inteiro”, afirmou Rittl.



Segundo Mark Lutes, especialista em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil, um mecanismo efetivo para o setor de aviação internacional precisa – além da participação de todos os países desenvolvidos e grandes países em desenvolvimento – evoluir o quanto antes para cobrir todas as emissões do setor e ser revisado periodicamente. De acordo com Lutes, só desta forma a aviação poderá cumprir a parte que lhe cabe nos esforços globais.



“As emissões globais estão ainda longe de ser compatíveis com um futuro sustentável e os objetivos climáticos acordados em Paris. Essa reunião da Oaci é a primeira e a melhor oportunidade de avançar nos esforços globais para evitar desastres climáticos. Se países com o tamanho e a capacidade do Brasil ficarem fora, haverá muito menos chances de dar certo”, completa.



Leia aqui a íntegra da carta.

Republicado do Observatório do Clima através de parceria de conteúdo. logo-observatorio-clima

Justiça mantém zoológico do Parque da Cidade aberto e pede envio de leoa


27/09/2016 11h02 - Atualizado em 27/09/2016 11h25


Decisão é referente a Ação Civil Pública promovida pelos MP e MPF.


Juiz entendeu que transferência de felino poderia causar danos a sua sua saúde.

Do G1 SE
A Justiça Federal divulgou nesta terça-feira (27) que o juiz Edmilson da Silva Pimenta decidiu manter o funcionamento do zoológico do Parque da Cidade, mas determinou a adoção de diversas medidas para resolver as pendências estruturais e de funcionamento, conforme as exigências do parecer emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).



A decisão é referente a Ação Civil Pública promovida pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual com base o Inquérito Civil instaurado pelo MPF em 15 de fevereiro deste ano para apurar a suposta prática de maus tratos contra uma onça no local.



"Apesar de todas as contingências que envolvem o mencionado Zoológico, entendo que não é o caso de se decretar a sua interdição, diante da importância que ele representa para a sociedade sergipana, que ficaria privada de um importante centro de lazer, de educação, de cultura e de convívio com a natureza. A interdição se configura em uma medida extrema, somente devendo ser adotada em caso de absoluta incapacidade da Administração Pública em recuperar o Zoológico, o que não é o caso”, argumentou o juiz federal.


Edmilson Pimenta entendeu ainda que a transferência do leão para outro parque ou habitat poderia acarretar danos à sua saúde e outras consequências, que devem ser avaliadas por especialistas na área.


Ao final, a decisão determinou que a Emdagro, o Ibama e a Adema, conjuntamente, adotem providências no sentido de trazer uma leoa para o Zoológico do Parque da Cidade de Aracaju, obedecendo, assim, ao anexo IV, alínea d, da Instrução Normativa IBAMA nº 07/2015[1], que recomenda a formação de casais ou pelo menos parear tais animais, medida que deve ser concretizada assim que o Ibama informar que as dependências do Zoológico estão aptas para receber o animal.

*Com informações da Justiça Federal


Les cauchemars d'un monde totalement végétarien

Steak

© Flickr/ Sharon & Nikki McCutcheon Société 21:55 27.09.2016(mis à jour 22:08 27.09.2016)


Exclure la viande de son régime alimentaire peut entraîner un tas d’avantages tant pour la santé humaine que pour la planète.


Dans le même temps, un végétarisme massif pourrait nuire à des millions de personnes. 
De combien d’années la viande écourte-t-elle la vie? Les gens renoncent à la viande pour de multiples raisons, notamment pour soulager la souffrance des animaux ou adopter un mode de vie plus sain.


Peu importent les arguments de leurs amis carnivores, les végétariens n'ont aucun doute sur ce point : supprimer la viande de son régime alimentaire est bénéfique.


Néanmoins, si tout le monde devenait végétarien, cela aurait de sérieuses répercussions pour des millions de personnes partout dans le monde.


« Pour les pays développés, le végétarisme apportera tout un ensemble d'avantages pour l'environnement et pour la santé », annonce Andrew Jarvis du Centre international colombien de l'agriculture tropicale, cité par la BBC. « Mais dans les pays en voie de développement, cela aura des effets négatifs en termes de pauvreté. »


M. Jarvis et ses collègues ont évalué les conséquences concrètes si la population de la planète se tourne vers le végétarisme à partir d'aujourd'hui.


