sábado, 11 de fevereiro de 2017

300 baleias morrem encalhadas na Nova Zelândia


Equipes de resgate estão lutando para manter vivas as sobreviventes à espera da subida da maré



Auckland (Nova Zelândia)
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As baleias mortas na praia em Farewell Spit, na sexta-feira. AFP
Várias centenas de baleias-piloto foram encontradas mortas na sexta-feira na Nova Zelândia depois que mais de 400 delas ficaram encalhadas na remota baía Golden, no noroeste da Ilha Sul, informou a imprensa local. É um dos maiores incidentes de baleias encalhadas conhecido no país.


Fontes do Ministério de Conservação indicaram à rede TVNZ que a estimativa é que morreram cerca de 300 cetáceos de um total de 416 que ficaram encalhados na noite passada em uma área arenosa conhecida como Farewell Spit. Equipes de resgate estão lutando contra o relógio para manter vivas as sobreviventes à espera da subida da maré, enquanto vigiam a situação das que conseguiram sair flutuando.


No entanto, Andrew Lamason, diretor regional do Departamento de Conservação, admitiu que o panorama era sombrio, porque a maioria das mais de 100 baleias que tinham voltado a flutuar na maré alta tinham retornado e encalhado novamente.


Em fevereiro de 2015 foi organizada uma operação para tentar salvar 200 baleias-piloto que ficaram encalhadas na mesma área de Farewell Spit, mas não impediu que a maioria morresse no local. O maior suicídio coletivo de baleias em uma praia aconteceu em 1918, quando 1.000 baleias encalharam nas remotas ilhas Chatham; o segundo incidente em termos numéricos ocorreu em 1985 em Auckland, com 450 baleias encalhadas.
 
Uma turista observa uma baleia bebê morta na areia. REUTERS
São desconhecidas as razões pelas quais essas baleias ficaram encalhadas, apesar de que a baía Golden, que tem águas rasas, é conhecida por estes incidentes. A baleia-piloto, também chamada Caldeirão, é um exemplar com a frente abaulada e o corpo robusto que pode ter entre seis ou sete metros de comprimento.


Farewell Spit, cerca de 150 quilômetros a oeste da cidade turística de Nelson, já foi testemunha de pelo menos nove incidentes parecidos desta espécie na última década, embora este último seja, de longe, o maior.

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