terça-feira, 6 de novembro de 2018

Produção de energia eólica no país atinge marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade instalada

Produção de energia eólica no país atinge marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade instalada


A produção de energia eólica no Brasil atingiu a marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Os dados referentes à medição de setembro foram divulgados ontem (5) pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) e mostram que o total da produção dessa matriz energética é equivalente a mesma capacidade instalada de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do Brasil.


No total, são 14,34 GW de capacidade instalada em 568 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados. Os estados da Região Nordeste agregam a maior parte da produção. O Rio Grande do Norte aparece em primeiro lugar com 146 parques e 3.949,3 megawatts (MW) de potência. Em seguida vem a Bahia, com 133 parques e potência de 3.525 MW; o Ceará vem em terceiro lugar, com 2.049,9 MW de potência e 80 parques instalados.

Brasil tem 568 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados
Brasil tem 568 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados – Soninha Vill/GIZ

“A fonte eólica tem mostrado um crescimento consistente, passando de menos de 1 GW em 2011 para os 14 GW de agora, completamente conectados à rede de transmissão. Em média, a energia gerada por estas eólicas equivale atualmente ao consumo residencial médio de cerca de 26 milhões de habitações [80 milhões de pessoas]”, informou a associação.

De acordo com a Abeeólica, a energia produzida com ventos está chegando a atender quase 14% do Sistema Interligado Nacional (SIN). No caso específico do Nordeste, os recordes de atendimentos a carga ultrapassam 70% da energia produzida na região.

“O dado mais recente de recorde da região é do dia 13 de setembro, uma quinta-feira, quando 74,12% da demanda foi atendida pela energia eólica, com geração média diária de 7.839,65 MWmed [megawatts médio] e fator de capacidade de 76,58%. Nesta data, houve uma máxima às 8h, com 82,34% de atendimento da demanda e 85,98% de fator de capacidade. Vale mencionar também que, nesse mesmo dia, o Nordeste foi exportador de energia durante todo dia, uma realidade totalmente oposta ao histórico do submercado que é por natureza importador de energia”, disse a Abeeólica.

Por Luciano Nascimento, da Agência Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 06/11/2018
"Produção de energia eólica no país atinge marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade instalada," in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 6/11/2018, https://www.ecodebate.com.br/2018/11/06/producao-de-energia-eolica-no-pais-atinge-marca-de-14-gigawatts-gw-de-capacidade-instalada/.

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

A Amazônia está se aproximando de um ponto sem retorno, mas não é tarde demais

A Amazônia está se aproximando de um ponto sem retorno, mas não é tarde demais


A Amazônia e o ponto de não retorno

World Economic Forum*
As florestas do mundo estão encolhendo. Por anos, eles resistiram a um grande impacto humano. Mas de acordo com um novo estudo publicado na revista Science Advances , eles podem estar chegando a um ponto de crise. Se o desmatamento ultrapassar 20% de sua propagação original, a Floresta Amazônica terá atingido o “ ponto de não retorno” .

No estudo, Thomas Lovejoy e Carlos Nobre tentam estabelecer concretamente esse ponto de inflexão, bem como identificar concretamente o que deve acontecer para que seja alcançado. Essencialmente, eles queriam saber até que ponto o desmatamento poderia progredir antes que o ciclo da floresta da floresta deixasse de apoiar os ecossistemas dentro dele.

“Se o clima mudar – pelo desmatamento ou pelo aquecimento global – há o risco de que mais de 50% da floresta amazônica se torne uma savana degradada”, disse Nobre à Euronews, enfatizando que nos últimos 50 anos o desmatamento chegou a cerca de 17 milhões de hectares. por cento da vegetação da Amazônia.

Pelas suas estimativas, seriam necessários apenas três por cento adicionais para tornar a floresta tropical irrecuperável.

floresta queimada

Embora o desmatamento represente um risco iminente e grave para a floresta tropical, não é a única ameaça a esses ecossistemas. As alterações climáticas e o uso do fogo também desempenham um papel importante na ruína em curso desta região. Além de potencialmente dizimar o que restou da floresta tropical (e da fauna que a habita), a degradação do ciclo da água também teria um impacto severo na população humana da América do Sul.

