quarta-feira, 22 de maio de 2019

VIDA SELVAGEM, IMPORTÂNCIA E PROTEÇÃO LEGAL

VIDA SELVAGEM, IMPORTÂNCIA E PROTEÇÃO LEGAL

I – Vida selvagem, conceito
Ultimamente tem-se falado muito em preservação dos recursos naturais principalmente em países emergentes como o Brasil, onde ainda existem grandes extensões de florestas como ocorre na Amazônia.


Por outro lado, sabe-se que os recursos naturais como a cobertura florestal são importantes para a economia dos países possuidores, daí a dificuldade em mantê-los intactos ou preservados, notadamente porque a grande maioria das nações do globo não os têm mais e são justamente as mais ricas, o que torna a pressão sobre os mais pobres cada vez maior.


Os recursos naturais podem ser divididos grosso modo em:


– recursos minerais são os recursos advindos da exploração dos minerais como ferro, cobre, granito, mármore, cal etc.
– recursos hídricos são os provenientes das águas como obtenção de água potável, irrigação, geração de energia etc.
– recursos botânicos são os que vêm da exploração da flora, como extração da madeira, frutos e dos potenciais farmacológicos das plantas medicinais.
– recursos faunísticos são os gerados pela fauna, através da caça e pesca autorizadas, criação de animais silvestres para consumo etc.


Interessa-nos discutir aqui a questão da vida selvagem, sua conceituação, importância como recurso natural (recursos faunísticos) e proteção.
 

Pode-se dizer que a vida selvagem de uma região é o conjunto dos seres vivos – animais e plantas, que possuem capacidade de sobreviver e procriar livremente na natureza.

Por suas características mais dinâmica, os animais chamam mais atenção, de forma que serão nosso objeto no estudo da vida selvagem. Portanto, os animais que vivem em estado selvagem são elementos que formam a vida selvagem, compondo a fauna local, a qual consiste no conjunto dos animais que vivem em uma determinada área.


Segundo o evolucionista Ernst Mayr fauna é em estrito senso “a  totalidade de espécies na área” -is the totality of especies in the area, e em lato senso “as espécies animais encontradas em uma área como resultado da história da área e suas condições ecológicas presentes” – the kinds of animals found in a area as a result of the history of the area and its present ecological conditions (Evolution and Diversity. Selected essays of life. Harward University Press. Engelad, p.563).

 
A fauna pode ser doméstica ou seja compreende os animais domesticados pelo homem e selvagem que são os animais selváticos, isto é , os animais que vivem em estado selvagem, ou seja os que não dependem do homem para sobreviver e procriar, os que vivem livres em seu habitat.


II – Importância da vida selvagem
Conceituada a vida selvagem, passamos a indagar o seguinte: qual a sua importância? Para que serve finalmente?


Como se sabe, a fauna silvestre tem importância fundamental:
– no equilíbrio dos ecossistemas em geral, pois muitos animais são vitais à existência de muitas plantas, pois se constituem no elo de procriação já que são seus agentes polinizadores, como no caso dos beija-flores, insetos como borboletas, besouros etc.


– muitos animais são dispersores de sementes que necessitam passar por seu trato intestinal, como muitos mamíferos, sem contar que praticamente todos o animais são excelentes agentes adubadores.


– também tem sua importância na cadeia alimentar.
 

Dessa forma a fauna tem importância primordial na existência e desenvolvimento das áreas naturais, o que vale dizer ainda que são produtores indiretos dos benefícios econômicos que a exploração da madeira, frutas, resinas florestais, entre outros, podem proporcionar aos homens.
 

Ademais, não podemos esquecer que o reino animal e o reino vegetal formam uma fina camada na superfície da terra, conhecida como biosfera, regida por rigorosas leis fisiológicas que em harmonia permitem a sobrevivência das espécies. 

Quebrar esta harmonia abruptamente pela interferência humana fará com que milhões de espécies entrem em processo de extinção, resultando a médio e longo prazo a própria extinção da espécie humana; de sorte que a manutenção da vida selvagem e da flora natural é primordial para a manutenção da vida global.

