segunda-feira, 3 de março de 2014

Há uma queda de ateus-Luiz Felipe Pondé

Segunda-feira, março 03, 2014

Sociologia do ateísmo - LUIZ FELIPE PONDÉ

FOLHA DE SP - 03/03

Na Finlândia, em 2000, 60% se diziam ateus; em 2001, 41%; em 2004, 28%.


Semanas atrás, escrevi nesta coluna ("Quem Herdará a Terra?") sobre uma disciplina chamada demografia das religiões. A tese do autor em questão, Eric Kaufmann, é que os seculares têm muitas ideias, mas têm poucos filhos, e por isso em breve o Ocidente perderá em muito seu perfil secular.

Mesmo aqueles seculares que adotam a teoria da seleção natural de Darwin como visão de mundo, adotam-na apenas na teoria, porque na prática não o fazem: seleção natural, no limite, é reprodução; quem não reproduz desaparece. E as mulheres seculares são inférteis por conta dos valores individualistas que carregam.

Recebi muitos e-mails (não imaginei que esse assunto seria um blockbuster) e alguns me chamaram a atenção para um fato interessante: os ateus (que não são a mesma coisa que os seculares, porque posso crer numa inteligência organizadora do universo e não crer que ela seja Jesus ou similar, e viver sem referência a qualquer código religioso) creem firmemente que dominarão o mundo por meio da educação, das ciências e da tecnologia. Podem estar bem errados.

O ateísmo vem muitas vezes acompanhado de uma crença num processo histórico inexorável em direção ao ateísmo universal, uma vez dadas "educação e cultura" para todos. Esquece, esta querida tribo, que as pessoas, sim, fazem escolhas baseadas em modos distintos de valorar a vida e seus sucessos, e que, sim, muitas comunidades religiosas usam ciência e tecnologias da informação ao seu favor e com grande habilidade.

Antes de tudo, é importante reconhecer que a sociologia do ateísmo, sim, pode nos fazer crer, em alguma medida, que há uma relação entre alta formação cultural, boa educação universitária e "ateísmo orgânico", aquele tipo de ateísmo a que você chega por meio da escolha livre --e não porque algum regime totalitário (como o de Cuba) ou pais autoritários proíbem você de crer em Deus ou similar.

Mas o tema transcende essa teoria e é por demais importante para ser pego nas redes de "pregações" disso ou daquilo, pelo menos para quem acredita que a sociedade secular deve ser cuidada, mas não iludida com seus próprios fantasmas de sucesso no futuro.

Vejamos alguns dados dos pesquisadores Norris, Inglehart, Davie, Greeley, Bondenson e Peterson. Peguemos países estatisticamente apontados como possuidores de alta percentagem de ateus orgânicos da Europa ocidental:

Suécia: em 1999, 85% se diziam ateus; em 2001, 69%; em 2003, 74%; em 2004, 64%. De 1999 até 2004 há uma variação para baixo dos ateus assumidos.

Dinamarca: em 2000, 80% se diziam ateus; em 2003, 43%, e em 2004, 48%. Ainda que tenha havido um pequeno crescimento entre 2003 e 2004, a queda entre 2000 e 2004 é evidente.

Noruega: em 2000, 72% se diziam ateus; em 2003, entre 54% e 41%; em 2004, 31%. Também queda.

Finlândia: em 2000, 60% se diziam ateus; em 2001, 41%; em 2004, 28%. Também vemos uma redução dos ateus assumidos.

Entretanto, sabemos que pesquisas nem sempre são precisas e que seus métodos variam e, portanto, seus resultados podem não ser tão autoevidentes.

Esses países têm visto um número crescente de grupos cristãos fundamentalistas, mas o importante é entender que esse crescimento se dá, diferentemente do caso dos EUA, ainda sob grande discrição. Sem ruídos, mas com determinação.

O caso dos luteranos laestadianos finlandeses (comunidade luterana fundamentalista na vila de Larsmö) é de chamar a atenção.

A relação entre a fertilidade de suas mulheres e a das finlandesas seculares é a seguinte, respectivamente: 1940, dois bebês contra um; 1960, três bebês contra um; 1980, quatro bebês contra um. Em 1985, a taxa de fertilidade de cada grupo era 5,47 para as fundamentalistas e 1,45 para as seculares.

A maioria das instâncias de razão pública (tribunais, universidades, escolas, mídia) é, ainda, tomada por seculares. Isso nos faz pensar que o mundo é "nossa bolha".

Veja que, no Brasil, nem o poderoso movimento gay conseguiu derrubar o pastor Feliciano. O "lifestyle" individualista secular é autocentrado e dado a "causas do Face", e por isso não tem defesa contra mulheres férteis e homens determinados.


 

Descaso e incompetência dão nisto - VERA BRANT


CORREIO BRAZILIENSE - 03/03

Bem avisou Darcy Ribeiro, 30 anos atrás: melhor gastar com escolas que com penitenciárias. Disse ainda, em entrevista para a TV Cultura, que o Brasil se arrependeria se não o ouvisse. Não é só Brasília que está entregue aos bandidos. É o Brasil inteiro. Isso já estava previsto, há muitos anos atrás.

Governos incompetentes, crianças fora da escola, crescendo ignorantes e mal-alimentadas, sem capacidade para nada, a não ser se reunir com os moleques e inventar maldades. Quando são presas, vão para cadeia fétida, são tratados como bois no pasto e vão se deteriorando, alimentando os monstros internos, odiando a sociedade.

Quando o Darcy era vice-governador do Rio, pediu ao Lelé projeto de cadeia pré-fabricada. O projeto era maravilhoso. Cada quarto para quatro detentos, com quatro camas e banheiro decente, roupa de cama, etc. Refeitório limpo, amplo. 
Posto de saúde, pátio para exercícios físicos, salas de aula, locais para oficinas onde seriam confeccionados móveis para escolas, roupas para médicos, sapatos, roupas de cama para os hospitais, uniformes. Os detentos estudariam e aprenderiam ofícios para, recuperada a liberdade, exercerem profissão decente.

