terça-feira, 3 de março de 2020

Grubs up: a third of Britons think we'll be eating insects by 2029

Grubs up: a third of Britons think we'll be eating insects by 2029

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Research finds belief that scoffing crickets or worm burgers will be commonplace
Fried crispy silkworms on sale at a street food stall in Thailand. Photograph: Engdao Wichitpunya/Alamy




Nearly a third of Britons believe insects will eventually be part of mainstream human diets in the UK amid mounting challenges in food production, new research reveals.

With UK farmers facing pressure from the climate crisis, pests and plant diseases – alongside the need to boost productivity and compete with imports – research released on Monday claims that 32% of British adults think that regularly tucking into cricket snacks and buffalo worm burgers will become commonplace within 10 years.

The research from the Agricultural Biotechnology Council (ABC), an industry group promoting the use of controversial genetically modified (GM) crops in the UK, also suggests that 72% of people support increased emphasis on technology, such as new plant breeding techniques including gene editing, to tackle crop shortages.

Manufacturers, supermarkets and restaurants are all scrambling to cash in on a changing food landscape in the UK as consumers embrace flexitarian diets – where a largely vegetable-based diet is occasionally supplemented with meat – and experiment with meat alternatives and plant-based eating.
The damaging environmental impact of global meat production has spurred interest in edible bugs as an alternative, sustainable food source. Unlike cows or pigs, insects can be bred in significant numbers without taking up large amounts of land, water or feed.

Insects are also nutritious, containing essential proteins, fats, minerals and amino acids. Bugs for consumption are typically bred in large-scale factory conditions.

In the new YouGov poll of 2,093 adults, nearly two in five (37%) of respondents said they thought the consumption of insects would increase in the next 10 years, rising to nearly half (48%) among the 18-24-year-old age group.

Mark Buckingham, chair of the ABC, said: “We are delighted to see UK consumers embrace innovation as the future of farming. Using cutting-edge technology and growing techniques will enable the UK to deal with the serious challenges of keeping our farmers competitive, maintaining a safe, affordable food supply, and protecting our natural environment.”

The global edible insect market is set to exceed $520m (£430m) by 2023, according to recent research. The UN Food and Agriculture Organisation says at least 2 billion people regularly consume insects. But while more than 1,000 species are eaten around the world, they hardly feature in the diets of many rich nations.




In the UK, crickets and other insects have so far been predominantly limited to quirky pop-ups or sales through online outlets, while they also feature on a few restaurant menus.
Last November, Sainsbury’s became the first major UK grocer to stock edible crickets, selling the roasted insects as snacks in small bags from the UK brand Eat Grub in 250 of its stores.

Helen Browning, chief executive of the organic food and farming group the Soil Association, said: “Insects can be used to convert waste food very efficiently and there are a few large ‘insect farms’ now established across the world, targeted at animal and fish diets.
“There is clearly interest in insects for humans too, but how quickly these markets will develop remains to be seen. For many people in the UK, there is a bit of a ‘yuck’ factor, though of course in many cultures they are a normal part of the diet.”
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Pesquisadores belgas substituem manteiga por gordura de larvas em waffles

Os tradicionais waffles belgas vão ganhar uma nova cobertura em vez de mel - Getty Images/iStockphotoPesquisadores belgas substituem manteiga por gordura de larvas em waffles 


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Por Jakub Riha

GHENT, Bélgica (Reuters) - Os waffles belgas podem estar prestes a se tornar mais ecologicamente corretos.

Cientistas da Universidade de Ghent, na Bélgica, estão testando gordura de larvas para substituir a manteiga em waffles, bolos e cookies, já que dizem que a gordura dos insetos é mais sustentável do que os laticínios.

Usando aventais brancos, os pesquisadores encharcam larvas de mosca soldado negra em um recipiente com água, batem tudo em um liquidificador para criar uma massa lisa acinzentada e depois usam uma centrífuga de cozinha para separar a manteiga de inseto.

"Há várias coisas positivas em se usar ingredientes de insetos", disse Daylan Tzompa Sosa, que supervisiona a pesquisa.

