Por Ana Lúcia Machado
Esse é um tema bem presente nos dias de hoje. Para estimular essa
discussão com as crianças podemos começar olhando para o mundo natural. A
diversidade é uma característica preponderante na natureza, onde a
variação entre semelhantes é imensa. Ao observar por exemplo as folhas,
vemos cores, tamanhos, texturas e espessuras diferenciadas numa mesma
espécie.
Entre nós seres humanos também encontramos as mais variadas
constituições e características físicas – em relação a peso, altura,
formato de rosto, tipo e cor de cabelo, de olho e ainda de pele. Todas
essas variações fazem com que ninguém seja igual a ninguém. Somos
semelhantes, porém diferentes uns dos outros.
A diversidade torna a vida surpreendente e revela a beleza existente
em cada ser humano. Ser diferente é absolutamente natural. Reconhecer e
valorizar as diferenças nos enriquece enquanto sociedade. Estar na roda
da diversidade, lado à lado com as diferenças, é viver de maneira ética,
e ser ético é nosso dever enquanto seres humanos.
Selecionamos algumas ideias para abordar esse tema com a criançada:
1. Um simples passeio para observação da natureza é
suficiente para aguçar a percepção das crianças em relação às diferenças
existentes numa mesma espécie mineral, vegetal ou animal.
2. Há muitas publicações infantis que apresentam a diversidade étnica de maneira lúdica, como por exemplo o livro A cor de Coraline (Editora Rocco), do escritor e ilustrador paulistano Alexandre Rampazzo.
O livro conta a história de uma menina que é surpreendida pelo
amiguinho da escola que lhe pede emprestado o lápis cor de pele. Isso deixa a menina intrigada. Ela olha para sua caixa de lápis de cor e pensa: “Cor
de qual pele?”. A história se desenrola com muita imaginação
permitindo importantes questionamentos sobre identidade,
representatividade e a capacidade de se colocar no lugar do outro.
3. O projeto Humanae
criado pela fotógrafa e artista brasileira Angélica Dass, é uma
tentativa de mostrar e ampliar a paleta de cores de pele da espécie
humana. Esse trabalho teve início em 2012 na Espanha, onde mora a
artista, e já retratou mais de 3.000 voluntários em 15 países.
Outras iniciativas reforçam o trabalho de conscientização que precisamos fazer desde cedo com as crianças, saiba aqui.
A esta altura do contexto histórico-cultural, é inadmissível enxergar o mundo de forma estigmatizada, não é mesmo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário