sábado, 12 de abril de 2014

Diretor de presídio leva detentos para trabalhar em casa e é preso no RN


12/04/2014 19h02


Segundo a PM, três presos da João Chaves reformavam a casa do diretor.


Carro do presídio foi usado para transportar presos até a obra.



Do G1 RN



Complexo Penal João Chaves, na Zona Norte de Natal, foi interditado e não pode receber novos presos (Foto: Caroline Holder/G1) 
Complexo Penal João Chaves, na Zona Norte de
Natal
O diretor do complexo penal Doutor João Chaves, na zona Norte de Natal, foi preso em flagrante na tarde deste sábado (12). Segundo a Polícia Militar, o diretor havia levado três detentos para trabalhar na reforma da casa dele. Para transportar os presos, o diretor teria usado o carro oficial do presídio, que foi apreendido pelos PMs.

"Recebi uma denúncia anônima às 16h40 deste sábado informando que o diretor havia saído do presídio com três presos e seguido, em carro oficial, até a casa dele. De imediato mandei duas equipes até a casa do diretor, que fica no bairro de Passagem de Areia, em Parnamirim. 

Quando os policiais chegaram, confirmaram a denúncia e prenderam os quatro homens", falou ao G1 o comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Francisco Araújo.

O comandante disse que os presos da João Chaves estavam reformando a casa do diretor. "Ainda não sei informar se essa foi a primeira vez que isso aconteceu. Determinei que os quatro presos fossem levados para a delegacia de plantão da zona Sul de Natal. 

Agora cabe à Polícia Civil apurar o crime de corrupção passiva e outros possíveis", completou o oficial.

O G1 tentou contato com o diretor do presídio e com o advogado de defesa dele, mas não conseguiu.

Como um entrevistado de direita poderia vencer a mendacidade doentia de Rafinha Bastos?


rafinha


Rafinha Bastos é aquela típica figura vítima de bullying que molda para si próprio um comportamento desprezível para compensar seu antigo sofrimento.
Vítima de algumas campanhas asquerosas de politicamente corretos no passado, ele próprio hoje se tornou um esquerdista dos mais desonestos em termos intelectuais. Tanto que em seu programa Agora é Tarde na última terça-feira, 8/4, ele demonstrou tanta sordidez que seu convidado Bolsonaro não foi capaz de reverter a maioria dos frames.

Um amigo me perguntou: o que Bolsonaro poderia ter feito? Eu defendo que para adentrar na guerra política, especialmente quando nos defrontamos com mentirosos do nível de psicopatas, é preciso dominar a arte do controle de frame.

Para isso, é preciso entender que a comunicação com nossos adversários políticos da esquerda não se baseia principalmente na estrutura superficial da comunicação, mas na estrutura profunda. Em suma, toda e qualquer ação que eles cometem é estrategicamente planejada para causar efeitos psicológicos, especialmente para dificultar a auto-defesa humana contra embustes.


A regra mais fundamental que Bolsonaro deveria ter seguido é, antes de tudo, compreender que não há comunicação com esquerdista sem que este tenha segundas intenções. A partir dessas segundas intenções, a resposta deve neutralizar essas intenções.

É preciso, logo à partida, entender qual o sentido de toda e qualquer comunicação esquerdista. Como ele vive para dar poder aos burocratas do estado inchado, sempre tentará atacar aqueles que se opõem a este estado inchado. A partir daí, todo discurso que ele fizer será para criar frames para convencer o máximo de pessoas da plateia de que seu opositor da direita é cruel, insensível e coisas do tipo. 

Enfim, dentro de qualquer interação política, o esquerdista não entende a linguagem como uma ferramenta, mas uma arma.

Se você compreender o que está principalmente na estrutura profunda de toda e qualquer mensagem emitida pelo esquerdista, conseguirá reagir a elas, pois simplesmente precisará devolver o mesmo conteúdo, com muito mais embasamento, em direção ao oponente.

Pensar a comunicação desta forma muda quase por completo a visão que o senso comum tem da linguagem. Isso por que nós buscamos não apenas rebater as mensagens oponentes, mas neutralizar os ataques que estão contidos algumas vezes na estrutura superficial e na maioria dos casos na estrutura profunda. Para facilitar o didatismo, chamarei o conteúdo que está na estrutura profunda de conteúdo sub-comunicado.

Diante desse paradigma, vamos analisar como ocorreu a batalha política entre o esquerdista Rafinha Bastos e o conservador de centro Jair Bolsonaro no programa do primeiro. (O vídeo está no inicio desta mensagem)

00:10 – Marcelo Mansfield, ao apresentar a entrevista de Bolsonaro, disse que nem sabia o entrevistado, pois “não tinha lido o texto”. 

Mensagem sub-comunicada: “Bolsonaro é desprezível”. É preciso de muita habilidade para rebater esse tipo de ataque, portanto neste caso vamos deixar pra lá.

00:24 – A banda começa a tocar a música tema de Darth Vader na série Star Wars. Mensagem sub-comunicada: “Bolsonaro é uma pessoa má”. Novamente, aqui temos uma técnica de ridicularização, que normalmente não deve ser rebatida diretamente. Não há boas respostas para o ridículo.

1:00 – Rafinha tenta um frame que repetirá várias outras vezes na entrevista. Dizer que “Bolsonaro está preocupado com o rabo dos outros”. É um truque que os gayzistas dizem para dizer que o oponente é  hipócrita, além de rotulá-lo como homossexual, o que possui efeitos negativos em termos de dinâmica social. 

Todas essas mensagens poderiam ser retrucadas com a técnica da ridicularização, fazendo uso de várias comparações como: “Se for assim na sua lógica retardada, todos os que são contra alguma coisa, são essa coisa. Por Exemplo, sua mania de me criticar mostra que você quer ser eu, lá no fundo. 

Essa técnica tua só engana crianças.” 

Enfim, o truque freudianista pode ser submetido a várias formas de ridicularização.

2:15 – Quando Rafinha Bastos perguntou “Quando você vê essa imagem, não dá um pouco de vergonha?”, a mensagem sub-comunicada é a de que o oponente diz e age de forma vergonhosa. Bolsonaro deveria ter rebatido da seguinte forma: “Quando você disse que queria estuprar o bebê da Wanessa, ficou com vergonha? Isso sim deveria ser motivo de vergonha. Já chamar uma idiota pelo que ela realmente é não deveria envergonhar ninguém”. 

