- domingo, 16 julho 2017 22:43
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Entre as causas estão o envenenamento ou o aterramento de tocas com filhotes, de acordo com o biólogo Frederico Gemésio Lemos, responsável pelo programa de monitoramento e professor da UFG. Mas ainda ocorre o abate de animais, segundo ele. O estudo indica que a espécie corre o risco de extinção.
O grupo de pesquisa da UFG monitora raposas-do-campo em fazendas, no município de Cumari, sul de Goiás, que carregam colares com radiotransmissores e brincos de identificação. Com o estudo fora e Unidades de Conservação, os pesquisadores podem conhecer, por exemplo, como a espécie interage com outras espécies e se é vítima de agressões cometidas pelo ser humano.
Os estudos avaliam também o papel dos machos na criação de filhotes, responsáveis por cuidar e levar comida, além de defender o grupo de agressores. As fêmeas passam a noite alimentando ou amamentando, em intervalos de até duas horas, os filhotes. A pesquisa é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e inclui ações na divulgação da raposinha em escolas, órgãos ambientais regionais, estaduais e federais, e na internet.
A raposa-do-campo é um dos menores canídeos do mundo e ocorre apenas no Cerrado brasileiro. Apenas 20% da área ocupada originalmente pela espécie mantém as condições naturais originais. Embora seja classificada na categoria menos preocupante pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), está na lista vermelha nos estados de São Paulo e Paraná. Na lista nacional, a espécie é classificada como Vulnerável.
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