A conclusão baseia-se em
resultados de medições e experiências desenvolvidas na expedição
Malaspina, que mostrou que a cada mês chegam aos oceanos quatro vezes
mais poluentes do que os derramados no acidente da BP no Golfo do
México.
16 de Maio, 2016 - 16:48h
Foto de XPRIZE Foundation/Flickr.
Os
poluentes que resultam de queimar combustíveis fósseis, de incêndios,
de derrames de petróleo e outras fontes naturais e antropogénicas são
transportados das massas continentais para o oceano através da
atmosfera. Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa do Estado
espanhol fizeram uma expedição, chamada Malaspina, que revelou a
importância de conhecer as dinâmicas dos contaminantes para perceber os
seus efeitos nos ecossistemas oceânicos e no ciclo global do carbono.
O estudo, publicado na revista Nature Geoscience, revela que mensalmente chegam aos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico 90 mil toneladas de hidrocarbonetos poluentes, vindos da atmosfera. Esse valor é quatro vezes superior ao volume derramado no acidente de 2010 na plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México, considerado como o pior derrame na história.
“Hidrocarbonetos aromáticos, assim como outros compostos aromáticos são poluentes presentes em abundância no ambiente. Além disso, são um componente de carbono orgânico que, até agora, ainda não foi estudado em termos de correntes oceânicas e atmosféricas”, explica Jordi Dachs, investigador no Instituto de Diagnóstico Ambiental e Estudos da Água, em Barcelona.
Os resultados do trabalho baseiam-se em amostras de ar (em gás e aerossóis), bem como amostras de chuva e amostras recolhidas na superfície dos oceanos. Uma vez isolados, os compostos orgânicos foram medidos, quantificados, e, dependendo nas concentrações registadas, foram feitos os cálculos de correntes da atmosfera para o oceano, e da troca entre a atmosfera e a água.
Os cientistas sublinham que a longo termo os poluentes podem afetar a vida oceânica devido à sua toxicidade, e porque causam alterações na formação de aerossóis na atmosfera marítima, afetando, entre outros, os ciclos de formação de nuvens.
O próximo passo na pesquisa será fazer uma caracterização mais detalhada do como os poluentes circulam nos oceanos e do seu impacto em seres vivos específicos.
http://www.esquerda.net/artigo/poluicao-de-combustiveis-fosseis-chega-ao-oceano-pela-atmosfera/42792
O estudo, publicado na revista Nature Geoscience, revela que mensalmente chegam aos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico 90 mil toneladas de hidrocarbonetos poluentes, vindos da atmosfera. Esse valor é quatro vezes superior ao volume derramado no acidente de 2010 na plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México, considerado como o pior derrame na história.
“Hidrocarbonetos aromáticos, assim como outros compostos aromáticos são poluentes presentes em abundância no ambiente. Além disso, são um componente de carbono orgânico que, até agora, ainda não foi estudado em termos de correntes oceânicas e atmosféricas”, explica Jordi Dachs, investigador no Instituto de Diagnóstico Ambiental e Estudos da Água, em Barcelona.
Os resultados do trabalho baseiam-se em amostras de ar (em gás e aerossóis), bem como amostras de chuva e amostras recolhidas na superfície dos oceanos. Uma vez isolados, os compostos orgânicos foram medidos, quantificados, e, dependendo nas concentrações registadas, foram feitos os cálculos de correntes da atmosfera para o oceano, e da troca entre a atmosfera e a água.
Os cientistas sublinham que a longo termo os poluentes podem afetar a vida oceânica devido à sua toxicidade, e porque causam alterações na formação de aerossóis na atmosfera marítima, afetando, entre outros, os ciclos de formação de nuvens.
O próximo passo na pesquisa será fazer uma caracterização mais detalhada do como os poluentes circulam nos oceanos e do seu impacto em seres vivos específicos.
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