Rafinha não teria como revidar isso adequadamente. Mas se Rafinha tentasse, cada vez mais poderia ser humilhado. Assim como no caso anterior, uma oportunidade de ouro não aproveitada por Bolsonaro.

2:57 – Rafinha até aqui usou várias instâncias de encenações dizendo coisas como “convenhamos”, que é a tentativa de sub-comunicar para a plateia a ideia de que ele pensa e julga a questão com sobriedade, enquanto o oponente não. 

Para neutralizar essa sub-comunicação, Bolsonaro deveria ter feito exatamente o mesmo: “Convenhamos, você sabe que ficar fingindo espanto diante de algo que não foi ofensivo é algo que não engana mais ninguém, certo?”.

3:09 – Veja quando Rafinha diz: “Chamar um ser humano de idiota não é demais?”. Novamente, Rafinha tenta sub-comunicar que o oponente “não é razoável e desrespeitoso com o ser humano”. Aqui, novamente Bolsonaro poderia ter jogado na cara de Rafinha aquilo que ele falou do filho de Wanessa Camargo. 


Ou mesmo quando ele disse que Roberto Carlos tinha “cara de cu”. Eis uma frase de retaliação que colocaria Rafinha em seu devido lugar: “Olha que no seu DVD de stand-up eu posso achar coisas muito mais fortes do que ‘idiota’. Ficar fingindo que chamar alguém de ‘idiota’ é exagero é no mínimo ridículo para alguém com sua carreira…”

5:35 – Até aqui Bolsonaro se defendeu muito da questão “da ditadura”. Deveria ter gastado um tempo denunciando os genocídios no Cambodja, Rússia e China e desafiar Rafinha Bastos para que ele apresentasse provas de que criticou estes regimes de forma tão dura quanto atacou o regime militar brasileiro. Nisso, ele poderia ter sub-comunicado que Rafinha é praticamente um monstro moral, além de alguém desprovido de qualquer senso de proporções.

6:27 – Aqui Rafinha pergunta: “Você acha que a presidenta está mentindo?”, fazendo o tradicional truque da simulação de falso espanto. Com a mesma sensação de espanto, Bolsonaro deveria ter respondido: “E você acha que a presidente está falando a verdade?”.

7:18 – Quando Rafinha disse “Já sei que o senhor apoia a ditadura” quis sub-comunicar que ele representa a democracia e seu oponente a ditadura. Bolsonaro poderia ter retrucado dizendo: “Exatamente por ser contra ditaduras, que mataram milhões (como os socialistas), eu apoiei o regime militar, que foi uma ditadura muito mais branda dos que a dos socialistas”.

8:04 – Quando Rafinha pegou a imagem de Bolsonaro sozinho soltando fogos pela ditadura militar, fingiu ter pena do inimigo, perguntando: “Você não se sente sozinho?”. Um bom revide seria: “Eu fui sozinho e não buscava plateia. É diferente do teu caso, que busca audiência mas deve se sentir sozinho com menos audiência que os outros talk shows? Por exemplo, você teve que comer baratas em troca de audiência. Como você se sente?”.

9:16 – Rafinha diz que se Bolsonaro conseguir convencer mais pessoas poderá transformar o Brasil quase “numa Alemanha Nazista”. A resposta de Bolsonaro não foi ruim, mas poderia ser complementada citando a Lei de Godwin, dizendo que normalmente quem cita o nazismo de forma descabida, com fez Rafinha, é por que já está sem argumentos. Comparações do nazismo com o marxismo também seriam muito bem-vindas.

11:00 – Quando Rafinha disse “Fumei [maconha] antes de entrevistar o senhor”, poderia ter sido retrucado com: “Agora entende-se por que você está tão histérico para defender a escória do PT. Droga por droga…”.

12:00 – Aqui é uma série de tweets de baixo nível que Rafinha usou para ofender Bolsonaro. A melhor resposta, nesse caso, seria dizer: “Esse é o nível da argumentação que o Rafinha endossa. Há alguns minutos ele dizia que chamar alguém de ‘idiota’ era muito forte. Agora parte para isso. [Para a platéia] Entendem o que é hipocrisia de esquerdista?”

14:00 – A partir daqui, momentos dantescos onde Bolsonaro tem um péssimo desempenho. Rafinha aqui usou aquele tal comediante afrescalhado que imita a Dilma para ofender Bolsonaro, que ficou sem reação. Esse tipo de bloqueio ocorre quando alguém não está preparado para o pior. 

 Esse é o problema de grande parte da direita: não entende o quanto o adversário é vil e baixo. Por isso, ele ficou sem resposta. Mas se estivesse ciente de que se defrontava com pessoas do nível da psicopatia, poderia ter rebatido os frames do imitador de Dilma. 

Por exemplo, quando o comediante disse que “Bolsonaro era cruel com os gays”, devia ter rebatido mostrando que “Dilma é cruel com os heterossexuais, pois quer forçar os pais de alunos que não são gays a financiarem uma educação com Kit Gay”.

17:12 – Nesta parte do programa, Rafinha tenta mostrar Bolsonaro como um “antiquado”, dizendo que em um mundo “cabeça aberta” as pessoas já aceitam a homossexualidade como normal. Para rebater este frame, a melhor coisa seria falar da psicologia evolutiva e mostrar que biologicamente todas as espécies (incluindo a humana) são programadas para transferir seus genes para frente. 

Ele poderia concluir dizendo: “Antiquado é quem se recusa a estudar cientificamente o assunto, pois pessoas de cabeça aberta saberiam que é previsível que nossa espécie prefira ter filhos heterossexuais, para aumentar a chance de transferência dos genes para frente. Dica: estudar!”. 

Com isso, Bolsonaro teria sub-comunicado a mensagem de que o frame “antiquado” é mais digno de Rafinha do que dele.

17:25 – Rafinha diz que os gays “são os mais bem educados do mundo”. Aqui, o ceticismo puro já resolveria para neutralizá-lo: “Tem como provar?”.