"Eles são mais sustentáveis, porque (os insetos) usam menos terra (do que o gado), são mais eficientes na conversão de alimento... e também usam menos água para produzir manteiga", explicou Tzompa Sosa, mostrando um bolo de manteiga de inseto recém-assado.

De acordo com os pesquisadores, os consumidores não notam diferença quando um quarto de manteiga de leite é substituído por gordura de larva em um bolo – mas percebem um gosto incomum quando a medida é 50% e dizem que não comprariam o bolo.

Os alimentos à base de insetos têm níveis altos de proteína, vitaminas, fibra e minerais, e cientistas de outras partes da Europa os estão cogitando como uma alternativa mais ecologicamente correta e barata do que outros tipos de produtos de origem animal.


(Por Jakub Riha, Ciara Luxton e Christian Levaux)

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There’s a fly in my waffle! Scientists experiment with larva fat to replace butter

Fat from larvae could be a more sustainable alternative to dairy, say researchers
Black soldier fly larvae, extracted fat and a piece of cake at Ghent University. Photograph: François Lenoir/Reuters



Scientists at Ghent University in Belgium are experimenting with larva fat to replace butter in waffles, cakes and cookies, saying using grease from insects is more sustainable than dairy produce.
The researchers soak black soldier fly larvae in a bowl of water, put it in a blender to create a smooth greyish dollop and then use a kitchen centrifuge to separate out insect butter.

“There are several positive things about using insect ingredients,” said Daylan Tzompa Sosa, who oversees the research.

“They are more sustainable because [insects] use less land [than cattle], they are more efficient at converting feed … and they also use less water to produce butter,” Tzompa Sosa said as she held out a freshly baked insect butter cake.

According to the researchers, consumers notice no difference when a quarter of the milk butter in a cake is replaced with larva fat. However, they report an unusual taste when it gets to 50-50 and say they would not want to buy the cake.

Insect food has high levels of protein, vitamins, fibre and minerals and scientists elsewhere in Europe are looking at it as a more environmentally friendly and cheap alternative to other types of animal products.


 Black soldier fly larvae, extracted fat and a piece of cake at Ghent University.

O Globo – Navio contratado pela Vale tem vazamento de 300 litros de óleo

O Globo – Navio contratado pela Vale tem vazamento de 300 litros de óleo

Mancha no mar já ocupa 830 metros ao redor da embarcação no Maranhão

29 02 2020BRUNO ROSA bruno.rosal@oglobo.com.br

Impacto. Imagem mostra a mancha de óleo em torno do navio MV Stellar
Quatro dias após o navio contratado pela Vale ter encalhado no litoral do Maranhão, o Ibama registrou uma mancha de óleo de cerca de 830 metros ao redor da embarcação MV Stellar na manhã de ontem após um sobrevoo pela região. A estimativa é que cerca de 300 litros de óleo tenham vazado do navio.

De acordo com Marcelo Amorim, coordenador geral substituto de Emergências Ambientais do Ibama, os tanques do navio ainda estão intactos. O óleo encontrado no mar estava localizado na parte superior do navio, que tem uma inclinação de 22 graus. A embarcação foi encalhada propositalmente e, para evitar que afunde, foi ancorada a cem quilômetros da costa. — É uma camada de óleo leve verificada na manhã de sexta-feira. No sobrevoo feito na parte da tarde, não foram verificadas novas manchas —explicou Amorim. A embarcação estava carregada com 294.871 toneladas de minério de ferro, 3,5 mil toneladas de óleo residual e 140 toneladas de destilado. O navio sofreu uma avaria na proa após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, na capital do Maranhão. A Marinha abriu inquérito para apurar as causas do acidente.

PLANO PARA AVALIAR DANO

A sul-coreana Polaris, empresa que presta serviço para a Vale, deve apresentar neste fim de semana um plano para que mergulhadores avaliem o dano na proa do navio — já que até agora não se sabe qual foi o

tamanho do dano no casco. Esse plano deverá ser aprovado pela Marinha, que deu um prazo de 48 horas para as companhias apresentarem o projeto. —Esse plano de mergulho é importante para saber qual foi o real dano na embarcação, que ocorreu na proa. Os tanques de minério e óleo estão na parte de trás — disse Amorim. — Com o diagnóstico, vamos saber mais detalhes. A Vale vai fazer um plano para a retirada do minério e do óleo. A mineradora também teve de contratar uma companhia para fazer uma modelagem de dispersão de óleo para saber quais áreas poderão ser impactadas no caso de vazamento de óleo e minério. A Petrobras já cedeu embarcações para ajudar na remoção do óleo.

