quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os predadores de Brasilia.

     (FONTE: Jornal de Brasília, 24 de outubro de 201 3)

 Prezados,


Alem do PPCUB, os predadores deram à  SEDHAB através da LUOS ( Lei de Uso e Ocupação do SOLO) o direito de definir a destinação a ser dada a todas as areas verdes contiguas aos lotes situados em setor de uso estritamente residencial do DF.

A comunidade foi contra.

Gostaria que as areas verdes continuassem a ser verdes.

Que os bairros estritamente residenciais continuassem a ser apenas residenciais.

Mas os predadores são vorazes..

E os moradores foram ignorados.

Mais uma vez...


Flavia Ribeiro da Luz
Associação Park Way Residencial.

Os predadores-Parte 2.

Secretário é alvo de denúncia
Autor(es): MARA PULJIZ
Correio Braziliense - 29/05/2013


Documentos revelam que Rafael Cordeiro de Oliveira, adjunto do Secretario Magela na Secretaria da Habitação (SEDHAB), e familiares atuaram em cargos de cooperativa habitacional conveniada com o GDF e com o governo federal. Investigação aponta indícios de tráfico de influência


A Corregedoria da Secretaria de Transparência e Controle do DF analisa um processo enviado pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF), no qual o secretário adjunto de Habitação, Rafael Cordeiro de Oliveira, aparece como suspeito de ter se beneficiado do cargo em proveito próprio. O alvo da denúncia é a Associação Pró-Morar do Movimento Vida de Samambaia (AMMVS), conveniada com o GDF e o governo federal para representar 203 entidades habitacionais do DF no processo de habilitação de pessoas de baixa renda interessadas em participar da 4ª Etapa do Riacho Fundo 2.

No ano passado, o processo tinha sido arquivado pela Secretaria de Transparência — o titular da pasta era Carlos Higino Ribeiro de Alencar, atual secretário executivo da Controladoria Geral da União (CGU) — “por não conter, à época, elementos que pudessem confirmar a denúncia então apresentada”. Mas a assessoria de imprensa do órgão informou ontem que a atual secretária, Vânia Vieira, “determinou o reexame do caso”.

Documentos comprovam que Rafael de Oliveira, secretário adjunto de Habitação desde 4 de janeiro de 2011, tem vários familiares ligados a movimentos sociais de Brasília, principalmente a AMMVS — ele próprio aparecia, em 2010, como secretário executivo da entidade. O pai dele, Carlos Roberto de Oliveira, é um dos diretores da União Nacional por Moradia Popular do DF e também atuou na associação como suplente, conforme Portaria nº 24 de 12 de março daquele ano.

Também chama a atenção que, até maio de 2011, a irmã de Rafael, Daniela Kely de Oliveira, exerceu o cargo de diretora financeira da AMMVS. Documento assinado por um auditor de controle externo do TCDF confirma o vínculo. “Levando em conta que o Sr. Rafael de Oliveira foi nomeado em 4/1/2011 para o cargo de secretário adjunto da Sedhab, chegamos à conclusão de que este senhor atuou à frente da Secretaria em período concomitante com a gestão de sua irmã, como diretor financeira da AMMVS”, revela o texto.

Atualmente, Daniela trabalha na secretaria da entidade. Ela seria responsável por entregar os endereços dos imóveis e receber a documentação dos filiados das cooperativas. “Sem ela lá, nada surge. Ela não está como diretora só no papel, mas é quem faz tudo. A mudança na presidência foi só para abafar”, denunciou a presidente de uma associação ao Correio, além de mais de 10 pessoas ouvidas pela reportagem. Diversos filiados também confirmaram a informação, além de uma gravação em que uma coordenadora de cooperativa menciona a atuação de Daniela frente à associação.