17:50 – Quando Rafinha diz que “afirmar que um pai heterossexual não quer que o filho seja gay é uma ignorância”, o revide deveria ser mostrando que é uma “ignorância não saber o básico de Biologia para entender por que os animais humanos preferem ter filhos heterossexuais”.

18:20 – Rafinha aqui tenta o truque coringa dos gayzistas: chamar o oponente de homofóbico. A regra para o revide aqui é clara: (1) ridicularizar a tentativa, (2) dizer o quanto é imoral banalizar o termo homofobia para fazer política rasteira.

18:24 – Logo em seguida, Rafinha diz que “preferir filhos heterossexuais gera violência contra o homossexual”, em um dos truques mais sujos inventados pelos gayzistas. Aí é que Bolsonaro deveria soltar a voz e falar algo do tipo: “É muito ridículo ver alguém tentar fazer um truque desse tipo. 

Principalmente se considerarmos um comediante que foi importunado pela turma do politicamente correto fazer isso é vergonhoso demais. Você não é capaz de provar que é esse tipo de crítica que causa a violência contra os homossexuais. Alias, grande parte da violência contra os homossexuais é causada por parceiros gays deles. Seu argumento é mais furado que peneira. Você também acha que piadas contra gays causam violência contra eles?”. 

Dependendo da resposta de Rafinha, ele poderia ser demonstrado ao público como hipócrita e contraditório, dentre outras coisas.

20:30 – A intervenção do sujeito da banda (ao que parece é filho do Antonio Abujamra) tentou colocar Bolsonaro em xeque dizendo que o pai dele foi torturado e era apenas ator. Mas veja a evidência do filho de Abujamra: “ele é meu pai e me contou”. Bolsonaro poderia ter rebatido dizendo: “Os pais também contam aos filhos que Papai Noel existe. Você não precisa acreditar em tudo que seu pai diz, especialmente quando não tem provas do que fala”. Ou seja, o ceticismo seria uma ótima neutralização.

Veja o vídeo e compare a diferença entre o que eu sugeri que Bolsonaro fez e o que ele efetivamente fez (ou seja, quase nada de útil em termos de guerra política):

Pensando bem, se ele seguisse minhas dicas, talvez a pesquisa nem tivesse ido ao ar. Mas quem sabe aqueles que estão do lado de Bolsonaro podem aproveitar as redes sociais para esmagar Rafinha com os revides que o primeiro deveria ter feito?



Comentarios: 

 

1. Não sei como o Bolsonaro tem estômago para aguentar esse fim de raça.Eu não teria.

Vera Regina Moraes RS


LULA COLOCA O PT EM CAMPANHA ABERTA CONTRA A IMPRENSA.


Envolvido em casos escabrosos de corrupção, o partido deveria se preocupar menos com jornalistas e mais com policiais e juízes.

Lula, os blogueiros sujos e pagos e, ao fundo, Franklin Martins, coordenador da campanha de Dilma na internet e mentor do famigerado "controle social da mídia"
 
Ontem, em comício do PT no interior de São Paulo,  Lula  voltou à carga contra a imprensa. "[Os militantes] têm que saber o que cada um tem que fazer [saindo dessa plenária], porque nós não temos a Rede Globo do nosso lado", disse. "Aliás, nós não temos um meio de comunicação nos defendendo. Você não aparece no jornal das 7, no jornal das 8, no jornal das 9, nada! Se você aparece, é com matéria negativa", acrescentou o petista. 
 
Como se a Imprensa tivesse culpa pela lama que envolve o governo Dilma, com denúncias de superfaturamento em obras públicas, propinoduto instalado na Petrobras, economia em queda e nenhuma, absolutamente nenhuma notícia que possa merecer uma notícia de rodapé a favor da gestão petista.
 
A campanha de Lula contra a liberdade de imprensa e pela volta do controle social de mídia começou exatamente com uma afronta sua ao jornalismo. Reuniu dez blogueiros financiados por debaixo do pano pelo governo para uma coletiva de quase três horas no Instituto Lula. Na verdade, não foi uma coletiva. A claque financiada levantava um assunto e Lula discorria sobre ele, tudo conduzido pelo ex-ministro Franklin Martins. Vejam, abaixo, trechos desta entrevista:
 
"Acho que os meios de comunicação no Brasil pioraram do ponto de vista da liberdade, do ponto de vista da neutralidade e agora que vocês [os blogs] tão fortemente conquistaram a neutralidade da internet, têm que começar a campanha para conquistar a neutralidade dos meios de comunicação para eles pelo menos serem verdadeiros. Podem ser contra ou a favor, mas que a verdade prevaleça".

"Perdemos um tempo precioso e não fizemos o marco regulatório da comunicação nesse país. Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do país. O tratamento à Dilma é de falta de respeito e de compromisso com a verdade".

"Vejo alguns números colocados por pessoas da Petrobras e os números colocados pela imprensa e eles não batem entre si". 

"Estamos sendo conduzidos por uma massa feroz de informações deformadas".

"No fundo, no fundo, e vocês todos são pessoas informadas, a imprensa construiu quase que o resultado desse julgamento [do mensalão]. Eu me pergunto como é possível uma CPI que começou investigando o desvio de R$ 3 mil em uma empresa pública [os Correios ], que era dirigida pelo PMDB e que investigava um cara do PTB, terminou no PT? É indescritível!".

"Espero que a história do mensalão seja recontada nesse país e, se eu puder, vou ajudar a reconta-la. Como uma CPI que começou por causa de R$ 3 mil nos Correios terminou no mensalão? Temos que mostrar qual foi o papel da imprensa!". 

"O mensalão foi o mais forte processo político desse país em que a imprensa teve papel de condenação explícita antes de cada sessão, de cada ato" E concluiu: "Nunca vi nada igual! O massacre era apoteótico!"

Lula, como se vê, encontrou um culpado para os crimes do PT: a imprensa. Acha que pode manipular a opinião pública, como o fez em governos anteriores. Está certo ao dizer que hoje tem a internet para fazer o contraponto. 
 
No caso do PT, ela não vai funcionar, tendo em visto a criminalização crescente do partido e do governo. Lula deveria se preocupar menos com jornalistas e mais com policiais e juízes. E, obviamente, com um eleitor cada vez mais bem informado.
 
