domingo, 22 de junho de 2014

Lula, o Ornejador


“O que o país tinha para mostrar já mostrou. Os estádios estão todos inaugurados, da melhor qualidade, para qualquer inglês morrer de inveja. É a primeira vez que uma equipe de futebol perde por excesso de qualidade dos nossos estádios. A Inglaterra não estava acostumada a jogar em um campo da qualidade dos que temos aqui.”


Lula, ornejando durante a convenção do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, que oficializou neste sábado a candidatura de Dilma. Mas o Ornejador conhece. Aparou a grama de todos os estádios com os dentes depois de ter adubado bem a terra com as entranhas do seu cérebro.

Pelamordedeus, o cara está cada vez pior! Quem disse que isso não era possível?...

Essa foi a MELHOR (montagem) que eu já vi!!!Autoridades Europeias ridicularizam Lula, Dilma e sua Copa das Copas!!!!


LEMBRETE:
É livre a manifestação do pensamento e da expressão da atividade
intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o
anonimato. (CF 88).

Baltazar Miranda Saraiva




Brasil conquista 107 Leões no festival de publicidade de Cannes





Número ficou abaixo dos 115 prêmios conquistados em 2013.
Filme 'Os Últimos Desejos da Kombi', da AlmapBBDO ganhou 2 ouros.

Do G1, em São Paulo
Vídeo que encerra campanha de aposentadoria da Kombi (Foto: Divulgação) 
 
Filme da aposentadoria da Kombi conquistou 2 outros
em Cannes 
 
O Brasil conquistou um total de 107 Leões na edição 2014 do festival de publicidade de Cannes, encerrado na noite deste sábado (21), incluindo 1 Grand Prix (prêmio máximo), na categoria Mobile, 15 ouros, 31 pratas, 58 bronzes, um "Creative Effectiveness" (criatividade efetiva) e um "Innovation Lions" (inovação).


O número ficou abaixo do recorde de 115 Leões conquistados na edição de 2013. O Brasil inscreveu 3.321 trabalhos no Festival Internacional de Criatividade de 2014 ante um total de 3.473 em 2013.


No último dia de premiações, os prêmios de destaque para o Brasil foram os 2 ouros faturados pela agência AlmapBBDO pelo filme "Os Últimos Desejos da Kombi" na categoria Branded Content & Entertainment, que reconhece a criatividade em conteúdo de marca e entretenimento.
Nesta categoria, a Ogilvy ganhou uma prata e um bronze para a campanha "Carequinhas" do GRAACC, a Leo Burnett Tailor Made levou um bronze para pela "Vem Pra Rua", feita para a Fiat, a JWT conquistou um bronze pela "Bíblia do Churrasco" para a Tramontina e a FCB recebeu um bronze pela campanha "Speaking Exchange", criada para o CNA.

Prêmio inédito em inovação
O Brasil também foi um dos 4 premiados na área de Inovação, categoria lançada em 2013 e que não faz distinção de ouros, pratas e bronze. O Leão inédito para o Brasil foi conquistado pela AgênciaClick Isobar, pelo projeto “Fiat Live Store”, que desenvolveu uma plataforma que permite interação em áudio e vídeo, em tempo real, entre o cliente e especialistas nos carros da montadora. Veja aqui o case

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Vídeo da Volvo com Van Damme teve mais de 400 mil visualizações em 11 horas (Foto: Reprodução)Vídeo da Volvo com Van Damme levou Grand Prix na  categorua 'Film' 
 
Na categoria "Film", o Brasil levou apenas 2 bronzes, conquistados pelas agências Borghi/Lowe ("Dialogue 2", para Anador) e AlmapBBDO ""Os Últimos Desejos da Kombi", para Volkswagen). O Grand Prix da categoria foi para a campanha da Volvo Caminhões, em que o ator belga Jean-Claude Van Damme faz um "espacate" entre dois caminhões.


O prêmio de agência do ano nesta edição do festival foi para a Adam&Eve DDB, de Londres, que conquistou 4 Grand Prix pela campanha de Natal "Sorry I spent it on myself" . A brasileira AlmapBBDO ficou na terceira colocação, atrás da Dentsu, de Tóquio.

A AlmapBBDO conquistou 18 Leões e fechou a competição como a agência brasileira mais premiada.

Já a FCB Brasil ganhou um inédito Grand Prix de Mobile para o Brasil, com a campanha “Anúncio protetor”, para Nivea, além de 5 ouros, 5 pratas e 6 bronzes. 

A Leo Burnett Tailor Made também se destacou com 2 ouros, 7 pratas e 8 bronzes. A Ogilvy faturou 15 prêmios: 2 ouros, 5 pratas e 7 bronzes, além do primeiro Creative Effectiveness da história do país, para "Retratos da Real Beleza", da Dove.


Na página do festival de Cannes é possível ver os vídeos das campanhas vencedoras em todas as categorias.


Brasil na imprensa internacioanl.Veja as principais manchetes.




Segurança extra no Maracanã é tema de reportagem em vídeo do 'The Guardian'



O site do jornal britânico ‘The Guardian’ publicou neste domingo (22) uma reportagem em vídeo comentando o aumento da segurança no Rio de Janeiro para a partida entre Bélgica e Rússia. O jogo, que aconteceu no Estádio do Maracanã entre as 13h e as 15h, recebeu pela primeira vez o policiamento de policiais militares dentro do estádio.


Segundo a reportagem, a segurança foi reforçada para o jogo e policiais estavam em “alerta alto” depois dos problemas da última partida no local. “Cerca de 100 torcedores do Chile invadiram a área de imprensa do estádio em uma tentativa de forçar sua passagem até as arquibancadas para assistir ao jogo contra a Espanha”, diz o repórter, citando que 85 torcedores foram detidos pela polícia após o tumulto (assista ao vídeo, em inglês).