Com as escolas de tempo integral que o Darcy criou, as crianças teriam encaminhamento digno e hoje estaríamos mais tranquilos, com menor quantidade de bandidos nas ruas. Infelizmente, ele não foi imitado nos outros estados, como pretendia, e os governos que vieram depois, no Rio, fecharam as escolas. Recentemente, li reportagem sobre o Complexo Penitenciário de Ribeirão das Neves, em Minas, nos moldes do projeto do Lelé e fiquei contente que alguém tenha começado o processo. Antes tarde do que nunca.

Foi trabalho de parceria público-privada, em que se encontram internados 672 detentos. Não sei a razão de os milionários brasileiros não tomarem a iniciativa de fazer o que os governos não fazem, para o seu próprio bem e o de suas famílias. Porque, num futuro bem próximo, ninguém vai poder chegar à janela de casa sem ser molestado por monstros que a incompetência, o descaso e o desamor dos governos e da sociedade fizeram nascer.

Mas o tempo que já perdemos, o descaso e a incompetência dos vários governos causaram estragos irrecuperáveis. Não existe uma pessoa sensível que não se comova e se revolte quando assiste, na televisão, ao tratamento que os hospitais dão aos doentes pobres. Fico imaginando os filhos e os netos desses pobres coitados. Os médicos idealistas deixaram de existir.

Os professores deixaram de ser competentes e eficientes. Os ordenados que lhes são pagos são tão baixos que ninguém mais quer ser professor. E ainda têm que suportar a má educação dos estudantes que perderam a compostura nas salas de aula. A educação, no Brasil, está mais do que lastimável.

As televisões informam, diariamente, a fortuna que é roubada dos cofres públicos, cinicamente, até por juízes, como foi o caso de São Paulo. E fico pensando na decepção dos jovens que escolheram estudar direito e tomam conhecimento de absurdo dessa dimensão. Os doentes mentais estão sendo jogados em masmorras, sem a devida assistência médica. É lastimável que tenham chegado a esse absurdo.

Os idosos, quase todos abandonados pelas famílias, vivem em casas de caridade, dependendo de esmolas e da boa vontade de pessoas generosas para se alimentarem razoavelmente. Nem sei se haverá alguém com capacidade de consertar a bagunça que se instalou. 
Já nem falo na decadência moral dos políticos. Foi-se o tempo em que os idealistas se candidatavam, com o desejo de ajudar o povo na busca de caminho decente para um país fisicamente belo e farto, com terras férteis, rios abundantes e clima ameno. Hoje essa qualidade de gente é minoria. Os gananciosos, egoístas, injustos e irresponsáveis assumiram a direção do nosso destinos - em arriscada jornada.

DILMA, SE PUDESSE, ATÉ ENTRARIA EM CAMPO para fazer um gol

Carlos Chagas 
 
 
Publicado: 3 de março de 2014 às 7:48 -Diário do Poder

Em  julho uma sombra  cobrirá  o palácio do Planalto. Caso o selecionado brasileiro conquiste a Copa do Mundo, um forte raio de sol irá desfazê-la. 

Na hipótese de perdermos, estará inaugurada uma temporada de trevas. A relação entre o futebol e as eleições pode ser injusta, mas já parece cristalizada.  

A presidente Dilma se confundirá com a vitória, no imaginário popular, assegurando a reeleição ainda no primeiro turno. 

Sobrevindo a derrota, perderá votos, podendo entrar em risco o segundo mandato.

Pela lógica, não tem nada a ver as  performances do governo e dos craques do Filipão, mas é bom notar que nem o futebol nem as eleições tem lógica. 

Uma inútil tentativa de evitar a confusão desenvolve-se no comando de campanha da presidente: se ela comparecer às partidas do início e do fim de copa, como está previsto, seus marqueteiros pretendem blindá-la, não deixando que sua imagem ganhe os telões e nem mesmo que sua presença seja anunciada pelos alto-falantes do Itaquerão e do Maracanã.   

Não vai adiantar nada. Acima e além de eventuais e inevitáveis vaias que todo governante recebe, estará no raciocínio das massas ter sido Dilma a causa da euforia, se ganharmos, ou da tristeza, se perdermos. Infelizmente, é assim que as coisas funcionam.

Em 1950 o general Eurico Dutra era o presidente da República. 

Não compareceu ao Maracanã recém-inaugurado,  poupando-se de assistir o gol de Ghiggia. 

Seu candidato, Cristiano Machado, no entanto, perdeu de goleada para Getúlio Vargas. 

Claro que mil outros fatores pesaram para seu retorno ao poder, a começar pelos benefícios que antes havia concedido aos trabalhadores, mas ninguém garante a ausência da frustração popular nas urnas. 

A vontade e até o ímpeto do eleitorado em  contrariar as elites representadas por Dutra e pelo seu candidato. 

Sessenta e quatro anos depois a copa volta a ser disputada no Brasil e o temor de Dilma e  seus assessores é de que a situação se repita. 

Mais do que a vitória de um candidato da oposição, temem a derrota da candidata da situação, causada  pelo malogro no futebol, uma espécie de simbologia do sentimento popular.  

A presidente, se pudesse, até entraria em campo para ajudar a conquistar a taça.

‘Isso é lindo’, por J. R. Guzzo

03/03/2014
às 16:35 \ Opinião


Publicado na edição impressa de VEJA
J. R. GUZZO


A tolerância é sem dúvida uma das mais belas virtudes do ser humano e, também, uma das mais úteis ─ sua aplicação já salvou este mundo de uma infinidade de sofrimento, guerras e toda a coleção de misérias que só o homem tem talento suficiente para inventar. 