Apesar dessa previsão sombria, ainda não chegamos ao ponto em que não há como voltar atrás. A Floresta Amazônica pode estar perto do ponto sem retorno, mas ainda não passou. O tipo certo de intervenção humana poderia ajudar a afastar a floresta da desgraça iminente – mas à luz da destruição que já foi feita e da velocidade de sua continuação, acabar com isso não será fácil.
Referência:
Amazon Tipping Point
Thomas E. Lovejoy and Carlos Nobre
Science Advances 21 Feb 2018:
Vol. 4, no. 2, eaat2340
DOI: 10.1126/sciadv.aat2340
http://advances.sciencemag.org/content/4/2/eaat2340

* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 01/11/2018

"A Amazônia está se aproximando de um ponto sem retorno, mas não é tarde demais," in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 6/11/2018, https://www.ecodebate.com.br/2018/11/06/a-amazonia-esta-se-aproximando-de-um-ponto-sem-retorno-mas-nao-e-tarde-demais/.
 
Nota da redação: Sobre o mesmo tema leia, também:

Crise ambiental, mudanças climáticas e os riscos na Amazônia
Pesquisadores alertam que conservar a Amazônia é questão ambiental, social e econômica
[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Ibaneis ameaça participação popular na LUOS

Ibaneis ameaça participação popular na LUOS

Por Tânia Battella
O governador eleito pretende aplicar a Lei Complementar no.13/1996, complementada pela LC  879/2014, que dispõe sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis do Distrito Federal, para dar uma rasteira na população do Distrito Federal e na legislação de preservação de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade.

A LC 13/96, faz referência em duas situações para permitir possibilidades de alteração de Projetos de Leis de inciativa do Governador do Distrito Federal em andamento na Câmara Legislativa do DF: quando este for de iniciativa privativa e quando não for de iniciativa privativa.
Vejamos:

O Artigo 10 da LC em análise especifica:
Art. 10. Observado o disposto no art. 72 da Lei Orgânica, os projetos de iniciativa privativa podem ser emendados pela Câmara Legislativa.

O Artigo 72 da LO/DF não permite projetos de leis que gerem aumento de despesas.
Neste caso, como o Projeto de Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo – LUOS não apresentou estudos sobre a capacidade dos sistemas de infraestrutura, se compatíveis com as alterações propostas, fica a dúvida, com tendências a concluir que haverá impactos nos sistemas existentes, no mínimo, de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgotos sanitários, drenagem pluvial, energia elétrica e no sistema viário implantado, face ao adensamento de usos e ocupações permitidos ( embora não quantificados).

O outro dispositivo da LC 13/96 refere-se a reapresentação de projetos rejeitados pelo Legislativo, que não é o caso.

A afirmativa de que a sociedade civil estará sendo passada para trás está no fato de que a LUOS é uma lei que exige tramitação especifica, prevista pela   Constituição, como instrumento de política de expansão urbana, onde a participação popular em sua elaboração, revisão e alteração é obrigatória.
Assim, a alteração do Projeto de Lei Complementar já em tramitação na Câmara Legislativa, que trata do Uso e Ocupação do Solo, sem que tais  alterações sejam submetidas à sociedade civil, por Audiência Pública, pelo Poder Executivo, a quem compete a elaboração desse Instrumento é, sem dúvida, dar uma rasteira na população do DF que alcançou o direito de participar da elaboração desses instrumentos de política urbana pela Constituição de 1988.

Além disso, cabe destacar que essa proposição – LUOS, ignorou a legislação de proteção ao patrimônio que determina assegurar a “visibilidade e ambiência” do Bem Tombado mediante regramento de suas Áreas de Tutela, incluídas na proposta da LUOS, e desprovida de qualquer estudo específico que assegure o cumprimento destas exigências legais.

Esperamos que, pela própria formação do Governador eleito, ele reconsidere sua pretensão divulgada pela imprensa em aprovar a LUOS como está apresentada na Câmara Legislativa do DF, pelos vícios de origem e pela necessidade de submeter a sociedade civil qualquer alteração que venha ocorrer no texto encaminhado à Casa Legislativa.

A população do DF aguarda, no mínimo, esclarecimentos a respeito desse assunto.