Fator alimentar
Em termos de alimentação a fauna silvestre é importantíssima foi primordial à raça humana que dependia dela para sobreviver. A caça foi a forma rudimentar utilizada por nossos ancestrais para a obtenção de alimento. Ainda é para muitas tribos indígenas que vivem isoladas na Amazônia.
 

Já, o manejo da fauna silvestre também poderá ser muito importante para o homem dito civilizado, o qual poderá manter e desenvolver criação de animais silvestres para fins de obtenção de proteína. 

Cada dia que passa os conhecimentos científicos adquiridos nesta área possibilitam um melhor desenvolvimento desta atividade, o que poderá resultar em uma grande diversidade de espécies utilizáveis, melhorando a quantidade e qualidade da produção, complementando os produtos extraídos dos animais domésticos, através da biotecnologia e da utilização da engenharia genética. Mas tudo isto respeitando a preservação das espécies.
 
Fator turístico
A manutenção da fauna silvestre, consequentemente da vida selvagem, também possibilita a sua exploração turística, pois a cada ano cresce o número de pessoas que procuram os parques naturais para ver os animais selvagens. Só de “birdwatchers” -que são aqueles que observam os pássaros, estima-se que existam mais de 80 milhões, o que representam um potencial econômico importantíssimo, pois necessitam usar hotéis e o comércio próximo às áreas de observação, gerando assim enormes receitas.    Sem contar a pesca para alimentação em áreas naturais que também gera milhões de dólares em todo o mundo. 


Além desse aspecto, a pesca esportiva pode se tornar enorme fonte de renda para o Estado por meio de impostos e para milhões de pessoas ou empresas ligadas direta ou indiretamente a ela. Nos EUA por exemplo, este esporte transformou-se em uma indústria com faturamento anual direto em torno de US$60 bilhões e faz parte do sistema de preservação dos parques naturais através da sua organizadora a Fish and Wildlife Service. Sem contar a possibilidade de exploração turística da pesca esportiva.

Fator educativo
Em termos educadionais, a manutenção da vida selvagem também é muito importante, pois possibilita aos jovens o contato com os animais selvagens passando assim a conhecer a vida em seu esplendor  primitivo, permitindo que se tirem lições de vida e comportamentais através de sua observação atenta.
 

Quanto a caça, em termos econômicos não se pode esconder que vem rendendo muitas divisas em alguns países, mas o tema é muito polêmico. Em alguns países como o Brasil ela não é permite a não ser em algumas exceções.

Fator de beleza cênica
Outra importância da manutenção da vida selvagem através de parques e reservas naturais é a possibilidade de fornecer às pessoas locais de grande beleza plástica e cênica, o que valoriza a condição de vida de todos os que tem acesso a ela.


III – Proteção
Assim, percebe-se que a vida selvagem tem primordial importância no contexto global da terra e influência substancial para o ser humano, tanto biológica como economicamente, de forma que sua proteção é fundamental. Mas, como protegê-la?


A proteção da fauna e flora pode e deve ser feita através de: medidas administrativas e legais
 

–  medidas administrativas- é feita através da criação de unidades de conservação pelo Poder Público como parques nacionais, estaduais e municipais, estações ecológicas, florestas naturais, refúgios da vida selvagem, APAs- Áreas de Proteção Ambiental, Reservas da Biosfera etc. O particular também poderá criar áreas de proteção constituindo Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), autorizadas pelo Decreto federal 1.922, de 5 de junho de 1996.
Há ainda as regras contidas nas convenções internacionais que são adotadas por muitos países, como a Convenção de RAMSAR sobre as zonas úmidas de importância internacional, especialmente como habitat de aves aquáticas, a Convenção sobre o comércio internacional das espécies da fauna e flora selvagem em perigo de extinção, conhecida como CITES, onde relaciona os animais e plantas em perigo de extinção e regulamenta o seu comércio internacional, só para citar algumas.