— Esse plano para mitigar os impactos ambientais em áreas afetadas em caso de vazamento deve ser apresentado no fim de semana —adiantou Amorim. Procurada, a Vale disse que está empenhando “todos os esforços e recursos para mitigar os possíveis impactos causados pelo incidente”. Em nota, a Polaris afirmou que também está fazendo esforços e usando todos os recursos para acelerar as operações de resgate no local. “Acredita-se que o óleo observado no local seja resíduo de óleo morto que estava no convés; não vazamento dos tanques de combustível”, disse em nota.

PROBLEMA EM 2017

A embarcação, que pertence à companhia sul-coreana Polaris, foi contratada pela mineradora brasileira para transportar minério de ferro do Brasil para a China. mas essa não é a primeira vez que a Vale enfrenta problema com a companhia. Em 2017, o navio Stellar Daisy, da Polaris, afundou no Oceano Atlântico depois de sair com 260 mil toneladas de minério de um porto na Ilha de Guaíba, no Rio de Janeiro. Na ocasião, apenas 2 dos 24 tripulantes foram encontrados.


Abolicionismo animal, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

libertação animal

[EcoDebate] A invisibilidade da escravidão e do sofrimento animal é um fato real que a miopia humana finge desconhecer. A dominação e a exploração animal é uma realidade que o cérebro evoluído, inteligentemente e egoisticamente, ignora. Por conta disto, o movimento abolicionista animal é pouco conhecido e valorizado.

O abolicionismo animal é um movimento que defende os direitos das espécies, advoga a abolição da dominação e da exploração dos animais por meio de uma ética biocêntrica que respeita a vida de todos os seres sencientes da Terra. Em geral, defende o veganismo e a educação não violenta e criativa, como base moral da posição dos direitos animais.

Para Peter Singer, grande número de animais são suficientemente semelhantes aos humanos, quando se adota o critério da senciência ou consciência, com ênfase na capacidade de sofrer dor e ter prazer, merecendo uma consideração moral semelhante. Os animais sencientes não devem ser instrumentalizados pela racionalidade gananciosa do ser humano, mas sim devem ser sujeitos de direito. O movimento pelo abolicionismo animal defende atitudes, tais como:
Pela dieta vegetariana;
Pela dieta vegana;
Pelo fim da comercialização do patê de fígado gordo – o foie gras;
Pelo fim da exploração e do enjaulamento animal;
Pelo fim dos rodeios;
Pelo fim da touradas;
Pelo fim das corridas de cavalo;
Pelo fim do uso de animais nos círcos;
Pelo fim dos aquários;
Pelo fim da experimentação animal;
Pelo fim dos zoológicos;
Pelo fim do mau trato animal;
Pelo aumento das áreas anecúmenas;
Pelo aumento das áreas selvagens e pela liberdade animal;
Etc.

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O grande economista inglês John Stuart Mill, além de defender o Estado Estacionário já em 1848, também era adepto das ideias de Jeremy Bentham (que foi amigo de seu pai e fundador do utilitarismo). O utilitarismo reconhece o princípio hedonista segundo o qual a finalidade da vida humana é a felicidade e a fruição dos diferentes prazeres , aqueles ligados ao corpo, ou os prazeres ligados ao espírito e aos sentimentos nobres da amizade, da honestidade, do amor, etc. Estes prazeres permitem ao ser humano encontrar a felicidade.

A utilidade (princípio da maior felicidade), sustenta que as ações são certas na medida em que elas tendem a promover a felicidade e erradas quando tendem a produzir o contrário da felicidade. A felicidade é um Bem Supremo e todas as atitudes moralmente boas surgem como instrumentos para alcançar a felicidade. Por felicidade entende-se prazer e ausência de dor, por infelicidade, dor e privação do prazer. Sem ser antropocêntrico, Stuart Mill considerava que cabe às pessoas inteligentes escolher agir com retidão no sentido do bem de todas as espécies.