Seu problema, como ocorre com tantas outras virtudes, é que está disponível ao público em duas versões, a legítima e a falsa

A tolerância, quando falsificada, pode passar muito rapidamente de coisa do bem a coisa do mal, ao se transformar em covardia, apatia moral e cumplicidade com o erro. 

Nesses casos, em vez de agir em favor da paz, apenas serve de estímulo a quem age em favor da guerra. 

Poucas vezes o Brasil teve a oportunidade de viver com tanta clareza esse tipo de situação como nos dias de hoje, quando muita gente capaz dos melhores sentimentos permitiu que uma atitude legítima ─ a de aceitar tumultos de rua em nome do direito de expressão ─ degenerasse na aprovação geral de condutas doentias. 

Da “compreensão” passaram para a simpatia, da simpatia para o apoio e do apoio para o incentivo aberto a ações descritas como criminosas pelo Código Penal ─ incluindo, ao fim da linha, o homicídio.


Os responsáveis são os de sempre ─ intelectuais, cidadãos apresentados como pensadores, essa nebulosa chamada “esquerda”, artistas, funcionários da área de telenovelas da Rede Globo etc. 

Embora a baderna só lhe cause prejuízo, o governo também fica a favor dos “manifestantes”, por oportunismo compulsivo. 

A imprensa, rádio e televisão, em grande parte, se aliaram à manada: há oito meses, desde que a violência explodiu nas ruas, repetem que a grande culpada por tudo é a “brutalidade policial”, e que os atos de destruição durante as arruaças são “episódios isolados”. 

Até o recente assassinato de um colega no Rio de Janeiro, o cinegrafista Santiago Andrade, a maioria dos jornalistas tinha o cuidado de chamar os agressores de “ativistas”, “militantes” etc. e nunca daquilo que realmente são.

O assassinato de Andrade, cometido por dois marginais a serviço da “nossa luta”, desarrumou a cabeça de quem tinha optado pela complacência diante da atividade criminosa praticada nas ruas contra a democracia. 

O que vão dizer agora? 

O que já disseram é bem sabido. “O anarquismo é lindo”, opinou o compositor Caetano Veloso. 

A ministra Luiza Bairros, titular da área de Igualdade Racial da Presidência, falou em “agenda libertadora”. 

O senador Eduardo Suplicy, do PT, disse que a violência cometida por bandos de delinquentes era “quase romântica” e motivada por “boas intenções”. 

O que poderia haver de romântico no assassinato de um cinegrafista? 

A atriz Camila Pitanga, num desses vídeos da internet que anunciam o fim do mundo, não deu sorte: revelou seus temores de que “alguém” viesse a morrer uma hora dessas, mas quem matou foi a turma que ela julgava estar em perigo de vida. 

Uma colega, no mesmo vídeo, disse que a destruição era justa porque visava a “alvos simbólicos”. 

Em Brasília, diante de uma tentativa do MST de invadir o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, foi à rua “negociar” com os chefes desse desatino. Negociar o quê? 

Se poderiam, por gentileza, fazer o obséquio de não invadir o Supremo? Carvalho deu sua bênção à baderna. “Tem de pressionar mesmo”, disse ele. 

De que lado o homem está? A OAB do Rio já deixou clara sua opção, ao anunciar a prodigiosa doutrina segundo a qual os “manifestantes” têm todo o direito de levar armas às ruas, para “defender-se da violência” policial.


O horizonte não parece promissor. Na arruaça de Brasília, houve 42 feridos; trinta eram da polícia. 

O marginal flagrado atacando um PM com um estilete, em São Paulo, está solto. Na verdade, após oito meses de agressão à ordem, há apenas um preso ─ além dos dois assassinos de Andrade. 

Mas a simpatia com a “nossa luta” continua de pé, como mostra o tratamento de celebridade dado à “ativista” Elisa Quadros, que frequenta a obscura fronteira entre o crime, a polícia e os arrabaldes de partidos nanicos da extrema esquerda. 

Ela exerce algum tipo de comando nos “black blocs”; também é chamada de Sininho e tida como “cineasta”, além de exercer as funções de “musa”. 

A moça, entre outras coisas, sustenta que a culpa pela morte do cinegrafista foi, no fundo, dele mesmo, por não ter usado um capacete de proteção durante o quebra-quebra em que foi assassinado. 

Essa alucinação, acredite quem quiser, é levada a sério por muita gente ─ a começar pela OAB. 

Lindo, não?

65 brasileiros bilionários; veja a lista

Pessoa mais rica do Brasil entre 2009 e 2012, empresário sai da relação daqueles que têm fortuna superior a US$ 1 bilhão. Trigésimo-quarto mais rico do mundo, dono da Ambev assume o primeiro lugar entre os brasileiros


Levantamento da revista norte-americana Forbes lista 65 brasileiros com fortuna superior a US$ 1 bilhão. 

Uma das novidades da nova edição foi a exclusão do empresário Eike Batista, que era a pessoa mais rica do país entre 2009 e 2012, segundo a publicação. 

Com seus negócios em crise, o empresário que tinha a ambição de ser o mais rico do mundo nos próximos anos, não aparece entre os 1.645 bilionários listados pela revista.

O brasileiro dono de maior fortuna atualmente é Jorge Paulo Lemann, maior acionista da Ambev, maior cervejaria do planeta. 

Com riqueza estimada em US$ 19,7 bilhões, o suiço-brasileiro é o 34º colocado no ranking mundial, liderado pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, com US$ 76 bilhões. 

Depois de quatro anos, o americano desbancou o mexicano Carlos Slim, que aparece agora no segundo lugar, com US$ 72 bilhões. 

O terceiro homem mais rico do mundo é o espanhol Amâncio Ortega, fundador do grupo têxtil Inditex e da cadeia de lojas Zara, com fortuna de US$ 64 bilhões. No ranking entre os países, os Estados Unidos lideram, com 492 bilionários na lista. Depois vêm a China, com 152 nomes, e a Rússia com 111.