–  medidas legais – em relação a legislação propriamente dita, no Brasil há muitas leis protetoras da fauna e flora, pois vejamos. O art.1º da Lei 5.197/67, protege os animais selvagens, considerando como tais os que vivem naturalmente fora do cativeiro. Entende-se também que a fauna silvestre é um bem público de uso comum do povo. Neste sentido, ensina o festejado Hely L.Meirelles quando diz em suma que a fauna, fica sob o domínio eminente da Nação e se sujeita a um regime administrativo especial, visando a sua preservação, como riqueza nacional que é (Direito administrativo brasileiro, Malheiros Editora, 22ªed. 1997,p.486).


Já a Constituição Federal diz que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a fauna (art.24,VI). Determina também que o Poder Público proteja a fauna e a flora, ficando proibido práticas que coloquem em risco a sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam animais à crueldade (art.225).  A proteção da fauna ictiológica (peixes) é regulamentada principalmente pelo Decreto-lei 221, de 28.2.67, conhecido como Código de Pesca, o qual não protege apenas os peixes mas é mais amplo pois protege “todos os elementos animais ou vegetais que tenham na água seu normal ou freqüente meio de vida (art.1º). A Lei 7.643, de 18.12.87, proíbe a pesca de cetáceos em águas brasileiras. A nova lei dos crimes ambientais (Lei 9.605/98) regula também os crimes contra a fauna (art.29 ao art.37) e contra a flora (art. 38 ao art.53). Ou seja, há legislação suficiente para proteger a fauna e flora silvestres e consequentemente a vida selvagem.

 
Vida selvagem como bem ambiental
Por último é importante lembrar que, por se constituírem bens de propriedade do Estado, de domínio público ao mesmo tempo que bens ambientais legalmente protegidos, tanto a fauna quanto a flora silvestre, por extensão a vida selvagem como um todo, podem ser protegidos através da ação civil pública regulamentada pela Lei 7.347/85. O Ministério Público e as entidades que preencham os requisitos ali relacionados podem e devem propor a aplicação da legislação protetiva pertinente em havendo algum dano ou ameaça de dano aos citados bens.


IV – Conclusão
Podemos concluir que a vida selvagem é um conjunto de elementos que se compõe da fauna e da flora nativas, e que tem importância vital para a manutenção da biosfera da terra e consequentemente para o ser humano e sua preservação é primordial para mantermos a qualidade de vida do planeta, bem como a própria vida no planeta. Além do que ela pode gerar múltiplos benefícios como alimentares, econômicos, turísticos, educacionais e de laser, de maneira que deve ser protegida pelo Poder Público e pela coletividade, para que possamos ter um meio ambiente equilibrado e sadio, por sinal um direito de todos, nos termos do art.225 da Constituição Federal.


Além disso, o surgimento da vida selvagem confunde-se com o surgimento da Terra, de maneira que não cabe ao ser humano como uma das espécies mais novas destruí-la em dois ou três mil anos, tempo ínfimo em termos geológicos. Aliás, é oportuno lembrar o biólogo Jean Dorst quando diz que “não temos o direito de exterminar o que não criamos. Um humilde vegetal, um inseto minúsculo contêm mais esplendores e mais mistério do que a mais maravilhosa das nossas construções (Antes que a natureza morra. Ed. E. Blücher Ltda. 1973, p.383). 


Também é relevante e ilustrativo lembrarmos o pensamento de Edwad O. Wilson neste sentido quando diz que “devemos considerar cada partícula de biodiversidade inestimável, insubstituível, enquanto aprendemos a usá-la e a compreender o que significa para a humanidade (Diversidade da Vida. Ed. Companhia das Letras.1994,p.377)
 
Por último, pode-se concluir ainda que, só haverá vida selvagem em determinada região se houver fauna selvagem em sintonia com a flora selvagem, de maneira que a preservação das áreas naturais florestadas é de suma importância para a sua manutenção, devendo ser por tudo isso um dos objetivos da humanidade neste século XXI. por Antonio Silveira

Florianópolis será a primeira Cidade Lixo Zero do Brasil!


