Eu sei, você sabe, todos nós sabemos: cidades arborizadas
oferecem ar puro e melhor qualidade de vida a seus moradores. Isto não é
novidade para ninguém, certo?
Mas o que um estudo recente da Agência
Espacial Americana (Nasa) acaba de provar é que a temperatura das grandes cidades está diretamente relacionada a extensão da cobertura vegetal das mesmas.
A pesquisa, “Impact of urbanization on US surface climate”,divulgada na publicação Environmental Research Letters, utilizou dados de satélite e equipamentos de monitoramento de temperatura, em diversas cidades dos Estados Unidos.
O que os cientistas notaram é que durante o verão, centros urbanos
cobertos por solos impermeáveis – como asfalto, estradas, edifícios –
apresentam temperatura 1,9ºC superior ao de áreas rurais próximas, onde a
existência de árvores e folhagens é maior. No inverno, esta diferença
cai para 1,5ºC.
Você deve estar se perguntando se menos de 2oC fazem tanta diferença assim na temperatura. A resposta dos pesquisadores da Nasa é sim. A elevação de apenas 1ºC pode aumentar a demanda de energia para o uso de ar condicionado nos Estados Unidos em até 20%, de acordo com o Agência de Proteção Ambiental daquele país.
O que o estudo aponta é que quanto maior a extensão de cobertura
vegetal de uma cidade, mais fria ela será. Isto é causado graças a um
fenômeno conhecido como evapotranspiração, em que as árvores liberam vapor de água, através dos poros de suas folhas e caules. As plantas têm então um poder de resfriamento, elas se tornam reguladoras do clima (exatamente cono ocorre na Floresta Amazônica).
Grandes cidades já sofrem com o efeito chamado de ilhas de calor.
Por concentrarem uma densidade populacional muito grande e serem
cercadas por construções de concreto e pouquíssima vegetação, a
temperatura nestes locais chega a ser de 1ºC a 3º C mais alta,
ao absorverem mais a radiação solar.
Com investimento em reflorestamento e na arborização
de seus espaços público, centros urbanos conseguirão diminuir a
temperatura local e além disso, economizar recursos ao utilizar menos
energia.
Para os especialistas da Nasa, a presença de vegetação é essencial
para limitar o aumento de calor nas cidades. “Isto não tem nenhuma
relação com a emissão de gases de efeito estufa”, afirmou Lahouari
Bounoua, autor líder do estudo e pesquisador do Goddard Space Flight
Center da Nasa.
Agora, sobram provas. O que estamos esperando então para plantar mais árvores nas nossas cidades?
Jornalista, já passou por
rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo,
em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007 e 2011, morou
em Zurique, na Suíça, de onde colaborou para diversas publicações
brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Info, Superinteressante e
Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças
climáticas, energias renováveis e meio ambiente.
[EcoDebate]
Em setembro de 2015, o governo brasileiro anunciou ao mundo sua
contribuição pretendida nos esforços globais de atenuar a progressão do
aquecimento global e das perturbações do sistema climático[1].
O Brasil
pretende “reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo
dos níveis de 2005, em 2025”.
Como “contribuição indicativa
subsequente”, o país pretende ainda “reduzir as emissões de gases de
efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030”.
Essa dupla
pretensão está consignada no documento comunicado ao Secretariado da
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), em
cujo âmbito ocorrerá a decisiva Conferência do Clima em dezembro próximo
em Paris (COP 21).
Para atingir essas metas, o Brasil se compromete a “alcançar, na
Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030”.
O ceticismo
em relação a esse engajamento é inevitável. Márcio Astrini, do
Greenpeace, sublinha a incompatibilidade entre essas metas e o novo
Código Florestal, aprovado em 2012: “Este plano é baseado em uma lei que
sabemos que não funciona. Dilma não propõe nada para mudar essa
política. Seu plano é irrealista”.
Antes ainda de irrealista, o
documento apresentado à ONU é uma aberração jurídico-política, pois
quando o Estado brasileiro promete orgulhosamente que o desmatamento
ilegal será zerado em… 2030, ele confessa sua incapacidade de fazer
cumprir sua própria lei aqui e agora.
O Estado é, por definição, a
autoridade dotada dos instrumentos policiais e jurídicos que o capacitam
a garantir a observância de sua legislação. Prometer que as leis
vigentes serão respeitadas em 2030 é uma afirmação absurda, auto
desqualificante, cômica (se não fosse trágica) e que cobre de vergonha
os cidadãos deste país.
Além disso, se o governo quisesse mesmo que sua lei fosse cumprida no
futuro remoto, deveria começar por tomar providências nesse sentido no
presente. Ora, o que se constata é uma aceleração da destruição e da
degradação do patrimônio natural do país, tal como discutido em detalhe
em meu livro, Capitalismo e Colapso Ambiental, recentemente lançado pela
editora da Unicamp.
O governo apoiou uma legislação que anistia os
criminosos e permite mais áreas desmatadas sob o abrigo da lei, reduziu o
Ministério do Meio Ambiente à míngua e coroou sua aliança com os
protagonistas do desmatamento ao nomear para o seu primeiro escalão
Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA). Eleita em 2009 e em 2010 pelo Greenpeace “Miss
Desmatamento” e “Motosserra de ouro”, Kátia Abreu defende abertamente o
desmatamento, a ponto de escrever: “Há um sentido pejorativo que foi
atrelado à palavra desmatamento, como se ela significasse um ato
voluntário e arbitrário de destruição da natureza”[2].
O resultado objetivo dessas políticas é o aprofundamento das crises
ambientais brasileiras. Em apenas três anos, entre agosto de 2011 e
julho de 2014, o agronegócio arrasou 15.559 km2 da floresta amazônica,
uma área mais de dez vezes maior que o município de São Paulo.
E os
alertas de desmatamento identificados pelo sistema de Detecção de
Desmatamento em Tempo Real (DETER/INPE) de agosto de 2014 a julho de
2015 apontam para “os maiores índices de desmatamento e degradação da
floresta amazônica dos últimos seis anos”[3].
Quanto aos incêndios, a
floresta amazônica no Maranhão está em chamas e o INPE detectou no
estado do Amazonas, apenas em setembro de 2015, 5.882 focos de incêndio,
o maior número de incêndios em 17 anos de monitoramento nesse estado.
Legal ou ilegal, o desmatamento é um só. Ele causa aquecimento
global, desequilíbrios climáticos, secas, colapso dos habitats
florestais e da biodiversidade, degradação dos solos e insegurança
energética, hídrica e alimentar. Mas ainda que o governo conseguisse
convencer seus aliados a não desmatar além do permitido pela lei, o que o
novo Código Florestal permite desmatar já é suficiente para amputar
mais do que já destruímos da manta vegetal nativa brasileira desde 1970!