Neste domingo, segundo o vídeo, a situação era bem diferente: “policiais militares cercaram a área no entorno e bloquearam as ruas que dão no estádio”. O número de pessoas cuidando da segurança do Maracanã com o reforço da PM passou de 3 mil, para lidar com uma multidão esperada de 70 mil torcedores na hora do jogo. A Bélgica é considerada uma das surpresas da Copa, lembrou o repórter.

“Se eles só estiverem falando sobre isso [o futebol] no fim, as forças de segurança consideração isso um sinal de um trabalho bem feito”, completou.



  • 'Não era para tanto', diz jornal espanhol sobre o clima de pessimismo pré-Copa




    Com o título “No era para tanto” (Não era para tanto, em português), o jornal espanhol "El País" publicou reportagem neste sábado (21) sobre as previsões catastróficas a respeito da realização da Copa do Mundo no Brasil, e o clima de otimismo, agora que o torneio já começou.


    O texto destaca a grande quantidade de artígos na imprensa internacional afirmando que a Copa vai muito melhor do que o esperado. E aponta como uma das razões disso a expectativa pré-Copa de que tudo daria errado na realização do evento no Brasil.


    “O Mundial caminha melhor do que o esperado. É verdade. Em parte porque o que se esperava era muito ruim, uma espécie de apocalipse brasileiro, onde pouco ou nada iria funcionar como deveria”, afirma o texto (leia a reportagem original, em espanhol).


    O jornal lembra os problemas que precederam à Copa, como os atrasos nas obras de estádios e infraestrutura, a greve do metrô de São Paulo e os protestos. E sugere que, durante o Mundial, os serviços estão funcionando “melhor que antes da Copa”, e que os brasileiros deixaram de lado as manifestações assim que os jogos começaram.


    “A bola começou a rolar e os brasileiros, em sua grande maioria, se alienaram junto com a seleção, declarando a si mesmos uma trégua até que termine o campeonato ou o Brasil seja eliminado”, diz o texto. 
     
  • Le Monde destaca 'milagre brasileiro' no bom funcionamento da Copa do Mundo

     

    Le Monde escreve sobre improviso à brasileira



    Reportagem do jornal francês “Le Monde” classifica como “milagre brasileiro” o bom funcionamento da Copa do Mundo mesmo após expectativa de caos nos estádios, no transporte público e nas ruas, devido às manifestações de movimentos sociais. "O improviso à brasileira se revela à altura do evento", diz o título.


    “Todas as preocupações parecem ter desaparecido com os primeiros acordes da cerimônia de abertura (...) Depois de uma semana de competição, parece que a catástrofe não ocorreu”, explica o texto (leia a reportagem original, em francês).


    Os jornalistas citam que alguns problemas podem ser encontrados, como acabamentos não finalizados nos estádios ou dificuldades para captar sinal de celular. No entanto, eles dizem que um sorriso, seguido de um “bem-vindo”, em português, compensam qualquer vacilo. "O Brasil organiza o Mundial à sua maneira, confuso e amigável, descontraído e acolhedor", diz o jornal.
     
    Em outra reportagem, quatro jornalistas, dois deles correspondentes da publicação no Brasil, explicam como a população de Ribeirão Preto (SP), cidade que abriga os jogadores da França, é apaixonada pela seleção. “Onde quer que vá, [o jogador] Karim Benzema é aclamado. Mas os brasileiros também aplaudem os outros calorosamente”, diz o texto (leia a reportagem original, em francês).

    A reportagem cita ainda a ligação de Ribeirão Preto com a França, graças aos irmãos ex-atletas Sócrates e Raí (este último competiu pelo Paris Saint-Germain na década de 1990), que moraram na cidade do interior paulista por muito tempo. "A sombra de Sócrates ainda flutua no Pinguim, o bar o "doutor", como era apelidado, tomava cerveja", diz o Le Monde. 

    O texto aproveita também para mostrar que em outras cidades do país, como Manaus e Salvador, os brasileiros tentam conversar com os franceses misturando palavras do idioma com o português “em sinal de boa vontade e cortesia”.

  • Ator é vítima de racismo de outros torcedores ingleses no Brasil, diz jornal

     

    Riz Ahmed


    O ator Riz Ahmed, um inglês de origem paquistanesa, diz ter sido vítima de racismo praticado por outros torcedores da Inglaterra durante o jogo contra o Uruguai, na Arena Corinthians, em São Paulo, na última quinta-feira (19). Segundo reportagem do jornal britânico The Telegraph, Ahmed estava no estádio apoiando a seleção inglesa quando passou a ser insultado por outros torcedores do seu país.


    "Eu estava no estádio em  São Paulo cantando 'England! England!'. No intervalo do jogo, recebi um abuso racista de um torcedor inglês. No segundo tempo, já não podia mais cantar", escreveu o ator no microblog Twitter (leia a reportagem original, em inglês).

     

    O incidente aconteceu alguns dias depois de o ator, que já participou de filmes como "Four Lions" e "III Manors" ter expressado sua alegria em poder torcer no Brasil sem ter de se preocupar com problemas de racismo. "A melhor coisa sobre o Brasil? Ser um cara moreno e de barba e poder gritar 'England!' sem causar um alerta na segurança", afirmou.
     
  • Inglaterra eliminada é 'fim de um sonho', diz jornal; ingleses aprovam festa da Copa

     

    Jornal The Telegraph destaca o sofrimento dos torcedores ingleses nesta Copa

    Os sites dos jornais ingleses destacaram nesta sexta-feira (20) a eliminação prematura da Inglaterra da Copa do Mundo, confirmada após a vitória da Costa Rica sobre a Itália. "O sonho acabou", destacou o jornal "The Telegraph", que entrevistou vários torcedores britânicos após a partida.


