Após 20 anos, primeiro leão é visto em parque nacional do Chade
“Uma linda leoa, no auge e claramente com ótima saúde”. Foi assim que representantes do governo do Chade e da Wildlife Conservation Society (WCS) descreveram a imagem incrível e tão celebrada do primeiro leão observado no Parque Nacional Sena Oura depois de 20 anos. A espécie era considerada extinta localmente.
Localizado na fronteira com Camarões, ao norte da África Central, esse parque nacional sofreu com a caça ilegal desenfreada no passado. Todavia, há uma década ações de conservação e fiscalização começaram a ser implementadas e um dos resultados pode ser visto agora com esse registro.
O mesmo foi feito no vizinho Camarões, onde a população de leões vem aumentando no Parque Nacional de Bouba N’djida e possivelmente, indivíduos estão ampliando sua área de distribuição e recolonizando áreas onde viviam anos atrás.
As armadilhas fotográficas que flagraram a imagem da leoa fazem parte do programa da Wildlife Conservation Society na região.
A ciência considera que exista apenas uma espécie de leão no mundo, a Panthera leo, e duas subespécies: o africano e o asiático. Entretanto, a população desses últimos é muito pequena, são aproximadamente 600 indivíduos que vivem na área do Parque Nacional da Floresta Gir, em Gujarat, na Índia.
Segundo a WCS, embora os leões sejam classificados em geral como ‘vulneráveis à extinção‘ pela Lista Vermelha da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), as populações na África Ocidental e Central são também pequenas e fragmentadas e diminuíram cerca de 66% desde o início dos anos 1990; por isso, regionalmente eles são tidos como ‘criticamente em perigo’.
“Os leões da África Ocidental e Central são geneticamente distintos das populações mais robustas da África Oriental e Austral e sua recuperação é especialmente valiosa”, ressalta a organização.
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Foto de abertura: divulgação WCS
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