Como sabemos, o novo Código Florestal permite o desmatamento de 20% da
área de uma propriedade na Amazônia Legal, de 65% no Cerrado e de 80% em
outros biomas[4]. Ora, segundo estimativas de Gerd Sparovek
(Esalq/USP), a área brasileira de vegetação nativa que o Código deixou
desprotegida, podendo ser desmatada dentro dos limites da lei, soma 957
mil km², uma área maior que o estado do Mato Grosso, sendo mais de 400
mil km2 no Cerrado, 280 mil km2 na Caatinga e 78 mil km2 na Amazônia.
Como pode o governo brasileiro prometer uma participação expressiva
no combate ao aquecimento global, quando permite ao agronegócio trocar
florestas por pastagens, como se ignorasse que as florestas sequestram
carbono, ao passo que sua queima libera quantidades gigantescas de gases
de efeito estufa na atmosfera do planeta?
Após a catástrofe militar,
que desencadeou na Amazônia o maior ecocídio da história humana, nada há
na política dos governos civis sucessivos que lhes empreste
credibilidade no que se refere ao combate ao aquecimento global e à
proteção de nosso patrimônio natural. Enquanto continuarmos a eleger
governos que não apenas não reprimem, mas financiam e são financiados
pelos desmatadores, não poderemos nos queixar da conta que já estamos
pagando pela morte de nossas florestas e de nosso futuro.
Luiz Marques é professor do Departamento de História do Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Unicamp e lançou o livro
“Capitalismo e colapso ambiental”, pela Editora Unicamp.
[1] Por gases de efeito estufa (GEE), o documento explicita os dois
gases de maior impacto – o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) –,
mas também os demais gases que compõem, secundariamente, os GEE: o óxido
nitroso (N2O), os perfluorcarbonos, os hidrofluorcarbonos e o
Hexafluoreto de Enxofre (SF6). Veja-se:
<http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/BRASIL-iNDC-portugues.pdf>.
[2] Cf. “Desmatamento eleitoreiro”. Folha de São Paulo, 27/IX/2014.
[3] “Agora é oficial, alertas do Deter disparam 68%”. Amazônia, 1º de setembro de 2015
<http://amazonia.org.br/2015/09/agora-e-oficial-alertas-do-deter-disparam-68/>.
[4] Cf. Soares-Filho, Britaldo, et alia, “Cracking Brazil’s Forest Code”. Science, 25/IV/2014, 6182, pp. 363-364.
[5] Cf. Observatório do Código Florestal
<http://www.observatorioflorestal.org.br/noticia/passivo-florestal-e-de-quase-um-parana>.
O coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Rubens Alberto Gatti Nunes, foi “convidado” pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) a depor na CPI dos Crimes Cibernéticos.
Wyllys acusava o MBL, fundado em São Paulo em 2014 para organizar passeatas contra o governo Dilma pela internet, de “ter uma linha de atuação pautada por injúria, difamação e calúnia” ao que o deputado Odorico Monteiro (PT-CE) acrescentou que “o MBL é uma iniciativa golpista, centrada no ódio” que “produz o tempo inteiro uma tensão para desconstruir o processo democrático”.
O que se vê neste vídeo é o debate que se seguiu na sessão de 20 de outubro de 2015.
Promotoria de Defesa da Ordem
Urbanística quer saber por que governo vai abrir mão de áreas destinadas
à construção de equipamentos públicos como escolas
Não é apenas na Câmara Legislativa que o governador
Rodrigo Rollemberg (PSB) vai enfrentar dificuldades para aprovar o
projeto que permite a desafetação (mudança de destinação) de 32 terrenos
públicos para a venda. A Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem
Urbanística (Prourb) pediu esclarecimentos sobre sete desses lotes.
O Ministério Público do DF e Terrítorios (MPDFT) quer saber qual
interesse move o Palácio do Buriti, já que está abrindo mão de construir
escolas e outros equipamentos públicos importantes.
Segundo a promotora Maria Elda Fernandes, que acompanha o caso, os sete
lotes questionados são destinados a equipamentos públicos urbanos e
comunitários, e a mudança de destinação de uso dos terrenos será
acompanhada de perto pelo MPDFT. “Precisamos verificar qual o interesse
público na desafetação dessas áreas, já que a mudança não pode
comprometer o planejamento da região onde o terreno se encontra”,
afirma.
Maria Elda ressalta que para mudar a destinação de
qualquer área pública é preciso muito mais do que audiências. “O governo
tem de comprovar o interesse público, a compatibilidade com a área e,
principalmente, a destinação”, justifica a promotora. Por isso, ela
enviou ofício para a Secretaria de Gestão do Território e Habitação e
para a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) pedindo informações
sobre os terrenos.
A desafetação é o ato pelo qual o Estado torna um bem público
apropriável, possibilitando que ele seja destinado a outra finalidade. É
o caso, por exemplo, de transformar uma área destinada a um parque em
uma escola. A medida é necessária para que o GDF possa vender as
propriedades.
Reforço no caixa
Com a venda dos 32 terrenos, o governo quer arrecadar R$ 800 milhões e
reforçar o caixa para o ano que vem. Somados, os lotes ocupam área de
119.766,69 metros quadrados, distribuídos em 13 regiões
administrativas. Caso passe pelo crivo dos parlamentares, a Agência de
Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) — por ter experiência no
ramo — vai administrar as negociações e, a título de taxa
administrativa, terá remuneração de 2,5 a 5% do valor líquido das
comercializações.
O diretor-comercial da Terracap, Eduardo Roriz, trabalhou na
avaliação dos 32 terrenos. Ele garante que nenhum é ocupado por
equipamento público e afirma que todos têm valor comercial de mercado.
O governo está buscando suprir uma necessidade
com o que tem, e esses terrenos podem se configurar como uma importante
fonte de receita."
Eduardo Roriz, diretor comercial da Terracap
Informa, ainda, que os recursos auferidos com a alienação das terras
serão aplicados em saúde, educação, reforma e construção de creches e
unidades educacionais, pagamento de restos a pagar e de despesas de
exercícios anteriores.
Emendas
Na Câmara Legislativa, o Projeto de Lei 738/2015 já recebeu sete
emendas. Os deputados Robério Negreiros (PMDB) e Cristiano Araujo (PTB)
também questionam a desafetação de um terreno no Lago Sul, que seria
destinado à construção de um Centro de Ensino Médio.