    "Acho que outros times querem vencer a Copa mais do que a Inglaterra", disse o eletricista Michael Clarke, de Birmingham, entrevistado na praia de Copacabana, no Rio, após o jogo vencido pelos costarriquenhos. Segundo o torcedor, apesar da eliminação valeu a pena vir ao Brasil ver a Copa do Mundo ao vivo. "Tivemos momentos brilhantes aqui. Tem sido uma grande festa e os brasileiros estão nos tratando muito bem." (leia reportagem original, em inglês)


    Outro torcedor disse à reportagem: a única vez que houve uma Copa do Mundo no Brasil em toda a minha vida por isso tem sido um privilégio estar aqui", afirmou ao jornal. "Nós tivemos grandes momentos e é uma vergonha que a seleção da Inglaterra coloque um freio nisso."


    O jornal destacou ainda que se a Inglaterra não ganhar o último jogo, contra a Costa Rica, será a pior atuação de uma seleção inglesa em toda a história das Copas.O Huffington Post também destacou que a eliminação foi a mais precoce desde 1958. Já o Guardian mostrou a reação de internautas ingleses no Twitter durante o jogo entre Costa Rica e Itália. 

    Guardian e Huffington Post destacaram a eliminação da Inglaterra
  • Copa une a nação brasileira, mas exclui o governo, diz Financial Times

     



    A revista on-line do jornal Financial Times publicou, nesta sexta-feira (20), um artigo sobre como o “efeito Copa do Mundo” uniu o Brasil. Segundo o jornalista Simon Kuper, que assina o texto, os dois mundiais sediados no país –o de 1950 e o de 2014—são completamente diferentes no quesito da inclusão.

    “Na última Copa do Mundo na casa do Brasil em 1950, a derrota ‘legendária’ da Seleção na final contra o Uruguai provavelmente não foi nem notada pela maioria dos brasileiros analfabetos e da zona rural”, diz ele. Desse vez, porém, Kuper mencionou um e-mail que recebeu de um antropólogo brasileiro que atualmente trabalha em uma tribo indígena isolada na região do Xingu, dizendo que todos os moradores do local acompanharam o jogo de estreia do Brasil, contra a Croácia (leia o texto original, em inglês).

    Segundo o jornalista, no Brasil, mais que em qualquer país, a seleção nacional de futebol representa a nação. E o hino cantado à capella por dezenas de milhares de brasileiros nos estádios, que para ele se tornou um ritual local, é o momento em que essa representação se concretiza.

    “Um país vastamente desigual agora está fazendo o melhor que pode para se unir em torno de um time de jogadores de futebol expatriados e multimilionários”, escreveu Kuper.

    Ele citou o fato de os paulistas se distanciarem da média nacional em uma pesquisa que ouviu a aprovação da Copa pela população –em São Paulo, só 41% era a favor, contra 51% da média brasileira.

    Mas, no dia da abertura da Copa em Itaquera, São Paulo aderiu à maioria. “A multidão no estádio cantou o hino com tom desafiador, segundo me disse um empresário brasileiro. A mensagem deles: eles amavam o Brasil apesar do governo”, disse ele, em referência à ideia atribuída ao lateral Marcelo de continuar cantando o hino após o fim da versão da Fifa.

    Para o jornalista, hoje, nos dias de jogos, os brasileiros das grandes cidades reúnem as famílias para um churrasco, e ver a Seleção é um ritual de união, para a família, para o bairro e para a nação. Segundo ele, porém, não é correto dizer que brasileiros amam o futebol. “Brasileiros amam ver o Brasil nas Copas do Mundo.”

    Já os jogadores do time estão longe de ser o tipo médio do brasileiro. A estratégia de Marcelo, para ele, é foi só um truque para angariar os fãs. O jornalista diz ainda que as únicas pessoas excluídas do que chamou de “família nacional” são os governantes, um fato “que acontece em muitos países atualmente”, diz. “A presidente Dilma Rousseff vai aos jogos mas mantém a cabeça baixa enquanto a multidão entoa canções ofensivas sobre ela.”

Rapaz internado em UPA na Samambaia está desaparecido há doze dias

Giovani Marques de Souza, de 36 anos, sumiu após receber alta da UPA de Samambaia, no último dia 10
 

redacao@jornaldebrasilia.com.br

Onze dias e nenhuma reposta para o desaparecimento de Giovani Marques de Souza, de 36 anos. O morador de Santa Rita de Cássia, na Bahia, sumiu após receber alta da Unidade de Pronto Atendimento de Samambaia (UPA), no último dia 10. 

De acordo com o caminhoneiro Britoalves José Guedes, 71, Giovani teve uma crise de abstinência alcoólica chegando a Brasília e precisou ficar internado na unidade. 

Britoalves afirma que, por volta de 1h30 do dia seguinte, ligaram para ele - que aguardava no caminhão - da unidade hospitalar, afirmando que o paciente havia recebido alta. Mas, ao chegar à UPA, o colega teria sumido. 

Informações

O caminhoneiro acusa os funcionários da unidade de fornecer informações incoerentes. “Disseram que havia sido liberado e depois  que ele  tinha saído para ir ao banheiro”, diz.

Versão oficial

A Secretaria de Saúde explica que, na madrugada do dia 11, o paciente passava bem, recebeu alta e enquanto esperava a família deixou o local. Neste caso, o hospital não pode segurar o paciente. 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Jornal aponta estádio inacabado para Austrália x Espanha


22/06/2014 - 18:00




Terra

Arena da Baixada, que receberá a partida entre Austrália e Espanha nesta segunda-feira, está inacabada. A constatação é da versão digital do jornal espanhol Marca, em artigo deste domingo. Segundo o diário, embora “brilhe a parte que aparece nas transmissões de televisão (...), o interior do edifício é um caos de obras que não foram concluídas”.


 

O texto dá detalhes de obras nas dependências do estádio, além de fazer críticas ao que foi entregue. “Seria conveniente explicar também o motivo de algumas escadas de acesso serem demasiadamente estreitas, e um tanto perigosas em caso de evacuação”. De quebra, ainda critica os banheiros, cujas cabines apresentariam sanitários coletivos.




 

A publicação lembrou as obras de remodelação pela qual passou a Arena da Baixada para a Copa do Mundo, “que não foram finalizadas ainda e que estiveram a ponto de deixar a capital do Paraná sem os quatro partidos que ela acolhe no Mundial”. O aval da Fifa só saiu em 15 de maio, após várias visitas do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke.

 

Já eliminadas, Austrália e Espanha medem forças nesta segunda-feira, às 13h (horário de Brasília), pela terceira rodada do Grupo B da Copa do Mundo. Nas duas primeiras rodadas, as duas seleções foram derrotadas, por Holanda e Chile.



Mundial do surreal: preços de produtos e serviços decolam nas cidades-sede





22/06/2014 - 13:30




O Globo

 BELO HORIZONTE, BRASÍLIA, CUIABÁ, MANAUS, RIO DE JANEIRO e SALVADOR - 

As praias do Rio, as festas de São João do Nordeste, a floresta amazônica bem pertinho, o frio de Curitiba: as atrações off-Copa para os turistas que vieram para o Mundial no Brasil variam muito, de estado para estado, mas um item tem sido comum de Norte a Sul do país, e assustado os torcedores tanto quanto os rivais em campo — os preços praticados nas 12 cidades-sede. 

Os exemplos da inflação padrão Fifa são variados: há hotéis que quadruplicaram o valor das diárias, estacionamentos que resolveram cobrar R$ 100 nos dias de jogo, e churrascarias que abandonaram a cortesia do show típico gratuito (agora, valem R$ 15). Na hora de comer, o nó no estômago é quase certo: comerciantes atacam com cobranças surreais, e um modestíssimo salaminho pode sair a R$ 44, enquanto um copo de limonada vale R$ 10,50.



 

Se a bebida for alcoólica, então, o preço vai às alturas. Nos bares de Belo Horizonte, é possível encontrar garrafa de vodca nacional a R$ 149. A garrafa de cerveja sai a R$ 10 nos bares da Zona Sul, enquanto, no Rio, já tem long neck sendo oferecida a R$ 13. E é claro que os acompanhamentos não ficariam de fora dos preços indigestos. Em Belo Horizonte, tem porção de contrafilé a R$ 104, e castanha de caju a R$ 119, 93 o quilo. 

Os turistas não escondem o espanto. Os amigos colombianos Edgar Ospires, publicitário, Christian Herrera, engenheiro, e Leon Suarez, economista, foram ver a Copa, mas também aproveitando a noite de Minas Gerais. E acabaram pagando R$ 50 apenas para entrar numa festa no Mercado das Borboletas, no Centro da cidade, quase o preço das entradas mais baratas para as partidas da Copa, a R$ 60.


 


— O copo de catuaba ou de cerveja custava R$ 10, cada. Com esse dinheiro, dá pra comprar mais que uma garrafa inteira — reclamava Leon.


 

No caso de Belo Horizonte, os sustos começam já no aeroporto, onde as lanchonetes são famosas pelos preços salgados. No Tancredo Neves, em Confins, um sanduíche de frango custa R$ 17, e um pacotinho de chiclete, vendido normalmente por, no máximo, R$ 1,50, salta para R$ 3,90.

 

NO RIO, JARRA DE SUCO A R$ 52 E ESTACIONAMENTO A R$ 100


 

No Rio de Janeiro, nem é preciso a Copa para turistas ficarem assustados com os preços da cidade. Em Santa Teresa, uma casa com vista de tirar o fôlego deixa também sem ar quem pede uma jarra de suco de abacaxi, de 1,5 litro. São R$ 52 na conta. 

Na Lagoa, um quiosque cobra taxa de rolha de R$ 250 a quem quiser levar o próprio uísque ou vodca. Não à toa, o cardápio informa que as formas de pagamento são dinheiro, cartão de crédito, cheque ou joias. 

Perto do Maracanã, parar o carro é um desafio em dias de jogos: teve estacionamento na Rua São Francisco Xavier cobrando R$ 100 no último domingo. A um quilômetro dali, na Rua Moraes e Silva, é possível encontrar uma “promoção”, um estacionamento rotativo que cobra R$ 50 por vaga nos dias de jogos no estádio. Na Fifa Fan Fest, na Praia de Copacabana, tem cerveja entre R$ 10 e R$ 13.


 

— É muito triste pagar tão caro. Além, obviamente, da comida, o transporte público foi o que mais nos chamou atenção, pois é três vezes mais caro do que pagamos na Cidade do México. Sabíamos que os valores seriam altos, mas nem tanto — diz a mexicana Claudia Martin del Campo.


 

O argentino Ariel Piena faz coro:


 

— Precisamos economizar cada centavo. O valor das cervejas é absurdo. Elas não valem isso tudo.


 

Na capital do país, a Copa do Mundo também fez crescer os olhos do comércio e de prestadores de serviço. Diante da oportunidade de faturarem no período do Mundial, muitos procuraram reajustar suas tabelas, e um caso foi parar até nos tribunais. 

A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou um projeto, e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), transformou em lei o direito de os taxistas cobrarem bandeira 2 entre o exato período de 10 de junho a 15 de julho, coincidentemente época dos jogos da Copa. O Ministério Público questionou, e a Justiça cassou o que entendeu ser uma prática abusiva. 

Uma corrida de táxi do Setor Hoteleiro de Brasília até o Taguaparque, onde ocorre a Fan Fest da Fifa, por exemplo, passaria de R$ 55,14 para R$ 68,94, uma diferença de R$ 13,80. Para os procuradores, a autorização para essa cobrança foi “oportunista”.
 


Além de oportunista, um artesão que vende seus trabalhos na Esplanada dos Ministérios, é também sincero.

— Qual o preço? — perguntou um repórter do GLOBO, interessado numa maquete do estádio Mané Garrincha.



 

— Varia. Pode ser R$ 30, R$ 40 ou R$ 50. Depende do freguês — disse o artesão.


 

Em Brasília, tem gente que nem tenta disfarçar a alta de preços. Num quiosque de atendimento aos turistas e de venda de passeios, num shopping no Centro da cidade, um dos panfletos anuncia um passeio de barco no artificial Lago do Paranoá. 

Uma rasura feita a caneta revela o salto de R$ 30 para R$ 35, por pessoa. O city tour em ônibus duplos, abertos em cima, também sofreu alterações: custava R$ 25, e, agora, exatamente o dobro. Perguntado se não era R$ 25, o motorista responde:

 


— O preço no site está errado. O valor é esse mesmo.


 

No quiosque que vende os bilhetes, a responsável negou que o aumento tenha relação com a Copa do Mundo.


 

— Já é esse preço faz tempo. Não tem nada a ver — defende ela.


 

Em Cuiabá, onde tem restaurante cobrando R$ 42 por porção com 12 bolinhos de bacalhau, o aumento de preços é percebido principalmente nos hotéis. Uma diária durante a Copa sai por R$ 1.200 num hotel quatro estrelas, valor que cai para R$ 300 logo após o Mundial.


 

Em Porto Alegre, houve o mesmo movimento. Os hotéis aumentaram as diárias médias em mais de 60% nos dias anteriores e posteriores aos jogos. O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre, Carlos Henrique Schmidt, tenta explicar o reajuste. 


Segundo ele, o comércio varejista ganha mais em volume de vendas e, por isso, pode manter os preços sem perder a oportunidade que os turistas representam.

— Para os hotéis é um evento menor, já que muitos turistas improvisam hospedagem em casas particulares, pensões e até campings. Então, alinhar os preços é uma estratégia compreensível — alegou.


 

Fora da rede hoteleira, o Procon já identificou abusos em Porto Alegre: as cervejas, dependendo da marca, tiveram alta de 18%, passando de uma média de R$ 8, a versão de 600ml, para R$ 9,50. A água teve a maior variação percentual, chegando a custar até 40% a mais do que a cotação normal.
 


Os pratos típicos também aumentaram em várias cidades-sede. Em Porto Alegre, churrascarias subiram o preço em 15% e passaram a cobrar à parte o couvert artístico para os shows típicos, que eram gratuitos, e, agora, custam R$ 15.


 

ACARAJÉ AGORA SAI A R$ 10

 

Em Salvador, o acarajé virou o vilão da vez. No Pelourinho, há barracas de baianas vendendo o quitute por até R$ 10, dependendo do sotaque e da aparência do cliente. Antes da competição, o preço do acarajé vendido nas ruas de Salvador raramente passava de R$ 7.

 

— Eu tenho achado tudo muito caro no Centro Histórico — diz a capixaba Suely Nunes, em Salvador para visitar a família e aproveitar o clima da Copa. — Venho muito para cá, então sei que as coisas não costumam custar tudo isso.

 

Em Manaus, um sanduíche de queijo com presunto custa até R$ 20, e tem hotel cobrando R$ 500 de diária sem oferecer sequer água no frigobar. Em Fortaleza, há bares, na Praia do Futuro, uma das mais movimentadas, cobrando até R$ 12 por uma garrafa de cerveja de 600ml. 

Nas barracas, a reclamação é em relação ao preço do caranguejo, que se era visto por R$ 2 ou R$ 3 antes do período do Mundial, agora está em torno de R$ 5.

 

Em Curitiba e Natal, no entanto, os visitantes deram mais sorte. Na cidade do Sul, as caipirinhas continuam custando entre R$ 4 a R$ 8, em média. Um almoço “normal” no Centro da cidade sai, em geral, por R$ 20, incluindo a bebida e o cafezinho, cortesia em muitos locais.


 

— Não senti preços altos, aqui está mais barato que em Brasília, onde estive antes — afirma o equatoriano radicado no Panamá Javier Carrera, que não estranhou nem mesmo a cobrança de entrada que alguns bares mais badalados fazem, de cerca de R$ 15, mas que é prática comum da cidade, mesmo antes da Copa.





Humor O palhaço da Alvorada


Com medo de ser xingada mais uma vez pelo povão da elite branca, a presidenta Dilma Roskoff ainda não decidiu se vai pintar no estádio Mané Garrincha
Com medo de ser xingada mais uma vez pelo povão da elite branca, a presidenta Dilma Roskoff ainda não decidiu se vai pintar no estádio Mané Garrincha 


Agamenon Mendes Pedreira
Agamenon Mendes Pedreira
Graças à Copa, o Brasil está melhorando, e isso ninguém tem coragem de dizer! Sigam-me no meu raciocínio: tem feriado  todo dia, todo mundo parou de trabalhar no governo, o trânsito anda uma beleza, a polícia só está batendo nos chilenos e até os assaltantes resolveram tirar férias pra assistir à Copa. 



Já estou aqui em Brasília e estacionei meu Dodge Dart 73, enferrujado, na porta da Arena Zé Mané Garrincha. O bilionário estádio foi assim batizado não em homenagem ao grande Garrincha, mas em honra ao Zé Mané, o torcedor contribuinte, que pagou esta obra superfaturada PATRÃO FIFA. 


Bola da VEJA: como VEJA mostra a Copa do Mundo


A grande discussão aqui na capital federal é o que vai ser feito com o enorme e luxuoso estádio de futebol depois que a Copa acabar. Como em Brasília não se pratica muito o futebol (o esporte local é a roubalheira), minha sugestão é transformar o Mané Garrincha em presídio após o Mundial. 