Ainda entre os brasileiros, o segundo colocado é o banqueiro Joseph Safra, 55º no ranking mundial, com riqueza estimada em US$ 16 bilhões. 

O terceiro lugar é ocupado por Marcel Herrmann Telles, sócio de Lemann. É o 119º mais rico do mundo, com fortuna avaliada em US$ 10,2 bilhões.

Confira, a seguir, a posição dos brasileiros no ranking da Forbes, divulgado pelo UOL:


Colocação Nome Fortuna estimada Idade Setor de atuação/Origem da fortuna
34 Jorge Paulo Lemann US$ 19,7 bi 74 Bebidas
55 Joseph Safra US$ 16 bi 75 Bancos
119 Marcel Herrmann Telles US$ 10,2 bi 64 Bebidas
137 João Roberto Marinho US$ 9,1 bi 60 Mídia
137 José Roberto Marinho US$ 9,1 bi 58 Mídia
137 Roberto Irineu Marinho US$ 9,1 bi 66 Mídia
146 Carlos Alberto Sicupira US$ 8,9 bi 66 Bebidas
367 Francisco Ivens de Sa Dias Branco US$ 4,1 bi 77 Alimentos
367 Eduardo Saverin US$ 4,1 bi 31 Cofundador do Facebook
396 Walter Faria US$ 3,8 bi 58 Bebidas
483 Aloysio de Andrade Faria US$ 3,3 bi 93 Bancos
520 André Esteves US$ 3,1 bi 45 Bancos
520 Antonio Ermirio de Moraes US$ 3,1 bi 85 Diversos
520 Ermirio Pereira de Moraes US$ 3,1 bi 81 Diversos
520 Maria Helena Moraes Scripilliti US$ 3,1 bi 83 Diversos
580 Fernando Roberto Moreira Salles US$ 2,9 bi 67 Bancos, mineração
580 João Moreira Salles US$ 2,9 bi 52 Bancos, mineração
580 Walther Moreira Salles Junior US$ 2,9 bi 57 Bancos
580 Pedro Moreira Salles US$ 2,9 bi 54 Bancos, mineração
609 Abilio dos Santos Diniz US$ 2,8 bi 77 Varejo
642 Miguel Krigsner US$ 2,7 bi 64 Cosméticos
663 Edson de Godoy Bueno US$ 2,6 bi 70 Hospitais, planos de saúde
796 Rossana Camargo de Arruda Botelho US$ 2,2 bi 64 Construção
796 Renata de Camargo Nascimento US$ 2,2 bi 63 Construção
796 Regina de Camargo Pires Oliveira Dias US$ 2,2 bi 60 Construção
796 Moise Safra US$ 2,2 bi 79 Bancos
828 Antonio Luiz Seabra US$ 2,1 bi 71 Cosméticos
925 Nevaldo Rocha e família US$ 1,95 bi 84 Varejo
931 Dulce Pugliese de Godoy Bueno US$ 1,9 bi 66 Hospitais, planos de saúde
931 Michael Klein US$ 1,9 bi 63 Varejo
931 Rubens Ometto Silveira Mello US$ 1,9 bi 64 Açúcar, etanol
931 Lirio Parisotto US$ 1,9 bi 60 Investimentos
1036 Jayme Garfinkel e família US$ 1,75 bi 67 Seguros
1092 Julio Bozano US$ 1,6 bi 78 Bancos
1143 Ana Maria Marcondes Penido Sant’Anna US$ 1,55 bi 58 Pedágio rodoviário
1143 Cesar Mata Pires US$ 1,55 bi Construção
1154 Sergio Lins Andrade e família US$ 1,5 bi 66 Construção
1154 Victor Gradin e família US$ 1,5 bi 81 Construção
1154 Alexandre Grendene Bartelle US$ 1,5 bi 64 Calçados
1210 Lina Maria Aguiar US$ 1,4 bi 76 Herança/bancos
1210 João Alves de Queiroz Filho US$ 1,4 bi 61 Bens de consumo
1284 Eggon da Silva US$ 1,3 bi 85 Maquinário industrial
1284 Elie Horn US$ 1,3 bi 70 Imobiliário
1284 Carlos Francisco Ribeiro Jereissati e família US$ 1,3 bi 67 Shopping centers
1284 Jorge Moll Filho US$ 1,3 bi 69 Hospitais
1284 Jose Isaac Peres e família US$ 1,3 bi 73 Shopping centers
1284 Werner Voigt US$ 1,3 bi 84 Maquinário industrial
1284 Lilian Werninghaus US$ 1,3 bi 79 Maquinário industrial
1372 Lia Maria Aguiar US$ 1,2 bi 72 Herança/bancos
1372 Guilherme Peirão Leal US$ 1,2 bi 64 Cosméticos
1372 Rubens Menin Teixeira de Souza US$ 1,2 bi 57 Construção de casas
1372 Dorothea Steinbruch US$ 1,2 bi Siderúrgica
1442 Alfredo Egydio Arruda Villela Filho US$ 1,15 bi 44 Bancos
1442 Daisy Igel US$ 1,15 bi 86 Gás, petroquímica
1465 Ana Lucia de Mattos Barretto Villela US$ 1,1 bi 40 Bancos
1465 Edir Macedo e família US$ 1,1 bi 69 Comunicação
1465 José Mendes Nogueira e família US$ 1,1 bi 86 Mineração
1540 Giancarlo Franceso Civita US$ 1,05 bi Mídia
1540 Victor Civita Neto US$ 1,05 bi Mídia
1540 Roberta Anamaria Civita US$ 1,05 bi Mídia
1540 José Roberto Ermirio de Moraes US$ 1,05 bi 56 Diversos
1540 José Ermirio de Moraes Neto US$ 1,05 bi 61 Diversos
1540 Liu Ming Chung US$ 1,05 bi 51 Papel e celulose
1540 Neide Helena de Moraes US$ 1,05 bi 59 Diversos
1565 Carlos Martins US$ 1 bi 57 Educa

Mais um corrupto no governo. Para não perder os preciosos segundos do PDT, Dilma vai varrer sujeira pra baixo do tapete.

segunda-feira, 3 de março de 2014


Todo mundo rindo da cara dos brasileiros...Dilma abraça Maneca.
A Polícia Federal em Santa Catarina pediu a abertura de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar o ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT). 
 