Segundo os parlamentares, além disso, a área tem acesso restrito e,
dependendo de quem o comprar, pode haver inclusive danos ambientais por
sua proximidade com a orla do Lago Paranoá.
O projeto também ganhou um artigo submarino – que não tem nada a ver
com a proposta – que permite que ao GDF dar como garantia ações de
empresas públicas nos contratos de parcerias público-privadas fechadas
com grupos privados. Os parlamentares já avisaram ao governador que são
radicalmente contrários a essa proposta.
Confira os sete lotes que serão analisados pelo MPDFT:
Região Administrativa
Endereço
Destinação
Jardim Botânico Setor
Habitacional Jardim Botânico, Avenida das Paineiras, Quadra 6, Lote C
Num alambique montado em sua casa,
Eduardo Moreth produziu 7 mil garrafas da Authoral e garante: “Não há
lugar melhor que o DF para envelhecer uma cachaça”
Rosualdo Rodrigues
15/11 5:30 , atualizado em 15/11 2:30
Vendida somente on-line,
com uma tiragem limitada de 7 mil garrafas, cada uma ao preço de R$
215, a cachaça Authoral é uma amostra do quanto a bebida derivada da
cana de açúcar ganhou em sofisticação nos últimos anos. Antes mesmo de
ser lançada, foi avaliada com nota máxima pelo laboratório do Doutorado
em cachaça da Uiniversidade de São Paulo (SP) e ficou em primeiro lugar
em um concurso de blends do Instituto Cana Brasil.
O produto premium, porém, não saiu do
interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais ou outro Estado
brasileiro famoso pela produção nesse setor. Em sua casa no ParkWay,
Eduardo Moreth realizou todas as etapas de elaboração do produto, desde o
plantio da cana que serviu de matéria-prima. E tudo com o auxílio de um
único empregado.
“O cerrado não tem nenhuma restrição
para o plantio de cana de açúcar. Além disso, nenhum outro lugar tem
clima tão propício para envelhecer uma cachaça quanto o Distrito
Federal: altitude acima de mil metros, clima seco e temperaturas
variáveis”, revela o advogado e empresário, que não chegou a essa
conclusão por acaso.
Garrafa importada da França: sofisticação
Exportação pouca e ruim Moreth começou a se interessar
pelo assunto em 2008, quando fazia um MBA em administração e resolveu
estudar os processos de lambicagem e exportação de cachaça artesanal
brasileira. Percebeu que embora exista no exterior mercados abertos ao
consumo de nossa bebida, somente cerca de 1% do que é produzido aqui é
exportado.
“O que exportamos é pouco e ruim.
Apesar de nos últimos 10 anos ter melhorado significativamente a
qualidade da bebida. Ao contrário do que ocorreu com a Havaianas, que
ganhou em conceito, a cachaça ainda é vista como um produto barato”,
observa. Além disso, constatou, as técnicas empregadas hoje na
elaboração são as mesmas usadas há 500 anos.
Começou aí um projeto pessoal de
Eduardo Moreth que resultou na criação de um inédito processo no qual se
unem técnicas de produção de vinhos, cervejas, azeites e destilados em
um único produto. “Além disso, ele é todo sustentável. Utiliza energia
solar, o bagaço é doado para o gado e o subproduto é usado para
irrigação”, afirma.
Alambique na sala de estar É o que ele chama de home
distilling. “O alambique fica na minha sala de estar”, ele diz. Sala que
no próximo ano passará a sediar jantares para harmonização da Authoral
com pratos preparados pelo próprio Moreth. Encorpada, de sabor adocicado
e baixa acidez, a primeira cachaça made in Brasília vai bem com queijos
mais fortes, carne de caça, carnes vermelhas e sobremesas.
E aí está outro assunto de que
Eduardo Moreth entende. Apaixonado por gastronomia desde cedo, só não se
tornou chef por causa do machismo do pai, um mineiro conservador que
achava que cozinha não era coisa para homem. Mas enquanto frequentava as
faculdades de direito e economia, Moreth aproveitava as férias para
trabalhar voluntariamente em restaurantes, sem ganhar um tostão.
Passou pelo La Vecchia Cuccina, com
Sérgio Arno, pelo Mouraria, Quintal e Le Bâteau Ivre, em Brasília, pelo
Piquiras, em Goiânia, e pelo Barracuda, em Búzios. Sem nunca largar mão
das ciências exatas, partiu para um curso na escola Le Cordon Bleu, em
Paris. Lá, teve uma primeira prova do fascínio que a cachaça exerce nos
europeus. Levou garrafas de algumas marcas para dar de presente aos
colegas e professores . “Todos adoraram”, lembra.
Por isso, foi pensando principalmente
nesse público externo que o empresário lapidou seu produto. O precioso
líquido vem embalado em garrafa importada da França, as rolhas foram
trazidas do Rio Grande do Sul….A tiragem atual é da safra 2013, mas
ideia é produzir anualmente a mesma quantia de 7 mil garrafas.
Os ânimos esquentaram no ato anti-Dilma no gramado do
Congresso Nacional. No início da tarde deste domingo (15/11), alguns
manifestantes tentaram invadir o espelho d´água e os policiais usaram
gás de pimenta e cacetetes para contê-los.
Houve um princípio de
confusão e o Batalhão de Choque foi chamado. Pessoas foram presas. O
protesto reúne cerca de duas mil pessoas (segundo a PM) em defesa do
impeachment da presidente Dilma Rousseff e da saída do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Veja vídeo no momento da confusão:
Video Player
O protesto deveria ficar restrito ao gramado, onde integrantes do
Movimento Brasil Livre (MBL) e do Revoltados On line estão acampados há
mais de um mês. No início da manhã, agentes da Polícia Federal
Legislativa fizeram uma varredura nas barracas e recolheram material que
poderiam servir de arma, como hastes de bandeira e facas de cozinha.
Nilton Caccaos, do movimento Avança Brasil, afirma que a revista é
normal. “Sabemos que é por nossa segurança. Queremos um ato pacífico.
Mas nossa intenção é entrar no Congresso, nem que seja de forma
simbólica”. Eles aguardam cinco mil manifestantes.
Mais cedo, crianças entregaram flores aos policiais, indicando que a
manifestação poderia transcorrer sem confronto. Mas não foi isso o que
ocorreu.
Além de Brasília, há atos programados para outras capitais do País,
mas a expectativa é de uma adesão bem menor em relação aos protestos
anteriores – em março, abril e agosto -, no momento em que a investida
pelo impedimento da presidente sofre um refluxo nas instâncias formais e
as atenções se voltam para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), acusado de envolvimento no esquema de corrupção investigado
pela Operação Lava Jato.