Si tout le monde devient végétarien, le taux de mortalité sera réduit de 6 à 10 % d'ici 2050, bien que les effets du végétarisme global soient plutôt mixtes.




La chute du taux de mortalité sera due pour moitié au refus de manger de la viande rouge et pour moitié à l'augmentation des quantités de fruits et de légumes consommées. De moins en moins de personnes souffriront de maladies liées à la nourriture, les frais médicaux seront en baisse, soit une économie d'environ 2 à 3 % du PIB mondial.


Cependant, le manque d'éléments nutritifs devra être comblé et cela pourrait devenir un vrai problème, plus de deux milliards d'habitants sur la Terre étant sous-alimentés. « Devenir globalement végétarien pourrait donner lieu à une crise de la santé dans les pays en voie de développement, car d'où viendront les micronutriments dès lors ? », met en garde l'expert de l'Université de Leeds Tim Benton.
 
Des changements verront aussi le jour dans le domaine du travail. Les gens liés anciennement à l'industrie de l'élevage devront changer de boulot et les gouvernements devront aider ces flux de chômeurs nouvellement créé à trouver une alternative.


 Mais quels que soient les efforts des autorités, le monde affrontera inévitablement une croissance du taux de chômage dont les principaux concernés seront les habitants des communes rurales liées à cette industrie alimentaire.


 Ensuite, vu les quantités de volailles produites et tuées par an à des fins alimentaires, il faudra être prêt à faire face à de graves perturbations économiques. Sans l'élevage, la vie pourrait devenir impossible pour certains groupes, selon Ben Phalan de l'Université de Cambridge.


Quels groupes précisément ? Les nomades mongols et berbères par exemple qui, privés de leur bétail, seraient obligés de s'installer dans les grandes villes, ce qui aurait pour conséquence la perte de leur identité culturelle.



De même, les gens dont la vie ne dépend pas de l'élevage souffriront également. Il s'agit des pays où la viande fait partie de la tradition, de l'histoire et de la culture, et participe habituellement aux fêtes comme Noël ou les noces.

Cites 2016: novo embate entre traficantes e conservação


Por José Truda
Elefante no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. País sedia encontro internacional sobre comércio de espécies ameaçadas. Foto: Wikipédia.
Elefantes vivem protegidos no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. 
País sedia encontro internacional sobre comércio de espécies ameaçadas.
Foto: Wikipédia.

Joanesburgo, na África do Sul, é a metrópole mais próxima do lugar que abriga a visão que milhões de pessoas ao redor do mundo têm da África selvagem que resta: o Parque Nacional Kruger, um dos mais visitados e aclamados santuários de biodiversidade terrestre do planeta.



Lar de muita vida, de icônicas famílias matriarcais de elefantes a alguns dos últimos rinocerontes existentes, passando por uma miríade de plantas e animais singulares, Kruger é ao mesmo tempo um enorme sucesso de conservação e um dilema de manejo para seus gestores - um excelente paralelo para a Convenção para a Regulamentação do Comércio Internacional de Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção, ou simplesmente CITES, que se reúne nesta cidade a partir do dia 23 de outubro e que mais uma vez sediará um embate entre os que querem proteger as espécies ameaçadas e os que querem vendê-las - ou suas partes mais valiosas - no comércio internacional.



Negociada e entrando em vigor nos já longínquos anos 1970, quando uma onda de preocupação com o planeta levou a diversas inovações no Direito Internacional, a Convenção CITES é uma pérola em um mundo onde os "consensos" impedem, na prática, a adoção de medidas efetivas de conservação; esse é o caso dos acordos regionais de pesca hoje vigentes, por exemplo, onde mesmo com absoluta certeza de que as práticas pesqueiras são criminosamente predatórias e os estoques estão sendo exterminados por quotas demasiado elevadas de captura, basta uma China ou um Japão fincar pé para que nada seja feito e o massacre insustentável continue, consagrando a ditadura da minoria predatória nas decisões sobre recursos naturais compartilhados.



