Sociedade civil participa de vigília pela proteção do Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, na Bahia
13 de fevereiro de 2020No último dia 7 (sexta), o Conselho de Caciques das aldeias do Monte Pascoal tomou uma medida emergencial. Eles fecharam a porta da guarita principal do Parque Nacional do Monte Pascoal, na Bahia, e estão se revezando em uma vigília para impedir a saída de madeira nativa do parque. A decisão foi tomada devido a falta de fiscalização e ao conflito de uso dos recursos naturais nesta Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral, principalmente contra a extração ilegal de madeira nativa. Após esta mobilização, organizações da sociedade civil contribuirão para a Vigília do Monte, que acontecerá nos próximos dias 21 e 22 de fevereiro, na aldeia Pé do Monte.

Em entrevista ao portal O Eco, o cacique Braga, da etnia Pataxó que habita a região, afirmou que o parque não está fechado para visitantes, moradores ou órgãos de gestão e fiscalização do parque, nem Polícia Federal. “Nós fechamos a porta para os carros madeireiros”, afirmou ele.
Localizado no extremo sul da Bahia, em Porto Seguro, o Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal foi criado em 1961 e possui mais de 22 mil hectares. Este foi justamente o local avistado pelos navegadores portugueses no descobrimento do Brasil, daí a comprovação de sua importância histórica. Além disso, a área protege uma das regiões com a maior biodiversidade do planeta: a Mata Atlântica. Entre essas áreas estão a praia da Aldeia de Barra Velha, áreas de restinga e manguezais, as praias pluviais dos rios Caraíva e Corumbau e os campos de Mussununga, único do extremo sul da Bahia.
Ao longo das últimas décadas, a Mata Atlântica da região vem sofrendo com a exploração de sua área. A Bahia tem

“A Bahia teve uma melhora na sua posição no ranking, saindo de primeira colocada em 2015 para a quarta em 2018, mas o estado ainda está com altos índices, entre os maiores desmatadores. Em Porto Seguro, de 2015 a 2018, foram identificados 1068 hectares de desflorestamento, sendo 632 dentro do Parque Nacional de Monte Paschoal no período de 2015-2016, o que é inaceitável“, afirma Marcia
Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.
Crédito: Fundação SOS Mata Atlântica
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