O peemedebista, no entanto, não deverá ser o
foco dos manifestantes, que preferem manter a pauta do impeachment de
Dilma.
De acordo com Renan Santos, um dos líderes do MBL, a estratégia agora
é a realização de ações pontuais. “Nós fizemos as três maiores
manifestações do Brasil. Não precisamos fazer uma quarta para mostrar
que as pessoas estão indignadas”, disse. “O que precisamos é de pressão
direta sobre os parlamentares. Não é uma mudança de intensidade. É de
natureza mesmo.”
Fotos: Felipe Menezes/Metrópoles
Fotos: Felipe Menezes/Metrópoles
O ato em Brasília vai contar com dois trios elétricos. Um boneco
inflável que faz alusão à presidente será levado para o local. Segundo a
porta-voz da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, Carla
Zambelli, líderes de outros grupos anti-Dilma e organizadores da greve
dos caminhoneiros vão participar do protesto.
As primas Elizabeth Pinheiros, de 58 anos, e Diana Pinheiro, 62,
vieram de Fortaleza (CE) para a manifestação. Para elas, é preciso
mudança. “Esse sistema político é insustentável. Não dá para os
políticos viverem de mordomias enquanto o povo sofre. Não somos a favor
do regime militar, mas as alternativas democráticas estão se esgotando”,
diz Elizabeth. “Estou realizando um sonho de lutar pelo meu país e pelo
futuro dos meus netos”, completa Diana.
De acordo Jailton Almeida, porta-voz do Vem Pra Rua, o
movimento pretende colher assinaturas de apoio ao projeto do Ministério
Público Federal com 10 medidas de combate à corrupção. A ideia, explica
Almeida, é recolher 1,5 milhão de apoiamentos, para apresentar a
proposta como projeto de iniciativa popular. Até o momento, ele afirma
que já foram colhidas 600 mil assinaturas.
E a ditadura da corrupção liderada pelo 'regime bolivariano de Dilma Rousseff e do PT', no Brasil, segue a todo vapor, agora bloqueando e impedindo a entrada de ônibus de manifestantes que se dirigiam à Brasília. Em face disso, dessa
bandidagem canalha, muitos manifestantes de outros estados estão sendo
obrigados a andar a pé ou pegar carona para chegar até em frente do
Congresso, o que está atrasando e dificultando a manifestação por um
Brasil melhor. No entanto, mesmo com toda essa repressão, O MBL, O Vem Pra Rua e também os Intervencionistas estão em Brasília tentando se manifestar.
PAUTAS DE REIVINDICAÇÕES:
1ª PAUTA - O
Governo Provisório, ao assumir o Poder, será obrigado a determinar
imediatamente a Polícia e o Ministério Público a investigarem,
minuciosamente, todos os Políticos, desde o Vereador à Presidenta Dilma
Rousseff, sem nenhuma exceção e sem precisar de nenhuma autorização
judicial para realizar essas investigações; porém, aqueles políticos —
acusados de corrupção e enriquecimentos ilícitos provados e condenados
na Justiça — serão presos e terão os seus bens confiscados para
ressarcirem os cofres públicos que foram roubados, assaltados e
saqueados por esses políticos bandidos, facínoras e ladrões. 2ª PAUTA - Todos
os Ministros do Supremo Tribunal Federal, Procuradores Gerais de Justiça
e o Procurador-Geral da República, dentre outros, serão destituídos dos
seus cargos; e estes serão preenchidos — obrigatoriamente — por pessoas
escolhidas por concursos públicos, ou de outras formas sem indicações
políticas, porque o Poder Judiciário e o Ministério Público têm de ser
totalmente independentes dos Poderes Executivo e Legislativo, evitando
assim que os políticos corruptos que os indicam para tais cargos sejam
protegidos e acobertados por muitos desses doutores da Lei, como está
ocorrendo atualmente no Brasil (por debaixo dos panos). Hoje fazem de
tudo para proteger esses bandidos envolvidos nos escândalos de
corrupção, a exemplo do mensalão, petrolão e outros tantos que destroem a
nossa economia e desmoralizam o Povo Brasileiro e a Nação. 3ª PAUTA - Será criado o
Poder Fiscalizador de Polícia, formado por todos os Delegados e
Promotores de Justiça. Estes passarão a ter poderes de investigar
qualquer pessoa sem nenhuma autorização judicial, para assim combater o
crime organizado e a corrupção política que campeia e domina o nosso
País de ponta a ponta. 4ª PAUTA - Os cargos
desde Vereadores ao de Presidente da República serão todos ocupados por
pessoas qualificadas escolhidas por concursos públicos, que serão
realizados em 4 em 4 anos, ao invés de eleições políticas. Terminados os
seus mandatos, caso queiram ocupar novamente esses cargos políticos,
terão de submeter-se novamente aos concursos públicos, junto com os
demais concorrentes. Desta forma, não só iremos selecionar melhor as
pessoas que irão governar o país, como também acabaremos de uma vez por
todas com os partidos políticos, os investimentos públicos e privados em
campanhas políticas e com as eleições políticas. 5ª PAUTA - Todas as leis
e outras coisas de interesses públicos a nível municipal, estadual e
federal, dentro das suas circunscrições territoriais, passarão a ser
aprovadas ou reprovadas diretamente pelo o seu próprio povo, através de
terminais de computadores do governo, não de forma obrigatória e sim,
vota quem quer, onde os parlamentares votarão nas suas casas
legislativas, e o povo, por sua vez, irá votar nos terminais de
computadores do governo, onde os votos dos parlamentares e o do povo
serão somados para aprovarem ou reprovarem as leis e outras coisas de
interesses públicos dentro de suas circunscrições territoriais, para com
isso podermos, desta forma, controlar o Estado de forma direta, onde o
Estado tem que atender exclusivamente os interesses do povo, e não os
interesses dos políticos como ocorrem atualmente. 6ª PAUTA - As Forças
Armadas e as Polícias, sobre o comando do Ministério Público, passarão a
ser o fiscal dos Municípios, dos Estados e da União, podendo intervir
(com ordem do Ministério Público) na administração pública de qualquer
um deles, em caso de corrupção política e de outras ações criminosas que
venham afetar a vida do povo. Essas intervenções se encerrarão quando a
situação for normalizada. 7ª PAUTA - O futuro
Congresso Nacional — que será formado por políticos capacitados
escolhidos por concursos públicos, realizados em 4 em 4 anos ( ao invés
de eleições políticas) — serão obrigados a encontrar os meios
necessários de aprovar, pelo voto direto do povo, medidas de urgência
para erradicar com a miséria social, a falta de moradia e o desemprego.