5 de novembro de 2018

Mais de 250 organizações assinam compromisso contra poluição por plásticos

Mais de 250 organizações assinam compromisso contra poluição por plásticos

A crise do plástico só poderá ser solucionada com o esforço conjunto de todos os atores-chave do sistema.
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Governos, ONGs e outras 250 organizações, incluindo alguns dos maiores fabricantes, marcas, varejistas e recicladores de embalagens do mundo, assinaram um compromisso global para erradicar o desperdício e a poluição por plásticos em sua origem.
O Compromisso Global por uma Nova Economia do Plástico (fruto da iniciativa New Plastics Economy) é liderado pela Ellen MacArthur Foundation, em colaboração com a ONU Meio Ambiente, e foi oficialmente lançado na conferência Our Ocean na última segunda-feira (29), em Bali.
Seus signatários incluem empresas que juntas representam 20% de todas as embalagens plásticas produzidas globalmente. Entre elas, empresas de bens de consumo como Danone, H&M, L’Óréal, Mars, Incorporated, Natura, PepsiCo, Coca-Cola e Unilever, além de importantes fabricantes de embalagens como Amcor, fabricantes de plásticos incluindo a Novamont, e a especialista em gestão de recursos Veolia.
A iniciativa é apoiada pelo World Wide Fund for Nature (WWF) e foi endossada por Fórum Econômico Mundial, The Consumer Goods Forum — uma organização liderada por presidentes de cerca de 400 varejistas e fabricantes de 70 países — e 40 universidades, instituições e acadêmicos.
Mais de 15 instituições financeiras com mais de 2,5 trilhões de dólares em ativos sob gestão também endossaram o Compromisso Global, e mais de 200 milhões de dólares foram assegurados por cinco fundos de investimento para criar uma economia circular para o plástico.
O Compromisso Global tem como objetivo criar uma nova realidade para as embalagens plásticas. As metas serão revisadas a cada 18 meses, e se tornarão ainda mais ambiciosas nos próximos anos. As empresas que assinarem o compromisso publicarão anualmente dados indicativos do seu progresso a fim de gerar impulso e garantir transparência.
As metas incluem eliminar embalagens plásticas problemáticas ou desnecessárias e migrar de modelos de uso único para modelos de reuso; inovar para garantir que 100% das embalagens plásticas possam ser reutilizadas, recicladas ou compostadas com facilidade e segurança até 2025; circular o plástico produzido, aumentando consideravelmente a quantidade de plásticos reutilizados ou reciclados e transformados em novas embalagens ou produtos; eliminar os plásticos desnecessários ou problemáticos é uma parte essencial da visão do Compromisso Global, e facilitará a manutenção dos plásticos remanescentes na economia e fora do meio ambiente.
“Sabemos que limpar as nossas praias e oceanos é essencial, mas isso não impede a maré de plásticos que invade os oceanos todo ano. Precisamos redirecionar o nosso olhar para a origem desse fluxo”, disse Dame Ellen MacArthur, fundadora da Ellen MacArthur Foundation.
“O Compromisso Global por uma Nova Economia do Plástico é um divisor de águas, com empresas, governos e outros ao redor do mundo se unindo em torno de uma visão clara do que precisamos para criar uma economia circular do plástico.”
“Esse é apenas um passo no que será uma jornada desafiadora, mas um que poderá gerar grandes benefícios para a sociedade, a economia e o meio ambiente. Eu encorajo todas as empresas e governos a irem além e embarcarem em uma trajetória de inovação na criação de uma economia circular do plástico. Uma em que esse material nunca se torne resíduo ou poluição.”
Para Pavan Sukhdev, presidente da WWF International, a crise do plástico só poderá ser solucionada com o esforço conjunto de todos os atores-chave do sistema. “A estratégia da WWF para os plásticos é promover, ampliar e acelerar um conjunto interligado de iniciativas pela mudança. Por isso, estamos trabalhando com outras organizações-chave, como a Ellen MacArthur Foundation, para transmitir uma mensagem conjunta sobre os nossos ambiciosos compromissos compartilhados, e para desenvolver as ferramentas necessárias para cumpri-los em parceria com empresas, a sociedade civil, governos e cidadãos”.
“A WWF, portanto, apoia o Compromisso Global por uma Nova Economia do Plástico, por considerar que é um importante passo para unir os esforços de empresas e governos do mundo em prol de soluções sistêmicas.”
A ONU Meio Ambiente, que lidera a Global Partnership on Marine Litter e sua Campanha Mares Limpos, também lançou no mês passado a Global Plastics Platform para apoiar esforços internacionais tratando da poluição por plásticos.
A organização declarou que usaria seu poder de mobilização para promover o engajamento de governos e outros atores-chave com a iniciativa. Os governos que assinam o Compromisso Global se comprometem a estabelecer políticas públicas e condições viabilizadoras para apoiar as suas metas e visão.
“O plástico nos oceanos é um dos exemplos mais visíveis e perturbadores da crise da poluição por plásticos. O Compromisso Global da Nova Economia do Plástico é um dos conjuntos de metas mais ambiciosos que já vimos até hoje na luta para combater a poluição por plásticos. Ele define os passos a serem dados por empresas e governos a fim de encontrar uma solução para a origem da poluição por plásticos e nós urgimos a todos os que trabalham para endereçar esse problema global que o assinem”, disse Erik Solheim, diretor-executivo da ONU Meio Ambiente.

Menos brinquedos, mais imaginação

O brinquedo entregue sempre pronto desistimula a imaginação, a criação livre, e o trabalho de construção.