Segundo o relator e conselheiro do TCDF, Manoel de Andrade, a investigação está no âmbito do Ministério Público de Contas do DF. “Essa denúncia vem sendo apurada, e a denunciante traz sempre informações novas. Em razão disso, o Ministério Público se mostrou interessado em apurar também”, explicou. Manoel afirma que o tribunal deve dar um parecer sobre o caso em duas semanas. “Se fosse por total desproposital, essa denúncia teria sido arquivada. Até o momento, ela está se sustentando. Ela está sendo tratada em caráter sigiloso, e a gente evita entrar em seus meandros”, disse.


Entenda o caso

Fraude com dinheiro público

O terreno onde serão construídas 5.904 unidades habitacionais, chamado de 4ª Etapa do Riacho Fundo 2, foi doado em 2006 pelo governo federal para cooperativas do DF. Na época, a Secretaria de Patrimônio da União firmou um convênio com o GDF e a Associação Pró-Morar do Movimento Vida de Samambaia (AMMVS) para que ela representasse 203 entidades. A União deveria viabilizar o financiamento das moradias por meio da Caixa Econômica Federal, e o GDF, promover as obras de infraestrutura, além de, em parceria com o movimento social, desenvolver o projeto urbanístico e promover a habilitação dos beneficiários. Desde a última segunda-feira, o Correio publica reportagens com denúncias de fraude no processo de habilitação das pessoas. Há quem cobre entre R$ 15 mil e R$ 20 mil como “entrada” para garantir o sonho da casa própria. Esse dinheiro que, segundo os representantes das entidades, seria pagar taxas de projetos e alvará, na verdade,
acaba sendo dividido entre pelo menos 50 golpistas.

8 comentários:

Anônimo disse...



Meu Deus, estamos totalmente desamparados, pois a justiça, a procuradoria não fazem nada pra impedir isso.

Depois não sabem por que as pessoas vão pras ruas e quebram tudo...

Anônimo disse...


25 de Out
Se Deus quiser, eles irão embora, espero que para bem longe. Alguém mais faminto que eles os farão “refeição”, ou seja os engolirão e logo serão fezes! Pode crer! A justiça de Deus demora mas não falha;. Um abraço.

Dynastes Marinho disse...

Colegas

Somente para colocar dados na conversa .....vi que alguns trocam mensagens sobre comércio .. sobre isso .. etc. Está certo. Todos tem o direito de opinar e colocar o que achar necessário. Mas com dados e um pouco de história fica mais tranquilo entender o que somos enquanto bairro... e não ficar lendo e escrevendo mensagens infinitas como se fosse uma aula de filosofia que vc acaba não entendendo absolutamente nada ...

Segundo dados da CODEPLAN somos:
População estimada em 2012: 21.162 habitantes
Vargem Bonita são 260 famílias

Maiores informações aqui na página da Administração Regional
http://www.parkway.df.gov.br/sobre-a-ra-xxiv/conheca-park-way-ra-xiv.html

No início do texto temos a seguinte descrição:

PARK WAY REGIÃO DO MEIO AMBIENTE


Um dos locais mais bonitos de Brasília, Park Way é referência pela preservação ambiental, pois abriga reservas ecológicas e importantes recursos hídricos.

Criado em 13 de março de 1961, o Setor de Mansões Park Way (SMPW), ou apenas Park Way, como é popularmente chamado pelos moradores, é um bairro do Distrito Federal destinado exclusivamente para fins residenciais, característica mantida até hoje.



Francisca Barbosa disse...

Haja vista inúmeros eventos "A CIDADE QUE QUEREMOS" com divulgação e acompanhamento da SEDABH, custos considerados relevantes, cujos participantes apresentaram interesse em manter as áreas verdes preservadas, assim como áreas residenciais sob controle, é lamentável que a voz da comunidade não seja ouvida, considerada. Qual a razão para tanta perca de tempo? Queremos resultados daquilo que apresentamos !!!
Francisca Benigno Barbosa
SMPW Quadra 4

Anônimo disse...