A CITES, bem como a Comissão Internacional da Baleia (CIB), são anteriores a esse golpe do consenso, e tomam decisões por votação.



No caso da CITES, adotam-se por maioria mínima de 2/3 dos países votantes normas para restringir ou proibir o comércio de animais ou plantas ameaçados ou em vias de, listando-os respectivamente no Apêndice II (comércio internacional restrito e sujeito a non-detrimentfindings, ou seja, à demonstração de que o comércio pretendido não prejudicará a espécie) ou Apêndice I (comércio internacional proibido).



Claro, aqui como em muitas leis há uma cláusula pró-meliantes: como em muitos outros tratados, na CITES os países também podem declarar uma "objeção" às decisões em até 90 dias depois de adotadas, e com isso ficam isentos de cumpri-las...



Mas mesmo assim as objeções costumam limitar-se aos vilões ambientais habituais (vocês acertaram: China e Japão encabeçam a lista) e a maioria das decisões favorece as espécies-alvo.



Algumas espécies listadas desde o início na CITES são objeto de permanente revisão e controvérsia, como é o caso dos elefantes, massacrados impiedosamente pelo marfim, ou rinocerontes, cujo chifre é removido dos animais caçados ilegalmente para alimentar o mais imbecil dos tráficos, o de supostos afrodisíacos na tal "medicina tradicional" asiática. Outras são besouros pouco conhecidos ou plantas suculentas obscuras, mas que viram espécies ameaçadas ao serem coletadas em números assustadores para atender a "colecionadores" com dinheiro demais e parafusos de menos.



Nesta reunião que se inicia não será diferente, e falaremos disso em mais detalhe nos próximos dias. Mas em anos recentes, a CITES passou a estender sua proteção também a espécies cujos lobbies do tráfico excedem em muito o poder dos de marfim, chifres e insetos: trata-se dos peixes marinhos, cuja captura e comércio não se medem em exemplares, mas em toneladas.



Maior em volume, ainda que idêntico em estupidez, do que o de chifres de rinoceronte, o comércio internacional de barbatanas de tubarão, para uma sopa insípida e falsamente afrodisíaca, é responsável por boa parte dos quase 100 milhões de tubarões subtraídos aos oceanos anualmente pelas frotas pesqueiras.



A China, novamente, é o grande buraco negro para onde convergem os produtos desse genocídio. No caso dos tubarões-martelo, estima-se que cerca de 90% das populações globais das distintas espécies já tenham desaparecido, e a lista de outras vítimas é longa.



Para piorar o quadro, as raias-manta e seus parentes próximos, as móbulas, magníficos e inofensivos gigantes do mar que atraem mergulhadores do mundo inteiro para seus locais de concentração, estão sendo mortas para a extração de suas estruturas branquiais, também para atender às criminosas crendices chinesas.



A dupla dinâmica. Foto: Pinguim.
A dupla dinâmica Paulo Guilherme "Pinguim" e José Truda no Cites 2016. Foto: Pinguim.


Em 2013, a CITES votou majoritariamente para restringir o comércio de tubarões galha-branca-oceânicos (Carcharinuslongimanus), do marracho (Lamnanasus), três espécies de tubarões-martelo (Sphyrnalewini, S. mokarran e S. zygaena, e de todo o gênero das raias-manta ((Manta spp.), o que deu um fôlego parcial a essas espécies.



Nesta reunião que está começando aqui na África do Sul, estão propostas restrições para o comércio dos muito ameaçados tubarões-raposa (Alopiasspp.), do tubarão-sedoso ou (Carcharinusfalciformis) e das raias-móbula (Mobulaspp.), parentes próximas das mantas. 



O Brasil apoia todas essas propostas, e mais outras iniciativas pró-conservação como a restrição de comércio para todo o gênero Dalbergia, dos jacarandás, e a manutenção da proteção da CITES às grandes baleias, que os países pró-caça incansavelmente tentam derrubar tanto aqui como na CIB.



Estas e outras propostas, bem como todos os documentos que serão discutidos e votados nesta reunião, relatórios e iniciativas para coibir o tráfico de flora e fauna ameaçadas, podem ser acessados gratuitamente através destes Apps para IOs e Android.