Por Ana Lúcia Machado

Brinquedo é coisa séria quando o assunto é infância. Saber avaliar o que é um bom brinquedo para a criança depende primeiramente da compreensão do significado do brincar e do seu ciclo.
Brincar é o motor que move a infância. Brincar brota da alma. É um processo de ativação da criança. E como todo processo, é vivo, se manifesta numa sucessão de etapas e se expressa em gestos e formas maleáveis, moldáveis, permitindo a criança criar, construir, desmanchar e transformar.
Toda brincadeira parte de um desejo da criança, das suas narrativas e interesses pessoais. Ela pensa em brincar de determinada forma, e a partir dessa ideia, elabora maneiras possíveis de realizar a brincadeira, buscando reunir e compor materiais para alcançar seu objetivo. Na sequência, ela mesma constrói seu brinquedo, sua brincadeira e desfruta desse brincar, fechando assim o ciclo.
Estudos e pesquisas sobre as sinapses do brincar, apontam que criar um brinquedo prepara a criança para o desenvolvimento de estratégias na vida adulta e que a concentração exigida numa brincadeira, corresponde à mesma que será empregada em atividades profissionais no futuro.


Quando a criança brinca apenas com brinquedos industrializados, brinquedos prontos, inibimos seu impulso de transformar em brinquedo, elementos do cotidiano que estão à sua volta. O brinquedo pronto entregue nas mãos da criança quebra o ciclo do brincar indo direto para a etapa final do processo, desestimulando a imaginação, a criação livre, e o trabalho de construção.
Além disso, a criança perde rapidamente o interesse pelo brinquedo que lhe é dado pronto, pois com a ruptura desse ciclo, ela não se vincula ao brinquedo por não ter sido ativa no processo de criação.
Um bom brinquedo tem que ter plasticidade, de maneira que o mesmo objeto possa ser transformado pela imaginação da criança em várias coisas diferentes, de acordo com o enredo de suas brincadeiras.
Um bom brinquedo é aquele que funciona e é movido pela energia da própria criança, por sua imaginação e capacidade criadora. É a força interior da criança que coloca em movimento objetos, que reúne materiais e compõem um todo repleto de sentido, produzindo alegria.  Essa mesma energia movimenta também o corpo da criança promovendo seu desenvolvimento e gerando saúde.
Num simples passeio ao parque, é possível descobrir o lúdico ao alcance das mãos – gravetos, sementes, folhas, pedrinhas, entre outras coisas, que magicamente podem se transformar em brincadeiras divertidas. Quer algumas dicas? Leia aqui.
Aqui vale a expressão “menos é mais”. Menos brinquedos prontos, é mais imaginação, criatividade, desenvolvimento e saúde na vida da criança.

Microsoft usa inteligência artificial para solucionar problemas ambientais


Microsoft usa inteligência artificial para solucionar problemas ambientais

O programa AI for Earth que busca soluções sustentáveis já impulsionou 140 projetos em 45 países.


Por Mauricio Abbade Rafaela Bonilla
As mudanças climáticas e o aquecimento global, por conta de atividades antrópicas, ameaçam a saúde humana, a agricultura e os ecossistemas. Pensando nisso, a Microsoft investiu 50 milhões de dólares em inteligência artificial voltada para iniciativas sustentáveis.ocado em quatro áreas, o programa AI for Earth, pretende resolver os desafios ambientais utilizando a tecnologia. As áreas são estas: clima, água, agricultura e biodiversidade.

O presidente da Microsoft, Brad Smith, parece otimista com a iniciativa e vê a tecnologia como uma forma de mudança positiva para o meio ambiente. “Na Microsoft acreditamos que os avanços tecnológicos podem nos ajudar a entender melhor e abordar as questões ambientais que o nosso planeta enfrenta”, declarou Smith para a própria empresa no dia 11 de dezembro de 2017.
A companhia concedeu subsídios em mais de 10 países e tem feito parcerias com as universidades e organizações não governamentais para testar as possibilidades da inteligência artificial. A ideia é colaborar com esses grupos a desenvolver soluções utilizando a tecnologia IA e investirem em projetos promissores.