12 de abril de 2014
in coroneLeaks

Essa é pra quem vai “marinar”, votando em Eduardo Campos

sábado, 12 de abril de 2014

Deu no Radar OnLine que o governo de Pernambuco gastou com viagens de helicóptero e aviões executivos, entre 2008 e 2014, 17 milhões de reais. Mais de 90% saíram da Secretaria Especial Militar, diretamente ligada ao gabinete de Eduardo Campos, como mostra o Portal da Transparência do Estado.

Pernambuco tem exatos 98.312km2. Não mais de 700km de extensão por uma média de 140km de largura. Eu não sei transformar 17 milhões de reais em quilômetros ou milhas voados, mas, para um estado tão pequeno, tenho certeza que é uma aberração.
 
 

PT monta operação para impedir que André Vargas dê com a língua nos dentes. Petista ameaça levar mais gente com ele.


André Vargas, em restaurante dos Jardins, com o bombeiro petista Florisvaldo Souza. O deputado petista ameaça botar a boca no trombone e afirma que não vai cair sozinho: " eu não sou o Zé Dirceu II".

Ameaçado por delação, o PT já garantiu a André Vargas o apoio total e irrestrito no seu julgamento pelo Conselho de Ética. Até o deputado sócio do doleiro Yousseff não ter ameaçado o partido, a postura era outra. Como primeira parte do planejamento, está a tentativa de desqualificar o relator do caso, afirmando que ele já fez um pré-julgamento. Júlio Delgado, deputado do PSB de Eduardo Campos e mineiro como Aécio Neves, condenou José Dirceu e não é homem para aceitar pressões.O futuro de Vargas é a perda do mandato.

Segundo o jornal O Globo, integrantes do PT estão incomodados com os pronunciamentos públicos feitos pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG), escolhido relator do caso André Vargas (PT-PR) no Conselho de Ética. Nos últimos dias, Delgado deixou claro que seu voto será pela abertura do processo no conselho devido às suspeitas de que ele tenha feito tráfico de influência e usado o mandato para ajudar o doleiro Alberto Youssef, preso há três semanas como suspeito de ter lavado R$ 10 bilhões. Aliados de Vargas dizem que as declarações de Delgado revelam que haverá um “linchamento” e, por isso, confirmam que Vargas deve antecipar o fim de sua licença e voltar à Câmara no dia 22. Inicialmente, ele ficaria dois meses longe da Casa para sair dos holofotes por 60 dias.

— O relator do processo anunciou o resultado de seu relatório sem nem ouvir o André. Por isso, ele tem que voltar para se defender. O Conselho não pode ter um processo de linchamento. O relator disse até que era bom para as eleições presidenciais — afirmou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), amigo de Vargas.

Delgado, no entanto, nega estar violando o direito à defesa, mas reafirma sua disposição a ser rígido. — Não fui eu que fui ao plenário dizer inverdades. O que eu disse é que este caso tem mais questões públicas e notórias para encaminhar a admissibilidade do que tinha no caso do José Dirceu (do qual Delgado também foi relator). Mas os fatos alusivos ao nosso voto só ocorrerão depois do amplo direito de defesa e da oitiva de testemunhas. Talvez eles (do PT) estejam temerários em relação à minha postura, que eles conhecem. Aí, podem continuar temerosos — rebateu.

Após se licenciar temporariamente da Câmara, André Vargas passará este fim de semana em São Paulo preparando a defesa que apresentará ao Conselho de Ética e ao seu partido. Seu encontro com a comissão de três dirigentes do PT designados pela Executiva do partido para ouvi-lo sobre seu envolvimento com Youssef, que ocorreria ontem, foi adiado para segunda-feira.

— Queremos ouvir dele o que realmente ocorreu. Nós não temos nenhuma informação. O que nós sabemos até agora é apenas o que foi publicado pela imprensa, e há informações desencontradas. Vamos ouvi-lo, preparar um relatório e apresentar na próxima reunião da Executiva — explicou Alberto Cantalice, um dos integrantes da comissão.

Dos três integrantes do grupo, dois — Alberto Cantalice e Florisvaldo Souza — integram a tendência petista Construindo um Novo Brasil, a maior da legenda e a mesma de Vargas. O terceiro dirigente do grupo, Carlos Árabe, faz parte da Mensagem ao Partido, considerada mais crítica aos desvios de conduta de petistas.

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A propósito: a revista Isto É publica extensa reportagem afirmando que já há provas para encarcerar André Vargas. Acima, o diagrama da quadrilha montada pelo deputado.  Clique aqui para ler.

Graça Foster peita a PF e é advertida: entrega os documentos ou vamos vasculhar a empresa. Governo monta versão para esconder os fatos.

Presidente da Petrobras tenta impedir ação da PF na Operação Lava Jato II

O Estadão revela que, na Operação Lava Jato II, que ontem incluiu até mesmo busca e apreensão na sede da Petrobras, a primeira reação da presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, ao receber os policiais, por volta de 9h, na sede da empresa, foi se recusar a repassar dados sobre um contrato milionário assinado na sua gestão com a empresa Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços. Avisada de que a resistência daria à PF o direito de vasculhar a empresa em busca dos documentos, uma vez que estava autorizada judicialmente por um mandado de busca e apreensão, a executiva recuou e liberou a papelada.

A negociação levou a permanência de um delegado e de três agentes na sede da Petrobrás por quase seis horas. De acordo com um segurança da sede da Petrobrás, os agentes policiais entraram a pé pela recepção da garagem do prédio, se identificaram e informaram sobre a Ordem Judicial, expedida pela Seção Judiciária do Paraná. Funcionários do setor jurídico da estatal desceram para receber os policiais ainda no estacionamento. Segundo o segurança, os agentes disseram que iriam cumprir "intimações" na estatal.

No final da noite, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa da presidente da Petrobrás e repetiu o que as duas notas já haviam afirmado de que os documentos foram entregues pela empresa "espontaneamente". A nota divulgada pela Polícia Federal recebeu o aval de Cardozo antes de ser publicada.

