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Organizações e movimentos defendem florestas fora do mercado de carbono em carta ao governo brasileiro. Mudanças nesse sentido colocariam em risco a integridade ambiental do país e do planeta, além da arquitetura do Acordo de Paris
A capacidade que árvores e ecossistemas têm de remover e fixar carbono da atmosfera é muito mais lenta que o ritmo de emissões da queima de combustíveis fósseis, e o carbono acumulado em florestas é vulnerável a desmatamentos e queimadas.
Alguns atores têm usado o momento de negociação da implementação do Acordo de Paris, a crise política e a turbulência econômica pela qual o país e o mundo passam como pretexto para demandar medidas a favor de offsets. O esforço beneficiaria aqueles que continuariam emitindo gases de efeito estufa ou receberiam recursos mobilizados, mas traria graves conseqüências para o Brasil e o mundo.
A Carta traz oito pontos que explicam porque os offsets florestais apenas agravariam a crise climática. Entre os argumentos, está a falsa equivalência entre o carbono emitido por combustíveis fósseis e o capturado pelas árvores; o aprofundamento de desigualdades; e o fato de que a compensação via offsets geraria incentivos para países segurarem a ambição de suas metas de redução de emissões perante a ONU.
Desta forma, defendemos o posicionamento histórico do Brasil de não considerar projetos de redução de desmatamento, conservação e recuperação de florestas elegíveis para a geração de créditos de carbono. “Não podemos desviar a atenção das verdadeiras soluções e das políticas necessárias de enfrentamento à crise climática”, afirmam todos os signatários.
Veja a Carta na íntegra.
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Vender nossas florestas não ajudará o clima
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