Florianópolis será a primeira Cidade Lixo Zero do Brasil!

  • atualizado: 
Florianópolis
Chegou a vez de o Brasil ter a sua primeira capital lixo zero!
Florianópolis é uma das cidades com o melhor desempenho na recuperação de resíduos do Brasil, tanto que há cerca de 30 anos ela já faz coleta seletiva. Mas, agora, a atual gestão municipal pretende colocar a cidade em uma patamar audacioso, para o qual terá que trabalhar muito.

A energia posta no projeto é grande, tanto que foi publicado um decreto no Diário Oficial do Município instituindo o Programa Florianópolis Capital Lixo Zero, a fim de incentivar a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público a reduzirem a produção de lixo e a valorizem os resíduos sólidos urbanos reintroduzindo-os na cadeia produtiva, informa o site da Prefeitura de Florianópolis.

O presidente da Autarquia de Melhoramentos da Capital Comcap, Márcio Luiz Alves, explica que o destino do resíduo é estabelecido dentro da casa de cada habitante, quando o separa em orgânico (restos de alimentos e de podas), reciclável seco (papel, plástico, metal e vidro) e rejeito (lixo sanitários e outros materiais para os quais não há ainda mercado de reciclagem), de acordo com publicação do Floripa Manha.

Floripa Lixo Zero 2030

Com a ajuda da população, a capital de Santa Catarina pretende ser Floripa Lixo Zero 2030. Isso significa que mais de 100 mil toneladas deixarão de ir para o aterro sanitário anualmente, com a ajuda de cada cidadão.

Uma das metas para que, até 2030, a cidade atinja a meta do lixo zero, é que os resíduos orgânicos tenham como destino a compostagem em quintais e pátios comunitários, de forma que não sejam encaminhadas as 100 mil toneladas por ano ao aterro sanitário até 2030.
“Serão quase R$ 40 milhões em ganhos ao ano, sem contar as vantagens ambientais, a redução na emissão de carbono tanto no aterro quanto na coleta. É só imaginar que Florianópolis deixará de mandar para o aterro, lá em Biguaçu, a 46 quilômetros do Itacorubi, algo como 27 caminhões de lixo por dia”, explica Alves.
Os órgãos públicos serão os primeiros a darem o exemplo para a sociedade, fazendo a separação dos resíduos em orgânicos, recicláveis secos e rejeito. Além disso, haverá um plano de reeducação para a comunidade e a melhoria da estrutura da Comcap para realizar a coleta.
Além de promover a separação e a valorização dos resíduos sólidos urbanos no município para viabilizar a economia circular, a preservação ambiental e a redução do volume dos resíduos, o projeto visa ao desenvolvimento econômico do município através da criação de novos negócios e da geração de empregos no circuito das economias circular, criativa, colaborativa e solidária pelo viés da inovação.

Que esse projeto seja exitoso e sirva de exemplo para outros municípios brasileiros!

Kenny: o tigre branco portador de Síndrome de Down


Kenny: o tigre branco portador de Síndrome de Down

  • atualizado: 

tigre branco portador de Síndrome de Down

Resultado de uma trama terrível, de ambição e violência, Kenny é um simpático tigre branco. O primeiro, a se ter notícia, que é portador da Síndrome de Down.
Essa condição se atribui ao cruzamento forçado entre irmãos; por isso, Kenny apresenta deficiências físicas e, provavelmente, mentais também.

Dinheiro que fabricou uma doença

Esse felino nasceu em decorrência de uma experiência endogâmica, ou seja, produzida a partir do cruzamento entre tigres brancos irmãos. Os “agentes” por trás do crime desejavam produzir “tigres brancos que fossem totalmente puros”, de modo a conseguir comercializar com zoológicos, com hotéis e consumidores em geral. Isso renderia muito dinheiro, já que esse é o tipo de animal muito raro, na natureza.
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Descoberta da Síndrome de Down no tigre

Como resultado da “experiência” temos um lindo animal, claro, mas que nasceu com sérias deformações na face e formação bucal anormal, o que o impossibilita fechar sua boca. Como há indícios de que Kenny também sofra de deficiência mental em algum nível, os estudiosos chegaram ao equivalente à Síndrome de Down no animal. Tudo isso pela indução do cruzamento entre irmãos.
Infelizmente, o belo Kenny veio a falecer no ano de 2008, com a idade de 10 anos, dentro da área da reseva Turpentine Creek, onde foi conduzido, após ser “despejado” do criadouro, porque ninguém quis comprar Kenny.