Segundo fontes, o ministro compartilhou seu conteúdo com o colega da Casa Civil, Aloizio Mercadante, um dos mais próximos da presidente Dilma Rousseff. O texto apresenta duas explicações em referência aos mandados cumpridos nesta sexta. A Polícia Federal informa que "a Justiça Federal no Paraná expediu mandados de intimação prévia para que a Petrobrás apresentasse documentos. Como houve colaboração, não foi necessário o cumprimento de mandados de busca e apreensão para o êxito na obtenção desses papéis."

Menciona, também, que a "presidência da Petrobrás colaborou com os policiais federais apresentando os documentos, que foram apreendidos e contribuirão para a continuidade das investigações". A PF não explicou porque os agentes ficaram várias horas na sede da estatal, embora a justificativa seja que apenas foram coletados documentos, cuja entrega já havia sido acertada com a empresa.

A nota da Petrobrás informa que a estatal recebeu uma ordem judicial para entrega de documentação sobre um contrato investigado pela Polícia Federal. Segundo o comunicado, a presidente acionou "imediatamente" a gerência jurídica da empresa para dar encaminhamento às solicitações dos agentes. O comunicado informa ainda que a empresa cumpriu as determinações expedidas pela Seção Judicial do Estado do Paraná.

Lula coloca o PT em campanha aberta contra a Imprensa. Envolvido em casos escabrosos de corrupção, o partido deveria se preocupar menos com jornalistas e mais com policiais e juízes.

Lula, os blogueiros sujos e pagos e, ao fundo, Franklin Martins, coordenador da campanha de Dilma na internet e mentor do famigerado "controle social da mídia"

Ontem, em comício do PT no interior de São Paulo,  Lula  voltou à carga contra a imprensa. "[Os militantes] têm que saber o que cada um tem que fazer [saindo dessa plenária], porque nós não temos a Rede Globo do nosso lado", disse. "Aliás, nós não temos um meio de comunicação nos defendendo. Você não aparece no jornal das 7, no jornal das 8, no jornal das 9, nada! Se você aparece, é com matéria negativa", acrescentou o petista. 

Como se a Imprensa tivesse culpa pela lama que envolve o governo Dilma, com denúncias de superfaturamento em obras públicas, propinoduto instalado na Petrobras, economia em queda e nenhuma, absolutamente nenhuma notícia que possa merecer uma notícia de rodapé a favor da gestão petista.

A campanha de Lula contra a liberdade de imprensa e pela volta do controle social de mídia começou exatamente com uma afronta sua ao jornalismo. Reuniu dez blogueiros financiados por debaixo do pano pelo governo para uma coletiva de quase três horas no Instituto Lula. Na verdade, não foi uma coletiva. A claque financiada levantava um assunto e Lula discorria sobre ele, tudo conduzido pelo ex-ministro Franklin Martins. Vejam, abaixo, trechos desta entrevista:

"Acho que os meios de comunicação no Brasil pioraram do ponto de vista da liberdade, do ponto de vista da neutralidade e agora que vocês [os blogs] tão fortemente conquistaram a neutralidade da internet, têm que começar a campanha para conquistar a neutralidade dos meios de comunicação para eles pelo menos serem verdadeiros. Podem ser contra ou a favor, mas que a verdade prevaleça".

"Perdemos um tempo precioso e não fizemos o marco regulatório da comunicação nesse país. Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do país. O tratamento à Dilma é de falta de respeito e de compromisso com a verdade".

"Vejo alguns números colocados por pessoas da Petrobras e os números colocados pela imprensa e eles não batem entre si". 

"Estamos sendo conduzidos por uma massa feroz de informações deformadas".

"No fundo, no fundo, e vocês todos são pessoas informadas, a imprensa construiu quase que o resultado desse julgamento [do mensalão]. Eu me pergunto como é possível uma CPI que começou investigando o desvio de R$ 3 mil em uma empresa pública [os Correios ], que era dirigida pelo PMDB e que investigava um cara do PTB, terminou no PT? É indescritível!".

"Espero que a história do mensalão seja recontada nesse país e, se eu puder, vou ajudar a reconta-la. Como uma CPI que começou por causa de R$ 3 mil nos Correios terminou no mensalão? Temos que mostrar qual foi o papel da imprensa!". 

"O mensalão foi o mais forte processo político desse país em que a imprensa teve papel de condenação explícita antes de cada sessão, de cada ato" E concluiu: "Nunca vi nada igual! O massacre era apoteótico!"

Lula, como se vê, encontrou um culpado para os crimes do PT: a imprensa. Acha que pode manipular a opinião pública, como o fez em governos anteriores. Está certo ao dizer que hoje tem a internet para fazer o contraponto. No caso do PT, ela não vai funcionar, tendo em visto a criminalização crescente do partido e do governo. Lula deveria se preocupar menos com jornalistas e mais com policiais e juízes. E, obviamente, com um eleitor cada vez mais bem informado.

PF encontra planilha de doações com ex-diretor da Petrobras.

Tabela apreendida em documentos de Paulo Roberto Costa mostra relação de empresas com campanhas
Um documento apreendido pela Polícia Federal na casa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa levanta a suspeita de que ele intermediava o repasse de dinheiro de grandes empreiteiras para políticos. Costa foi preso na Operação Lava Jato e é apontado pela Polícia Federal como integrante de um esquema que movimentou de forma suspeita cerca de R$ 10 bilhões.

Uma tabela apreendida, à qual a Folha teve acesso, é escrita a mão e está dividida em três colunas: nome da empresa'', executivo'' (com os nomes dos responsáveis de cada empresa) e solução", em que aparece a descrição do andamento da negociação em questão. "[O documento traz] Diversas anotações que indicam possíveis pagamentos para candidatos', podendo indicar financiamento de campanha", escreve a Polícia Federal no relatório de análise do material apreendido.

As empresas citadas são conhecidas doadoras de campanhas eleitorais. No campo soluções, aparecem relatos como: "Está disposto a colaborar. Iria falar com executivo para saber se já ajudam em algo", "Já está colaborando, mas vai intensificar mais para a campanha a pedido do PR", e "Já teve conversa com candidato, vai colaborar a pedido do PR". No análise do documento, os agentes da PF se questionam sobre se a sigla PR significa Paulo Roberto.