Projetos em andamento

A divulgação científica tem se mostrado uma forma relevante na conservação ambiental. E, por conta disso, a empresa estadunidense lançou iNaturalist. “O poder da conservação é dado na mão de cada indivíduo”, diz a divulgação do projeto. Nessa plataforma, qualquer pessoa pode tirar foto de planta, animal ou fungo. Depois disso, é só fazer o upload da imagem no programa e, depois de um tempo, algum naturalista experiente irá identificar e verificar as espécies presentes naquela fotografia. Outro projeto é o WildMeEle segue a mesma lógica de fotos e identificação pelo sistema da ferramenta voltada para plantas e fungos, porém é destinado à vida animal. É a partir disso que informações que dizem a respeito de tamanho, migração, interação animal e movimentação individual podem ser computadas.Já o projeto FarmBeats atua na área de agricultura. Trabalha em conjunto a fazendeiros para que uma maior produção sustentável seja uma realidade, já que a previsão para 2050 é que a demanda por comida aumente em 70%. Utiliza drones, balões de hélio e sensores debaixo da terra para a captação de dados. Com isso, os computadores são capazes de criar um mapa de calor que é enviado ao fazendeiro.
Essas são algumas das aplicações do programa AI for Earth. Essa iniciativa simboliza o novo caminho na forma de utilizar a tecnologia e a inteligência artificial voltadas para questões ambientais.

Iniciativa quer minimizar o impacto da pesca fantasma nos oceanos




Iniciativa quer minimizar o impacto da pesca fantasma nos oceanos

Atualmente, a Iniciativa Global Ghost Gear conta com 91 organizações em todo o mundo.
411No último dia 30 de outubro, durante a Conferência Our Ocean realizada em Bali, a Nestlé, maior companhia de alimentos do mundo, e a Tesco, maior rede supermercadista do Reino Unido, aderiram à Iniciativa Global Ghost Gear (GGGI). A GGGI foi estabelecida em 2015 pela Proteção Animal Mundial (World Animal Protection) com o objetivo de minimizar o impacto causado mundialmente pelas 640 mil toneladas de equipamentos de pesca perdidos ou abandonados todos os anos nos oceanos, que promovem a prática conhecida como pesca fantasma.

“São grandes parcerias como essa que nos ajudam a chegar próximo do nosso objetivo: coibir a prática de pesca fantasma, só vamos conseguir preservar importantes espécies marinhas e limpar nossos oceanos com engajamento intersetorial”, declara João Almeida, gerente de vida silvestre da Proteção Animal Mundial Brasil.
Estima-se que 5 a 30% do declínio de algumas espécies marinhas pode ser atribuído a esse fenômeno.  Espécies importantes da fauna brasileira, como baleia-jubarte, baleia franca austral, golfinhos e tartarugas, são capturadas de forma fantasma, algumas redes abandonadas são maiores que os campos de futebol. 80% das mortes de tartarugas marinhas no Brasil, por exemplo, são ocasionadas por essa fatalidade. Os animais sofrem com uma morte prolongada e dolorosa, geralmente ocasionada por sufocamento ou fome. Sete em cada dez (71%) animais capturados por esses petrechos acabam morrendo nos oceanos.
Além do intenso sofrimento animal, estes equipamentos fantasmas geram alto impacto ambiental pela demora em sua decomposição, de até 600 anos – no geral são feitos de plástico –, agravando a poluição nos oceanos. “Outro ponto crítico, que deve ser alertado, é relacionado à decomposição das redes, pois estas transformam-se em microplásticos e podem entrar na alimentação das pessoas por meio do consumo de peixes”, explica João Almeida.

Compromissos da GGGI

Durante a Conferência, o GGGI anuncia ainda uma série de compromissos para proteger os animais marinhos dos equipamentos fantasmas:
  • O GGGI apoiará 30 projetos que monitoram equipamentos fantasmas em 15 países até 2025, onde a necessidade é maior.
  • O GGGI compromete-se a dobrar o compromisso financeiro de seus membros, apoiando organizações e governos com US$ 2 milhões em 2019, a verba visa garantir a ampliação efetiva de projetos destinados a monitorar e prevenir o problema de equipamentos fantasmas, especialmente em países em desenvolvimento. O governo do Reino Unido, por exemplo, compromete-se com mais de £ 100 mil para trabalhar em Vanuatu e nas Ilhas Salomão e fornecer treinamento sobre a gestão de melhores práticas de redes de pesca em outros países da Commonwealth. Já os governos holandeses estão se comprometendo com € 100 mil para continuar o projeto na Indonésia
  • O GGGI também trabalhará com três esquemas de certificação líderes de mercado, os 13 países signatários da Iniciativa e a FAO das Nações Unidas para implementar a gestão de melhores práticas de equipamentos de pesca até 2021, incluindo a adoção das recentemente adotadas Diretrizes da FAO para Marcação de Equipamento de Pesca. No geral, o GGGI se compromete a ajudar a estabelecer linhas de base e contribuir para alcançar uma redução de equipamentos fantasma nos oceanos em uma base anual até 2030.


Atualmente, o GGGI conta com 91 organizações em todo o mundo. A partir de janeiro de 2019, a Ocean Conservancy (OC) se tornará a nova organização parceira da Iniciativa.