A triste sina da família de Kenny

O irmão de Kenny, Willie, nascido com um forte estrabismo – ocasionado também em razão de endogamia –também foi expulso e levado para a mesma reserva em que ficou seu irmão. Viveu até seus 12 anos.

Já os pais, Conway e Loretta – irmãos – também ganharam o mesmo destino, porque – apesar de não terem nascido com qualquer anormalidade, foram considerados inaptos a gerar filhotes normais; por isso, acabaram também descartados. Os pais viveram por 21 anos, bem mais que os filhos.

É para ficar decepcionado com a humanidade, não é mesmo? Esperamos que os proprietários do “Criadouro” respondam judicialmente pelo crime hediondo.

https://youtu.be/72IarQzQuw8

Tubarão-serpente: descoberto ‘dinossauro’ sobrevivente há 80 milhões de anos

Tubarão-serpente: descoberto ‘dinossauro’ sobrevivente há 80 milhões de anos

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Tubarão-serpente
Pode ser considerado um exemplar de dinossauro ainda vivo, que ainda nada em nossos mares. Trata-se de um tipo de tubarão com cabeça de serpente e 300 dentes afiados. Cientistas europeus o avistaram durante um projeto de pesquisa ao largo da costa de Portugal.

Os oceanos escondem surpresas incomuns. Embora tenhamos avançado com a pesquisa, ainda existem muitos mistérios escondidos nas profundezas do mar. Cerca de 95% dos oceanos não foram ainda explorados. E entre as criaturas até agora desconhecidas, podemos incluir esses tubarões, considerados uma das espécies vivas mais antigas do planeta.

Seus contemporâneos pré-históricos, como o Tyrannosaurus Rex e o Triceratopo, morreram há milhões de anos, mas este tubarão ainda nada no fundo dos oceanos em todo o mundo.

De acordo com a BBC, um grupo de cientistas da União Europeia nos últimos dias estava examinando as profundezas do Oceano Atlântico com um objetivo claro: "Minimizar as capturas indesejadas na pesca comercial", ou seja, o objetivo da missão era salvar todas aquelas infelizes criaturas que caem nas redes de pesca e que poderiam ser salvas. Em vez disso, eles acabaram capturando uma das criaturas mais raras e mais antigas do planeta, digna dos contos do século XIX sobre as serpentes marinhas.

O que os pesquisadores não sabiam era que o tubarão era exatamente idêntico àquele de milhões de anos atras, da época da Pangea.

Este tubarão mede em média 1,90 m e sua cabeça lembra a de uma cobra. Com seus quase 300 dentes, ele se alimenta de peixes e outras criaturas marinhas. Nós o conhecemos pouco porque ele vive nas profundezas do oceano, nas costas do Japão, Nova Zelândia e Austrália, mas também no Atlântico, segundo a nova descoberta.
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Nos seus 80 milhões de anos no planeta, raramente entrou em contato com seres humanos ou foi visto ou filmado em seu habitat natural.

Ainda não se sabe como ele sobreviveu à extinção, em comparação com seus contemporâneos, por isso continua sendo uma criatura de aura quase mítica, mas decisivamente real.
O único erro aqui neste caso foi o fato de terem capturado o animal em vez de deixá-lo livre em seu habitat.

Uma catástrofe em desdobramento: o plástico está matando pessoas a cada 30 segundos

Uma catástrofe em desdobramento: o plástico está matando pessoas a cada 30 segundos

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O ambientalista britânico David Attenborough alerta que os resíduos plásticos estão matando pessoas a cada 30 segundos, e classifica esse tipo de poluição como uma "catástrofe em desdobramento".