A solicitação foi feita depois que a PF encontrou indícios da participação do ministro em um suposto esquema para empregar militantes do PDT como funcionários fantasmas de uma entidade que firmou convênios com o ministério. 
 
Como o ministro tem foro privilegiado, só pode ser investigado por inquérito no STF, por isso a PF fez essa sugestão em relatório encaminhado à Justiça Federal de Santa Catarina.

Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", que divulgou a informação nesta segunda-feira (3), filiados do PDT constavam da folha de pagamento da ONG ADRVale (Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim) sem nunca terem trabalhado para a entidade, que teria recebido R$ 11 milhões de convênios com o ministério. 
 
A Polícia Federal em Santa Catarina confirmou à Folha que encontrou indícios da participação de Manoel Dias.

O líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), divulgou nota nesta segunda dizendo que vai ingressar com representação na Comissão de Ética da Presidência exigindo o imediato afastamento do ministro do Trabalho.

A Comissão de Ética já havia aberto um processo contra Manoel Dias na semana passada para apurar denúncia de que sindicatos pagariam propina para acelerar a concessão de registros. 
 
A empresária Ana Cristina Aquino afirmou à revista "Isto É" que entregou R$ 200 mil ao ex-ministro Carlos Lupi para acelerar o registro de um sindicato e disse que o esquema permaneceria na atual gestão.

Procurada, a assessoria do Ministério do Trabalho confirmou ter conhecimento do inquérito em Santa Catarina, disse que a consultoria jurídica do órgão prestou esclarecimentos e que não comentaria o pedido da PF de investigação pelo STF. 
 
O ministro afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que as acusações são "fogo amigo" e que não teme a abertura de investigação. (Folha Poder)
 
 CoroneLeaks
 

Governo petista segue estratégia socialista contra o direito de propriedade


Os chamados conflitos fundiários seguem uma estratégia socialista, driblando o Judiciário, isto é, a lei. Assustador é que o rompimento do Estado de Direito seja apoiado também por figurões do governo, como o tétrico Gilberto Carvalho, espião de Lula no palácio. Quando não há garantias sobre a propriedade, a democracia mesma corre perigo. Já vivemos uma ditadura consentida?  
 
Editorial do Estadão vai ao ponto:
Ganha terreno no debate público a ideia de que os conflitos fundiários devem ser resolvidos à margem da lei - e, muitas vezes, ao arrepio dela. Sob o gelatinoso argumento da "questão social", defende-se que a propriedade, por mais documentada que seja, nada vale ante a urgente necessidade de "reparação histórica", o que obrigaria os proprietários formais a restituir a terra àqueles que seriam seus "legítimos" donos - índios e quilombolas.
 
 Se tal ideia fosse subscrita apenas pelos ditos movimentos sociais, amparados por suas convicções socialistas, não haveria nenhum problema, uma vez que, numa democracia, é lícito defender qualquer ponto de vista, inclusive os esdrúxulos. No entanto, gente graúda do governo federal resolveu apoiar essa flagrante ilegalidade, travestindo-a de "justiça" - não a Justiça institucional, que garante o Estado de Direito, e sim aquela que aparece nos gritos de guerra dos invasores de terra.
Em recente evento em Brasília, um seminário intitulado "Conflitos Fundiários em Debate", o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, corroborou uma tese segundo a qual as disputas por terra entre seus legítimos donos e os chamados "povos tradicionais" que a reivindicam deveriam ser resolvidas não mais no âmbito do Judiciário, e sim por meio de "mediação". Ele chegou a defender a criação de uma "escola de mediadores".
Também presente ao encontro, um importante funcionário do Ministério da Justiça, o secretário de Reforma do Poder Judiciário, Flávio Caetano, declarou que é preciso "mudar a cultura jurídica do País, que é a cultura do processo, do litígio" - como se o legítimo proprietário da terra não tivesse o direito óbvio de recorrer à Justiça para se queixar de quem a invadiu.
A opinião de Carvalho e de Caetano respaldou-se em estudos das organizações não governamentais Instituto Pólis e Terra de Direitos, ambas dedicadas a cobrar a regularização de territórios que, em sua visão, pertencem a índios e quilombolas. 
 
Em tais pesquisas, encomendadas pelo Ministério da Justiça, a retórica é poética - um dos relatórios diz que o objetivo é "construir um caminho dialógico para a democratização da justiça" -, mas, na prática, o palavrório a respeito de "mediação" significa criar maneiras de driblar o Judiciário para favorecer os "povos tradicionais".
Em seu discurso no seminário, Carvalho chegou a lamentar que o "aparelho de Estado" brasileiro, a começar pelo Executivo, que ele representa, seja obrigado a cumprir a "tarefa ingrata, inglória" de fazer valer o que está na lei, mesmo uma lei com a qual "sabidamente nós não podemos estar de acordo". 
O ministro disse ainda que "há uma mentalidade no aparelho de Estado que se posiciona claramente contra tudo aquilo que é insurgência", como se não fosse obrigação do Estado combater aqueles que ameaçam a ordem democrática. Carvalho expressa, assim, um mal-estar do governo em relação ao próprio Estado de Direito.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) não demorou a se manifestar a respeito desse absurdo. Dizendo-se "perplexa", a entidade expressou especial preocupação com "a defesa, por autoridades, da submissão de conflitos de enorme complexidade a mediadores ideologicamente comprometidos, em substituição a magistrados imparciais, protegidos por garantias constitucionais e selecionados com impessoalidade, por meio de rigorosos concursos públicos".
A respeito das tais "escolas de mediadores" sugeridas por Carvalho, a CNA observou que o ministro não esclareceu "qual será o currículo e quem serão os professores desses futuros substitutos de juízes". Nem é preciso muita imaginação para supor que tal escola teria como cartilha os alegados direitos históricos dos índios e dos quilombolas sobre as terras.
Tem razão a CNA ao reagir com firmeza. O governo federal tem sido omisso em relação às ordens judiciais para a reintegração de posse de terras invadidas por supostos índios - como acontece neste momento no sul da Bahia -, e agora apela à antropologia de botequim para questionar o próprio direito constitucional à propriedade.