Terão de encontrar também os meios necessários para reduzir maciçamente a
violência do Brasil e imprimir “padrão FIFA” — qualidade de serviços de
primeiro mundo — hospitais, escolas e transportes públicos (assim como
outras utilidades públicas). 8ª PAUTA - O Governo
Provisório será obrigado a implantar imediatamente todos os requisitos
das Pautas de Reivindicações do "Manifesto da Intervenção Militar &
Popular" dentro da própria Constituição Federal de 1988, em nome do povo
e da democracia, e decretar que todos os requisitos constitucionais que
contrariam essas referidas pautas de reivindicações estão sumariamente
revogados e nulos de pleno direito.
OBSERVAÇÃO
- Esses são os remédios eficazes para curar de uma vez por todas o
câncer da corrupção política, da miséria social e combater severamente a
escalada da violência em todo Brasil, que está sendo promovida pela
grande maioria dos políticos atuais, que são bandidos e vagabundos, e
pelos os falsos defensores dos direitos humanos.
Nenhum
canal de TV, inclusive os canais fechados, não estão mostrando NADA do
que acontece em Brasília. Essa tragédia que aconteceu na França, veio a
calhar para as emissoras e para o governo. Só estão mostrando isso.
Acaba uma reportagem e logo em seguida repetem a mesma. Peço por favor
que nos mantenham informados sobre o que acontece por aí, porque o Face é
única maneira de sabermos.
No Brasil dos corruptos e bandidos políticos, ainda há patriotas que
ostentam o brasão da justiça, da dignidade, da honra e da moral. Que
venha o que vier, pois o povo patriota estará sempre do lado da Lei e da
Ordem. O Brasil se cansou de "ismos", comunismo, socialismo,
liberalismo, modernismos e "ismos" e mais "ismos".
O Brasil se cansou
das roubalheiras, se cansou da corrupção, se cansou de politicagem, se
cansou de políticos safados, de políticos corruptos, de Juízes
vendilhões, de marginais que se escondem por trás da democracia.
O
Brasil se cansou de comunidades controladas e dominadas por marginais do
tráfico, se cansou das drogas, da vagabundagem, se cansou dos bandidos,
dos menores infratores, da violência urbana, das invasões de terras, da
violência e da destruição familiar.
O Brasil se cansou da
pedofilia, dos estupros incentivados pelo governo, da homofobia, do
gaysismo, do coitadismo, do racismo.
O Brasil se cansou da impunidade
política, da corrupção da Justiça vendida, das obras superfaturadas, das
obras inacabadas, dos crimes de Lesa pátria, dos rombos nas contas do
governo, nos saques bilionários nas estatais, nos escândalos na
política, das conspirações, dos crimes cometidos pelo governo contra o
povo brasileiro, do inchaço do governo que onera o Estado brasileiro em
bilhões de Reais.
O Brasil se cansou das maracutaias, das lavagens de
dinheiro, dos mensalões, dos propinodutos, dos desvios de verbas, das
obras financiadas pelo governo do PT com dinheiro do povo brasileiro
para beneficiar países comunistas e então, ligados ao Foro de São Paulo.
O Brasil se cansou de traição, de mentiras, das farsas, das pesquisas
compradas, da mídia corrompida, da liberdade controlada, da censura
velada, das perseguições, do policiamento do Estado, dos projetos
empurrados com a barriga, de obras inacabadas e inauguradas oficialmente
pela "cara de pau" e pela horda de canalhas que só pensam no poder.
O
Brasil se cansou de tanto atraso, se cansou da falta de saúde, de
hospitais decentes, de escolas decentes, de ensino de qualidade, de
segurança pública, de estradas asfaltadas e bem cuidadas, de portos
modernos, de aeroportos seguros e eficientes, de saneamento básico em
todas as regiões deste país, de qualidade de vida e de projetos que
realmente desenvolvam esta nação de milhões de brasileiros.
O Brasil
está cansado, enojado, furioso, revoltado. O recado está dado, se
preparem pois haverá ranger de dentes!
No
Brasil tropical onde a moralidade foi sempre frouxa, a corrupção é
entranhada no tecido social, a impunidade predomina, o PT encontrou
terreno fértil para se estabelecer e não dá sinal que vai deixar o
inebriante poder.
Além
disso, uma das técnicas petistas para dominar mentes e corações é a
propaganda enganosa. Nessa soma-se a exaltação dos feitos do líder ao o
temor de criticá-lo o que é interpretado como sacrilégio.
Outra
maneira de engabelar intelectos não muito atilados é o apelo à
vitimização.
Baseia-se tal estratagema nos seguintes dogmas: 1º - O PT
não erra. 2º - Mesmo que hajam “malfeitos” os companheiros devem pairar
acima da lei. 3º - Somente os outros erram. 4º- Especialmente Lula e
seus familiares jamais cometem falhas.
Para
confirmar tais dogmas ou mandamentos o PT lançou recentemente uma
Cartilha do Cinismo onde é afirmado que a Operação Lava Jato existe
apenas para criminalizar os coitadinhos dos petistas, inocentes acusados
sem provas.
Só faltou Rui Falcão, presidente do PT, pedir a prisão do
juiz Sergio Moro, do ministro do STF, Gilmar Mendes, dos delegados da
Polícia Federal, dos procuradores, dos juízes federais.
Todos estão
errados, menos os petistas.
Há
também outro fator fundamental do fortalecimento do PT: a falta de uma
verdadeira oposição e, principalmente, o apoio que nunca faltou do PSDB a
Lula. Nesse momento crucial de nossa história os tucanos querem que
Eduardo Cunha, tido como o único corrupto da República, inicie o
processo do impeachment de Rousseff, mas querem também destituí-lo do
cargo, virando assim a casaca do apoio para vestirem o terno do
bom-mocismo.
Simultaneamente os tucanos se prostram mais uma vez aos pés
do PT e se disponibilizam para apoiar o ajuste fiscal, cujo efeito é
justamente criar condições para a permanência de Rousseff. É o que se
chama de exercício da dubiedade.
Enquanto
na política vilezas e traições se alternam, o descalabro na economia
gerado por Lula e sua obediente criatura vai retirando todas as
caridades oficiais dadas pelo governo petista aos pobres e infernizando a
vida dos brasileiros como um todo. Nessa situação, temeroso de perder
seus privilégios e sua vida nababesca, o PT expõem suas garras
totalitárias que, aliás, são por demais conhecidas quando os petistas
desqualificam, agridem, ameaçam os considerados inimigos e usam a
violência dos chamados movimentos sociais sustentados pelo partido.
