sábado, 30 de abril de 2016

Buraco na camada de ozônio atinge níveis recordes para dezembro


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015


O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida atingiu em dezembro uma área de 10 milhões de km², mais do que o dobro da média do período, segundo um estudo realizado pela Universidade de Santiago do Chile e do Instituto Antártico Chileno (Inach).

A camada de ozônio é uma barreira gasosa situada entre 20 km e 50 km de altitude, que protege a Terra dos raios solares ultravioletas.

Os dados foram obtidos por uma missão científica que foi ao local e se juntam ao recorde estabelecido em outubro, quando o buraco chegou a 28 milhões de km² – o quarto maior desde que os dados de satélite começaram a ser recolhidos, informou um comunicado de imprensa do Inach.

As medições de dezembro foram lideradas pelos cientistas Raúl Cordero e Alessandro Damiani, que viajaram até a Estação Científica Polar Conjunta Glaciar Unión, em território antártico chileno, a cerca de 1.000 km do polo sul.

Baixas temperaturas – Os recordes deste ano “estão provavelmente relacionados às baixas temperaturas da estratosfera registradas nesta temporada e não constituem necessariamente uma mudança de tendência”, explicou Cordero no comunicado de imprensa.

A destruição da camada de ozônio é mais claramente manifestada em altas latitudes, particularmente na Antártica durante a primavera austral.

Depois de restrições internacionais tomadas para a emissão de substâncias que destroem ozônio, os cientistas esperam uma recuperação da camada de ozônio em meados deste século.

O Protocolo de Montreal, assinado em 1987, estabeleceu a proibição progressiva dos clorofluorocarbonos (CFC), sustâncias que furam a camada de ozônio.


Fonte: G1

Na América Central, árvores “andantes” se deslocam 20 metros a cada ano

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015


É difícil imaginar uma árvore se movendo sozinha de um lado para o outro. Mas, isso acontece de verdade.

É difícil imaginar uma árvore se movendo sozinha de um lado para o outro. Mas, por mais estranho que isso possa parecer, é possível e acontece de verdade. A Socratea exorrhiza é a espécie conhecida como “Palmeira Andante”. A cada ano essas árvores são capazes de se deslocar por até 20 metros.

Endêmica da floresta tropical, a palmeira é mais comum na América Central, mas ela chega até a bacia do rio Amazonas, já em território brasileiro. Apesar de ser única em seu hábito incomum, esse diferencial não é o bastante para garantir a sua preservação total.

No Brasil, as palmeiras andantes são muito usadas na confecção de bengalas, na construção civil e até na fabricação de pequenas embarcações. Na Costa Rica, as legislações ambientais proíbem totalmente o corte desta espécie, enquanto no Equador, mesmo com áreas de preservação, ela ainda sofre na mão dos desmatadores.

O deslocamento desta árvore chama a atenção de pesquisadores há anos. Algumas hipóteses sobre a evolução das espécies já foram colocadas em cheque, mas descartadas depois. O que se sabe é que elas mudam de lugar em busca de melhor solo e mais luz do sol.

A caminhada é lenta, mas constante. As árvores andam diariamente de dois a três centímetros. Em um ano elas podem chegar percorrer uma distância de até 20 metros. Isso acontece através das novas raízes, que vão crescendo a pequenas distâncias das antigas. Quando as raízes velhas apodrecem, todo o tronco é deslocado junto às raízes novas. Por mais surpreendente que isso possa ser, infelizmente essas árvores não conseguem se deslocar rápido o suficiente para fugir do desmatamento.

Fonte: Ciclo Vivo

Túnel do amor, na Ucrânia.

Tunnel of Love, Ukraine

A floresta das árvores sentadas.

Amigos, vejam essas arvores que engraçado!

Crooked Forest em Nowe Czarnowo, Polônia

Estudantes de biologia encontram animais em extinção em São José dos Campos, SP.

24/04/2016 15h19 - Atualizado em 24/04/2016 15h22


Pesquisas são feitas para aumentar a proteção de algumas espécies.
Ao todo foram encontrados 31 tipos de anfíbios e 16 de répteis.

Do G1 Vale do Paraíba e Região (*)
Sapinho pingo de ouro do parque Augusto Ruschi em São José dos Campos (Foto: Matheus Moroti/Divulgação)Sapinho pingo-de-ouro do parque Augusto Ruschi em São José (Foto: Matheus Moroti/Divulgação)
Dois estudantes de ciências biológicas estão fazendo um levantamento das espécies de animais encontrados no Parque Natural Municipal Augusto Ruschi (PNMAR) em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

O objetivo da pesquisa dos alunos é ter um conhecimento maior sobre os anfíbios e répteis que existem no parque, aumentando a proteção de algumas espécies em extinção que vivem na área de proteção ambiental.
Gato-do-mato-pequeno do parque Augusto Ruschi em São José dos Campos (Foto: Rodrigo Dela Rosa/Divulgação)Gato-do-mato-pequeno do parque Augusto Ruschi em São José (Foto: Rodrigo Dela Rosa/Divulgação)
 
O levantamento vem sendo feito desde maio de 2015 com encerramento no fim de 2016, e já foram registradas 31 espécies de anfíbios e outras 16 de répteis, no qual algumas espécies se encontram em risco de extinção, como é o caso do cágado da serra, gavião pega macaco, onça parda e jaguatirica, como são popularmente conhecidos.

“Quando o parque se chamava Horto Florestal e passou a ser Augusto Ruschi, se tornou uma área de proteção ambiental. Por isso, foi realizado um plano de manejo rápido, para se adaptar o parque às mudanças, e agora o plano que estamos realizando é a longo prazo, e por isso poderemos detalhar com precisão todos os tipos de espécies que lá existem”, afirmou o estudante de ciências biológicas Matheus Moroti.

A ideia de realizar as pesquisas surgiu durante as aulas da faculdade, quando os dois estudantes perceberam que o parque era uma extensa área ambiental, que não é conhecida por muitas pessoas e precisava ser mais bem explorada. As pesquisas serão usadas como trabaho para conclusão da faculdade e futuramente entregues ao parque.

