RB AMBIENTAL
Posted: 24 Sep 2016 05:47 AM PDT
Um
engenheiro ambiental e empresário paulistano lançou um aplicativo que
calcula o número de árvores que as pessoas e os responsáveis por
indústrias e eventos devem plantar para compensar a quantidade de gás
carbônico eliminado no meio ambiente. Os usuários do “CarbonZ” podem utilizar os índices para consulta ou pagar para que o pesquisador e sua equipe plantem as mudas.
Após baixar o aplicativo de celular (app),
que está disponível para Android e IOS desde o dia 21 de setembro, Dia
da Árvore, o usuário preenche um formulário com dados sobre sua rotina,
como tipo de veículo utilizado para chegar ao trabalho e a quantidade de
água e energia elétrica consumidas por mês.
Com
a informação gerada pela ferramenta, o usuário tem a opção de realizar o
plantio, caso queira, ou pagar online para que a "CarbonZ" faça o
serviço. Em caso de adesão, o usuário recebe no prazo de uma semana as
coordenadas geográficas de onde as mudas estão plantadas, de quais
espécies são e uma foto do local.
Além
disso, cada muda recebe um chip e o usuário tem a possibilidade de ir
ao local e identificar a planta com a câmera do celular, de modo similar
àquele realizado na caça de Pokémons.
Empresário
Gabriel
Estevam Domingos, de 28 anos, o empreendedor que concebeu o projeto,
explica que a ideia surgiu da tendência seguida pelos grandes eventos de
neutralizar o carbono gerado nas construções por meio do plantio.
“É
uma ação voluntária de responsabilidade socioambiental baseada no
Protocolo de Kyoto. Isso foi feito pelos organizadores do Rock in Rio e
da Olimpíada do Rio, por exemplo”, explica.
Após
realizar um trabalho para um evento que seguia esta tendência neste
ano, Gabriel tinha material suficiente para desenvolver o app, que foi
criado em três dias. “Para este evento trabalhei de maneira arcaica,
usando planilhas de Excel. O "CarbonZ" veio da necessidade de uma
ferramenta prática para a realização do cálculo”, conta.
Trajetória
Gabriel
é o homem que concebeu o projeto com a ajuda da equipe de sua empresa, a
GED – Inovação, Engenharia e Tecnologia. Quando criança, ele queria ser
cientista e criar tudo que consumisse. “Eu fiz pasta de dente,
desinfetante, captação de água da chuva e tratamento de esgoto, por
exemplo”, conta.
Concentrou
seus esforços na questão ambiental e sustentável inspirado no município
onde cresceu, Cubatão, na Baixada Santista, que já carregou o título de
cidade mais poluída do mundo. “Me chamava atenção que 60% da cidade
estivesse sob área de preservação ambiental, apresentasse um dos maiores
PIBs do Brasil, mas fosse uma cidade poluída e desigual”, afirma.
Consequentemente,
Gabriel encontrou na engenharia ambiental sua área de trabalho. “É uma
área que trabalha justamente com o tripé social, ambiental e econômico,
que sempre me interessou”, explica.
Hoje,
Gabriel trabalha em sua empresa, integra o Centro de Capacitação e
Pesquisa em Meio Ambiente (CEPEMA) da Poli/USP, carrega no currículo 25
prêmios por pesquisas e o título de Jovem Embaixador Ambiental do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Fonte: G1 São Paulo / Globo
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