Projeto do governo tem o objetivo de fortalecer a
agroecologia para produtores familiares e o público em geral. Próxima
atividade aberta será no sábado (15)
Práticas Sustentáveis, que já chegou a aproximadamente 600 pessoas desde junho, e mais de 3 mil somando ações fora da unidade. “Fazemos a interlocução direta com cerca de 40 agricultores agroflorestais”, destaca.
Embora focado nos agricultores, o público-alvo vai além. Todos os interessados em sistemas agroflorestais ou em sustentabilidade são bem-vindos às atividades. “Trazemos temas de interesse até mesmo do público da cidade, como as hortas urbanas e formas de aproveitamento da água da chuva”, ressalta Beatriz.
“É uma forma de humanizar o trabalho do agricultor para além da produção. Tratamos de segurança alimentar, de direitos trabalhistas e da relação com o campo.” Árina Costa, uma das responsáveis pelo Centro de Referência em Agroecologia e Tecnologias Sociais“É uma forma de humanizar o trabalho do agricultor para além da produção. Tratamos de segurança alimentar, de direitos trabalhistas e da relação com o campo”, acrescenta Árina Costa, responsável pelo centro ao lado de Beatriz. Ela explica a importância das tecnologias estratégicas que abrangem toda a biodiversidade do ecossistema em que está inserido. “Na agrofloresta, consideramos a produção diversa, o uso da água, da iluminação natural, da vegetação nativa e dos animais existentes no bioma”, exemplifica Árina.
Por meio de combinações pensadas com base na ciclagem de nutrientes no solo, é possível estabelecer composições naturais em que as próprias espécies restaurem a área degradada ou espantem as chamadas “pragas” no sistema convencional. “É uma forma equilibrada e sustentável de conceber o plantio, o que tem consequências na distribuição, na segurança alimentar e na economia colaborativa”, define a coordenadora.
Estrutura do Centro de Referência em Agroecologia e Tecnologias Sociais
O prédio onde funciona o centro conta com, além de duas salas de escritório, auditório e dormitório, ambos com capacidade para 80 pessoas, para o caso de agricultores da área rural precisarem de um ponto de apoio central na cidade.A unidade faz parte do complexo do Centro de Capacitação e Comercialização da Agricultura Familiar, inaugurado em 2015, em frente ao Mercado da Agricultura Familiar, onde ocorre a feira todos os sábados, das 6 horas ao meio-dia.
O local também promove atividades culturais como danças típicas e campanhas de doação e descarte de lixo na feira. Outra vertente é o calendário colaborativo, por meio do qual cooperativas, agricultores, organizações não governamentais, associações, entidades e a população em geral podem solicitar apoio para fomentar ações ligadas à temática.
Além de atividades apoiadas em assentamentos e em eventos específicos, como a Virada do Cerrado e o Dia Mundial sem Carro, a equipe do centro participou da implementação de uma agrofloresta em um condomínio em São Sebastião, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) e distribuiu cerca de 800 mudas de árvores cedidas pelos Viveiros Comunitário do Lago Norte, da Granja do Ipê e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).
O espaço é coordenado pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, mas a gestão é uma parceria com a Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural, a Ceasa-DF, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Fundação Banco do Brasil.
Neste sábado (15), o calendário de ações do projeto iniciado em julho será encerrado com uma série de atividades. Na programação, há ioga, bate-papo sobre hortas urbanas, oficina de reciclagem de pneus, mesa sobre políticas sustentáveis e espaço de economia solidária, para venda de produtos artísticos artesanais.
Centro de Referência em Agroecologia e Tecnologias Sociais em 2017
Para as coordenadoras, 2016 foi o ano para aproximar o público, captar parcerias e refletir sobre a pauta sustentável no DF. “Em 2017, traremos a discussão para o âmbito político”, adianta Beatriz. “Vamos mostrar como a aparelhagem pública pode tornar acessível as necessidades dos produtores agrícolas”, acrescenta. Para o próximo ano, está previsto um novo ciclo do projeto Ideias & Práticas Sustentáveis e trabalhos que culminarão com o 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia, que ocorrerá em Brasília em setembro de 2017.Encerramento do projeto Ideias & Práticas Sustentáveis em 2016
Programação
Das 8 às 9 horas
Aula aberta de ioga
Das 9 às 10 horas
Diálogos Hortas urbanas – compartilhando territórios verdes
Das 10h30 às 12 horas
Mesa Políticas para uma Brasília mais sustentável
Das 10 às 13 horas
Oficina Reciclagem: transforme pneus em pufes
Das 8 às 13 horas
Espaço Organização das Cooperativas do Distrito Federal — Serviço de atendimento ao público sobre cooperativismo
Das 8 às 13 horas
Divulgação e venda da produção artística e artesanal de comércio solidário
No Centro de Capacitação e Comercialização da Agricultura Familiar — Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa) — Setor de Indústria e Abastecimento, Trecho 1, Lote 5
Aberto ao público
Edição: Raquel Flores
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