segunda-feira, 9 de julho de 2018

Desmatamento na Amazônia aumenta temperatura da água e prejudica crescimento dos peixes de riachos






Desmatamento na Amazônia aumenta temperatura da água e prejudica crescimento dos peixes de riachos




Desmatamento na Amazônia faz peixes de riachos “emagrecerem”

Por Silvana Salles, do Jornal da USP
desmatamento na Amazônia aumenta em até 6°C a temperatura média dos riachos de cabeceira. O que, por sua vez, leva a uma significativa perda de massa nos peixes que vivem nestes ambientes. É o que sugere um estudo conduzido por pesquisadores da USP e publicado na revista científica PLOS One. No experimento em laboratório, o grupo descobriu que os peixes “emagrecem” até 16% em uma temperatura mais elevada.

A comunidade científica já conhecia a relação entre desmatamento e aquecimento de rios e córregos. “A copa das árvores intercepta, bloqueia e reflete a radiação solar incidente. Uma vez que você remove a floresta, o que ocorre é que a radiação solar incide diretamente sobre o solo e sobre a superfície da água”, explica o biólogo Luís Schiesari, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP e um dos autores do artigo.

Também já era conhecida a relação entre águas mais quentes e redução do tamanho corpóreo dos organismos. Segundo Schiesari, essa relação foi verificada principalmente no caso de organismos de sangue frio, como peixes, anfíbios e répteis, e é reconhecida por cientistas do mundo todo como uma regra universal do aquecimento global.





Pesquisadores utilizaram redes de puçá, como a desta imagem, para fazer o levantamento dos peixes que vivem nos riachos amazônicos – Foto: Cedida pelo pesquisador
Pesquisadores utilizaram redes de puçá, como 
a desta imagem, para fazer o levantamento dos
 peixes que vivem nos riachos amazônicos – 
Foto: Cedida pelo pesquisador
A novidade do estudo é o cruzamento de dados sobre a redução do tamanho dos peixes com dados ambientais locais. “O que nós hipotetizamos é que talvez outros cenários de mudança ambiental que levem ao aquecimento também possam levar a uma diminuição do tamanho corpóreo”, conta Schiesari. “Curiosamente, ainda não tinha sido testado o efeito desse aquecimento nos peixes”, completa o biólogo Paulo Ilha, outro autor do artigo, que desenvolveu o trabalho como parte de seu doutorado em Ecologia no IB.A pesquisa contou com duas etapas: uma em campo, realizada no município de Querência (MT), e outra em laboratório, em São Paulo.

https://youtu.be/5QVTb3_YJwQ

Abram o link, por favor.

Sem floresta, temperatura sobe e oscila mais

No trabalho de campo, os pesquisadores mediram a temperatura das águas de seis riachos de cabeceira – nascentes de rios que alimentam o Xingu. Três deles estavam em área de floresta e os outros três, em área que foi desmatada na década de 1980 para dar lugar a pastagens e, posteriormente, convertida em plantação de soja entre 2003 e 2008. As medições mostraram que as águas dos riachos na floresta têm temperatura média de 25°C, com uma variação que vai dos 24°C aos 26°C durante o dia.
Já os riachos de área agrícola têm temperatura média de 28°C, com uma oscilação muito maior, de 24°C a 34°C. Nos horários mais quentes do dia, a diferença de temperatura média chegava a 6°C na comparação entre os riachos de floresta e os de área agrícola. As temperaturas máximas batiam uma diferença de 7°C.