Exemplo
atual foi visto quando o governo Lula/Dilma se abateu contra
caminhoneiros em greve. Além das pesadas multas que inviabilizaram o
protesto, a senhora governanta estigmatizou a greve como criminosa,
porque bloquear estradas é algo criminoso. O MST pode bloquear e invadir
o que quiser.
O MTST da mesma forma. Índios também com direito de
agredir quem ousar desobedecê-los. Do mesmo modo a Via Campesina que
destrói pesquisas em fazendas quando lhe dá na telha. A CUT pode
bloquear o que desejar e é especialista em greves políticas. Os
petroleiros estão exercendo seu sagrado direito de greve.
Porém, para os
caminhoneiros que pedem a saída da senhora que infelicita o país,
tratamento de choque.
O
PT ainda tem força e não vai deixar facilmente as delícias do poder.
Por isso Lula está mandando defenestrar o ministro Joaquim Levy para
colocar em seu lugar Henrique Meirelles. Esse daria um jeito de retomar
os erros do passado e aliviar artificialmente as agruras populares, não
sei se por milagre ou por mágica, preparando a volta do salvador da
pátria. Quem sabe o PSDB pode ajudar de alguma forma o companheiro Lula
nesse sentido?
Enquanto
o tempo passa e a governanta vai ficando, os petistas vão pondo
sorrateiramente em prática suas garras neocomunistas e atentando contra o
direito de propriedade. Observem com cuidado a seguinte e pequena nota
publicada na Folha de S. Paulo (12/11/2015), que faz lembrar a
Venezuela:
“O
prefeito Fernando Haddad (PT) regulamentou projeto de IPTU progressivo
que prevê a desapropriação de imóveis vazios ou subutilizados em um
prazo de cinco anos”. “Pelo decreto, a alíquota aumenta ano a ano após a
notificação do proprietário, até chegar a 15% do valor venal do
imóvel”. Já pensaram se a moda pega?
Manifestante se diverte com o boneco de Lula numa forca, diante do prédio do Congresso.
Cerca de 2 mil pessoas, segundo estimativa da
Polícia Militar, pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff desde a
manhã deste domingo (15), em Brasília, no gramado do Congresso
Nacional.
Participaram das manifestações uma
maioria que pretende destituir o governo do PT dentro do jogo
democrático e uma minoria que apelou até para a "intervnção militar" no
processo político. Policiais fizeram barreiras pra revistar mochilas,
bolsas e bolsos dos manifestantes. Bloqueios no trânsito dificultam o
acesso à Esplanada dos Ministérios.
Apareceram boneco do ex-presidente Lula
e de Dilma vestidos de presidiários numa forca ou em caixões, para
simbolizar o enterro da era petista no poder. O objetivo da
manifestação, segundo os organizadores, é pressionar o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), a abrir o processo de impeachment.
Comentário
O
MST bloqueou a BR-040 os ônibus estão todos parados lá sem poder
passar. Todas as entrada para a manifestação estão bloqueadas pela PM
ninguém tem permissão para passar nem a pé. Os manifestantes só podem
chegar até a rodoviária. Todos os acessos estão bloqueados nesse
momento em Brasília. Acharam que a Dilma ia deixar acontecer sem fazer
nada??
A entrada do Brasil na guerra mundial ao terror deve ocorrer já
nos próximos meses. O Globo informa que dois policiais federais sediados
em Paris mantiveram contato com autoridades em Brasília para reavaliar a
segurança dos Jogos Olímpicos após os ataques de 13 de novembro.
Com
ao menos dois atentados marcantes (Munique, em 1992, e Atlanta, em
1996), além de várias edições exploradas politicamente até mesmo por
comunistas, fascistas e nazistas, o evento parece perfeito para os
interesses do Estado Islâmico.
Andrei Rodrigues, secretário de
Segurança de Grandes Eventos, acredita que é necessário adotar um
patamar de vigilância ao terror inédito no Brasil.
“Vá buscar o funcionário a quem compete me substituir.” Essa foi a
ordem de Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente da República, em
1891, mandando avisar a seu vice e desafeto, Floriano Peixoto, que o
cargo estava vago. Desde o nascimento da República, em momentos de
impasse, vices se ergueram do segundo plano para assumir o poder.
Em
1909, Nilo Peçanha assumiu depois da morte do presidente Affonso Penna.
Delfim Moreira, oitavo vice-presidente, tornou-se o terceiro a assumir a
Presidência, pelo falecimento de Rodrigues Alves, vítima da gripe
espanhola.
Café Filho, pela morte de Getúlio Vargas, a caminho do
impeachment. Jango, pela renúncia de Jânio Quadros. A Junta Militar,
pela doença do general Costa e Silva. José Sarney, pela morte de
Tancredo Neves, e Itamar Franco, pelo impeachment de Fernando Collor.
Agora, Michel Temer, pelo sim, pelo não, decidiu se preparar para a
possibilidade, cada dia mais real, de Dilma Rousseff ser afastada do
poder. Em trinta anos de carreira política, Temer se portou sempre com
discrição, evitou polêmicas e mediu cuidadosamente cada palavra dita, a
fim de se equilibrar entre interesses diversos e muitas vezes
contraditórios.
Aos olhos do público, tornou-se o retrato do político
sem sal. Nos bastidores, no entanto, consolidou-se como um especialista
na arte de trabalhar em silêncio, costurar acordos de coxia e escalar
degraus na hierarquia do poder. Mesmo sem despertar paixões, Temer
conquistou três vezes a presidência da Câmara dos Deputados e elegeu-se
duas vezes vice-presidente da República.
Mesmo sem brilhar nas urnas,
prepara-se agora para o maior desafio de sua trajetória. Temer e
caciques do PMDB, partido que ele preside, estão certos de que Dilma
Rousseff será cassada no começo do próximo ano. Em vez de ajudá-la,
querem substituí-la.
E o plano, ousado, vai muito além da simples
intenção. Eles já têm em mãos uma tese jurídica para garantir a posse do
vice, uma proposta destinada a tirar a economia da UTI e até alianças
fechadas no Congresso.
A presidente Dilma Rousseff, como se sabe, enfrenta um momento
inédito de fragilidade. Não tem apoio popular nem parlamentar, lida com
um cenário de recessão e inflação e está ameaçada pela possibilidade de
abertura do processo de impeachment. Além disso, corre o risco de ter o
mandato cassado pela Justiça Eleitoral, caso seja acolhida a denúncia de
que abusou de poder político e econômico, incluindo dinheiro sujo do
petrolão, para se reeleger.