Mas os humanos, em geral, são narcisistas, egoístas e egocêntricos e menosprezam as demais espécies do Planeta. O biólogo da Universidade de Harvard, Edward Osborne Wilson, duas vezes vencedor do Prêmio Pulitzer, acredita que o ser humano está provocando um “holocausto biológico” e para evitar a “sexta extinção em massa de espécies”, ele propõe uma estratégia para destinar METADE DO PLANETA exclusivamente para a proteção dos animais. A tese também é defendida pela jornalista Elizabeth Kolbert no livro The Sixth Extinction. A alternativa de redução das áreas ecúmenas seria uma forma de se contrapor ao humor humano, que varia entre o ódio e a indiferença em relação a existência e a felicidade das demais espécies sencientes da Terra.

Para alimentar uma população crescente de seres humanos mais de 60 bilhões de animais terrestres são mortos todos os anos e a escravidão animal é responsável pelo confinamento de 19 bilhões de galinhas, 1,4 bilhão de bovinos, 1 bilhão de porcos, 1 bilhão de ovelhas e um número considerável de cabritos, búfalos, coelhos, capivaras, javalis, avestruzes, gansos, perus, patos, etc., segundo dados da FAO. O sofrimento imposto às outras espécies é imenso. Além disto, o boi e a vaca, por exemplo, são animais ruminantes cujo processo digestivo provoca uma fermentação que faz o animal liberar muito gás metano. O metano é o segundo gás que mais contribui para o efeito estufa, sendo 21 vezes mais poluente do que o gás carbonico (CO2). Cada animal bovino adulto libera cerca de 56 quilos de metano por ano. Portanto, os 1,4 bilhão de bois e vacas do mundo liberam algo em torno de 78 milhões de toneladas de metano por ano, o que é uma contribuição significativa para o aquecimento global.

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No dia 26/10/2015, a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a classificação das carnes processadas como produtos carcinogênicos, ou seja, que causam câncer, e das carnes vermelhas como produtos “provavelmente carcinogênicos”. Como mostra Martín Caparrós, em matéria do jornal El País (31/10/2015), comer um bife/chuleta/filé, um grande pedaço de carne, é uma das formas mais eficazes de validar e aproveitar um mundo injusto: “Consumir animais é um luxo: uma forma muito clara de concentração da riqueza.

A carne acumula recursos que poderiam ser compartilhados: são necessárias quatro calorias vegetais para produzir uma caloria de carne de frango; seis para produzir uma de porco; dez calorias vegetais para produzir uma caloria de vaca ou de cordeiro. A mesma coisa acontece com a água: são necessários 1.500 litros para produzir um quilo de milho, 15.000 para um quilo de carne de vaca. Isto é, quando alguém come carne se apropria de recursos que, compartilhados, seriam suficientes para cinco, oito, dez pessoas. Comer carne é estabelecer uma desigualdade brutal: sou eu quem pode engolir os recursos de que vocês precisam. A carne é um estandarte e é uma mensagem: que este planeta só pode ser usado assim se bilhões de pessoas se resignarem a usá-lo muito menos. Se todos quiserem usá-lo igualmente não pode funcionar: a exclusão é condição necessária — e nunca suficiente”.

Como mostraram Luiz Carlos Susin e Gilmar Zampieri no livro “A vida dos outros: Ética e teologia da libertação animal” (São Paulo: Paulinas, 2015), a relação entre humanos e animais sempre foi cruel: “mas com o incremento da indústria da carne, ovos, leite e seus derivados, com a indústria do couro, pele, com indústria dos cosméticos e produtos químicos testados em animais, aumentou assustadoramente, a ponto de o prêmio Nobel de literatura, J.M. Coetzee, em seu livro A vida dos animais (São Paulo: Companhia das Letras, 2002), sugerir uma instigante analogia entre o holocausto humano perpetrado aos judeus na segunda guerra mundial, e o holocausto animal imposto, diariamente, pelo homem aos indefesos e inocentes animais. A conclusão é que o termo ‘campos de concentração’ é o que melhor define a nossa relação com os ‘outros’ animais. A primeira parte do livro se debruça sobre esses ‘campos de concentração’ (estimação, pesquisa, instrumentos, entretenimento, alimentação) mostrando como os animais, no atual estágio da indústria, são coisificados, sem consideração para com seus interesses e direitos” (IHU, 01/11/2015).


