Com esses
aumentos, a inflação deve disparar. Pior que 2015, segundo as
expectativas dos analistas, só o ano 2016. E Dilma ainda está lá:
Em ata da
última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central
projetou uma alta significativa nos preços da energia elétrica e da
gasolina neste ano. Segundo a instituição, o preço da energia deve subir
41%, acima da última estimativa feita em abril, de 38,3%. E os gastos
com a gasolina devem ter um reajuste de 9,1%, abaixo do projetado na
última avaliação, de 9,8%. Os dois componentes têm peso expressivo no
cálculo da inflação. O documento, que foi divulgado nesta quinta-feira,
se refere à reunião em que foi decidido o aumento da taxa básica de
juros (a Selic) para 13,75%, o maior nível desde 2009, realizada no dia 3
de junho.
No texto,
o Banco Central também reconhece que a inflação deve permanecer elevada
ao longo deste ano e reforça a mensagem de que é preciso "determinação"
e "perseverança" para combatê-la.
"Nesse
contexto, conforme antecipado em notas anteriores, esses ajustes de
preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a
permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança
para impedir sua transmissão para prazos mais longos", informou o
documento, que se refere à última reunião do Copom, na qual foi decidido
reajuste de 0,5% na taxa básica de juros (a Selic), que passou a
13,75%, o maior nível desde 2009.
Levando
em conta o teor do discurso de batalha contra a inflação e a aceleração
do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio, a
expectativa é que o BC volte a elevar a Selic na próxima reunião, em
julho. A expectativa do mercado é que a taxa possa ultrapassar a marca
de 14% até o final do ano.
Considerando
que a inflação alta se restringirá a 2015, o Copom afirmou que espera
um cenário de convergência da inflação para 4,5% (o centro da meta) em
2016. Apesar disso, a instituição voltou a ponderar que os "avanços
alcançados" no combate a inflação até agora "ainda não se mostram
suficientes".
O comitê
também admitiu que a expansão da atividade econômica neste ano será
"inferior ao potencial". "Em particular, o investimento tem se retraído,
influenciado, principalmente, pela ocorrência de eventos não
econômicos, e o consumo privado mostra sinais de moderação. Entretanto,
para o Comitê, depois de um período necessário de ajustes, o ritmo de
atividade tende a se intensificar, na medida em que a confiança de
firmas e famílias se fortaleça", afirmou o documento. (Veja.com).
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