Ainda na tabela, há os seguintes registros: "Empresa passando por processo de venda, vai colaborar a partir de julho" e "já vem ajudando, pediu para certificar se candidato está ciente. Vai ajudar + a pedido PR". As anotações datam de fevereiro, mas não há registro de qual ano se trata.

Um dos focos de apuração da Lava Jato é a transferência de dinheiro de empresas que tinham contrato com a Petrobras para uma conta que, de acordo com a PF, era usada pelo esquema para repassar propina para funcionários públicos e políticos.

No relatório de análise do material apreendido na casa do ex-diretor da estatal, a Polícia Federal registra ainda a existência de um documento com o título "PLANILHA VALORES (Existente/Entradas/Saídas) a partir de 30/11/12 até 03/06/13, que aparenta ser uma contabilidade manual' da empresa Costa Global [empresa de Paulo Roberto]". No texto, os agentes destacam que na rubrica "Entrada" há a inscrição "primo", que é o apelido pelo qual é conhecido o doleiro Alberto Youssef, apontado pela PF como um dos coordenadores do esquema.

'ORGANIZADO'

Conforme a Folha revelou na semana passada, empresários e congressistas descrevem Costa nos bastidores como "organizado", dono de arquivos em que guardaria planilhas detalhadas com os registros do que fazia. Por essa razão, o ex-diretor da Petrobras é um dos focos da oposição, que tenta criar uma CPI no Congresso para investigar a Petrobras e desgastar o governo Dilma Rousseff no ano eleitoral.

Na apreensão na casa do ex-executivo da estatal, os investigadores destacam também a grande quantidade de valores em espécie: US$ 181 mil e R$ 762 mil. Paulo Roberto Costa foi preso em 20 de março sob a acusação de tentar destruir documentos. Ele recebeu de Youssef um Land Rover Evoque, carro no valor de R$ 250 mil. Segundo a Polícia Federal, ambos tinham um relacionamento estreito. (Folha de São Paulo)



sexta-feira, 11 de abril de 2014



CPI da Petrobras: STF dá 48 horas para Renan.



A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (11) dar prazo de 48 horas para que o presidente do Senado, Renan Calheiros, preste informações sobre a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na estatal Petrobras, denúncia de cartel no metrô de São Paulo e de irregularidades nas obras do Porto de Suape e da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Segundo a ministra, somente depois disso serão analisados os pedidos de liminar (decisão provisória) feitos pela oposição e por parlamentares governistas sobre as comissões. "Considerada a relevância do tema em debate, assino o prazo de 48 horas à autoridade impetrada para prestar, querendo, as informações que entender pertinentes, antes do exame da liminar", afirmou Rosa Weber.

Há dois pedidos de criação de CPI no Senado, um dos oposicionistas e outro dos governistas. A oposição quer uma comissão parlamentar de inquérito exclusivamente para investigar a Petrobras; os governistas, uma CPI que, além da Petrobras, inclua casos suspeitos em estados administrados pela oposição, como São Paulo e Pernambuco.

Tanto governo quanto oposição entraram com mandados de segurança no STF. A oposição quer ter garantido o direito de que a comissão investigue apenas questões relativas a irregularidades na Petrobras, uma vez que a Constituição afirma que uma CPI deve ter "fato determinado". Ao Supremo, a oposição alega que uma comissão ampliada fere o direito da minoria.

O governo insiste para que a comissão investigue também denúncias que em tese atingiriam a oposição, como suposto cartel no metrô de São Paulo e irregularidades nas obras do Porto de Suape e da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Ela agrada ao governo porque as denúncias em São Paulo se referem à administração do PSDB no estado e as de Pernambuco estão ligadas à gestão do ex-governador (e provável candidato à Presidência pelo PSB) Eduardo Campos.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, já havia se posicionado favoravelmente à instalação de uma CPI ampliada, mas remeteu sua decisão para análise da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) que, na quarta-feira (10) acatou o posicionamento do presidente. O plenário dará a palavra final sobre o assunto na próxima terça-feira (15). (G1)

PF reúne mais provas de corrupção na Petrobras. Jucá, Renan e vários políticos envolvidos tentam enterrar a CPI.



A revista Época acaba de revelar novos detalhes sobre a mega investigação da Polícia Federal que, hoje, chutou a porta da própria presidente da Petrobras. Graça Foster, dizem os jornais, recebeu a PF com toda a delicadeza. Ora, bolas. E tinha outro jeito? Poderia sair algemada da estatal se negasse as informações determinadas nos mandados de busca e apreensão. Leia aqui as escandalosas revelações da revista. Ao que tudo indica, várias quadrilhas agem dentro da Petrobras. Cada uma possui o seu feudo e bilhões são roubados diante dos olhos embasbacados dos pequenos acionistas e de todos os brasileiros. Um trecho da reportagem chama atenção e revela porque os senadores do PT e do PMDB estão em pânico, jogando suas biografias no vaso sanitário, atacando o direito da Oposição de instalar a CPI exclusiva para investigar a Petrobras. Leiam abaixo:

Quanto mais graves as evidências dos Petro-rolos, mais difícil se torna criar uma CPI no Congresso. Está em jogo a sobrevivência política de vários parlamentares, que dependem de doações das empreiteiras suspeitas de bancar o esquema. Para matar a CPI, o senador Romero Jucá, do PMDB, se reuniu na segunda-feira com colegas de partido na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros. 

Em meio à azáfama causada pelo afastamento do petista André Vargas da vice-presidência da Casa, ficou acertado como Jucá resolveria a delicada missão de decidir a disputa entre governo e oposição em torno da CPI para investigar a Petrobras. Na manhã seguinte, na reunião da Comissão de Constituição e Justiça, Jucá decidiu que o Senado poderia criar uma CPI ampla para investigar não apenas a Petrobras (como queria a oposição), mas também contratos do metrô de São Paulo e do Porto de Suape, em Pernambuco. 

Era o que a oposição não queria, mas também não era exatamente o que o governo almejava. A oposição reclamou. O governo não comemorou. Queria que Jucá tivesse negado a criação de qualquer CPI, mesmo uma capaz de produzir dados para desgastar politicamente os candidatos da oposição à Presidência, Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB.

Nesta semana, está marcada uma sessão do Congresso em que Renan Calheiros lerá o pedido de criação de outra investigação, uma CPI mista de senadores e deputados, também para investigar a Petrobras. Existe o risco de, por ser uma semana de feriado, poucos parlamentares comparecerem. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy, e o líder do PMDB, Eduardo Cunha, dois dos articuladores da CPI mista, não estarão lá, e sim na China, em viagem oficial. 

Mesmo que a CPMI seja criada, o caminho até a instalação será longo. O tempo está se esvaindo, e as chances de ela ser criada diminuem. Enquanto a Polícia Federal trabalha para elucidar os crimes, o Congresso trabalha para enterrar a CPI.

Escândalo de Pasadena chega em Dilma. TCU quer punir Conselho "por dano aos cofres públicos, ato antieconômico e gestão temerária".

sábado, 12 de abril de 2014  CoroneLeaks



Relatório do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda que os responsáveis pela negociação de compra da refinaria de Pasadena sejam responsabilizados por eventuais perdas da estatal. O negócio, que contou com o aval da hoje presidente da República, Dilma Rousseff, foi iniciado em 2006 e concluído em 2012, após um longo litígio e gasto superior a US$ 1 bilhão. 

O documento da procuradoria de contas, ao qual o Estado teve acesso, e que subsidiará a decisão dos ministros do tribunal, afirma que a alta cúpula da Petrobrás, "incluindo os membros do Conselho de Administração", respondam "por dano aos cofres públicos, por ato antieconômico e por gestão temerária", caso sejam comprovadas irregularidades. Para o MP, as falhas dos gestores da Petrobrás na condução do negócio foram "acima do razoável". 

Em 2006, Dilma, que era chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva, presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. No mês passado, ao saber que o Estado publicaria uma reportagem que revelaria seu voto favorável à compra de 50% da refinaria naquele ano, a presidente divulgou nota na qual afirmou só ter apoiado o negócio porque foi mal informada sobre as cláusulas do contrato.

Em 2008, ainda como presidente do Conselho de Administração, Dilma passou a ser contra o negócio e atuou para tentar barrar a compra de 100% da refinaria, algo que, em razão de custos judiciais, encareceu ainda mais a transação, que precisou ser concretizada.

Palavra final. O relatório final do TCU, que usará o trabalho da procuradoria de contas como base, deve sair em julho, mês em que a campanha eleitoral será iniciada. Em entrevista no mês passado, o relator da caso de Pasadena no tribunal, ministro José Jorge, afirmou: "Como a compra passou pelo Conselho Administração e pela Diretoria, como regra geral do TCU, eles podem ser chamados a se explicar".

A procuradoria afirma que a Petrobrás foi "vítima" da "inabilidade de seus gestores em firmar acordos contratuais". Para o MP junto ao tribunal, da forma como o negócio foi fechado, o grupo belga Astra Oil adquiriu o direito "líquido e certo" de vender sua participação à Petrobrás, recebendo o valor fixado nos contratos. "Para ela (Astra Oil), tudo era possível, e, para a Petrobrás, ao que parece, restava acatar a decisão da sócia", afirma o relatório do Ministério Público de Contas.

Os auditores designados pelo ministro relator trabalham, ainda, com outra linha de responsabilização. A intenção dos técnicos é se basear no artigo 158 da Lei das S.A., que prevê punição aos gestores quando houver violação "ao dever de cuidado e diligência" ou "imprudência, negligência e imperícia". A legislação impõe que "o administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios".

Belgas. A Astra impôs várias condições à estatal para firmar a parceria, exatamente o contrário do que deveria ter ocorrido, afirmam os procuradores. "Ela estava fora do negócio e tinha o direito, se não a obrigação, de exigir garantias mínimas da futura sócia, sobretudo ante o preço que se dispôs a pagar", diz o documento. "O poder de decisão não minimizou os riscos do negócio para a estatal brasileira. Ao contrário, só os aumentou", completa o relatório.

Um dos pontos criticados no texto é o fato de a Petrobrás pagar duas vezes pelo combustível estocado na refinaria, já que arcou pela unidade com estoques inclusos e, posteriormente, pagou mais uma vez pelos estoques. Há "evidências consistentes", diz o texto, de que o valor dos produtos estocados não estava incluso nos US$ 360 milhões pela aquisição porque a Petrobrás nem sequer tinha conhecimento do volume e do valor dos estoques.

A análise da operação ainda critica a oposição da estatal de levar adiante uma batalha judicial para não cumprir as cláusulas contidas no contrato de compra da refinaria. Laudo da Justiça dos EUA confirmou o valor de US$ 466 milhões pelo restante da unidades e ainda obrigou a Petrobrás a desembolsar US$ 173 milhões por garantia bancária dos sócios, juros, honorários e despesas processuais, o que fez com que a conta aumentasse para US$ 639 milhões.

O documento afirma que há de se apurar por que a Petrobrás não cumpriu a decisão proferida em abril de 2009. "Ao que parece, essa postura levou a empresa a arcar com milhares de dólares referentes a juros e correção monetária. E mais uma vez pede a responsabilização do Conselho de Administração caso se constate que não havia razões suficientes para o descumprimento da decisão arbitral, deve-se apurar a responsabilidade dos gestores e membros do Conselho de Administração." (Estadão)

PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão pela operação Lava Jato


Edição do dia 11/04/2014



Polícia investiga lavagem de dinheiro e evasão de divisas em operações que teriam movimentado R$ 10 bilhões. 

 

Foram apreendidos R$ 70 mil.


A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (11) uma pessoa e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão. Foi a segunda etapa da operação Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro e evasão de divisas em operações que teriam movimentado R$ 10 bilhões. Desta vez, o foco central são contratos da Petrobras.

A polícia federal descobriu uma negociação altamente suspeita. A compra de uma empresa que tinha acabado de fechar um contrato de quase meio bilhão de reais com a Petrobras. Por 75% da Ecoglobal, seriam pagos apenas R$ 18 milhões.

O negócio se deu no ano passado. Os compradores eram empresas que pertencem a duas pessoas presas na primeira etapa da operação Lava Jato, há duas semanas. A Sunset Global, do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e a Quality Holding, do doleiro Alberto Youssef. O terceiro comprador seria Tino Real.