El País (Espanha) – China, Rusia y Noruega vetan la creación de una gran reserva en la Antártida

El País (Espanha) – China, Rusia y Noruega vetan la creación de una gran reserva en la Antártida


ESTHER SÁNCHEZ
Madrid

El Santuario de la Antártida tendrá que esperar. Tras dos semanas de reuniones en Hobart (Tasmania, Australia) los 25 Gobiernos que integran la Comisión del Océano Antártico (CCAMLR, según sus siglas en inglés) no han logrado llegar a un acuerdo para su creación. El proyecto preveía la protección de 1,8 millones de kilómetros cuadrados y su conversión en el área marina protegida más grande del planeta. Han votado a favor de la propuesta 22 de los 25 países presentes, incluido Estados Unidos, lo que para Frida Bengtsson, delegada de Greenpeace en la cumbre anual, es "la buena noticia". El problema es "que lograr que todos los países implicados lleguen a un acuerdo es muy complicado", añade la ecologista.

La masa de tierra de la Antártida está protegida, pero el océano que la rodea no. En una zona solo habitada por los científicos de las bases, la mayor amenaza que existe es la pesca industrial del kril, un pequeño camarón cuya captura se ha incrementado debido a su uso en la farmacología y como complemento nutricional, al ser muy rico en omega 3 y vitaminas, explica Pilar Marcos, de Greenpeace España. El kril es básico en la dieta de muchas especies que viven en esta zona de la tierra, como pingüinos, focas o ballenas.

"La pesquería está bien regulada, pero la creación del santuario hubiese supuesto acotar este tipo de actividades", añade Marcos. La ecologista sostiene que "se ha perdido una oportunidad histórica para crear el área protegida más grande de la Tierra y salvaguardar la biodiversidad".

Sí ha habido un acuerdo en la protección de los ecosistemas de fondo marino descubiertos por Greenpeace. "De hecho, es uno de los únicos resultados tangibles de esta reunión de la Comisión del Océano Antártico. Este resultado es una contribución enorme para salvaguardar el medioambiente marino antártico y debemos estar muy orgullosos de ello", afirma la representante de la organización ecologista.

Pero el rechazo al santuario es difícilmente entendible, dado que el 85% de la industria pesquera se había mostrado a favor del proyecto, recuerda la ONG. Frida Bengtsson rechaza especular sobre si las razones económicas son las que han llevado a China, Rusia y Noruega a vetar el acuerdo, solo indica que, "por alguna razón, la naturaleza no tiene prioridad". Greenpeace aclara que los dos primeros Estados han utilizado tácticas dilatorias para desmantelar y destruir las enmiendas, de tal forma que se han obstruido todas las oportunidades para cooperar y crear el espacio protegido.

Estos países no han actuado de "buena fe", asegura la organización. Recuerdan que cuando Rusia presidió la Comisión del Océano Antártico en 2016 acordó proteger el mar de Ross, "pero, desde entonces, solo persigue intereses de pesca industrial".

Noruega, en cambio, estaba de acuerdo con la propuesta, pero presentó su propio proyecto, que incluía partir el área en dos. Greenpeace ha reclamado a ese país "que establezca un plan de trabajo con un calendario claro".

Pilar Marcos recuerda que "la protección marina sigue siendo un reto pendiente", porque solo un 6,9% de los mares y océanos están protegidos, incluyendo las aguas nacionales dentro de las zonas económicas exclusivas. "Y de ese casi 7%, apenas un 2% se refiere a espacios bien vigilados y donde la actividad humana industrial queda prohibida", puntualiza.

The Guardian (Reino Unido) – Stop biodiversity loss or we could face our own extinction, warns UN

The Guardian (Reino Unido) – Stop biodiversity loss or we could face our own extinction, warns UN


03/11/2018

Jonathan Watts
                                                    
The world must thrash out a new deal for nature in the next two years or humanity could be the first species to document our own extinction, warns the United Nation’s biodiversity chief.

Ahead of a key international conference to discuss the collapse of ecosystems, Cristiana Pașca Palmer said people in all countries need to put pressure on their governments to draw up ambitious global targets by 2020 to protect the insects, birds, plants and mammals that are vital for global food production, clean water and carbon sequestration.

Details
“The loss of biodiversity is a silent killer,” she told the Guardian. “It’s different from climate change, where people feel the impact in everyday life. With biodiversity, it is not so clear but by the time you feel what is happening, it may be too late.”

Pașca Palmer is executive director of the UN Convention on Biological Diversity – the world body responsible for maintaining the natural life support systems on which humanity depends.