E depois trancar lá dentro todos os políticos, empreiteiros, lobistas e funcionários públicos que meteram a mão nas verbas da Copa. O problema é que não ia ter vaga pra todo mundo. E a Papuda (que é uma penitenciária Padrão FIFA) já está lotada de mensaleiros do PT (Partido da Tranca). 

Enquanto membro da imprensa golpista de direita da elite branca, fui prestar solidariedade à presidenta Dilma Roskoff, que ainda está entalada com os xingamentos chulos, de baixo calão, que recebeu da torcida no Itaquerão. Indignada com os apupos, Dilma se trancou no palácio com sua amiga, a presidenta da Petrobras, “Graça” Foster. Palácio do Jaburu, é claro.


Dilma me confessou que não sabe se vai ao jogo, com medo de ser vaiada. Sugeri então à Angela Merkel brasileira ir ao estádio disfarçada de mulher. Como se fosse o cartunista Laerte. 


Assim, travestida, no meio do povão da elite, Dilma ia poder lavar a alma, xingando o Renan, o Collor, o Michel Temer, o Gilberto Cascalho e todas as outras autoridades que estivessem presentes. 


E atenção, torcida brasileira: vamos secar bastante os Camarões! E fazer um vatapá!


Agamenon é jornalista superfaturado

‘Só um intervalo’, por J. R. Guzzo



Publicado na edição impressa de VEJA

J. R. GUZZO

Um jogo de futebol, mesmo um jogo de abertura de Copa do Mundo e com o time brasileiro em campo, é apenas um jogo de futebol. Para a maioria da população brasileira, as aflições da luta diária e silenciosa pela sobrevivência são bem maiores, na prática, do que qualquer tristeza esportiva; ninguém tem tempo para ficar chorando quando é preciso encarar, logo na madrugada seguinte, três horas de ônibus, metrô e trem para ir até o trabalho. 

O ex-presidente Lula pode achar que é uma “babaquice” pensar em transporte público de primeira classe para quem vive na terceira, nesta bendita Copa que inventou de trazer para o Brasil sete anos atrás. 

Pode achar o que quiser, mas não vai aliviar em um grama a selvageria imposta à população para que ela exerça seu direito constitucional de ir do ponto A ao ponto B – e muitos outros prometidos em troca dos 30 bilhões de reais que custará a Copa mais cara da história, num país onde a classe média começa nos 290 reais de renda por mês. 


Do mesmo modo, as alegrias da vitória são apenas momentos que brilham, depois de leve oscilam, e se desfazem num prazo médio de 48 horas.



A vitória do Brasil sobre a Croácia por 3 a 1, em sua estreia na mais grandiosa e emocionante disputa esportiva do planeta, foi um desses momentos que valem enquanto duram. Não garante nada, é claro, numa competição de alpinismo em que cada passo rumo ao topo é mais difícil que o passo anterior; garante mais, em todo caso, que uma derrota. 


Mas para a vida do Brasil e dos brasileiros é apenas um intervalo que não muda nada – justamente numa hora em que é urgente mudar tanto. É urgente porque o Brasil se encontra, neste mês de junho de 2014, em estado de desgoverno. 

A questão, a esta altura, não é dizer que o governo da presidente Dilma Rousseff tem tudo para ficar entre os piores que o país jamais teve. Isso muita gente, e cada vez mais gente, já está cansada de saber – segundo a última pesquisa do Pew Institute, organização americana de imparcialidade e competência indiscutíveis, mais de 70% dos brasileiros estão hoje descontentes com o governo; eram 55% em 2013. 

Esse nível de frustração, segundo o instituto, “não tem paralelo em anos recentes”. Que mais seria preciso dizer? O problema real, seja qual for o resultado final da Copa, é que o governo federal deixou de existir como autoridade responsável; traiu os eleitores, suprimindo o seu direito de ser governados sob o império da lei, e passou a agir no mundo da treva. 


Não se sabe se os donos do poder estão sonhando em arrastar o Brasil para uma aventura totalitária. Mas certamente dão a impressão de quererem algo muito parecido com isso.
Lula, Dilma, o PT e as forças postas a seu serviço não aceitam, por tudo o que dizem e sobretudo pelo que fazem, a ideia de perder a eleição presidencial de outubro. 

Por esse objetivo, mandaram a governança do país para o diabo e empregam 100% de suas energias, sua capacidade de cometer atos ilegais e seu livre acesso ao dinheiro público para impedir que a massa dos insatisfeitos possa eleger para a Presidência qualquer candidato que não se chame Dilma Rousseff. 

Uma greve ilegal e abusiva dos agentes do metrô de São Paulo, armada na zona escura dos apoios clandestinos ao governo, fez algo inédito: montou piquetes para impedir que os passageiros chegassem aos trens – dentro da estratégia de impor a desordem nos serviços públicos paulistas e, com isso, prejudicar candidatos da oposição. 


Um decreto da presidente criou, e quer tornar efetivos, uns “conselhos populares” com poderes e competências acima dos do Congresso Nacional e do Judiciário. 


Num país com 55 000 assassinatos por ano, o governo nega aos cidadãos o direito fundamental à vida, ao tornar-se cúmplice dos criminosos com sua tolerância máxima ao crime – em quase doze anos de governo, Lula e Dilma não disseram uma única palavra contra esse massacre, e muito menos tomaram a mínima providência a respeito. 


Ambos tiveram, ou compraram, o apoio de 70% do Congresso; o que fizeram de útil com essa imensa maioria? Zero. Ela foi usada apenas para impedir investigações sobre seus crimes, como na espetacular sequência de escândalos na Petrobras, por exemplo, e encher o PT e seus aliados com empregos públicos, verbas e oportunidades de negócio. 


O uso sistemático da mentira tor­nou-se a forma mais praticada de ação política. A presidente da República não fala ao público na abertura da Copa – fica num discurso pré-fabricado de elogio a seu governo.