De fato, depois de ter sido encontrado plástico até nas fezes humanas, agora nos resta saber que mal esse lixo todo nos fará à saúde, porque ao meio ambiente e aos animais nós já sabemos: toda semana (senão todo dia) tem notícia de animal morto por causa do plástico.

Mas não é só isso! O plástico no ambiente causa ainda mais prejuízos às pessoas que vivem nos países em desenvolvimento, os quais  recebem o lixo plástico como se fossem uma grande lixeira.


Dessa importação eles reciclam, queimam, mas muito lixo fica por aí... poluindo. Nós falamos sobre isso no artigo linkado logo aqui abaixo, e hoje vamos falar sobre a denúncia do David Attenborough que trata exatamente desse problema:

Quem é David Attenborough

David Frederick Attenborough é biólogo, antropólogo e naturalista britânico, que através de sua longa carreira, de mais de meio século, apresentou séries e documentários sobre história natural.
Seus inúmeros trabalhos foram expostos na rede britânica de televisão BBC, na qual atuou também como diretor.

Famoso por apresentar programas sobre a natureza, David Attenborough, mais recentemente teve destaque com a série “Blue Planet II”, que aborda o efeito nocivo da poluição nos oceanos.
Agora, David Attenborough se pronuncia apoiando o relatório da instituição filantrópica Tearfund, afirmando que o plástico descartável utilizado no mundo todo, principalmente em países ricos como a Grã-Bretanha, contribui para milhões de mortes a cada ano.

Mortes por plástico

O relatório nos lembra que as crianças que têm contato com resíduos de plástico estão sujeitas de adquirir, duas vezes mais, parasitas intestinais e doenças como cólera, que tem levado a óbito crianças menores de cinco anos.

Além de tudo isso, o lixo plástico cria um terreno favorável à infestações e contaminações que geram muitas doenças, como a malária e a dengue.

Em contrapartida a queima de plástico polui o ar e tem a estimativa de matar 3,7 milhões de pessoas ao ano, devido às doenças causadas pela toxidade da poluição plástica.

Esse trágico relatório pede que as pessoas se conscientizem e ajam, com escolhas, produção e consumo mais sustentáveis.

David Attenborough fará a apresentação desse relatório para o Wall Street Journal CEO Council, hoje, abordando todos estes assuntos e mais outros relacionados com os prejuízos que os resíduos de plástico trazem às pessoas, aos seres vivos e ao meio-ambiente.

Sobre a importância dessas informações, David Attenborough esclarece dizendo:
"Este relatório é um dos primeiros à destacar os impactos da poluição plástica, não apenas na vida selvagem, mas também nas pessoas mais pobres do mundo. Já é hora de voltarmos nossa atenção para um dos problemas mais prementes de hoje, evitar a crise da poluição plástica, não apenas pela saúde do nosso planeta, mas também pelo bem-estar das pessoas em todo o mundo."
Ainda, faz parte do conteúdo desse relatório o pedido para que as que empresas multinacionais  diminuam a produção e distribuição de plástico em países em desenvolvimento até o ano que vem, reduzindo cada vez mais, até cair pela metade no ano de 2025.
A Dra. Ruth Valerio, diretora global de defesa e influência da Tearfund, ainda disse sobre esta questão:
"Os CEOs que gerenciam essas multinacionais não podem mais ignorar o custo humano do plástico descartável. Mudanças fundamentais nos modelos de negócios são urgentemente necessárias. Não há tempo a perder."
E é fato que também precisamos fazer nossa parte deixando de utilizar plástico descartável e evitando ao máximo comprar produtos de plástico poluente, substituindo pelos feitos com materiais ecológicos e sustentáveis.
E para finalizar uma frase pronunciada por David que retrata a falta de visão da ganância humana na exploração dos recursos naturais e no uso desmedido dos fósseis poluentes:
"Quem acredita em crescimento infinito em um planeta fisicamente finito, ou é louco, ou é economista."(Ou é empreiteiro.Ou invasor ou trabalha na Terracap).