É justamente na frente aberta no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) que Temer e o PMDB apostam para assumir o
governo. As ações na corte têm a chapa Dilma e Temer como alvo.
A
estratégia do peemedebista é separar a análise das contas de campanha da
presidente da análise das contas de campanha do vice. A meta é imputar
os crimes cometidos apenas à mandatária, excluindo o vice de eventual
punição, o que lhe daria o direito de ascender ao cargo de presidente.
Especialista em direito constitucional, Temer elaborou de próprio punho
um parecer preliminar que, em sua avaliação, permite ao TSE desvincular
as duas contas. O texto já foi apresentado a ministros de tribunais
superiores, juristas renomados e especialistas em direito eleitoral. A
receptividade animou Temer.
Não se erra ao afirmar que o Poder Judiciário mergulhou, por
inteiro, sem ser convidado, nas decisões políticas do País, até então
reservadas constitucionalmente ao Poder Executivo e ao Poder
Legislativo.
Sem entrar no “varejo” dos municípios e estados é
importante que se observe a atuação pública dos Ministros dos Tribunais
Superiores: Sem nenhuma cerimônia ou constrangimento, abandonaram a “toga” e passaram a atuar POLITICAMENTE,
esquecendo seu papel de Juiz ou de “mediador” dos conflitos sociais. Ao
contrário disso, jogaram muita gasolina num cenário prestes a “fazer muito fogo”.
Neste final de semana, como já mostrou o Cristalvox, externando
posições absolutamente antagônicas, os Ministros do STF, Ricardo
Lewandowski e Marco Aurélio de Mello ‘OPINARAM” sobre o
governo ou “desgoverno” de Dilma Rousseff.
O primeiro, sabidamente
alinhado ao PT e amigo pessoal do ex-presidente Lula defende o mandato
de Dilma e fez ameaças de que a estabilidade política do país poderia
sofrer ruptura, caso o processo de impeachment fosse deflagrado. Já
Marco Aurélio foi mais duro ao dizer que: O BRASIL ESTÁ SEM GOVERNO!
Mas o Poder Judiciário não é essa fortaleza toda que quer parecer.
O
tambores dos jornalistas brasileiros de primeira linha, tocaram muito
alto nos últimos dias. – leia-se O Antagonistas(Diogo Mainardi e Mário
Sabino), Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo e resguardas as proporções, o
próprio Cristalvox que fez 100 mil visualizações num vídeo – O ressoar
destes tambores foram ouvidos pela cúpula do TRF1.
Seu Presidente,
Desembargador Cândido Ribeiro assinou ato designando a Juíza CÉLIA
REGINA ODY BERNARDES para auxiliar o juiz titular da 10ª Vara Federal de
Brasília, Vallisney de Souza Oliveira no processo do Carf e da venda
das Medidas Provisórias…
Não vingaram as pressões contra a Magistrada. Ao contrário, com
efeito “bumerangue” os “lobistas” viram ruir seu desejo de “abafar” a
Zelotes. Agora, o filho do Presidente Lula vai ter de revelar sua
“fórmula mágica” e especial capaz de ganhar mais de R$ 2 milhões de um
escritório de lobby, em Brasília.
O editor do Cristalvox, se filho do ex-presidente, dormiria de
sapatos todas as noites, pois se aproximam dias solitários e
angustiantes para lulalazinho e a turma da Zelotes.
Em depoimento, filho de Lula não consegue explicar como
ganhou R$ 2,5 Milhões como consultor. Diante de um Delegado de Polícia
Federal, ouvido, de forma oficial sobre seu possível envolvimento na
venda de Medidas Provisórias no âmbito da Operação Zelotes, Luiz Cláudio
da Silva reconheceu sua falta de experiência e admite que cifras pagar
por seu trabalho foram absurdas.
Essa matéria está publicada na Revista época desta semana e é
assinada pelos jornalista FILIPE COUTINHO COM ANA CLARA COSTA E TALITA
FERNANDES
Luís Cláudio da Silva é o filho caçula do ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva.
Ele tem 30 anos e é formado em educação física. Depois de trabalhar
para times de futebol em São Paulo, Luís Cláudio resolveu se aventurar
no mundo do marketing esportivo. Para isso, abriu uma empresa, a LFT, que não tem nenhum funcionário além dele.
Logo, começou a prosperar. O primeiro contrato foi com oCorinthians, o time do coração do pai – que, na época, trabalhou abertamente para que a construtora Odebrecht viabilizasse um estádio para o clube,o Itaquerão.
Luís Cláudio assinou um contrato de R$ 300 mil por ano com o time
paulista, que previa a criação de campanhas de marketing para
desenvolver o esporte amador e atividades lúdicas para crianças.
Depois de estrear no mundo empresarial no Corinthians, Luís Cláudio
ganhou, entre 2014 e 2015, R$ 2.552.400 do escritório de consultoria de
Mauro Marcondes, Marcondes & Mautoni, cuja especialidade era
representar montadoras de carro.
Luís Cláudio prestaria à consultoria de
Marcondes consultoria técnica e assessoramento empresarial de marketing
esportivo. E foi aí que começaram os problemas em sua vida. Luís
Cláudio agora é um dos investigados pela Operação Zelotes, da Polícia
Federal. Seu nome surgiu após a PF começar a investigar Marcondes.
Em 1o
de outubro, ao noticiar a investigação, o jornal O Estado de S. Paulo publicou
que Marcondes era suspeito de “comprar” medidas provisórias editadas
entre 2009 e 2013 para favorecer montadoras, por meio de incentivos
fiscais.
Em 26 de outubro Marcondes foi preso. No dia 4 de novembro,
Luís Cláudio foi convocado à superintendência da Polícia Federal, em
Brasília. ÉPOCA obteve o depoimento com exclusividade. Obteve também o
depoimento dado por Marcondes quando já estava preso no Complexo da
Papuda, em Brasília.
Os dois depoimentos sugerem que ainda há muito a
ser esclarecido sobre o contrato de Luís Cláudio com a empresa de
consultoria de Mauro Marcondes. “É como se um não soubesse por que pagou
e outro não soubesse por que recebeu”, disse uma pessoa próxima à
investigação.