Concordo com o que você escreve. Temos um Fórum Para Implantaçao do Parque Ecológico do Guará, dele saiu uma comissão para propor ações para regularização fundiária do parque, com limitação da poligonal e retirada dos moradores ilegais e embora haja decreto do governador, os demais órgão não agem. Estão acomodados. Há uma "força" que os impede de fazer o que devem fazer.
À respeito disso, hoje, dia 24 de outubro, no Cólegio CENTRÃO do Guará II, Quadra 19, à 19: 30 horas, teremos reunião do Fórum. Você está convidada a participar e levar mais pessoas que sejam a favor de preservação do parque, porque ele é um bem para todos os Brasilienses.

Dynastes Marinho disse...

Temos uma característica particular mesmo e acho que esse é o nosso problema ou a nossa maior falta de compreensão.
Somos um bairro residencial. Até poucos anos atrás não tínhamos representação. Éramos ligados ao Núcleo Bandeirante.

Acredito que o objetivo de uma administração regional é ter uma maior autonomia e uma organização para gerir melhor as necessidades do bairro.

Mas o problema é que temos uma de direito , mas não de fato. Pelo menos até a administração anterior. Não víamos nenhuma ação concreta de melhoria e atendimento das necessidades do bairro.

E temos vários canais que discutem e apontam necessidade como a CONSEG e as associações comunitárias. Conheço duas que fazem um trabalho super bacana e devem ser ouvidas sempre. Conheço uma que representa as casas de festas que essa não entendo mesmo.. Uma associação não é para defender interesses próprios e particulares, principalmente uma que defende o lucro !! Não é questão de democracia e sim bom senso comunitário....

Um ponto para a nova administradora é que sempre ando de moto pela quadra 29 e já vi que na altura da ciclovia vários lotes que invadiram área pública foram corrigidos. Cercas tiradas e o espaço organizado como deve ser.

Temos asfalto prometido, uma área nova , como uma praça muito bem organizada, na quadra 14 com estacionamento etc.., e a ciclovia que esta para finalizar. Se conseguir fazer tudo isso num tempo curto , já será um grande feito !

O posto policial foi pintado mas não está sendo utilizado. Passei duas vezes por lá e estava fechado. Até o da vargem bonita estava aberto.. Fui conhecer a região ... Esse ponto temos que evoluir !!

Então eu entendo que a administração regional é importante para entender as necessidades, organizar, buscar recursos , executar e conferir a execução. Toda comunidade precisa de uma representação

Falar nisso ... teve uma reunião na igreja , promovido pela administração regional, mas não foi divulgado .. moro do lado e não fiquei sabendo .. Importante na próxima vez uma melhor comunicação com a região aonde vai acontecer a reunião. Eu sigo a Administração regional .. cria um evento e convida a todos pelo face mesmo .. exemplo !! Manda email para esse forum .. exemplo !!

Precisamos avançar um ponto de cada vez ... uma coisa tem que funcionar para pleitear outras !!

E por fim , um último ponto importante. Temos que dizer o QUE NÃO QUEREMOS !! Não precisamos de um hospital público, não precisamos de um posto de saúde .. e assim por diante .. Todos conhecem os caminhos incertos da política local .. e isso temos que ficar sempre alerta !!! Temos sempre que lembrar que não moramos nos USA ou na Europa, aonde existe um respeito pelo cidadão .. moramos no país das bananas .. aonde tudo pode acontecer.. do jeito certo e do errado !! Então temos sempre que proteger o nosso bairro !!

Espero ter contribuído ...



Chico Santana disse...