Na floresta preservada, o riacho de cabeceira possui muitas árvores em suas margens. As copas dessas árvores bloqueiam a radiação do sol e mantêm a temperatura da água mais fresca que nas áreas desmatadas.
Na floresta preservada, as copas das árvores mantêm a temperatura da água mais fresca. Foto: Cedida pelo pesquisador





Na área agrícola, a floresta foi desmatada e o mato que cresce na borda não consegue proteger o riacho na radiação do sol.
Na área agrícola, os riachos estão completamente expostos à radiação 
do sol. 
Foto: Cedida pelo pesquisador
Os cientistas coletaram os peixes que fizeram parte da amostra nos mesmos riachos. Das 29 espécies encontradas, seis delas concentravam 90% dos indivíduos. Eles pesaram os peixes dessas seis espécies e compararam as medidas dos que viviam na floresta com as dos que viviam na área desmatada. Em cinco espécies, os peixes dos riachos de área agrícola eram menores do que os da floresta.
Na natureza, além da temperatura da água, outros fatores influenciam o tamanho dos peixes, como a presença de matéria orgânica na água e a oferta de alimentos. Para analisar o efeito da temperatura isoladamente, era necessário um experimento em laboratório.


Peixe minúsculo participou do experimento

 

Os pesquisadores elegeram a espécie mais abundante da amostra para o experimento em laboratório. O Melanorivulus zygonectes adulto chega a, no máximo, 4 centímetros (cm) de comprimento. Para fugir dos predadores, ele vive nas margens dos riachos, nas águas mais rasas, e tem a habilidade de pular de poça em poça d’água.

“A espécie escolhida tem características que favorecem o experimento em laboratório. Acontece nos dois lugares (riachos de floresta e de área desmatada), é abundante, fácil de coletar, tem sobrevivência fácil e alta no transporte e no cativeiro. É pequeno, o que facilita criar muitos em um espaço relativamente pequeno de laboratório”, explica Ilha.





Na palma da mão do pesquisador está um peixe da espécie Melanorivulus zygonectes. Ele chega a 4cm de comprimento quando adulto, vve junto às margens mais rasas dos riachos e tem a habilidade de pular de poça em poça
O Melanorivulus zygonectes chega a 4 cm quando adulto. Vive junto às margens mais rasas dos riachos e tem a habilidade de pular de poça em poça – Foto: Cedida pelo pesquisador
Os peixinhos coletados viajaram do Mato Grosso até o Laboratório de Ecofisiologia e Fisiologia Evolutiva do IB. Lá, eles foram colocados em aquários individuais. Vinte peixes foram mantidos em aquários com temperatura da água em 24°C. Outros vinte ficaram em águas a 32°C. Todos receberam a mesma alimentação.Depois de dois meses, a temperatura mais alta afetou negativamente o crescimento dos Melanorivulus, principalmente daqueles originários dos riachos da floresta.
Em média, os peixes da floresta mantidos em temperatura de 24°C ganharam 27,5 miligramas (mg), enquanto os mantidos em 32°C perderam a mesma quantidade de massa. No caso dos peixes originários da área agrícola, os que ficaram nos aquários mais frios ganharam 26,4mg, enquanto os mantidos em aquários mais quentes perderam apenas 9,5mg. Ou seja, nas temperaturas mais altas, os peixes da floresta perderam, em média, 16% do peso que tinham no início do experimento, enquanto os peixes de área agrícola perderam, em média, 5%.





Paulo Ilha desenvolveu o estudo durante o doutorado em Ecologia no IB. Foto: Alan Petrillo/USP Imagens
Paulo Ilha desenvolveu o estudo durante o doutorado em Ecologia no IB. Foto: Alan Petrillo/USP Imagens
“O que entra de energia no organismo pela alimentação serve basicamente para três funções fundamentais. Uma delas é crescer, a outra delas é o metabolismo básico e a terceira é se reproduzir. Existe um balanço entre esses três investimentos. Se você tem um desses componentes drenando mais energia, essa energia vai faltar para os outros. O animal que está investindo mais energia na regulação, na manutenção da temperatura em lidar com essas variações, vai acabar tendo menos energia para a reprodução e o crescimento. É como se uma pessoa comesse o mesmo tanto que a outra, mas uma estivesse correndo na esteira e a outra, sentada no sofá confortavelmente”, diz Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, que não participou do estudo.A temperatura também afetou a sobrevivência dos peixes da floresta. A 24°C, 93% deles sobreviveram ao experimento. Mas a 32°C, um terço dos peixes morreram.