As buscas se concentraram nesta sexta-feira (11) em cinco cidades, nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ao todo, segundo a polícia, foram apreendidos R$ 70 mil e muitos documentos na Petrobras e empresas como a Ecoglobal, em Macaé, no litoral fluminense.

A ordem da Justiça Federal afirma: “causa estranheza que empresa que consiga obter contrato de R$ 443 milhões seja negociada na mesma época por R$ 18 milhões. Os fatos sugerem atuação dos compradores das empresas Ecoglobal na obtenção do contrato junto à Petrobras”. “O próprio negócio da cessão de cotas é condicionado à efetivação do contrato da Ecoglobal com a Petrobrás”.

A ação de policiais federais na maior empresa do Brasil causou reações dentro do governo. Integrantes da cúpula de segurança passaram o dia em conversas para afinar o discurso e deixar claro que a Petrobras está colaborando com as investigações. A empresa é alvo direto de três inquéritos na Polícia Federal sobre evasão de divisas.

TRE do DF decide manter mandato do deputado distrital Joe Valle


12/04/2014 16h58 


Suplente havia pedido cargo depois que parlamentar saiu do PSB.


Distrital deixou a legenda alegando discriminação; ele ingressou no PDT.

Lucas Nanini Do G1 DF

Joe Valle saiu do PSB em outubro do ano passado, alegando ter sido discriminado após comparecer a uma solenidade política de outra legenda (Foto: Câmara Legislativa / Divulgação)Joe Valle saiu do PSB em 2013, alegando ter sido discriminado após comparecer a uma solenidade política de outra legenda 
 
O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal decidiu nesta sexta-feira (11) manter no cargo o deputado distrital Joe Valle (PDT).

Por unanimidade, os juízes da corte negaram o pedido de perda de mandato por infidelidade partidária, feito pelo suplente Guarda Jânio (PSB).

Joe Valle saiu do PSB em outubro do ano passado, alegando ter sido discriminado após comparecer a uma solenidade política de outra legenda.
Logo depois, o deputado se filiou ao PDT. Os dois partidos fizeram parte do governo Agnelo, mas deixaram a base de apoio.

No pedido junto ao TRE, Jânio alegou a falta de justa causa para que Valle trocasse de partido. A solicitação foi feita pelo suplente também no Ministério Público Eleitoral.

Segundo o presidente do PSB, Marcos Dantas, o partido não pediu o mandato na Justiça e respeitou a decisão de Valle. A legenda confirmou que a saída ocorreu por justa causa, já que não pretendia manter o parlamentar em seu quadro.

O relator do processo, desembargador Romão Cícero Oliveira, foi o primeiro a se manifestar a favor do distrital. Os outros cinco desembargadores que participaram do julgamento acompanharam o voto.

“A decisão do TRE foi uma coisa justa. Tanto que foi por 6 a 0. Esse processo nunca é do jeito que a gente quer, é uma disputa muito ruim. Eu nunca tive a intenção de mudar de partido. Não considero nenhum ganhador nem perdedor. Simplesmente se fez justiça”, afirmou o deputado.


Paulo Roberto Costa anotava detalhes de seus negócios com empresas

Considerado o "homem bomba" por suas conexões com o mundo político e negócios escusos com a Petrobrás, o ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa tinha por hábito anotar de próprio punho todas as informações acerca de seus negócios.
 
 A PF encontrou na casa dele 36 pen drives, além de agendas e cadernos que revelam negócios suspeitos investigados na Operação Lava Jato. Um desses documentos, revelado pelo Bom Dia Brasil da TV Globo na última sexta-feira, registra repasses milionários de um suposto esquema que abastecia candidatos, numa espécie de mensalão, e financiava campanhas políticas. Entre os papéis, a PF encontrou, conforme reproduzido pela reportagem, uma tabela dividida em três colunas. 

A primeira com nome de grandes empresas, a segunda com os executivos responsáveis pelas empresas e a terceira, intitulada 'Solução', subdividida em frases como: 'Está disposto a colaborar', 'Já está colaborando, mas vai intensificar para campanha a pedido de PR' e 'Já teve conversa com candidato e vai colaborar a pedido do PR'. 

A sigla seria uma referência a Paulo Roberto, na interpretação dos investigadores.
Conforme o Bom Dia Brasil, que teve acesso ao documento, após esse período, a Costa Global, empresa de Paulo Roberto, passou a ter em caixa mais de R$ 4 milhões, US$ 1 milhão e 314 mil Euros.

AGENDA

A revista Veja, que começou a circular ontem, mostra outro documento apreendido na casa e no escritório de Paulo Roberto, sem identificação da fonte dos recursos, em que ele descreve supostos pagamentos ao Partido Progressista (PP) no valor de R$ 28,5 milhões; sendo que R$ 7,5 milhões seriam para o diretório nacional do partido, conforme entendimento da Polícia Federal. Siglas também indicam, para os investigadores, que recursos foram repassados aos deputados Nelson Meurer (PP-PR) e João Pizzolati (PP-SC). 

Os recursos viriam de empresas fornecedoras da Petrobrás onde Paulo Roberto atuou de 2003 a 2012 por indicação inicialmente do PP e, mais tarde, do PMDB e PT.
A revista menciona, ainda, os ex-deputados Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE), ambos condenados no esquema do mensalão. O segundo teria recebido R$ 100 mil do doleiro. 

A arrecadação dos recursos, conforme os documentos da operação obtidos pela revista, consistia na "contratação" da consultoria de Paulo Roberto por fornecedores da Petrobrás e, num segundo passo, na lavagem do dinheiro pelo doleiro Alberto Youssef. Ambos estão presos desde o mês passado, na superintendência da PF em Curitiba. 

As relações do doleiro com políticos já levaram a abertura de pedido de cassação de mandato no conselho de ética da Câmara do deputado André Vargas (PT-PR). Diálogos mostram relação estreita entre os dois e atuação no Ministério da Saúde. 

Paulo Roberto deverá ser ouvido nos próximos dias pela comissão externa da Câmara que acompanha as investigações sobre irregularidades na Petrobrás. 

A comissão, contudo, não tem poderes para aprofundar as apurações do caso. 

Nas próximas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir se o Congresso tem direito a criar uma CPI exclusiva para investigar a Petrobrás.
Fonte: Agencia Estado