Não dá para ignorar o holocausto animal. Não dá para ser feliz com base na infelicidade alheia. Utilitarismo é diferente de utilidade. O princípio da utilidade deveria valer para todos os seres sencientes. Como disse Brian Dominick: “É absurdo pensar que uma sociedade que oprime animais será capaz de se tornar numa sociedade que não oprime pessoas”. Ou seja, a sociedade humana jamais será feliz, com base na infelicidade das comunidades de animais sencientes.


Referências:
ALVES, JED. Dia Mundial pelo fim do Especismo: 22 de agosto. Ecodebate, RJ, 19/08/2015
ALVES, JED. Dia Mundial do Meio Ambiente: vergonha de ser humano. Ecodebate, RJ, 04/06/2014
OLIVEIRA, Gabriela D. A teoria dos direitos animais humanos e não-humanos, de Tom Regan. Ethic@,
Florianópolis, v.3, n.3, p. 283-299, Dez 2004
Brasil está atrasado em direito dos animais, diz ONG que coloca o tema em debate, Ecodebate, 02/10/2015
CAPARRÓS, Martín. A Era da Carne, El país, 31/10/2015
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/30/internacional/1446220690_355590.html
Por uma teologia da libertação animal. Entrevista especial com Luiz Carlos Susin e Gilmar Zampieri, IHU, 01/11/2015
SINGER, Peter. Libertação animal, Martins Fontes, 1975
SMAJE, Chris. Re-wilding: Joined-up Thinking Needed, Resilience, Oct 29, 2015
Instituto Abolicionista Animal 
ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
ANDRADE, Rodrigo. Introdução ao Abolicionismo Animal, 2012
Pelo fim da Escravidão Animal
Escravidão animal 
Eradicating Ecocide
Dia mundial (22/08) contra o Especismo:
http://end-of-speciesism.org/
http://www.end-of-speciesism.org/pt/reivindicacoes/
Anima: http://www.anima.org.ar/novidades/index.html
Ana María Aboglio. Direitos animais: O enfoque abolicionista.
Ética e Direitos Animais – Sônia T. Felipe
A Carne é Fraca – documentário completo
“Carne Sofriboi”, do chargista Maurício Ricardo
Documentário “Linha de Desmontagem
Se os abatedouros tivessem paredes de vidro – com Paul McCartney (dublado em português)
Ser humano espécie invasora e praga sobre a Terra?
Como o ser humano destrói o planeta http://www.youtube.com/watch?v=WfGMYdalClU
http://www.huffingtonpost.com/2014/03/27/everything-wrong-with-humanity-animation_n_5037496.html?utm_hp_ref=mostpopular
Ubuntu 4 Animals https://www.facebook.com/Ubuntu4Animals
Escravidão e Movimento Abolicionista Animal 
Abolicionismo Pelos Animais 1/3
Meat The Truth: https://youtu.be/u7LBPHtOBnk

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

in EcoDebate, 06/11/2015
Abolicionismo animal, artigo de José Eustáquio Diniz Alves, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 6/11/2015, https://www.ecodebate.com.br/2015/11/06/abolicionismo-animal-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/.

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As catástrofes naturais globais em 2019

As catástrofes naturais globais em 2019, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

“Se a economia crescente do descarte imediato dos bens e do desperdício continuar, seremos
capazes de entregar a Terra ainda banhada em sol, apenas à vida bacteriana.”
Nicholas Georgescu-Roegen

[EcoDebate] O aquecimento global provocado pela emissão de gases de efeito estufa é uma realidade inquestionável e já está trazendo danos crescentes para a economia e a sociedade. Os últimos 6 anos (2014-19) foram os mais quentes já registrados e a década 2011-20 é a mais quente da série histórica. O mês de janeiro de 2020 bateu todos os recordes históricos de temperatura para o primeiro mês do ano. A atmosfera do Planeta está ficando mais quente e isto tem um impacto devastador em diversos aspectos, pois pode deixar amplas áreas da Terra inóspitas ou inabitáveis.