Its 196 member states will meet in Sharm el Sheikh, Egypt, this month to start discussions on a new framework for managing the world’s ecosystems and wildlife. This will kick off two years of frenetic negotiations, which Pașca Palmer hopes will culminate in an ambitious new global deal at the next conference in Beijing in 2020.

Conservationists are desperate for a biodiversity accord that will carry the same weight as the Paris climate agreement. But so far, this subject has received miserably little attention even though many scientists say it poses at least an equal threat to humanity.

The last two major biodiversity agreements – in 2002 and 2010 – have failed to stem the worst loss of life on Earth since the demise of the dinosaurs.

Eight years ago, under the Aichi Protocol, nations promised to at least halve the loss of natural habitats, ensure sustainable fishing in all waters, and expand nature reserves from 10% to 17% of the world’s land by 2020. But many nations have fallen behind, and those that have created more protected areas have done little to police them. “Paper reserves” can now be found from Brazil to China.

The issue is also low on the political agenda. Compared to climate summits, few heads of state attend biodiversity talks. Even before Donald Trump, the US refused to ratify the treaty and only sends an observer. Along with the Vatican, it is the only UN state not to participate.

Pașca Palmer says there are glimmers of hope. Several species in Africa and Asia have recovered (though most are in decline) and forest cover in Asia has increased by 2.5% (though it has decreased elsewhere at a faster rate). Marine protected areas have also widened.

But overall, she says, the picture is worrying. The already high rates of biodiversity loss from habitat destruction, chemical pollution and invasive species will accelerate in the coming 30 years as a result of climate change and growing human populations. By 2050, Africa is expected to lose 50% of its birds and mammals, and Asian fisheries to completely collapse. The loss of plants and sea life will reduce the Earth’s ability to absorb carbon, creating a vicious cycle.

“The numbers are staggering,” says the former Romanian environment minister. “I hope we aren’t the first species to document our own extinction.”

Despite the weak government response to such an existential threat, she said her optimism about what she called “the infrastructure of life” was undimmed.

One cause for hope was a convergence of scientific concerns and growing interest from the business community. Last month, the UN’s top climate and biodiversity institutions and scientists held their first joint meeting. They found that nature-based solutions – such as forest protection, tree planting, land restoration and soil management – could provide up to a third of the carbon absorption needed to keep global warming within the Paris agreement parameters. In future the two UN arms of climate and biodiversity should issue joint assessments. She also noted that although politics in some countries were moving in the wrong direction, there were also positive developments such as French president, Emmanuel Macron, recently being the first world leader to note that the climate issue cannot be solved without a halt in biodiversity loss. This will be on the agenda of the next G7 summit in France.

“Things are moving. There is a lot of goodwill,” she said. “We should be aware of the dangers but not paralysed by inaction. It’s still in our hands but the window for action is narrowing. We need higher levels of political and citizen will to support nature.”

O Globo – ‘Brasil não aprendeu’ com o desastre de Mariana


Resultado de imagen para desastre de mariana fotosMaior tragédia ambiental da História do país tem ação civil de R$ 155 bilhões suspensa até 2020; processo criminal não tem prazo

4/11/ 2018

ANA LUCIA AZEVEDO

Destruição. Anoitecer em Bento Rodrigues: parte das ruínas foi submersa pelo dique construído para conter a lama, que percorreu 663,2 km até a foz do Rio Doce


O maior desastre socioambiental da História do Brasil completará três anos no dia 5 coma constatação de que a tragédia não foi suficiente para que o país avançasse no que diz respeito à segurança ambiental. O alerta vem do coordenador da Força Tarefa Rio Doce do Ministério Público Federal, o procurador da República José Adércio Leite Sampaio. A lama permanece quase toda onde foi deixada pela onda formada por 45 milhões de metros cúbicos de rejeitos da mineradora Samarco. A tsunami de lama, a maior já produzida por ação humana, causou destruição de Mariana até o litoral do Espírito Santo. Percorreu 663,2 km de cursos d’água da bacia do Rio Doce, matou 19 pessoas, destruiu distritos, afetou 39 municípios e acabou coma pesca, dentre outros danos. Ainda assim, a ação civil de R$ 155 bilhões está suspensa até agosto de 2020, e a criminal, sem fim à vista. Segundo Sampaio, de todos os 42 programas da Fundação Renova, criada pelo Termo de Transação e Ajustamento de Conduta( T TA C) para conduzira reparação, apenas um, o de assistência a animais, cumpre o cronograma. A Renova alega que o TTAC “não considerou a complexidade e a extensão do território atingido, já que não havia um conhecimento preciso da dimensão da tragédia ”. e que “alguns cronogramas tiveram que serre pactuados ”. O novo Bento Rodrigues, distrito rural de Mariana arrasado pela lama cujas ruínas se tornaram símbolo da tragédia, ficou para 2020. Restou aos atingidos esperar. —O Brasil não aprende uma da como desastre. Em três anos não houve qualquer avanço significativo. 


