terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Moradores e entidades fazem abaixo assinado sobre obra na Saída Norte


Moradores do final da Asa Norte e entidades estão mobilizados em relação à qualidade ambiental da obra do Trevo de Triagem Norte. Além de diversas ações, os moradores estão com abaixo assinado online pedindo que o Governador Rodrigo Rollemberg repense a concepção da obra, que é caracterizada por viés rodoviarista e com impacto ambiental a nascentes localizadas na área. Apoie o movimento e assine aqui o abaixo assinado!



A comunidade já apresentou suas dúvidas em relação ao projeto num documento entregue à Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, do MPDFT, e montou um blog para compartilhar notícias sobre a mobilização.



Em novembro de 2015 a Rodas da Paz apresentou ao DER relatório onde mostrava que a obra do TTN não atendia à legislação de mobilidade vigente, como o Plano Diretor de Transporte Urbano do DF, de 2011, e a Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, pois o projeto havia sido elaborado antes da vigência dessas leis e não foi suficientemente adaptado posteriormente. Acesse aqui o relatório e veja a ação feita no Lago Paranoá para divulgá-lo.
ponte
concepção do projeto do TTN é obsoleta, por priorizar o uso do automóvel


Em resumo, a concepção do Trevo de Triagem Norte parte da premissa que ampliando o espaço destinado a circulação de automóveis os congestionamentos serão reduzidos, o que já se sabe que não se confirma na realidade, pois essas obras acabam incentivando ainda mais a adoção do carro como meio de transporte e trazendo mais veículos para as vias, aumentando os congestionamentos rapidamente, como ocorreu na Marginal em São Paulo. Dado o curto período em que de fato essas obras “melhoram” o trânsito, o alto custo não se justifica, tendo em vista os baixos benefícios para a sociedade e as externalidades negativas que causa.


Entre os impactos ambientais da obra estão nascentes localizadas na área que podem ser afetadas, num contexto que os recursos hídricos são considerados especialmente importantes e merecedores de preservação no mundo e em Brasília, conhecida pelos períodos de estiagem e que receberá em breve o Fórum Mundial das Águas. Em termos de mudança climática, o inventário de emissões de gases de efeito estufa divulgado pelo próprio GDF em 2016 mostra que no DF 49% das emissões são originadas pelo setor de transporte, muito acima da média nacional, que é de 22%, o que deveria orientar o GDF a justamente desincentivar e não incentivar o uso do automóvel com obras milionárias.

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