
Esse é um tema bem presente nos dias de hoje. Para estimular essa discussão com as crianças podemos começar olhando para o mundo natural. A diversidade é uma característica preponderante na natureza, onde a variação entre semelhantes é imensa. Ao observar por exemplo as folhas, vemos cores, tamanhos, texturas e espessuras diferenciadas numa mesma espécie.
Entre nós seres humanos também encontramos as mais variadas constituições e características físicas – em relação a peso, altura, formato de rosto, tipo e cor de cabelo, de olho e ainda de pele. Todas essas variações fazem com que ninguém seja igual a ninguém. Somos semelhantes, porém diferentes uns dos outros.
A diversidade torna a vida surpreendente e revela a beleza existente em cada ser humano. Ser diferente é absolutamente natural. Reconhecer e valorizar as diferenças nos enriquece enquanto sociedade. Estar na roda da diversidade, lado à lado com as diferenças, é viver de maneira ética, e ser ético é nosso dever enquanto seres humanos.
Selecionamos algumas ideias para abordar esse tema com a criançada:
1. Um simples passeio para observação da natureza é suficiente para aguçar a percepção das crianças em relação às diferenças existentes numa mesma espécie mineral, vegetal ou animal.
2. Há muitas publicações infantis que apresentam a diversidade étnica de maneira lúdica, como por exemplo o livro A cor de Coraline (Editora Rocco), do escritor e ilustrador paulistano Alexandre Rampazzo. O livro conta a história de uma menina que é surpreendida pelo amiguinho da escola que lhe pede emprestado o lápis cor de pele. Isso deixa a menina intrigada. Ela olha para sua caixa de lápis de cor e pensa: “Cor de qual pele?”. A história se desenrola com muita imaginação permitindo importantes questionamentos sobre identidade, representatividade e a capacidade de se colocar no lugar do outro.
3. O projeto Humanae criado pela fotógrafa e artista brasileira Angélica Dass, é uma tentativa de mostrar e ampliar a paleta de cores de pele da espécie humana. Esse trabalho teve início em 2012 na Espanha, onde mora a artista, e já retratou mais de 3.000 voluntários em 15 países.
Outras iniciativas reforçam o trabalho de conscientização que precisamos fazer desde cedo com as crianças, saiba aqui.
A esta altura do contexto histórico-cultural, é inadmissível enxergar o mundo de forma estigmatizada, não é mesmo?
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