É uma enorme frustração. Minas continua com os dois fiscais para suas barragens. Ainda socializamos o prejuízo neste país. Só recentemente conseguimos incluir o custe ioda fiscalização na ação. Não é justo que o Estado brasileiro arque com isso —destaca o procurador. Sampaio observa que há indefinição até sobre quantas pessoas foram atingidas diretamente, um número que varia entre 30 mil e 50 mil .“Há muita gente no limbo”, afirma. Ou troque lamenta o descaso do país é o advogado Leonardo Amarante, que representa a Federação das Colônias de Pescadores e 4.500 pescadores do Rio Doce. Segundo Amarante, os acordos de indenização entre a Fundação Renova e os pescadores se arrastam: —A Renova faz cerca de cinco atendimentos por semana, uns 20 por mês. Nesse ritmo, nem em um século os sete mil pescadores atingidos serão indenizados. Eles não podem pescar porque a pesca no Rio Doce está proibida. O que fazem? Morrem de fome? Amarante, advogado de famílias das vítimas da tragédia do Bateau Mouche, que naufragou em 1988, matou 55 pessoas e se arrastou por quase 30 anos nos tribunais, vê a histórias e repetir. Para ele, o descaso comas vítima se a lentidão da Justiça estão prevalecem do mais uma vez. “Impressiona como o Brasil não aprenda nada com suas desgraças”, frisa. A Renova diz que precisou reavaliar seus parâmetros par apagamento de indenizações e que havia pedidos de pessoas que não haviam sido impactadas. A fundação afirma que destinou R$ 580 milhões a pescadores.

PROCESSO DEVAGAR

A ação civil pública está parada para negociação entre o Ministério Público, a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton. O processo criminal depende da Justiça ouvir as cerca de 300 testemunhas convocadas pela defesa. As 20 de acusação já prestaram depoimento. Sampaio espera que até março esse processo tenha sido concluído e o juiz decida se os réus — 22 membros das diretorias de Samarco, Vale e BHP Billiton, além da empresa de engenharia VogBR —vão a júri popular. O desastre de Mariana é lembrado em meio à discussão sobre as mudanças do processo de licenciamento ambiental prometidas no plano de governo do presidente eleito. O plano prevê o estabelecimento de três meses para o prazo de avaliação de pedidos.

— As grandes obras, quando dão errado, têm consequências por gerações. Até hoje ainda se discute se a lama será removida ou não. Deveria haver salvaguardas nos empreendimentos de risco, para que a sociedade não pague depois —diz Sampaio. A jornalista Cristina Serra, autora do recém-lançado “Tragédia em Mariana” (Record), que investiga o desastre, salienta que, embora a Samarco tivesse as licenças para operar, o processo de concessão do licenciamento teve falhas e omissões. Ele lembra que o processo durou dois anos, pouco para um empreendimento de tamanha dimensão.

—O caso de Mariana mostra que o licenciamento e a fiscalização são fundamentais para protegera sociedade e ainda precisam melhorar—avalia a jornalista. O promotor Carlos Eduardo Ferreira, ex-coordenador da Força Tarefa, acredita que, para que novas tragédias sejam evitadas, o país precisa investir na qualificação da área ambiental. Ele lembra que o marco tinha as licenças de Fundão, mas que o processo foi cartorial. Assim como a fiscalização. —O problema não é a lei, mas operacional. Faltam gente e capacitação e sobra burocracia. O empreendedor temo direito de ter a licença analisada num prazo razoável e as reclamações sobre morosidade são legítimas. Mas não será coma aprovação sem rigor que a coisas e resolverá, pois a sociedade precisa ser protegida. Seria uma loucura licenciar uma barragem de mineração ou uma usina nuclear, por exemplo, em três meses. Para Cristina Serra, a tragédia representa muitos dos problemas do país ao escancarar deficiências em garantira segurança da sociedade. Ela considera o risco de impunidade enorme. A lama continua a comprometer os rios Gualaxo do Norte e Carmo. A cada chuva, como a que cai neste fim de semana em Mariana, ela escorre um pouco mais e segue seu caminho. A tragédia está viva.

“As grandes obras, quando dão errado, têm consequências por gerações. Até hoje se discute se a lama será removida ou não. Deveria haver salvaguardas nos empreendimentos de risco”

José Adércio Leite Sampaio, procurador federal