TRÁFICO DE ANIMAIS
Líderes africanos se reúnem na Inglaterra para proteger espécies ameaçadas
Máfias e gangues do crime organizado estão no centro de grande parte do comércio de animais selvagens, levando os animais ao risco de extinção.
21/04/2018 às 20:00
Por Stefany da Costa, ANDA
Propostas ambiciosas para combater o crime foram discutidas e debatidas, incluindo oportunidades para impulsionar a aplicação da lei transfronteiriça, para que mais elefantes e outros animais possam se mover com mais liberdade e segurança na África.
“Muitos países africanos já estão trabalhando juntos e tomando medidas robustas para proteger e preservar sua preciosa fauna silvestre, mas este é um problema sério impulsionado por organizações criminosas internacionais”, disse o ministro das Relações Exteriores da Ingleterra, Boris Johnson.
“É apenas através de iniciativas ambiciosas lideradas por africanos que vamos parar definitivamente este crime deplorável e estamos prontos para ajudar. Aqui no Reino Unido, estamos levando adiante nossos próprios planos para a proibição das vendas de marfim, e em outubro eu co-organizarei uma conferência internacional em Londres sobre o combate ao comércio de vida selvagem”, informou.
“Juntos, podemos parar o declínio das espécies mais icônicas do mundo e garantir que as gerações futuras não tenham que viver em um mundo sem a vida selvagem”, acrescentou.
Durante as negociações, o ministro das relações exteriores fez um apelo por resultados ambiciosos na conferência de outubro, que se concentrará em combater o tráfico de animais selvagens que é um crime grave, construindo coalizões e fechando mercados de animais selvagem. A autoridade europeia e os líderes africanos discutiram oportunidades para aumentar os programas nacionais e transfronteiriços de aplicação da lei para punir devidamente os caçadores e deter os traficantes de animais selvagens.
Os números são exorbitantes, cerca de 20 mil elefantes africanos são mortos por caçadores a cada ano. O número de elefantes da savana diminuiu em um terço de 2007 a 2014 e houve um aumento de 9 mil % na caça de rinocerontes na África do Sul. A vida selvagem em muitas partes da África está em grave declínio populacional. As máfias e as gangues estão no centro de grande parte do comércio de animais silvestres, levando os animais ao risco de extinção. A exploração de animais selvagens é um crime sério, com receitas de até 17 bilhões de libras esterlinas por ano, mais do que a renda da República Centro-Africana, Libéria e Burundi.
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