Picada de cobra: epidemia escondida. Números impressionam. Mortes e paralisias


Picada de cobra: epidemia escondida. Números impressionam. Mortes e paralisias

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os casos de morte por picadas de cobras venenosas no mundo ultrapassam a estimativa de 138 mil pessoas por ano. Este já é um número elevado, mas a OMS acredita que ainda não seja real, pois existem muitos casos que não são registrados, em regiões em que elas são mais frequentes. Ou seja, não entram para as estatísticas.
Pensando nisso, uma instituição de caridade de Londres, chamada Wellcome, resolveu financiar novas pesquisas para que os cientistas possam descobrir maneiras mais eficazes de tratar picadas de cobras venenosas.

De acordo com uma notícia publicada no site Sky News, das 5,4 milhões de pessoas que são picadas no mundo, 400 mil precisam ser amputadas ou sofrem com paralisia. É a maior crise de saúde oculta do mundo, dizem os cientistas.

Na contramão dos casos elevados de picadas de cobras venenosas, está o tipo de tratamento dado a essas pessoas. Desde o século XIX, utiliza-se anticorpos extraídos de cavalos para fazer o antídoto, o que pode causar risco de contaminação e reações adversas, conforme especialistas.

Foi por isso que a instituição Wellcome, citada anteriormente, ofereceu ajuda ofertando £ 80 mil para financiar o programa de pesquisa. O intuito é mudar a forma com que são aplicados os tratamentos relativos a picadas de cobras venenosas, substituindo o tradicional.

A matéria em questão mencionou também um professor da Califórnia, William Hayes, do Departamento de Ciências da Terra e das Ciências Biológicas da Universidade Loma Linda. Ele disse ter sido picado por um filhote de cobra e que a dor se compara a um tiro de bala.

As cobras mais perigosas do mundo

Com relação às cobras mais perigosas do mundo, Hayes afirma que depende não só da espécie, mas também da proximidade delas com os humanos e a toxicidade do veneno. Por isso, além de conhecer mais sobre as espécies de cobras venenosas, é muito importante respeitar o ambiente delas e tomar os devidos cuidados quando precisar ter acesso a eles.

E já que a indicação é conhecer as espécies venenosas, vamos a algumas delas:
  • Taipan-do-interior - Encontra-se no centro-leste da Austrália e é considerada a mais venenosa do mundo. Dizem que sua picada é suficiente para matar 100 humanos adultos.
  • Echis - (Gênero). Vive em regiões secas da África e Ásia. É encontrada em áreas povoadas, por isso ela causa mais mortes do que as outras espécies.
  • Cobra-marrom - Nativa do leste e do centro da Austrália e do sul da Nova Guiné. É a segunda mais venenosa do mundo.
  • Fer-de-lance - Encontrada desde o sul do México até o norte da América do Sul. É altamente venenosa e conhecida por ser rápida.
  • Taipan-costeira - Nativa da área costeira do norte e leste da Austrália e da ilha de Nova Guiné. É considerada a terceira cobra terrestre mais venenosa do mundo.
  • Boomslang - Nativa da África Subsaariana. Conta-se que o zoólogo Karl Schmidt morreu após uma mordida de uma jovem dessa espécie.
  • Mamba-negra - Também nativa da África Subsaariana. Depois da cobra-real, é a segunda mais longa, atingindo até 10 pés de comprimento.
  • Cobras marinhas - Existem cerca de 69 espécies, sendo todas elas venenosas. Elas costumam aparecer nas águas quentes dos Oceanos Índico e Pacífico.
Desejamos que os pesquisadores tenham sucesso com as pesquisas e encontrem novos tratamentos contra picadas de cobras venenosas. Claro que na maioria das vezes é acidental, mas apesar do número ser grande, imaginamos que boa parte dos casos é por negligência humana. Por isso, evite acidentes e respeite a natureza!

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