Alô, MPF: por que não investigar o financiamento secreto a Cuba e Angola?



Quem sugere que o MPF se mexa é o jurista e ministro aposentado do STF, Paulo Brossard. Valha a questão que ele formula: por que só esses dois financiamentos são sigilosos? 


Outra questão pertinente: trata-se de "saber se os brasileiros têm ou não preferência sobre os recursos nacionais, recursos esses que representam 30% de tudo quanto o Brasil produz." No mais, é de se recordar o que disse o senador Aécio Neves: Dilma inaugurará sua maior obra...em Cuba.



Faz alguns dias, depois de breve passagem por Davos, na Suíça, de dois dias em Lisboa em razão de suposta “parada técnica” a ensejar excelente experiência gastronômica, hospedagem no Ritz e jantar no Eleven, acompanhada de numerosa comitiva, a senhora presidente voou até Cuba, onde recebeu as homenagens do ditador Raúl Castro; lá fez declarações um tanto estranhas para serem ditas por uma chefe de Estado.




Como é sabido, em meados de 2012, por intermédio do BNDES, o governo celebrou contratos de financiamento com Angola e Cuba, chumbados com a nota de secretos até 2027. Esta circunstância chamou a atenção, uma vez que nenhum dos restantes contratos com Estados estrangeiros foi carimbado com o selo de secrecidade. Por que secretos os pactos com Angola e Cuba e só eles?


Concluída a metade das obras portuárias de Mariel, para as quais o Brasil entrou com a soma de US$ 802 milhões por intermédio do BNDES, a senhora presidente ao comparecer à inauguração desta etapa do porto,  anunciou e prometeu a concessão de mais US$ 290 milhões, para a conclusão da mencionada obra; é de notar-se que esta soma adicional a ser concedida está na dependência do respectivo contrato.

A revelação de mera promessa na forma escolhida destoa dos estilos protocolares e dir-se-ia uma temeridade diplomática, que prefiro substituir dizendo que ela se deveria à pressa juvenil da senhora presidente, cuja precipitação recebida com aplausos cubanos teria arranhado as bicentenárias tradições da casa de Rio Branco, celeiro de precedentes em que a prudência, a medida, a oportunidade, o equilíbrio e o decoro do país eram cultivados religiosamente.

Na ilha do Caribe a ocorrência tem sido festejada como acontecimento histórico, mas são muitos os brasileiros incomodados com o ostensivo financiamento da construção de obras estrangeiras, quando os nossos portos, inclusive o maior deles, o de Santos, carece de complementos necessários e fundamentais.

Parece que a senhora presidente se esqueceu do que a Constituição, ao enunciar os Princípios Fundamentais da Nação, prescreve “a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais: II. prevalência dos direitos humanos”.


Ora, só por irrisão alguém poderia arrolar a ilha presídio, entre as nações fiéis aos valores universais, contidos na expressão prevalência dos direitos humanos.


Daí porque, salvo erro, entendo que a maioria dos brasileiros sentir-se-ia melhor governado se visse os  recursos  de seus pesados tributos aplicados para o Brasil e os brasileiros, inclusive em seus portos carentes, lembrados antes de contempladas obras estrangeiras. Não se discute se estas têm importância, mas se trata de saber se os brasileiros têm ou não preferência sobre os recursos nacionais, recursos esses que representam 30% de tudo quanto o Brasil produz.


A cláusula constitucional invocada é novidade da Constituição de 88 e deve ser observada e construída com vistas à sua finalidade e dela não esquecer a ponto de chegar a ser esquecida.


A propósito, não seria o caso de indagar ao Ministério Público Federal, aquinhoado de tantos poderes, o ajuizamento de ação civil pública tendente a revelar à Nação os documentos que instruíram a marca de secretos, os negócios celebrados com Angola e Cuba? (Zero Hora). (Grato, Ruben Corrêa).



Governo foi incompetente e não garantiu legado da Copa, critica Aécio na Sapucaí.


Foto: Pedalada no sábado de Carnaval, com Bernardinho e Gabeira - Aécio Neves
Aécio com Bernardinho e Gabeira, ontem, no Rio.

O pré-candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, foi à Sapucaí na primeira noite de desfiles para aplaudir o empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, homenageado pela Beija-Flor, e aproveitou para criticar o governo federal ao falar sobre as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e as verbas para a segurança pública.
"De tudo o que foi prometido em termos de infraestrutura para a Copa, 23% de obras ficaram no meio do caminho, por incompetência do governo federal. 
Espero que pelo menos dentro do campo o Brasil arrebente", afirmou.

"Não sou porta-voz da oposição, mas torço para o Brasil ganhar. O que lamento é que tudo o que foi prometido em termos de legado ficou pelo caminho. 
O governo considerava quase como um crime a parceria com o setor privado, e só agora mudou de ideia. Só que já é tarde".

Ele defendeu os protestos de rua, mas afirmou que é preciso aprimorar o policiamento, e culpou o governo federal pela falta de verbas para o setor.
 "Acho que as manifestações têm que ser permitidas e a violência, coibida. A polícia tem que ser mais bem preparada. 
O governo federal tem que ter Força Nacional de Segurança, o governo federal tem que dizer `eu participo com x'', mas isso até hoje não existe. 
Os recursos federais de segurança pública são contingenciados, e no fim do ano alguns amigos do rei e da rainha vão lá e liberam alguma coisa. 
A responsabilidade fica com os Estados, que são os que menos têm".