Os governos dos predadores marinhos, os traficantes de marfim, os falsos "povos tradicionais" abastados que lucram com a matança de fauna ameaçada, estarão como de hábito nesta Conferência das Partes Contratantes da CITES distribuindo seus dossiês, caretas, ameaças e promessas de benesses lícitas ou não.



Direto desse campo de batalha enviaremos nossos boletins a ((o))eco, enquanto fazemos, eu e Paulo Guilherme "Pinguim", o incansável cabeça da campanha Divers for Sharks, nosso próprio lobby a favor da conservação.


Com um detalhe: este ano fomos convidados pelo Ministério das Relações Exteriores – cujo novo titular declarou a temática ambiental como uma de nossas novas prioridades diplomáticas - a integrar a delegação oficial do Brasil. 



Sinal dos novos tempos, esperamos, em que a sociedade civil ambientalista não é mais obrigada a ser muda e servil para ser admitida como protagonista das políticas públicas. Fiquem de olho em ((o))eco nas próximas duas semanas pros nossos despachos do front.

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Estudo demonstra diversidade das florestas secas

Estudo demonstra diversidade das florestas secas

Por Vandré Fonseca
Parque Estadual da Mata Seca, em Minas Gerais. Foto: Pezzini/Divulgação.
Parque Estadual da Mata Seca, em Minas Gerais. Foto: Pezzini/Divulgação.

Manaus, AM -- Ancestrais, com linhagens de plantas mais antigas do que da Amazônia ou Cerrado, as florestas secas resistem ao tempo e à ocupação. Os solos férteis que as abrigam são um convite à agricultura ao mesmo tempo em que a escassez de água contribui para ambientes inóspitos. E apesar de alguns países latino-americanos guardarem menos de 10% de suas florestas secas originais, o importante é que elas ainda resistem. E melhor assim, pois guardam uma biodiversidade rica e ainda pouco estudada, que ganhou a capa da revista Science.


No artigo publicado em 23 de setembro, a equipe de pesquisadores da Rede Latino-americana de Florística de Florestas Tropicais Sazonalmente Secas (Dryflor) conta 6.958 espécies de árvores em matas secas em todo continente. O número é bem menor que as espécies listadas para a Amazônia, mas é preciso levar em consideração que a floresta úmida é muito mais estudada, com muito mais levantamentos de campo realizados.



O estudo demonstrou também que áreas de florestas secas possuem composição florística diferente entre elas, de modo que raramente compartilham as mesmas espécies.



“Ao ser publicado numa das revistas científicas de maior prestígio, esperamos que ajude a chamar a atenção para esse ecossistema tão incrível e ao mesmo tempo esquecido”, acredita a bióloga Flávia Pezzini, que participou do estudo. “As matas secas foram berço da civilização pré-colombiana e a fonte de importantes cultivos como o milho, feijão e tomate. Mas historicamente foi bastante destruída e pouco estudada”, completa.



No mapa da continente americano, as matas secas aparecem distribuídas desde o México e Sul da Flórida até o Norte da Argentina, passando por ilhas do Caribe, Andes. No Brasil, ocupa áreas da Mata Atlântica e Cerrado, mas é identificada com a Caatinga, que se estende por aproximadamente 850 mil quilômetros quadrados. Apesar se ser exclusivamente brasileiro e ocupar cerca de 11% do território nacional, o bioma que ocupa o Nordeste e norte de Minas já teve 47% de sua área desmatada e conta com apenas 1% de sua extensão legalmente protegida.



Os autores do artigo defendem que a conservação da diversidade biológica das matas secas seja considerada uma prioridade. São espécies adaptadas ao calor e à seca, condições que provavelmente se tornaram mais intensas na região tropical. Eles destacam a necessidade de serem criadas várias áreas de proteção espalhadas por diversos países para proteger a diversidade dessa vegetação.


A rede Dryfor é liderada pelo Jardim Botânico Real de Edimburgo e inclui mais de 50 pesquisadores e conservacionistas. Ela é financiada pela Leverhulme Trust International Network, fundado em 1925.

Saiba Mais
Artigo: Plant diversity patterns in neotropical dry forests and their conservation implications