Do Jornal da USP, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 06/07/2018

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El ritmo del deshielo de la Antártida se triplica en 30 años


El continente ha perdido tres billones de toneladas de hielo desde el año 1992, según alerta un estudio de medio centenar de organizaciones científicas internacionales

Montes e icebergs en la isla Adelaide en el continente antártico.  BAS
Medio centenar de organizaciones científicas internacionales unen sus fuerzas para producir la imagen más completa de la historia acerca de la evolución del hielo en la Antártida. El resultado revela la pérdida de tres billones de toneladas de hielo desde el año 1992, que se corresponde con un aumento del nivel del mar de 8 milímetros. El ritmo del deshielo se ha triplicado desde entonces, un dato alarmante si se contempla que este polo almacena suficiente agua congelada como para elevar el nivel del mar hasta 58 metros de altura, según una serie de estudios que se publican hoy en la revista Nature.
El continente más frío del planeta ha pasado de perder una media de 76.000 millones de toneladas anuales hasta el año 2012 a ver cómo desaparecen 219.000 millones durante los últimos seis años. “La Antártida no se va a derretir de un día para otro”, recalca Gorka Moyano, ingeniero de programas informáticos de IsardSAT, una compañía de observación del planeta vía satélite, implicado en la investigación. El hallazgo preocupante es, según añade el experto, la elevada aceleración del deshielo, que, “en un plazo de tiempo muy largo, terminaría con las costas del planeta”, entre otras consecuencias que podrían afectar a la estabilidad de la Tierra.
Con una superficie de 14 millones de kilómetros cuadrados, la Antártida se erige como el continente más frío y seco del planeta. Lo compone una amalgama de accidentes geográficos, como archipiélagos, antiguos volcanes activos, o como las montañas transantárticas, que dividen la Antártida en dos mitades: su parte este y su parte oeste. Esta última culmina con la península antártica, y las tres piezas responden de forma distinta al cambio climático.
“La altura de la Antártida este, que en ciertos puntos montañosos alcanza los 4.000 metros, la convierte en una zona más fría”, explica Alba Martín, experta en el estudio de las contribuciones del continente al aumento del nivel del mar. Esto se lo pone más difícil al deshielo, mientras que las corrientes oceánicas más calientes desembocan en el oeste del continente, provocando que la península antártica y la parte occidental se derritan más rápido. “Además, la geometría subglacial sugiere la presencia de grandes pendientes en la zona oeste del continente, de modo que las placas resbalan con mayor facilidad hasta alcanzar el océano”, añade Martín, ex investigadora de la Universidad de Bristol. Aunque las grandes nevadas han contribuido hasta ahora a mantener la estabilidad de la zona oriental, los científicos prevén que este factor meteorológico pronto dejará de compensar el deshielo si el cambio climático continúa avanzando.
El ritmo del deshielo de la Antártida se triplica en 30 años
El estudio, liderado por el profesor Andrew Shepherd, de la Universidad de Leeds, destaca que, si no se consigue frenar el ritmo del deshielo, las consecuencias superarán las fronteras del polo sur y afectarán al resto del planeta. De hecho, desde 2010, el impacto de la inestabilidad de la Antártida occidental sobre el resto de la Tierra es irreversible. Esto significa que, en el mejor de los casos, el aumento del nivel medio global del mar no superará el medio metro de altura. Además, la investigación prevé un fuerte impacto sobre actividades humanas tan vitales como la minería y la pesca.
Para frenar las consecuencias irreversibles, según los expertos implicados, será vital en los próximos diez años la toma de decisiones destinadas a preservar la Antártida. Sin ellas, el escenario de futuro se presenta como una certeza abrumadora: Además del aumento del nivel del mar, los científicos que han realizado esta investigación aseguran que en el año 2070 las plagas invasoras y la acidificación de los océanos habrán alterado gravemente los ecosistemas marinos; el refrescamiento de la superficie del océano antártico habrá alterado las corrientes oceánicas; la temperatura media del aire global habrá aumentado cinco grados centígrados respecto a los niveles de 1850 y, la del océano, dos grados, reduciendo su capacidad de absorción de CO2 y acelerando el calentamiento global.
“Creo que, en la sociedad, crece la concienciación para reciclar más y consumir menos”, reconoce Gorka Moyano. La amenaza del deshielo, sin embargo, “requiere un cambio mucho mayor en todos los aspectos de la sociedad industrial”, sostiene el investigador: “Es un problema global que exige un cambio radical a nivel institucional”.