Sobre o desfile, Aécio afirmou que acompanha as escolas de samba desde os 8 anos e vai continuar indo à Sapucaí mesmo se for eleito presidente. (Estadão)

O BRASIL ANTES DO REAL


segunda-feira, 3 de março de 2014



O Brasil antes do Real.

http://www.youtube.com/watch?v=HOpt78XL5us&feature=player_embedded

Muita gente não lembra o que era a hiperinflação antes do Plano Real. 

O comercial acima mostra a propaganda de uma cadeia de supermercados do sul do país, cujo o nome, casualmente, era Real. Olhem os preços do Brasil do Real. 

Eles mudavam a cada minuto. A função que empregava maior número de funcionários era dos remarcadores de preços, com as suas maquininhas. 

Você corria pelas gôndolas para pegar os preços antigos, antes que o "carimbador maluco" chegasse e aumentasse os preços antes de você colocar o produto no carrinho. 

Hoje Aécio Neves, do PSDB, o partido que mudou o Brasil com o Plano Real, publica um artigo sobre a importância daquela que foi a maior e mais eficiente medida econômica da História do Brasil. Foi publicado na Folha.

Leia abaixo.

Plano Real, 20

 

O país está em festa. Milhares de brasileiros estão nas ruas e passarelas do samba, protagonizando uma das maiores e mais bonitas celebrações populares do mundo e a nossa excepcional diversidade cultural. 

Neste momento, suspendemos as tensões e eventuais diferenças e idiossincrasias para ocupar as avenidas, sob o signo da alegria. Poucos fenômenos são capazes de construir uma convergência assim, tão ampla e verdadeira.

 
Pensando nela, lembrei-me de um outro momento da vida nacional que uniu os brasileiros, em um fevereiro como este, 20 anos atrás: depois de vários planos econômicos fracassados, o Plano Real acabou com a hiperinflação. 

As novas gerações nem sequer podem imaginar o que significou uma era de descontrole inflacionário que dizimava a renda das famílias, aumentava a desigualdade social e impedia o país de crescer.

 
Sem pirotecnia, demagogia e quebra do ordenamento jurídico, instaurou-se uma agenda que contemplava os fundamentos da estabilização e do desenvolvimento, na mais importante reforma econômica do Brasil contemporâneo. 


Outros avanços estruturais moldaram o país moderno e respeitado que somos hoje.



Mas a data de 27 de fevereiro é emblemática como ponto de ruptura com o passado de equívocos e o advento de uma nova ordem. 


Foi, acima de tudo, uma construção política, nascida na democracia e em diálogo aberto com a sociedade. 

Um exemplo de como a coragem e a responsabilidade podem ser instrumentos transformadores da nossa realidade.

 
Mas nem o unânime reconhecimento que o Plano Real conquistou nesses anos foi suficiente para uma autocrítica daqueles que, apesar de terem se beneficiado dele, o combateram com ferocidade, pautados, como sempre, pelos seus interesses eleitorais.


Todos sabemos que nenhum dos avanços obtidos nos últimos 20 anos teria sido possível se a inflação não tivesse sido derrotada. 

Esta é a verdadeira herança deixada pelo PSDB para os brasileiros, já incorporada ao patrimônio do país. 

Não podemos permitir que essa conquista se perca.



O país vive um momento delicado, de baixo crescimento, inflação rediviva e credibilidade em risco. 

A infraestrutura compromete nossa competitividade; a educação demanda uma gestão inovadora para cumprir o seu papel transformador; as instituições públicas, reféns de grave aparelhamento e pactos de conveniência, precisam ser resgatadas e devolvidas ao interesse público.

 

Crises graves, como a desassistência à saúde pública e a violência endêmica, merecem uma nova mobilização de todos os brasileiros, para fazer o país avançar mais. Convergência. 
Coragem. Responsabilidade. 


No país que é também do Carnaval, todo dia é dia de construir o Brasil que podemos ser.



Lorotas políticas e verdades efêmeras 

CHINELOS DA IMPUNIDADE




Pouco mais de um ano e três meses atrás, logo depois de decididas as penas para figurões do mensalão do PT, veio à tona um novo e bizarro escândalo: o escritório da Presidência da República em São Paulo se transformara numa filial de tráfico de influência sob a chefia de Rosemary Noronha.

Íntima de Luiz Inácio Lula da Silva desde a década de 1990, ela vai agora responder na Justiça pelos muitos favores que teria concedido e pedido como uma das mulheres mais influentes da república petista. A ação criminal contra ela e 17 associados se inicia no exato momento em que próceres do partido se livram de cumprir penas de prisão em regime fechado.

Noronha foi instalada no gabinete paulistano por Lula e ali mantida por Dilma Rousseff, mas não tanto por seus dotes administrativos.

Como se tivesse recebido um feudo para nele mandar e desmandar, de acordo com a Polícia Federal, comandava de São Paulo um esquema de venda de pareceres que chegou a envolver duas agências reguladoras federais e a Advocacia-Geral da União (AGU).

A amiga de Lula indicou os irmãos Paulo Rodrigues Vieira e Rubens Carlos Vieira para diretorias da ANA (águas) e da Anac (aviação civil), respectivamente. Na AGU, segundo a investigação, contavam com o beneplácito do advogado-geral-adjunto da União, José Weber Holanda Alves, que ajudou a resolver problemas do ex-senador Gilberto Miranda (PFL-AM) com ilhas no litoral paulista.

Eram várias as moedas de troca aceitas pelo grupo. De pagamentos em dinheiro vivo a passagens para cruzeiros, circulava de tudo pelos dutos do esquema. Tais miudezas, diante das enormidades do mensalão, chegaram a ser descritas por policiais como "chinelagem".