“Conseguimos o apoio de ONGs e instituições e fomos desenvolvendo a nossa pesquisa. Durante o trabalho fomos encontrando diversas espécies, que não são tão fáceis de encontrar em qualquer ambiente de mata, como é o caso do papo-branco, a onça parda, o quati, entre tantos outros, que sofrem um pouco de pressão pela natureza”, disse o estudante.


Especialista
Os novos estudos possibilitarão o parque a abrir totalmente as portas para os visitantes, com construção de dormitórios para os cientistas e pesquisadores, além de sanitários e todas as adaptações necessárias para o público.
Cágado da serra do parque Augusto Ruschi em São José dos Campos (Foto: Matheus Moroti/Divulgação)Cágado da serra do parque Augusto Ruschi em São José (Foto: Matheus Moroti/Divulgação)
“Esse novo levantamento fará uma contagem total de toda fauna do parque, e a intenção é fazer em um período de até dois anos, adaptações para que todas as pessoas possam vir até a área sem agredir o meio ambiente e sua estrutura, coisa que antes não era possível” explicou Jeferson Rocha, o gestor da unidade de conservação.


Parque
O PNMAR é a primeira unidade de conservação ambiental de São José e abrange uma área de dois milhões de metros quadrados de mata atlântica preservada. Ele é localizado na Santa Cruz da Boa Vista, na zona norte da cidade. O agendamento para ida ao parque pode ser agendada pelo telefone 12 3909-4512, e outras informações estão no site da prefeitura.
Cobra-Verde do Parque Augusto Ruschi em São José dos Campos (Foto: Matheus Moroti/Divulgação)Cobra-Verde do Parque Augusto Ruschi em São José dos Campos (Foto: Matheus Moroti/Divulgação)

Parque Augusto Ruschi em São José dos Campos (Foto: Matheus Moroti/Divulgação)Parque Augusto Ruschi em São José dos Campos (Foto: Matheus Moroti/Divulgação)

Plano de negócios da Petrobras é suicídio

Quinta-feira, 28 de abril de 2016


OC alerta estatal contra risco de concentrar investimentos no pré-sal e desinvestir em biocombustíveis e diz que empresa precisa começar a preparar saída do petróleo.

Por Redação do Observatório do Clima –

SÃO PAULO, 27 DE ABRIL DE 2016 – A Petrobras está criando problemas para o próprio futuro ao focar seu plano de negócios na exploração do petróleo do pré-sal e ao se desfazer de ativos em energias renováveis e biocombustíveis. O risco foi apontado pelo Observatório do Clima em carta enviada nesta quarta-feira ao presidente e ao Conselho Diretor da estatal, que se reúnem amanhã (28) para reformular o estatuto da empresa.

Na visão do OC, a maneira como a Petrobras está buscando resolver seu problema de endividamento ao dobrar a aposta nos combustíveis fósseis equivale ao suicídio comercial, já que a economia e a política internacional começam a indicar que a era do óleo está com os dias contados. A empresa precisa, com urgência, planejar o futuro além do petróleo, e não há no momento sinais de que isso esteja acontecendo.

“O sino da morte para o petróleo tocou com a adoção do Acordo de Paris, que recebeu adesão recorde dos países e caminha para entrar em vigor antes mesmo do prazo oficial”, diz Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “Se a Petrobras não planejar desde já como deixará de ser uma empresa de óleo e gás para tornar-se uma empresa predominantemente de energia renovável, ela não sobreviverá no médio e longo prazo.”

As empresas de petróleo enfrentam desafios múltiplos. Primeiro, a queda no preço da commodity, que se soma a uma gradual desaceleração da demanda. O preço mais baixo, que não deve se alterar em muito tempo, tende a tornar economicamente inviáveis os chamados projetos “não-convencionais”, como as areias betuminosas do Canadá, o Ártico e o pré-sal, regiões cujo custo de extração varia entre US$ 40 e US$ 50 o barril. Embora a Petrobras diga que tem campos no cujos investimentos já foram amortizados, o que torna a extração viável, esse “colchão” deve durar cerca de três anos apenas – tempo insuficiente para acelerar a produção até os níveis de produção esperados pelo governo na década passada, quando o óleo na camada pré-sal foi descoberto.

Em cima disso há as restrições climáticas. Para evitar que o planeta sofra mudanças climáticas perigosas, o Acordo de Paris estabeleceu a meta de limitar o aquecimento global a “bem menos de 2oC”. E o único jeito de fazer isso é descarbonizar a economia global, em especial o setor de energia, antes do meio do século – deixando a maior parte dos combustíveis fósseis no subsolo. Esta não é uma recomendação de ambientalistas, e sim uma constatação da Agência Internacional de Energia.

O risco de que as reservas de combustíveis fósseis se tornem “ativos encalhados” tem feito fundos soberanos, de pensão e outros desinvestirem de empresas de carvão, óleo e gás. Os investimentos tendem a se concentrar nas energias renováveis, que não estão sujeitas a restrições governamentais e ainda podem remunerar os investidores com inovação tecnológica.

“O crescimento vertiginoso das renováveis, as restrições impostas pela necessidade de descarbonização e os preços em queda criam uma tempestade perfeita para o setor de óleo e gás”, afirma Rittl. “Empresas responsáveis precisam diversificar seu portfólio para reduzir a dependência de um ativo cada vez mais problemático e evitar prejuízos a seus acionistas. A Petrobras tem de fazer o mesmo com urgência, já que sua saúde financeira não interessa apenas a seus acionistas, mas a todo o povo brasileiro.”

Fonte: Envolverde

Pesquisadores norte-americanos criam bateria praticamente infinita

quarta-feira, 27 de abril de 2016


Mesmo após 200 mil ciclos, a bateria se manteve intacta, ao contrário das tradicionais, que duram até 7 mil ciclos.


Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia (UCI), EUA, descobriu uma maneira de criar baterias que podem ser recarregadas centenas de milhares de vezes. Os pesquisadores consideram que este é mais um passo em direção a uma bateria que nunca mais precise de substituição.

O trabalho de pesquisa desenvolvido dentro da UCI pode ajudar a desenvolver equipamentos eletrônicos com uma expectativa de vida útil muito maior. Os beneficiados por este novo tipo de bateria vão desde smartphones até naves espaciais.

Há muitos anos os cientistas fazem experiências utilizando nanofios em baterias. Milhares de vezes mais finos do que um fio de cabelo humano, eles são excelentes condutores, com uma grande área de armazenamento e transferência de elétrons. No entanto, eles também são altamente frágeis e sensíveis às recargas repetitivas. Em uma bateria tradicional de íon-lítio, por exemplo, eles se expandem facilmente e logo ganham rachaduras que comprometem o seu desempenho.

Ciente disso, a doutoranda Mya Le Thai trabalhava de maneira despretensiosa no laboratório, fazendo testes de revestimento com uma camada de gel. Ao recarregar a bateria por ciclos repetitivos, ela identificou que não havia deterioração alguma. A experiência continuou e, mesmo após 200 mil ciclos completos, a bateria se manteve intacta, ao contrário das tradicionais, que duram, no máximo, sete mil ciclos.

Conforme publicado na revista científica Phys.org, a combinação criada pelos pesquisadores é a seguinte: um nanofio de ouro é disposto em uma casca de dióxido de manganês e finalizada com um eletrólito de gel do tipo Pexiglas. Esta receita garante a resistência necessária para proteger os fios e garantir milhares de recargas.

De acordo com os cientistas, a explicação para isso deve-se ao fato de que o gel plastifica o óxido de metal da bateria, dando a eles flexibilidade e evitando as rachaduras que comprometem o desempenho.

Fonte: Ciclo Vivo

Cientistas descobrem grande recife de coral na foz do Rio Amazonas

Quarta-feira, 27 de abril de 2016


Cientistas descobriram um grande recife de coral sob a pluma do Rio Amazonas, onde o rio deságua no Atlântico e sua água se mistura com a água salgada do oceano entre a Guiana Francesa e o estado do Maranhão.

A descoberta foi liderada por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e publicada na semana passada na revista “Science Advances”.

Os pesquisadores já desconfiavam da possibilidade de haver recifes de coral nessa região por causa da coleta de peixes típicos de regiões de coral.

Em 2014, uma expedição organizada pelos pesquisadores brasileiros foi capaz de coletar exemplares e descrever a descoberta de um grande recife de colra de cerca de 9,5 mil km².

O achado foi uma surpresa, já que se considerava que as condições da região não eram propícias para o desenvolvimento de corais. A pluma do rio faz com que uma grande área do norte do Oceano Atlântico seja afetada em termos de salinidade, pH, penetração de luz e sedimentação, criando um hiato nos recifes do Atlântico.

Fonte: G1

Indústria dos combustíveis fósseis arrasa litoral do Espírito Santo

Segunda-feira, 25 de abril de 2016


Há décadas que o litoral do Espírito Santo vem sendo degradado pelos incontáveis projetos da indústria dos combustíveis fósseis – on e offshore – que eliminam a biodiversidade e impactam severamente o povo capixaba, especialmente pescadores, povos indígenas e comunidades tradicionais.


O Estaleiro Jurong Aracruz está localizado bem no centro dos problemas ambientais e sociais da região. Sem uma ampla consulta às populações impactadas, o estaleiro foi construído em Barra do Riacho no município de Aracruz sobre uma região que abriga o mais importante banco de corais do Atlântico Sul causando a extinção de espécies que só viviam ali. Após Jurong Aracruz foi decretado o extermínio de uma espécie de cavalo marinho (Hippocampus reidi) e da estrela-do-mar (Oreaster reticulatus), esta última integrante da lista vermelha dos animais em extinção.

Para pedir o fim deste legado de destruição que se repete em várias regiões do Brasil e praticamente todos os países, milhões de pessoas no mundo se mobilizam para dizer NÃO à indústria dos combustíveis fósseis. Entre 2 e 15 de maio acontecerá o movimento global ‘LIBERTE-SE DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS’ (Break Free 2016) que pretende chamar a atenção para as mudanças climáticas causadas ao meio ambiente e às populações pela queima de carvão, gás e petróleo.

O movimento global LIBERTE-SE defende a permanência do hidrocarboneto no subsolo e prevê no mesmo período ações pacíficas em vários países pedindo o desinvestimento em fósseis como única alternativa para conter as mudanças climáticas. No Brasil, as ações estão sendo conduzidas pela 350.org Brasil em parceria com a COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil e pela Sustentabilidade – Fundação Cooperlivre Arayara, Rede Paraense Evangélica de Ação Social, Fórum Ceará no Clima, Cáritas Brasileira Regional Paraná e diversas entidades e organizações brasileiras. Para saber mais detalhes e como participar basta acessar http://liberte-se.org/ .

Vamos mudar essa história

Suja, perversa e injusta em sua essência, a indústria petrolífera e suas similares estão com os dias contados para dar lugar a um novo sistema de produção de energia 100% limpa, sustentável e com justiça climática. Para conter o aumento do aquecimento global, temos que deixar os fósseis no solo e partir para as renováveis como solar, eólica, hídrica e de biomassa.

Para a diretora da 350.org Brasil e América Latina, Nicole Figueiredo de Oliveira, o Jurong Aracruz é emblemático por representar o modus operandi da indústria do hidrocarboneto: Impositiva, injusta e predadora. “Somente com investimentos em energias renováveis vamos mudar essa história”.

O estaleiro é responsável por fornecer plataformas marítimas para que a Petrobras continue a explorar combustíveis fósseis. A mesma Petrobras que instala plataformas em alto mar que servem de abrigo aos cardumes de peixes e os deixam fora do alcance dos pescadores artesanais. Estes são proibidos de chegar a menos de 500 metros das chamadas de áreas de exclusão. Bem em frente ao estaleiro, passa o polêmico gasoduto da Transpetro, que também corta as áreas indígenas.

“O absurdo maior é que foi ele construído contrariando todos os pareceres técnico-ambientais, além de não cumprir as dezenas de condicionantes ambientais relevantes para evitar os impactos socioambientais, e mesmo assim obteve a Licença de Operação”, destaca o Eng Dr. Juliano Bueno de Araujo, fundador da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil e pela Sustentabilidade – e coordenador de Campanhas Climáticas da 350.org.

Lama da Samarco/BHP/Vale

Após décadas de violência do Estado e da indústria dos combustíveis fósseis, a população do Espírito Santo ainda tenta assimilar os impactos da lama da Samarco/BHP/Vale, que viajou de Mariana (MG) até chegar à foz do Rio Doce.

“Não bastasse tanta opressão da indústria petrolífera, o povo capixaba não se conforma com mais esta devastação de seu litoral e teme pelo futuro”, alerta Luiz Afonso Rosário, coordenador para povos e comunidades tradicionais da 350.org Brasil.

No caso da construção do estaleiro Jurong Aracruz, Luiz Afonso diz que “é impossível saber exatamente quantos sítios arqueológicos foram cimentados pelas estruturas do estaleiro, vizinho ao território indígena homologado dos Tupinikim, portanto, impactado diretamente e nem sequer fizeram o Estudo Indígena no licenciamento”, ressalta.

O coordenador para povos e comunidades tradicionais afirma ainda que a área onde foi construído Jurong Aracruz é território de pesca tradicional dos pescadores da região, contendo cascalho e lama no fundo, próprio para a pesca do camarão 7 barbas, entre outras inúmeras espécies comerciais. “No processo de dragagem, houve a remoção do fundo e turbidez, afugentando espécies de captura durante o período de 3 anos, sem qualquer tipo de compensação aos pescadores e indígenas”, lembra.

Por ser uma obra de grande porte, centenas de funcionários foram contratados, pressionando a região, principalmente nos finais de semana e feriados, resultando em invasões do território indígenas, pesca e caça clandestinas, aumentando a drogadição e incentivando à prostituição, bem como consumo de bebidas e aumento de pequenos crimes e delitos. “Quando a obra acabar teremos como legado uma verdadeira tragédia. Temos que parar agora”, alerta Luiz Afonso.

Fonte: EcoDebate

Produtores rurais e seus familiares estão sujeitos a alterações respiratórias pela exposição a agrotóxicos


Publicado em abril 29, 2016 por

O município de São José de Ubá, no noroeste do Estado do Rio de Janeiro, tem cerca de 7 mil habitantes, a maioria na área rural. A economia da cidade é baseada na agricultura familiar, principalmente no plantio de tomates, com uso excessivo de agrotóxicos e parte da sua produção é comercializada com outros estados, inclusive São Paulo. A ocorrência de sintomas respiratórios e alterações da função respiratória em trabalhadores rurais e familiares expostos a agrotóxicos foi constatada em pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, realizada por Rafael Junqueira Buralli.
Em de São José de Ubá (RJ), plantio de tomates tem uso excessivo de agrotóxicos


“O cenário natural montanhoso da região favorece a mobilização dos agrotóxicos aplicados nas plantações, contaminando o solo do entorno da cultura e águas superficiais e subterrâneas”, conta Buralli. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 14,2% das residências daquela cidade têm condições de saneamento básico adequadas. O estudo apurou que grande parte da população está exposta aos agrotóxicos desde a tenra idade, seja por morar próximo das áreas de plantio, trabalhando diretamente, ou mesmo ajudando seus familiares. “No grupo dos produtores rurais, a maioria era do sexo masculino e afirmou trabalhar com agrotóxicos por várias horas por dia, principalmente no período da safra. A maioria dos familiares era do sexo feminino”. Foram avaliadas 82 pessoas (48 trabalhadores rurais e 34 familiares). Entre os trabalhadores rurais, 81,3% afirmaram ter contato com agrotóxicos no momento da pesquisa, sendo que 77,1% dos produtores e 94,1% dos familiares afirmaram estar expostos domesticamente aos agrotóxicos.


A maioria dos produtores e familiares era casada, com renda familiar de até dois salários mínimos, meeiros ou arrendatários de pequenas áreas, com baixa escolaridade e nunca recebeu treinamento ou orientações para manipular agrotóxicos. No momento da avaliação, na safra de 2014, 66% das pessoas apresentaram algum sintoma respiratório. Os mais comumente relatados foram crise de tosse (40,0%), rinite (30,7%), sensação de aperto no peito (24,0%), sensação de falta de ar (17,3%) e chiado no peito (13,3%). “Quanto às alterações da função pulmonar, 20% dos produtores e 22,2% dos familiares apresentaram algum distúrbio respiratório”, aponta o pesquisador. “Após análises estatísticas, as alterações respiratórias se mostraram significativamente associadas ao fato de a pessoa ser produtor, manipular agrotóxicos regularmente e da quantidade de horas trabalhadas por dia”.
De acordo com bases de dados oficiais de morbidade e mortalidade, as principais causas de morte entre 2004 e 2010 em São José de Ubá, foram as doenças do aparelho circulatório, do aparelho respiratório, neoplasias, causas externas, transtornos mentais e comportamentais, doenças do sistema digestório, disfunções endócrinas, metabólicas. “Quanto ao câncer, as neoplasias mais frequentes com o desfecho óbito do paciente foram as de pulmões, estômago e laringe”, observa Buralli.



Internações
Quanto às internações hospitalares no município, entre janeiro de 2008 e agosto de 2015, as causas mais comuns foram as doenças do aparelho circulatório, respiratório, genitourinário e digestivo, neoplasias e transtornos mentais e comportamentais. “Todas essas doenças já foram associadas à exposição aos agrotóxicos em outros estudos e podem estar relacionadas também em SJU”, destaca o pesquisador.


Segundo Buralli, a primeira providência a ser tomada para contornar o problema seria melhorar o apoio técnico e atenção à saúde das pessoas que manipulam esses químicos, fornecendo treinamento para lidar com esses produtos e organizando o sistema de saúde para atender as necessidades específicas das populações expostas, tanto na prevenção ou tratamento de doenças relacionadas à exposição aos agrotóxicos. “Na cidade, não há um banco de dados contendo registros de morbidade e mortalidade por causas ocupacionais, nem programa específico de vigilância, promoção de saúde, prevenção e redução de danos à saúde das populações expostas”, ressalta.


De acordo com o pesquisador, a segunda providência seria a implantação de políticas públicas mais restritivas quanto à comercialização e consumo de produtos agrotóxicos. “Hoje, o Brasil é líder mundial no consumo de agrotóxicos e comercializa diversas substâncias proibidas no mundo inteiro”, alerta. “Os efeitos disso não são sentidos somente pelas famílias rurais, mas também pela população em geral, que vive próximo a áreas de plantio ou consome produtos envenenados”.


A orientadora do estudo, descrito em dissertação de mestrado, foi a professora Helena Ribeiro, do Departamento de Saúde Ambiental da FSP. O trabalho, no entanto, é parte de um projeto de avaliação de risco à saúde humana por exposição a metais e agrotóxicos em São José de Ubá, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordenado pelo professor Jean Remy Daveé Guimarães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além da FSP e da UFRJ, também colaboraram pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO) e Universidade de Brasília (UnB).

Foto: Wikimedia Commons
Por Júlio Bernardes, da Agência USP de Notícias, in EcoDebate, 29/04/2016

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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Quem nos pediu licença?

Segunda-feira, 25 de abril de 2016


Se achamos que o que ocorreu em Mariana chocou o Brasil e o ambiente e a população local, Belo Monte está a mesma altura de desastres social, cultural e ambiental.


Por Rafaela Brito, da Plurale –

Licença ambiental, segundo a resolução n.237/1997 do CONAMA, é o ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

De acordo com a tese defendida pelo professor Machado (2010, p.288) as licenças só podem ser criadas por lei, ou a lei deverá prever a sua instituição por outro meio infralegal. O decreto do Presidente da República, do Governador do Estado ou do Prefeito Municipal, somente poderá criar uma licença ambiental se lei anterior expressamente cometer-lhe esta tarefa.

O art. 3º da Resolução CONAMA nº. 237, de 19 de dezembro de 1997, afirma que, acerca das regras relativas ao procedimento de licenciamento ambiental previstas, a concessão de licença ambiental a empreendimentos considerados causadores de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual se dará publicidade, garantida a realização de audiências públicas.

É neste contexto que entra o processo de expedição das licenças de instalação e operação da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, instalada na bacia do Rio Xingu, no Pará. A capacidade mínima instalada é de 11.233,1 MW – a terceira maior do mundo, depois da usina de Três Gargantas, no Rio Yangtzé, na China, com 22,5 mil MW de potência, e da binacional Itaipu, localizada no Rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai, com capacidade para gerar 14 mil MW. A UHE de Belo Monte já está sendo considerada a maior usina exclusivamente brasileira e a segunda maior da América Latina.

Várias audiências públicas foram realizadas ao longo desse processo, movimentos sociais, tribos indígenas, pescadores, pequenos agricultores, população local, quilombolas, extrativistas, empreendedores, Ministério Público, Defensoria Pública, parlamentares, discutiram a temática, cada um defendendo o seu posicionamento, mostrando e provando o porquê de ainda não ser o momento pertinente da emissão das licenças. Parece, contudo, que o IBAMA, responsável pelo licenciamento de grandes projetos de infraestrutura que envolvem impactos significativos de obras públicas potencialmente poluidoras de relevante interesse social, relegou a mais do que segundo plano as discussões, as recomendações, as ações judiciais e os pareceres técnicos.

São apontados impactos (alguns irreversíveis) ao ambiente e à população local, como diminuição e extinção de espécies de peixes, redução da renda dos pescadores, consequentemente, migração para outras localidades, gerando uma relocação populacional, alagamentos, ameaça à biodiversidade e aos valores etnoculturais, supressão vegetal inadequada, em que restos de madeiras serão cobertos pelo alagamento, por não ter sido feita a limpeza adequada.

Em 2011, a licença de instalação foi emitida, apesar de a Norte Energia enfrentar dificuldades para cumprir as condicionantes, isto é, as medidas de mitigação de impactos, já previstas pela licença prévia, concedida pelo Ibama em 2010. Em 2015, solicitou ao Ibama autorização para encher o reservatório da usina, por meio da licença de operação, última etapa do processo de licenciamento ambiental da obra, a qual foi atendida.

Será que todo este processo participativo enérgico das partes envolvidas foi em vão? Será que o parecer técnico no qual foram elencadas pendências relacionadas aos Planos, Programa e Projetos constantes do Projeto Básico Ambiental – PBA, para as quais foram tecidas recomendações que deverão ser atendidas pela Norte Energia, continuará somente como um parecer a não ser seguido? Será que os Programas e Projetos que devem ser implementados, 6 com necessidade de ajustes e/ou adequação e 12 com pendências (sendo 10 classificadas como impeditivos para emissão de licença de operação) continuarão em descompasso aos relatórios, recomendações e decisões judiciais? Será que de setembro a novembro de 2015 a Norte Energia conseguiu se adequar tão rapidamente para que fosse “contemplada” com a permissão de encher o reservatório? Será que o ofício da FUNAI encaminhado ao IBAMA comunicando que um termo de cooperação para o cumprimento de exigências não atendidas foi assinado com a Norte Energia surtirá algum efeito positivo?

Dos “serás e serás”, as incertezas dos cumprimentos das condicionantes tanto do Plano Básico Ambiental quanto do Componente Indígena serão incógnitas. Realmente não nos pediram licença para inundar, alagar, despovoar nem para executar um adequado controle socioambiental. Se achamos que o que ocorreu em Mariana chocou o Brasil e o ambiente e a população local, Belo Monte está a mesma altura de desastres social, cultural e ambiental. Como diz a canção “será, que será? O que não tem certeza nem nunca terá, o que não tem conserto nem nunca terá, o que não tem tamanho”. Esqueceram, definitivamente, de nos pedir licença. (Plurale/ #Envolverde)

* Rafaela Brito é Bacharela em Direito com Habilitação em Direito Agrário e Direito Ambiental pela Universidade da Amazônia – UNAMA- Belém. Advogada, em Fortaleza e em Brasília, atuante no direito e nas relações internacionais. Membro da comissão de Direito Ambiental da OAB-CE.
 
Membro da comissão de Direito Internacional da OAB-CE. Mestranda em Estudos Ambientais pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales- UCES-Buenos Aires, Argentina. Especialista em Direito Ambiental pela Faculdade Internacional de Curitiba- FACINTER. Especialista em Direito Internacional pela Universidade de Fortaleza- UNIFOR. Sócia do escritório jurídico Carvalho, Moreira & Brito Advogados Associados. Membro efetivo do grupo de Comunhão e Direito (Comunione e Diritto), ligado ao Movimento dos Focolares. Estudos e palestras realizados na Alemanha, Argentina, Espanha, Irlanda, Itália e Reino Unido.

Fonte: Envolverde

Cachorro resgatado passa por incrível transformação em Caruaru (PE)

Superação


28 de abril de 2016 às 11:24

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Divulgação
Um cachorro resgatado pela Gerência de Proteção Animal de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, passou por uma incrível transformação. O cão foi encontrado no Alto do Moura. Ele estava debilitado, sem pelos e com vários problemas de saúde. Após passar por dois meses de tratamento, os pelos voltaram a crescer e os problemas de saúde foram vencidos.

De acordo com Fagner Fernandes, gerente de proteção animal, é gratificante ver que o tratamento funcionou e ele foi salvo.

“Recebemos o pedido dos moradores e fomos resgatar o animal. O estado dele era muito triste, mas conseguimos tratá-lo com cuidados especiais e ele agora precisa de alguém que queira adotá-lo”.

Ainda segundo o gerente, o número de abandonos é crescente em Caruaru e os animais ficam expostos a doenças e com a vida em risco. “Precisamos e muito do apoio da população, tanto para fiscalizar e denunciar quanto para adotar”, explicou. Para adotar o cachorro, é só entrar em contato com a gerência.

Fonte: Notícias 10

Los Angeles trabalha para erradicar a morte induzida em abrigos de animais

CONTEÚDO ANDA


28 de abril de 2016 às 23:20

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Reprodução/Allen J. Schaben / Los Angeles Times
Reprodução/Allen J. Schaben / Los Angeles Times

Oficiais do Serviço de Animais de Los Angeles afirmam que estão cada vez mais perto de transformar abrigos de animais em áreas ‘’sem morte’’, já que as taxas de morte induzida em cachorros e gatos diminuíram na cidade e os abrigos aumentaram.

Segundo os últimos dados do Serviço de Animais, o número de mortes induzidas realizadas em abrigos de animais caiu de 8.240, de julho a março, nos anos de 2014 e 2015 para 6214 durante o mesmo período entre os anos de 2015 e 2016, informa o Los Angeles Times.

A diminuição ocorreu devido à parceria da cidade com a Sociedade de Melhores Amigos dos Animais, uma organização responsável pela iniciativa “Sem mortes” em Los Angeles, e que trabalha em conjunto com organizações de bem-estar animal no resgate e adoção de animais domésticos.


“O objetivo é transformar a cidade e evitar as mortes de animais, o que significa que 90% dos cães e gatos que precisam de acolhimento serão beneficiados”, disse a porta-voz da agência Sara Ebrahimi.


As autoridades esperam que Los Angeles atinja esse objetivo até 2017, tornando-se “a maior cidade do país a alcançar o cobiçado status para animais domésticos”, disse ela.

Em 2015, a coalizão “Sem mortes” encontrou novos lares para cerca de 27 mil cães e gatos, adicionou Ebrahimi.

Chimpanzés resgatados de exploração em laboratórios estão seriamente doentes

CONTEÚDO ANDA


29 de abril de 2016 às 6:00

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Reprodução/Gerald Herbert/AP
Reprodução/Gerald Herbert/AP

Há três anos, os institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos anunciaram que centenas de chimpanzés usados para experimentos médicos seriam transferidos para um santuário em Louisiana.

Em 2015, foi publicado que a última colônia remanescente de 50 chimpanzés também ganharia a liberdade.

Mas o processo de transferência dos animais de três laboratórios de pesquisa no Novo México e Texas – onde alguns foram deliberadamente infectados com hepatite e outras doenças – tem sido lento. Apenas sete chimpanzés chegaram ao santuário Chimp Haven Federal Chimpanzee Retirement em 2015, relatou Fears Darryl do The Washington Post.

Um novo relatório da Contabilidade Pública dos Estados Unidos revelou que 382 dos 561 chimpanzés do NIH permaneceram nos laboratórios desde janeiro. O documento responsabiliza o NIH por não ter “desenvolvido ou comunicado um plano de implementação clara” para movê-los para o santuário, onde 179 chimpanzés usados em pesquisas vivem hoje.

O relatório também incluiu detalhes sobre as condições de saúde e de vida dos chimpanzés. Não é nenhum segredo que as pesquisas do NIH deixaram os animais doentes, mas os números revelam a verdadeira extensão dos danos.

O documento informa que 154 dos chimpanzés (27%) estão infectados com HIV ou algum tipo de hepatite, 261 (38%) tem alguma outra doença crônica não especificada e 144 animais já são idosos. Além disso, os chimpanzés são segregados por estado de infecção e por gênero.

Atualmente, o santuário tem capacidade para abrigar 229 chimpanzés e arrecada dinheiro para uma expansão que lhe permitiria acolher de 100 a 150 chimpanzés adicionais.

Nota da Redação: Depois de tantos anos de exploração cruel nos laboratórios, os chimpanzés libertados ainda têm que conviver com sequelas debilitantes que os afetarão pelo resto de suas vidas. As autoridades falam em animais “aposentados”, como se uma vida inteira de tortura, exposição a doenças infecciosas, confinamento de violência pudesse ser superada em alguns anos vivendo em um santuário. Infelizmente, parece ser tarde demais para esses chimpanzés – mais uma razão para avançar na luta contra a vivisecção. 

Aves marinhas voltam para a natureza após reabilitação em Santa Catarina


Trabalho é parte do projeto de monitoramento de parte do litoral brasileiro. Mais de 100 animais foram atendidos de janeiro a março deste ano.
Sete aves marinhas resgatadas em praias do litoral catarinense foram devolvidas à natureza nesta semana. A iniciativa faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que resgata, reabilita e reintroduz animais marinhos à natureza.


Das sete aves reabilitadas e soltas na última segunda-feira (25), cinco eram gaivotas e as outras duas eram uma fragata e um atobá (veja nos vídeos os momentos das solturas). A veterinária responsável pelo tratamento delas, Samira Costa da Silva, diz que não é possível afirmar o que aconteceu com cada uma, mas que intoxicação alimentar é o caso mais comum nos atendimentos às gaivotas.

“Essas aves marinhas possuem uma dieta variada oportunista, e costumam comer todos os restos de comida que ficam nas praias“, explica Samira. A maioria das fragatas atendidas, por exemplo, apresenta quadro de hipotermia. Também são comuns casos em que as aves tenham engolido um anzol, ou tenham sofrido fraturas.


Monitoramento
Em Santa Catarina, o trabalho consiste basicamente em monitorar diariamente toda a faixa litorânea do estado. Animais como aves, tartarugas e mamíferos debilitados são resgatados e encaminhados para tratamento no centro de reabilitação baseado no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis.


Animais mortos também são recolhidos e passam por necropsia para que a causa da morte seja analisada. Só de janeiro a março deste ano, mais de 100 aves marinhas vivas foram resgatadas e devidamente tratadas. Cada ave solta recebe uma anilha de identificação, o que garante que o trabalho seja monitorado mesmo à distância.

SC aves marinhas naturezaUma ave da espécie atobá também foi solta de volta ao seu habitat. (Foto: R3 Animal/Divulgação)
A coordenação desta primeira fase do projeto de monitoramento é realizada pela Universidade do Vale (Univali) em parceria com outras instituições.

Nesta fase a área do pré-sal que envolve a faixa litorânea entre Ubatuba, em São Paulo, e Laguna, no Sul de Santa Catarina, é diariamente monitorada por uma equipe de aproximadamente 300 profissionais.

Em Santa Catarina, a reabilitação de animais é feita pela R3 Animal, baseada em Florianópolis. O programa como um todo acontece graças a uma exigência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que quer avaliar os impactos da exploração do pré-sal na fauna da região da Baía de Santos.

"Antes fazíamos reabilitação de animais trazidos apenas pela população ou pela Polícia Ambiental. Com este trabalho de monitoramento, com equipes diariamente nas praias, o número de animais resgatados e salvos é muito maior", explica Cristiane Kolesnikovas, presidente da R3 Animal, organização responsável pelo tratamento destes animais.

"Não é possível afirmar se estes animais sofreram maus-tratos, mas há suspeitas", diz Cristiane. O tempo de reabilitação depende do quadro clínico de cada animal, podendo levar dias e até mesmo meses.

Fonte: G1

Mais de 30 leões são resgatados de circos no Peru e na Colômbia


Seu destino, o mato Africano em "Emoya Big Cat Sanctuary", África do Sul.
Peru Colombia leoes resgatadosFoto: Vídeo Imagem
Trinta e três leões foram resgatados de 24 de circos no Peru e nove da Colômbia, por uma unidade internacional defensora de animais. Os animais voltarão para sua terra natal depois de ambos os países proibirem o uso de animais selvagens em circos.

Os animais serão encaminhados para um parque na África do Sul.Uma campanha online feita pela ONG GreaterGood.com levantou a metade da passagem aérea e ainda estão à espera de arrecadar o restante na próxima semana.

Mais de 100 animais foram resgatados. Ursos, macacos, pássaros e outros animais selvagens nativos foram realocados para santuários no Peru e um tigre foi levado para a Flórida.

As autoridades peruanas estão cumprindo à risca a proibição de animais selvagens em cativeiro e do tráfico ilegal de animais silvestres.

Fonte: Notícias ao Minuto / mantida a grafia lusitana original

Vídeo: TERRÁQUEOS - Documentário Completo e sem cortes"- Realidade escabrosa sobre maus tratos a animais.

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O Homem que Plantava Árvores. Em Francês e legendado em Português. (Emocionante)

28 de abril de 2016

https://youtu.be/Klx8UBMRrMA

Texto original do rodapé desse vídeo:
Esta animação delicada e única, vencedora do OSCAR® de filme curto de animação, é um tributo ao trabalho árduo e à paciência.

Conta a história de um homem bom e simples, um pastor que, em total sintonia com a natureza, faz crescer uma floresta onde antes era uma região árida e inóspita. As sementes por ele plantadas representam a esperança de que podemos deixar pra trás um mundo mais belo e promissor do que aquele que herdamos.


DUBLADO EM PORTUGUÊS:

 
https://youtu.be/tm7pyy1oWYU


FONTE DO TEXTO ORIGINAL ANEXO AO VÍDEO:  

O homem que plantava árvores ( "L'homme qui plantait des arbres", de 1987), vencedor do Oscar de Melhor Animação de 1988. Baseado em um conto do romancista francês Jean Giono, de 1953, e dirigido por Fréderic Back, o desenho conta a história de Elzéard Bouffier, um pastor de ovelhas silencioso e persistente.

Bouffier trabalha e vive em silêncio. Sabe o que tem que fazer e faz, sem aguardar recompensa, sem nenhuma publicidade. O seu público é unicamente o testemunho do viajante narrador que, mesmo assim, troca apenas umas poucas palavras com ele durante suas visitas.

Bouffier dedicou sua vida ao plantio de milhões de árvores, durante mais de 30 anos, em uma grande área dos Alpes franceses, na região de Provença. Seu trabalho silencioso não só deu origem a matas e florestas onde havia um deserto, como modificou toda a paisagem humana da região, trazendo paz e alegria onde antes havia dor, rancor e sofrimento.




Alemanha vai subsidiar a compra de automóveis elétricos

Ambiente Ondas3

sexta-feira, 29 de abril de 2016


  • A Alemanha vai subsidiar a compra de automóveis elétricos. O orçamento deste projeto é de 1 bilião de euros. The Guardian.
  • Marrocos pode estar à beira de uma nova vaga de protestos e conflitos idênticos à da Primavera Árabe. Tudo por causa dos impactos provocados por uma seca prolongada. OZY.
  • Índios das tribos Guarani e Kaiowá, em Mato Grosso, acusam fazendeiros de usar aviões para pulverizar aldeias e reservatórios de água com pesticidas. A denúncia foi formalizada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em diversos órgãos federais, incluindo a Polícia Federal. GGN.
  • O desmoronamento de uma lixeira matou 3 pessoas na cidade de Guatemala. The Guardian.
  • Os banhistas poderão em breve saber em tempo real se a água da praia está suficientemente limpa para nadar, graças a uma nova tecnologia desenvolvida pelo Michigan State University College of Engineering e da U.S. Geological Survey. Science Daily.
  • Mianmar proibiu o abate massivo de floresta. Durante cerca de 50 anos, o abate das florestas do país ajudou a financiar a ditadura. Reuters.

Categorias de Unidades de Conservação no SNUC.

artigo

artigo de Antonio Silvio Hendges


[EcoDebate] O Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC está instituído pela Lei 9.985/2000 e regulamenta o artigo 225, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal que estabeleceu o meio ambiente ecologicamente equilibrado como um direito básico da cidadania e aos poderes públicos a obrigação de preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais, o manejo ecológico das espécies e ecossistemas, o patrimônio genético, os espaços territoriais e a proteção da flora e fauna. As Unidades de Conservação são o “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, com regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”. Lei 9.985/2000, artigo 2º, inciso I.