O Park Way nasceu como bairro, como bairro suburbano - se chamava Setor de Mansões Suburbanas Park Way - MSPW. Já estava na planta elaborada pelo Lúcio Costa.
Depois inverteram as letrinhas e ele virou SMPW - Setor de Mansões Park Way. O Suburbano desapareceu, mas em ambos os casos, o setor era uma parte da região administrativa do Núcleo Bandeirante.
Só mais recentemente, se tornou autônomo e com a autonomia o debate de que destino dar a nossa região.
A classificação de "bairro" que em Brasília virou sinônimo de Setor, foi feita ainda por Lúcio Costa que imaginiva que nesta região poderia existir uma condição mista - parte urbana, parte rural -, que preservasse as fontes de água aqui existentes e até funcionasse como abastecedor de hortigranjeiros de Brasília.
Quem mora há mais tempo em BRasília, vai se lembrar que a denominação que era dada aos lotes do Park Way era de chácara.

A grosso modo, creio que o Plano Piloto tem algo entre 350 e 450 mil moradores, não sei precisar o búmero, talvez se você fizer uma pesquisa no IBGE ou na Codeplan ache algo mais preciso.

Se decidirmos que o Park Way deve vir a ser um bairro, vários equipamentos obrigatórios em uma cidade seriam dispensados, tais como hospital regional, forum da justiça e os apetrechos que vem junto (sede regional do ministério público, cartório, etc). Quem sabe até um hospital regional, delegacia de polícia etc.

Tudo isso implicaria na desafetação de várias áreas, hoje verdes, para dar lugar a estes equipamentos públicos e com eles área pra estacionamento, novas vias, maiorvolumede trânsito e a freqüência de uma população não residente.Nadaimpede que venha acontecer por aqui, o que aconteceu no Lago Sul,na altura da QI 13, que de um dia para o outro,moradores ganharam em suas áreas verdes um quartel do Corpo de Bombeiros e uma Delegacia de Polícia.

Pessoalmente, defendo a idéia do bairro. Não creio que devamos galgar o status de cidade, pois por de trás dele vem um monte de coisa ruim, adensamento urbano, e nossas vias já não dão conta do trafego.

É uma idéia pessoal que não impede a instalação de equipamentos públicos que a população do Park Way venha julgar necessários, mas não torna esta instalação obrigatória, mesmo contra a vontade dos moradores.

Fica a sugestão e que o debate se aprofunde

Flavio Meira Penna disse...

Nem todas as propriedades do Park Way foram fracionadas, e só porque tem este direito não quer dizer que serão. Meu não será, meus dois vizinhos não serão, como de um monte de gente que eu conheço. Ano passado o numero estimado de moradores, por aqueles que querem um monte de outras propriedades que não residenciais, era de 20,000 aproximadamente. (...)

Sou contra comercio por aqui, meu pai é a favor, minha mão não sabe bem, minha irmã é contra e por ai vai. Mesmo assim aceito o que fosse democraticamente definido, SE existisse uma democracia real. Todas as reuniões que se tem para discutir o assunto, repentinamente surgem um monte de pessoas que não são proprietárias e muitas vezes sequer moram aqui. Como isso pode ser chamado de democracia?

Sabemos como isso funciona, e só pessoas ingênuas e alienadas ou desonestas fingem não saber.

Adoraria ter um comercio arrumado. Com toda certeza. Mas isso só funciona se tem fiscalização e novamente, só o ingênuo, alienado ou desonesto acredita em fiscalização de alguma coisa neste pais. Te darei apenas alguns exemplos, Dono de farmácia TEM que ter farmacêutico. Só que é mais barato levar a multa por não ter, do que o custo de ter. Puxadinho é proibido (exemplo o barzinho da esquina do Gilberto Salomão). Mas é mais barato pagar a multa ou o fiscal do que perder a clientela na área invadida. Podemos dar milhares de exemplos, pois o pais tem esta inigualável cultura de infringir leis e nada acontece.

Adoro um debate, mas apenas se for fundamentado em fatos reais, senão vira um bate boca eterno que não leva a nada.

Acima de tudo, adoro coisas seguindo a lei, e infelizmente estamos no pais em que isto certamente não funciona. É dos países em que o crime compensa, infringir leis compensa. Também compensa ir contra a lei e depois, com o tempo, isso vira fato consumado e direito adquirido. Infelizmente.

Um abraço

Flavio