Na época em que eclodiu, o escândalo ajudou a firmar a noção de que o PT, ou ao menos setores do partido, não conhecia limites para a corrupção. Solidificou a ideia de que a praticava no atacado e no varejo --como fazem de resto tantas agremiações políticas no Brasil.

Para impor tais limites, porém, existe a Justiça. Se vierem novas condenações neste caso --que ora se torna mais robusto com a aceitação da denúncia-- e outras nos muitos escândalos que decerto surgirão, talvez um dia se recomponha a certeza de que a coisa pública não é um butim devido a quem conquista o poder.

03 de março de 2014
Editorial Folha S.Paulo
 
Lorotas políticas e verdades efêmeras

OS BLACK BLOCKS PRATICAM UM TERRORISMO INCLUDENTE, DO BEM?!


Li e reli cuidadosamente o artigo do ex-frade Boff e como sempre nos surpreende pela sua forma de interpretar e comentar os fatos que trata. Considero que um intelectual deve nos apresentar luzes que iluminem os fatos que pretende tratar para o bem comum.

Neste artigo, como leitor, não consigo concordar com sua interpretação a respeito “da violência dos Black Blocks”. Penso que o Sr. Boff mistura vários elementos confundindo mais do que explicando.

Vamos por partes. Em primeiro lugar reconhece que os atos dos mascarados são violentos! Depois seu raciocínio tenta justificar esta violência por causa do sistema neoliberal que vivemos…em seguida tenta nos alertar para não confundir os rapazes com terroristas.

Inclusive o Sr. Boff nos ensina sete características do que seria o terrorismo como estratégia. Curiosamente estas sete estratégias correspondem na sua maioria ou quase todas na forma de atuação destes grupos, inclusive ele não diz, mas existe financiamento, suporte e apoio políticos…que estariam por trás destes atos, eles não são assim tão espontâneos como querem fazer crer.

OBJETIVO DEFINIDO

Ora, o parâmetro para definição do que seja terrorismo que o Sr. Boff usa corresponde a noção do clássico “terrorista” nacionalista ou religioso islâmico [hoje contra cristãos na Nigéria, Filipinas, Síria] infelizmente em uso.

Trata-se de “terrorismo” com objetivos bem definidos “a nível de ideologia, poder e o domínio das mentes pelo medo. Estes grupos violentos fizeram com que os protestos pacíficos desaparecessem das ruas, isto não seria também uma espécie de terrorismo excludente? 
Muitos ficaram com medo de continuar nas ruas e isto se configura num atentado a democracia e ao justo direito da população exprimir sua revolta contra a corrupção e ao descaso do Governo e do Estado para com as suas necessidades não atendidas.

Sobre isto não ouvi nenhuma palavra dos sábios de plantão.
Lendo suas considerações vemos que implicitamente da a entender que existiria um outro tipo de violência, do tipo “includente” em contraposição ao terrorismo excludente.

ESPANTO

Aqui começa meu espanto. Como é que intelectuais de um preparo tão refinado e humanista como o Sr. Boff é capaz de abstrair questões como a de se esses protestos são do bem e que a sua “violência” teria algo de redentora e que nos temos a obrigação de entender as causas subjacentes e que a melhor estratégia seria uma educação que num futuro bem distante nos garanta a paz e tranquilidade que por agora nos falta?

Aqui ecoa aquele principio marxista da seita comunista de que no futuro nossa sociedade será perfeita e igualitária e que estes dissabores e agruras atuais serão apenas coisas do passado…[isto é, se o socialismo com liberdade prevalecer]

Sr. Boff, a lei antiterrorista como esta sendo proposta pelo seu partido o PT, não tem nada a ver com preocupações humanitárias ou sociais. 

Tem a ver sim com o controle social durante a Copa e claro com a reeleição da Sra. Presidente e nesse ponto podemos até concordar, mas por razões completamente diferentes, a Lei antiterrorista como a pensa e formula o seu Governo visa apenas neutralizar os protestos que tomarão as ruas e prejudicarão o Ibope do governo.

PROTESTOS PACÍFICOS

Todo este imbróglio seria resolvido se os protestos fossem pacíficos, ordenados e organizados de forma tal que as pessoas pudessem expressar suas opiniões e críticas e que fossem excluídos sim os atos de violência que tem traços de terrorismo e que são terrorismo mesmo sem tergiversar, sem eufemismos, sem desculpas nem conivências, sem cinismo nem hipocrisias.

A propósito, aproveitando o tema, e os protestos na Venezuela, por lá a população ainda faz protestos pacíficos e temos visto em vídeos na internet os soldados e os agentes venezulenos e grupos armados disparando contra a população indefesa. Os humanistas aqui nada de nada, cumplicidade…

E naquela ilha paradisíaca [Cuba] onde é proibido e punido com prisão qualquer protesto o que dizer do terrorismo de Estado?

Agora é um crime não responsabilizar alguém pelos crimes que comete em nome de uma causa abstrata, essa mania de justificar é estabelecer a injustiça e responder a um mal com outro mal pior.

Sabe do caso de um homem que empurrou uma mulher no metrô e esta perdeu um braço, sabe que disse o criminoso? 

Que estava protestando contra a sociedade…esse tipo de raciocínio de desrespeito a lei, que cria a impunidade, veja que paradoxo, lá em Cuba e na Coreia do Norte, do Norte, o respeito a lei são absolutos aqui não…são relativos.

Vivemos o mito de Prometeu, pretendendo salvar a humanidade da ignorância este roubou o fogo do Olimpo e foi punido por isso, ficou acorrentado a um rochedo. 

Assim, os iluministas nos acorrentam com ideologias totalitárias não nos enganemos, lobos com pele de cordeiros, os inocentes que se cuidem. A propósito já rezou pela alma do cinegrafista?

03 de março de 2014
Alex Peña-Alfaro