Um Brasil como esse perde se perder e perde se ganhar.

Ronaldo Caiado: Nem xingamento, nem vitimização

Tendências/Debates




É inaceitável numa democracia que um presidente da República seja xingado publicamente de modo grosseiro, especialmente num evento do porte da abertura da Copa do Mundo, vista por mais de 3 bilhões de pessoas em todo o planeta. 
É grosseiro, merece nosso repúdio, mas não podemos esquecer o contexto que levaram milhares de pessoas a xingar a presidente Dilma Rousseff no Itaquerão. E muito menos aceitar a "vitimização" que o PT pretende impor à sociedade em mais uma de suas "armadilhas" em lançar falsas questões em falsos debates, com falsos argumentos. 

Acreditar que aqueles que a xingaram são "cretinos", "facínoras", integrantes da "elite branca e conservadora" é um insulto à inteligência do brasileiro e é imaginar que ele não tem memória ou capacidade de interpretar gestos políticos. 

Por anos o PT e seus principais dirigentes atacaram duramente a figura do presidente da República, qualquer que fosse o ocupante da principal cadeira do Palácio do Planalto. Os ex-presidentes José Sarney, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, todos eles sofreram agressões grosseiras de Lula e de outros próceres do partido. Na fila de desafetos petistas incluem-se Mário Covas (chegou a ser agredido fisicamente), José Agripino e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, inclusive ameaçado de morte. 

Essa sempre foi a estratégia política do partido da atual presidente da República, desde a sua fundação. A de agredir quem pensa diferente, a de acirrar os conflitos em dicotomias simplistas –"elite branca" versus "maioria negra"– e a de não respeitar a decisão da maioria, como nos episódios da campanha do "Fora FHC" e da Constituição de 1988, que resistiram a assinar.


Agora tentam utilizar o episódio do Itaquerão para reverter a situação e "vitimizar" a presidente Dilma Rousseff na figura de mulher, "mãe de família", "avó indefesa", para obter ganhos políticos eleitoreiros. 

Esquecem, propositadamente, que a própria Dilma Rousseff usou o dinheiro público na rede nacional de rádio e TV para estimular o conflito. Contribuiu com uma safra de ofensas que incluiu expressões pouco republicanas para a liturgia de seu cargo, como "derrotados", "fantasmas do passado". 

Tentam, ao vitimizá-la, ludibriar a opinião pública e fazer com que se esqueça que, por trás das vaias e dos grosseiros xingamentos, existem insatisfações concretas na população, que já se materializaram nas ruas em junho do ano passado. 

A economia vai mal, a inflação recrudesce, os juros sobem e a corrupção grassa solta. Os gastos astronômicos e superfaturados das obras da Copa, o inexistente legado e a incompetência em cumprir o prometido comprometeram a imagem do governo e do país, aqui e no exterior, como indicam as pesquisas. 

Mesmo assim, numa vã tentativa de iludir a população, eles fingem que essas informações não se referem à gestão deles. Esse é o quadro, inaceitável numa democracia. Não podemos deixar mais esse exercício cínico de vitimologia do PT prosperar. Precisamos desmascará-lo e garantir um regime democrático pleno, sem xingamentos, mas sem mentiras nem vitimização. 


RONALDO CAIADO, 64, deputado federal (DEM-GO), é líder da minoria do Congresso Nacional

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Ronaldo Caiado ao PT: chega de vitimização!



Pobrezinha, tão frágil, tão indefesa, tão humilde…


Uma coisa é condenar o xingamento direcionado a uma presidente que representa – ou deveria representar – uma instituição republicana; outra, bem diferente, é apelar para a vitimização esdrúxula do alvo do xingamento, como fez boa parte do PT e o próprio ex-presidente Lula. Tal distinção foi justamente o tema do artigo de Ronaldo Caiado publicado na Folha hoje.


O deputado rejeita o ato de xingar uma presidente, que considera grosseiro e digno de nosso repúdio. Mas aceita ainda menos a tentativa que os petistas fizeram de transformar o ocorrido em uma vitória política, para explorar de forma oportunista a imagem de “pobre vítima” de Dilma. Não cola, e o ministro Gilberto Carvalho mesmo já reconheceu que é absurdo culpar uma “elite branca” pelo episódio.


Caiado considera um insulto à inteligência do brasileiro acusar uma “elite branca conservadora” pelas vaias e xingamentos. Mas o PT vem há anos fazendo justamente isso: insultando a inteligência do brasileiro. Como lembra Caiado, foi o próprio PT quem sempre cuspiu na figura do Presidente da República ou Governo em geral, desrespeitando o ocupante do cargo com agressões verbais e até físicas (como no caso de Mário Covas).


O que dizer, então, de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal e atacado quase diariamente pela militância organizada do PT, que até hoje defende oficialmente os criminosos julgados, condenados e presos na Papuda? Barbosa decidiu antecipar sua aponsentadoria, e muitos atribuem isso às ameaças de morte que ele recebeu. Quem estaria por trás de tais ameaças?


Por fim, Caiado lembra que foi a própria presidente Dilma quem misturou a figura de candidata e ocupante de um cargo institucional que representa todos os brasileiros, ao usar a Copa para fazer campanha nas redes de televisão e rádio, com o uso de dinheiro público. Dilma fez uso de palavras pouco republicanas, acusando “inimigos” e ignorando a liturgia do cargo, algo comum quando se trata do PT. Caiado conclui:


Tentam, ao vitimizá-la, ludibriar a opinião pública e fazer com que se esqueça que, por trás das vaias e dos grosseiros xingamentos, existem insatisfações concretas na população, que já se materializaram nas ruas em junho do ano passado.


A economia vai mal, a inflação recrudesce, os juros sobem e a corrupção grassa solta. Os gastos astronômicos e superfaturados das obras da Copa, o inexistente legado e a incompetência em cumprir o prometido comprometeram a imagem do governo e do país, aqui e no exterior, como indicam as pesquisas.


Mesmo assim, numa vã tentativa de iludir a população, eles fingem que essas informações não se referem à gestão deles. Esse é o quadro, inaceitável numa democracia. Não podemos deixar mais esse exercício cínico de vitimologia do PT prosperar. Precisamos desmascará-lo e garantir um regime democrático pleno, sem xingamentos, mas sem mentiras nem vitimização.


Rodrigo Constantino

Romário marca gol contra e pode pendurar as chuteiras



Essa dupla de ataque vai bater cabeça...
Essa dupla de ataque vai bater cabeça…



Romário é o garoto-propaganda de uma famosa marca de sandálias. No comercial, ele fica apenas com o pé direito, e manda o pé esquerdo para Diego Maradona, na Argentina. 


 Monotemático como sou, já puxo logo o sentido para a política: o Brasil precisa começar com o pé direito mesmo, pois ninguém aguenta mais tanto esquerdismo. Já o camarada tem o que merece: não só seu país afunda cada vez mais na desgraça por conta das trapalhadas da esquerda local, como ele mesmo é um conhecido bajulador de ditaduras socialistas.


Mas fora das telas o baixinho fez o contrário: resolveu calçar o pé esquerdo e marcou um baita gol contra. Seu partido, o PSB, oficializou neste sábado o apoio à pré-candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do estado pelo PT. O deputado federal Romário também foi confirmado como candidato ao Senado pela chapa.


Trata-se, nas palavras de Sirkis, de uma verdadeira “suruba” política. O PSB é o partido de Eduardo Campos, que se diz oposição. Em São Paulo fechou com Geraldo Alckmin, do PSDB, o que faz mais sentido. No Rio, associou-se ao PT de Dilma!


O tema da corrupção tem sido destaque nos discursos de Romário, que se tornou um duro crítico dos gastos para a Copa. Posar ao lado de “Lindinho”, representante do PT local e ele mesmo envolvido em alguns escândalos de corrupção, é simplesmente algo muito incoerente.

É um tiro no pé, uma decisão “pragmática” que pode custar muito caro ao ex-jorgador, no começo de sua carreira política. Seria análogo a ele escolher jogar pela Argentina em uma Copa do Mundo contra o Brasil, pois quem defende o PT hoje joga contra o país.


Arrisco dizer que, se o povo carioca tiver um pingo de juízo, tanto Lindbergh Farias como Romário vão perder, o que poderá simbolizar o fim precoce de sua vida política. O baixinho terá de pendurar as chuteiras mais cedo do que imaginava. Mandou muito mal, sacou, “peixe”?


Rodrigo Constantino

Chefão petista se irrita com “Repórteres Sem Fronteiras” porque entidade defende liberdade de imprensa





Que pitoresco!

O senador Humberto Costa (PE), um dos chefões do PT, está irritado com a entidade “Repórteres Sem Fronteiras”, que expressou sua preocupação com a lista de jornalistas “inimigos do regime”, feita pelo PT.

Para este grande patriota, a entidade não deveria se envolver nesse assunto. 


Entenderam? Se o PSDB fizesse a sua lista de “inimigos”, Costa certamente apoiaria o protesto da entidade. Se a Igreja Católica o fizesse, idem. Como é o PT, ele acha que está tudo certo. 


Leiam o que informa Gabriel Castro, na VEJA.com. 


Volto em seguida.  




* O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), respondeu com irritação neste sábado à nota em que a respeitada entidade Repórteres Sem Fronteiras, sediada em Paris, demonstra preocupação com a ofensiva do partido que ocupa o governo contra jornalistas. 

O texto foi motivado por um artigo no qual Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, elenca numa lista negra nove profissionais que identifica como inimigos — entre eles, Reinaldo Azevedo, colunista do site de VEJA. A resposta de Costa, que parece não compreender o conceito de liberdade de imprensa, reforça o que afirmam os representantes da entidade internacional.

 “Eu acho um absurdo esse tipo de colocação, e acho que uma instituição que tem a credibilidade do Repórteres Sem Fronteiras não deveria se imiscuir nesse assunto”, disse ele neste sábado, após a convenção nacional do partido, em Brasília. Costa prosseguiu: “E o lado da presidente da República, das lideranças do PT? A liberdade de imprensa é só de um lado?”. Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não quis comentar o caso.

Retomo  

É espantoso! O senador ainda não entendeu que um dos papéis da imprensa é mesmo ser crítica do poder. E, como é óbvio, existem os jornalistas afinados com o petismo, e existem os que não são. A obrigação indeclinável de uns e de outros é não mentir.

É curioso que o PT não aponte em meus textos: “Olhem, aqui ele está veiculando uma mentira, e a verdade é esta…” Preferem sair gritando: “Vejam o que ele escreveu! Como ele é reacionário! Ele espalha o ódio!” Ora, quem fez a lista das pessoas a serem odiadas foi o… partido!


Um evento assim seria um escândalo moral em qualquer país democrático do mundo. Imaginem se, nos EUA, os partidos Democrata ou Republicano fariam algo parecido! Quem se atrevesse estaria acabado. Por aqui, reitero, há covardes que estão agradecendo o fato de terem ficado fora do rol dos “inimigos do regime”.


Humberto Costa finge não saber que tanto o governo como o partido têm o direito de responder a críticas que considerem incorretas ou injustas. Mas não têm o direito de mandar para o paredão um grupo de profissionais que, na maioria dos casos, não mantêm relações de amizade; nem mesmo se conhecem. São pessoas diferentes, com escolhas e pensamentos distintos. A única coisa que os une, à sua revelia, é o ódio que o PT lhes devota. Nada mais.


Por Reinaldo Azevedo