As Unidades de Conservação estão divididas em dois grupos com características específicas:


I – Unidades de Proteção Integral, com o objetivo de preservar a natureza, admitindo-se somente o uso indireto de seus recursos naturais;
II – Unidades de Uso Sustentável, com o objetivo de compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos seus recursos naturais.


As Unidades de Proteção Integral são as I) estações ecológicas; II) reservas biológicas; III) parques nacionais; IV) monumentos naturais e V) refúgios da vida silvestre. Todas estas unidades possuem objetivos bem definidos, sendo as três primeiras de posse e domínio público. As duas últimas podem estar localizadas em áreas particulares desde que adequadas ao plano de manejo, normas e restrições estabelecidas pelos órgãos administrativos responsáveis.


As Unidades de Uso Sustentável são as I) áreas de proteção ambiental; II) áreas de relevante interesse ecológico; III) florestas nacionais; IV) reservas extrativistas; V) reservas da fauna; VI) reservas de desenvolvimento sustentáveis e VII) reservas particulares do patrimônio natural. Estas unidades possuem características específicas e objetivos de acordo com suas capacidades de uso, desde que não alterem estas características.


Podem ser áreas públicas ou particulares, áreas de posse e domínio público ou áreas de domínio público com uso concedido e seus usos estão sujeitos às regras e limitações estabelecidas, porém são unidades em que são desenvolvidas e incentivadas atividades e objetivos diversos como a proteção da flora e fauna locais ou regionais, conservação da diversidade biológica, preservação de culturas tradicionais, extrativismo, turismo e recreação, pesquisas e atividades educacionais.


Nos próximos artigos estão detalhadas as características básicas das diversas categorias previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC (Lei 9985/2000).


Antonio Silvio Hendges – Articulista no EcoDebate, Professor de Biologia, Pós Graduação em Auditorias Ambientais, consultor em educação ambiental, resíduos sólidos e sustentabilidade – www.cenatecbrasil.blogspot.com.br

in EcoDebate, 29/04/2016
"Categorias de Unidades de Conservação no SNUC, artigo de Antonio Silvio Hendges," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 29/04/2016, https://www.ecodebate.com.br/2016/04/29/categorias-de-unidades-de-conservacao-no-snuc-artigo-de-antonio-silvio-hendges/.

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Espantoso...



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Dilma vai (foi) para a assinatura do Acordo de Paris sem que País tenha feito a lição de casa



Marcio Santilli

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff estará em Nova York, nesta sexta (22/4), para participar da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na ONU. Porém, não terá como garantir a ratificação do acordo pelo Congresso Nacional ou uma agenda definida de providências para sinalizar o cumprimento, pelo País, das metas de redução das suas emissões de gases estufa assumidas - as NDCs brasileiras.


A principal motivação da presidente é utilizar a visibilidade política global da cerimônia para denunciar o processo de impeachment que tramita contra ela no Congresso Nacional, que ela considera um golpe de estado. A cobertura da imprensa internacional sobre a crise brasileira, ao ressaltar a fragilidade moral dos congressistas que julgam a presidente, animou-a a comparecer ao evento do ONU. Paradoxalmente, o vice presidente Michel Temer, que Dilma Rousseff aponta como principal articulador do golpe, assumirá o cargo na ausência dela e o entregará de volta quando do seu retorno.


No entanto, são muitas as incertezas sobre a postura do País frente à crise climática global tendo em vista o agravamento da sua crise interna que, por enquanto, não tem um horizonte claro de solução. Ao mesmo tempo em que se acirra a disputa pelo poder, as propostas de solução para a crise econômica que as forças políticas apresentam são muito semelhantes e insistem em priorizar investimentos em obras de infraestrutura, o que tende a repor os altos níveis de corrupção que contribuíram decisivamente para a própria eclosão da crise.


Por exemplo, documentos programáticos recém divulgados pelo PMDB - partido do vice presidente - não fazem qualquer referência ao Acordo de Paris ou às metas brasileiras de redução de emissões, enquanto propõem medidas para o aquecimento da economia que deverão contribuir para o aumento do desmatamento e das emissões em geral. Enquanto isso, deputados que integram a base de apoio a Michel Temer, aprovam a prorrogação do prazo para a inscrição de propriedades no Cadastro Ambiental Rural, postergando a aplicação da legislação florestal e um controle mais efetivo sobre o desmatamento ilegal.

Congresso continua a pressão por retrocessos na legislação ambiental

Organizações brasileiras, entre elas o ISA, alertam que o Congresso Nacional brasileiro está se aproveitando da crise política para tentar aprovar propostas que vão contra os compromissos assumidos pelo País no âmbito do acordo. Desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff, parlamentares pressionam por retrocessos na legislação que protege o meio ambiente, os direitos humanos e das minorias em geral.

O governo Dilma acolheu várias dessas pressões e paralisou a demarcação de Terras Indígenas e de Unidades de Conservação, além de fragilizar o licenciamento ambiental - permitindo a instalação de grandes obras sem o cumprimento de condicionantes ambientais - e o controle do desmatamento.


Porém, com o posicionamento desses parlamentares em favor do seu impeachment, a presidente liberou a edição de portarias e de decretos engavetados há anos, viabilizando a identificação e demarcação de Terras Indígenas, além da desapropriação de terras para a reforma agrária e para a titulação de quilombos.

Terras Indígenas e Unidades de Conservação têm enorme importância para conservar a cobertura florestal da Amazônia e para deter a expansão da fronteira agrícola sobre regiões sensíveis, contendo também o desmatamento e as emissões florestais. A recente edição de portarias pela Funai e pelo Ministério da Justiça, reconhecendo Terras Indígenas, acabou se constituindo, por linhas tortas, no item mais relevante da bagagem presidencial.

Garanta o futuro de seus filhos.Crie uma reserva particular de patrimônio natural


Imagens fortes.Homem atacado BRUTALMENTE por um bebê foca.

https://www.facebook.com/tierrabellalarevista/videos/487461144777032/


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