Los barcos se cruzan en el camino de la vida en el Ártico




Los barcos se cruzan en el camino de la vida en el Ártico

La mitad de las poblaciones de mamíferos marinos es vulnerable al aumento previsto del tráfico marítimo



Las rutas migratorias de muchas belugas se cruzan con las rutas de los barcos.Ampliar foto
Las rutas migratorias de muchas belugas se cruzan con las rutas de los barcos. 

El muro de hielo que ha protegido la vida en el Ártico durante siglos de las incursiones humanas se está desmoronando. En unas pocas décadas, será posible el paso tanto por el este como por el oeste a los barcos durante meses. El deshielo traerá un aumento del tráfico marítimo que, según un nuevo estudio, amenazará la supervivencia de unas especies marinas que solo viven allí y que han prosperado sin apenas presencia humana.
Investigadoras de EE UU han analizado el impacto que tendrán los grandes barcos comerciales en seis especies de mamíferos marinos y el oso polar, todas ellas endémicas de la región ártica. Desde 1979, la extensión del océano Ártico deshelada en septiembre (el mes de menor cobertura de hielo) ha aumentado en más de un 50%, según datos de la NASA. El paso del noroeste (por encima de Canadá) y el paso del mar del Norte (sobre Rusia) están abiertos cada vez más semanas. Los científicos estiman que, para mediados de siglo, no habrá hielo en todo el Ártico en verano.
El deshielo abrirá el paso al tráfico marítimo. Son muchas millas de ahorro: Entre los puertos europeos de Hamburgo y Róterdam, por ejemplo, y las ciudades industriales de la costa de China o Japón hay unas 11.000 millas náuticas (unos 20.000 kilómetros) por el canal de Suez. Por el norte, bordeando Rusia, la ruta se acorta hasta las 6.500 mn (unos 12.500 km). Aunque el otro paso, el del noroeste, ofrece ventajas solo en determinadas rutas comerciales, por el estrecho de Bering (entre Alaska y Rusia) cruzaron en 2016 el doble de barcos que en 2008, según datos del Instituto Ártico. Lo demás lo dictan la economía y el impacto del calentamiento global.

Los narvales y belugas, los más vulnerables al tránsito de barcos y focas y osos, los que menos

"En unas décadas, será posible pasar sobre el mismo polo norte. Esto plantea la cuestión de cómo permitir el desarrollo económico al tiempo que se protege a las especies marinas del Ártico", comenta en una nota la investigadora de la Universidad de Alaska en Fairbanks (EE UU), Donna Hauser. Junto a colegas del centro de ciencia polar de la Universidad de Washington, Hauser ha estudiado el previsible impacto del tráfico futuro sobre 80 poblaciones de belugas, narvales, ballenas boreales, foca ocelada, morsas, foca barbuda y oso polar. Siete especies que solo se dan en el Ártico y que, casi todas, son la cúspide de este ecosistema tan particular.
La combinación entre grado de sensibilidad de la especie y probabilidad de exposición a los barcos ha permitido a los científicos elaborar una clasificación de poblaciones y especies más amenazadas. Los mamíferos marinos que peor lo van a pasar son los narvales. Son seres muy sensibles a las interferencias humanas y, además, para algunas grandes poblaciones, como los 20.000 que transitan por la zona de la bahía de Baffin (al norte de Canadá), sus rutas migratorias se cruzan con las más optimas para el tráfico marítimo, según los resultados del estudio, publicado en PNAS.