Luís Cláudio disse aos investigadores que a empresa teve somente dois
clientes até hoje: justamente o Corinthians e a consultoria de
Marcondes, a Marcondes & Mautoni. No depoimento, ele tem
dificuldades para explicar o que é consultoria técnica e assessoramento
empresarial de marketing esportivo e para dizer quais suas qualificações
para prestar esse serviço – que, aliás, afirma que realizou sozinho.
Consta na declaração: “Que os projetos contratados pela Marcondes e
Mautoni foram executados diretamente pelo declarante, que a formação do
declarante é a graduação em educação física, não possuindo nenhuma
especialização acadêmica em marketing esportivo” (leia trechos dos dois depoimentos ao longo desta reportagem).
Em outro momento do depoimento, a PF pergunta sobre um dos projetos,
calculado em R$ 1 milhão. O filho de Lula admite que nunca tinha feito
aquele serviço antes.
“Que nunca tinha realizado estudo ou projeto
contendo o mesmo objeto dessa minuta deste contrato”, diz o depoimento.
Para fazer algo que nunca tinha feito antes, Luís Cláudio recebeu R$ 1
milhão.
No total, Luís Cláudio e Marcondes acertaram seis serviços, entre
junho e julho do ano passado, embora Luís Cláudio tenha afirmado que não
executou todos. Os contratos, obtidos por ÉPOCA, têm de tudo um pouco:
trabalhos relativos à Copa do Mundo, violência nos estádios e até um
genérico “elaboração de análise de marketing esportivo como fator de
motivação e integração nas empresas com exposição de casos e
oportunidades”.
No depoimento, a PF tentava esclarecer uma pergunta simples: como se
chegou ao valor milionário da consultoria? A memória de Luís Cláudio,
contudo, falhava. “Não se recorda, neste momento, o valor desse
projeto”, diz o depoimento. De acordo com Luís Cláudio, o valor
milionário foi calculado a partir das horas trabalhadas. E quanto Luís
Cláudio teve de trabalhar nos projetos contratados?
Diz o documento:
“Que utiliza como parâmetro a quantidade de horas trabalhadas para a
fixação dos valores cobrados aos seus clientes nos projetos que executa,
que não sabe mensurar, neste momento, o valor cobrado pela sua hora de
trabalhar”. Mas quantas horas Luís Cláudio teve de trabalhar?
De novo,
ele não soube responder. Luís Cláudio tampouco sabe responder sobre o
negócio. Qual a margem de lucro? E quanto custou para executar o
projeto? “Que, neste momento, não tem noção de quanto foi o custo de
execução desse projeto; que também não sabe, neste momento, declinar a
margem de lucro obtida nesse contrato”, diz o documento.
A Polícia Federal fez uma mesma pergunta para Luís Cláudio,
contratado, e Marcondes, contratante. Por que o escritório de advocacia
escolheu a empresa LFT? “Que Mauro Marcondes nunca explicou ao
declarante por que optou por contratá-lo; que não sabe dizer se o Mauro
Marcondes realizou alguma pesquisa de mercado antes de contratar o
declarante”, diz o depoimento.
Marcondes, por sua vez, preferiu o
silêncio. No depoimento, a PF pediu que Luís Cláudio apresentasse os
documentos que comprovassem os serviços prestados. Dias antes, a busca e
apreensão no escritório da LFT tinha sido infrutífera. Os vizinhos
relataram aos policiais que o escritório parecia que estava de mudança,
em razão da intensa retirada de documentos.
Em seu depoimento, Luís Cláudio não apresentou relatórios que
comprovassem os serviços prestados. À Polícia Federal, ele disse que,
sim, produziu relatórios e que ficou com cópias, mas que havia entregue a
advogados após a reportagem de O Estado de S. Paulo, para uma
“confirmação jurídica” – seja lá o que isso significa.
O escolhido para
guardar os documentos foi Roberto Teixeira, advogado do pai, Luiz
Inácio Lula da Silva. Por que Luís Cláudio não levou à PF? “Além de não
conhecer a legislação, não sabia da investigação em curso envolvendo o
nome do declarante e também(disse que)é
habitual os ataques à sua família por parte da imprensa.” Os documentos
só foram entregues à PF após um mês da reportagem e da análise do
escritório de Roberto Teixeira.
De acordo com Marcondes, “a contratação da LFT Marketing Esportivo
refere-se à realização de estudo para um projeto de implantação de um
centro de exposição numa cidade do interior de São Paulo”. Nada a ver
com marketing esportivo. Marcondes, contudo, recusou-se a dar detalhes
sobre o tal centro de convenções.
O consultor, aliás, sempre optava pelo
silêncio quando a PF o questionava sobre os serviços contratados com
Luís Cláudio. Não explica, por exemplo, como escolheu a empresa do filho
de Lula. Marcondes, contudo, admite que sabia que o valor pago era
“absurdo”. De acordo com o depoimento, ele disse que fez uma “pesquisa
superficial” para saber dos preços. Quem fez a pesquisa foi um
estagiário da empresa de Mauro.
“Ele constatou que eram absurdos”, disse
Marcondes no depoimento. Isso, contudo, não o impediu de pagar cerca de
R$ 2,5 milhões a Luís Cláudio, que trabalhava sozinho e nunca tinha
prestado aquele tipo de serviço antes. Essa equação financeira está
sendo investigada pela PF.
Marcondes também falou à PF sobre suas andanças no Palácio do
Planalto, onde diz ter estado por “diversas vezes” durante o governo
Lula, em razão de ser vice-presidente da Anfavea, a associação das
montadoras. Ele citou nominalmente encontros com Gilberto Carvalho, para entregar estudos de interesse das montadoras.
Gilberto também é alvo da Operação Zelotes.
Marcondes afirma que “nas reuniões com Gilberto Carvalho não foram
tratados assuntos referentes a edição de medidas provisórias para a
prorrogação de benefícios fiscais”.
Ele citou ainda que “a entrega dos
documentos (a Gilberto Carvalho)ocorreu antes da
edição da Medida Provisória 412/2009” – que prorroga incentivos fiscais
para a compra de máquinas e equipamentos de uso na movimentação de
cargas nos portos brasileiros.
Procurado por ÉPOCA, o advogado de Luís Cláudio, Cristiano Zanin
Martins, disse: “Luís Cláudio Lula da Silva, profissional da área
privada, já prestou às autoridades todos os esclarecimentos que lhe
foram solicitados”.
A assessoria do Corinthians disse que não poderia
confirmar hoje qualquer função que Luís Cláudio tenha exercido no clube
por meio da LFT, por não dispor dessas informações de bate-pronto.
Contatado por ÉPOCA, o advogado de Mauro Marcondes não respondeu até o
fechamento da reportagem.