O jornalista David Wallace-Wells tem escrito sobre a possibilidade de uma catástrofe ambiental e o seu livro “The uninhabitable Earth: life after warming” (2019), mostra que os efeitos do aquecimento global vão ser abrangentes, terão um impacto muito rápido e vão durar muito tempo. A degradação ambiental já está ocorrendo e trazendo danos em várias áreas, como a acidificação dos solos, águas e oceanos, a precarização dos ecossistemas e os desastres climáticos extremos, como secas, chuvas, furacões e inundações de grandes proporções (Alves, 2020).

As perdas gerais decorrentes de catástrofes naturais em todo o mundo em 2019 totalizaram US$ 150 bilhões, praticamente em linha com a média ajustada pela inflação dos últimos 30 anos e abaixo dos US$ 186 bilhões em 2018, segundo a seguradora Munich Re, conforme mostrado na figura abaixo.

Catástrofes naturais em 2019

Houve 820 eventos que causaram perdas em 2019, em comparação com 850 eventos em 2018. As perdas seguradas nos eventos de 2019 totalizaram US$ 52 bilhões, abaixo dos US$ 86 bilhões em 2018. Catástrofes naturais em 2019 causaram cerca de 9.000 mortes, em comparação com 15.000 em 2018.

Sete desastres causaram danos estimados em mais de US$ 10 bilhões: as inundações no norte da Índia e o tufão Lekima, na China (US$ 10 bilhões cada); o Furacão Dorian, na América do Norte (US$ 11,4 bilhões); as inundações de junho a agosto na China (US$ 12 bilhões); inundações no meio-oeste e sul dos Estados Unidos (US$ 12,5 bilhões); o tufão Hagibis, no Japão, em outubro, (US$ 15 bilhões); e os incêndios florestais na Califórnia, de outubro a novembro (US$ 25 bilhões). A pior catástrofe classificada pelo número de mortes foi o ciclone Idai, que atingiu Moçambique, Malawi, Zimbábue e África do Sul em março e causou mais de 1.000 mortes.

O gráfico abaixo mostra que o número de catástrofes “naturais” no mundo está aumentando no período 1980 a 2018, sendo que os eventos meteorológicos e os eventos hídricos são os mais comuns, mas os eventos climáticos são crescentes.

Número de catástrofes naturais

Enquanto a roda viva da economia continua sufocando as forças da natureza, os desastres “naturais” tendem a crescer de forma exponencial. Aquilo que os cientistas chamavam de maneira cautelosa de “mudanças climáticas” se transformou em “crise climática” ou “caos climático”, passando a representar um perigo existencial à civilização e uma ameaça concreta à sobrevivência da vida humana e não humana. A Terra está ficando cada vez mais inóspita e pode ter amplas áreas inabitáveis em decorrência das agressões ao meio ambiente ocorridas, principalmente, desde o início da Revolução Industrial e Energética.

Para Herman Daly, um dos principais autores da economia ecológica, as atividades humanas já ultrapassaram os limites econômicos do Planeta e entraram em uma fase de “crescimento deseconômico”. O crescimento dos custos ambientais é a demonstração que a era do enriquecimento humano às custas do empobrecimento do meio ambiente está com os dias contados e todo o modelo de desenvolvimento fóssil precisa ser repensado e redirecionado.

José Eustáquio Diniz Alves
Colunista do EcoDebate.
Doutor em demografia, link do CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2003298427606382


Referências:

ALVES, JED. A dinâmica demográfica global em uma “Terra inabitável”. RELAP, Vol. 14 – Número 26, Janeiro de 2020 https://revistarelap.org/index.php/relap/article/view/239/350
DALY, Herman. Three Limits to Growth. Resilience, 05/09/2014
http://www.resilience.org/stories/2014-09-05/three-limits-to-growth
Facts + Statistics: Global catastrophes, Insurance Information Institute, 2020
https://www.iii.org/fact-statistic/facts-statistics-global-catastrophes


in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 02/03/2020

As catástrofes naturais globais em 2019, artigo de José Eustáquio Diniz Alves, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 2/03/2020, https://www.ecodebate.com.br/2020/03/02/as-catastrofes-naturais-globais-em-2019-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/.
 
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