Arriba, el Ártico en septiembre de 1979. Abajo, extensión del hielo en el mismo mes de 2015, con los paso del Noroeste y del mar del Norte abiertosampliar foto
Arriba, el Ártico en septiembre de 1979. Abajo, extensión del hielo en el mismo mes de 2015, con los paso del Noroeste y del mar del Norte abiertos 

"Los narvales tienen todos los elementos para hacerlos vulnerables a la interferencia de los barcos", comenta la investigadora de la Universidad de Washington y coautora del estudio, Kristin Laidre. "Son de sitios fijos, muy inflexibles en cuanto a dónde pasan el verano, se mueven por apenas una cuarta parte del Ártico y están justo en medio de algunas rutas marítimas", añade. Además, dependen mucho de las señales sonoras para moverse. Tras los narvales, las siguientes en la lista de vulnerabilidad aparecen las belugas y las ballenas boreales. Ya se han documentado casos de choques entre alguno de estos cetáceos y barcos en el Ártico, algo que aumentará en el futuro.
Aunque no escaparán al impacto de tanto barco, las especies que aparecen menos vulnerables son las focas y, en particular, los osos polares. Tan castigados por el avance del deshielo, los úrsidos pasan la mayor parte del verano sobre las porciones terrestres del Ártico y no necesitan del sonido bajo el agua para comunicarse o nadar, como sí le sucede a las demás especies.

Una isla deshabitada en el Pacífico sur es el lugar con más basura del mundo


Los 37 kilómetros cuadrados de Henderson acumulan 18 toneladas de desechos que llegan flotando

Una playa de la isla Henderson en 2015.  AP
Una isla deshabitada en el Pacífico sur es el lugar con mayor densidad de basura en el mundo. El territorio de Henderson acumula 18 toneladas de desechos a lo largo de sus 37 kilómetros cuadrados, es decir, 671 restos de basura por metro cuadrado, según un estudio publicado este lunes por la revista científica estadounidense PNAS. Cada día llegan otros 3.570 desperdicios flotando, a pesar de que el territorio está a 5.000 kilómetros de distancia de la masa continental más cercana, agrega el artículo.
Un cangrejo utiliza un pedazo de plástico como refugio, en 2015.ampliar foto
Un cangrejo utiliza un pedazo de plástico como refugio, en 2015.  AP
La isla Henderson forma parte del archipiélago británico Pitcairn y allí se realizan estudios científicos cada cinco o diez años. Está ubicada cerca de llamado Giro del Pacífico sur, un torbellino gigante donde se acumulan desechos transportados por corrientes marinas provenientes de barcos o de América del Sur.
Los científicos calculan que hay unos 38 millones de pedazos de plástico en la isla Henderson, que es de un tamaño similar a la ciudad española de A Coruña. Sin embargo, la cantidad de basura podría ser incluso mayor, según explicó la autora principal del estudio, Jennifer Lavers, del Instituto de Estudios Marinos y Antárticos de la Universidad de Tasmania. El equipo científico solo exploró hasta una profundidad de diez centímetros en la arena, en las zonas de acantilados el acceso era menor, y muchos pedazos de plástico eran demasiado pequeños para contarlos.
Envases de plástico, boyas de pescar, redes, cepillos de dientes y mecheros son parte de los desperdicios que cubren la isla. Aunque la mayoría son "objetos sin identificar", como los miles de trozos que solo miden un milímetro, dijo Lavers a la agencia Efe.
"Lo que vemos en la isla de Henderson demuestra que ningún lugar del mundo escapa a la contaminación por plástico, ni siquiera los más alejados en los océanos", ha explicado Lavers. La experta ha advertido de que el 25% de las especies marinas y algunas aves comen plástico en algún momento. "Y, si uno come un pescado con estos tejidos contaminados, en realidad está comiendo su propia basura", ha insistido.
Los científicos calculan que, mientras en la década de 1950 la producción de plástico era menor a dos millones de toneladas, en 2014 ha superado los 300 millones de toneladas en todo el mundo. El plástico que no es reciclado y termina en el mar, donde flota durante años y representa una amenaza para animales que lo ingieren o se enredan en la basura, ha explicado el estudio.
Basura acumulada en la arena de la isla Henderson, en 2015.
Basura acumulada en la arena de la isla Henderson, en 2015.  AP