segunda-feira, 2 de maio de 2016

É cidade, mas mesmo assim quanto mais verde melhor

Por Duda Menegassi
Central Park, em Nova Iorque. Foto: Daran Kandasamy/Flickr
Central Park, em Nova Iorque. Foto: Daran Kandasamy/Flickr

Um novo estudo americano analisou dados de 250 mil pessoas com mais de 65 anos, beneficiários do Medicare, sistema público de saúde. As informações foram colhidas entre 2010 e 2011, em conjunto com imagens de satélite da NASA para mapear e quantificar a presença de vegetação nos bairros dos pacientes. Os resultados mostraram que as áreas verdes desempenham um papel importante na redução de doenças crônicas.

Em áreas com grande cobertura de vegetação há uma redução de até 14% nas taxas de diabetes, de 13% nas taxas de hipertensão e 10% nos distúrbios de colesterol. Scott Brown, um dos autores e professor de ciências de saúde pública, diz que “em um quarteirão, ir de um nível baixo para alto de vegetação está associado a 49 menos doenças crônicas por cada mil moradores”.

A conclusão dos pesquisadores é de que a presença de áreas verdes nos bairros, sejam parques, árvores ou outros tipos de vegetação traz efeitos positivos para saúde, não só de idosos, mas de todos os moradores que são vizinhos ao verde. O impacto é ainda maior em vizinhanças de renda mais baixa. 

A pesquisa especula que áreas verdes na cidade são remédios naturais, que ajudam a reduzir a poluição do ar, regulam a umidade do ar e minimizam o efeito ilha de calor, além de diminuir o estresse, encorajar a atividade física e favorecer interação social e a coesão da comunidade.


O trabalho é de pesquisadores da Escola de Medicina Miller, da Universidade de Miami (University of Miami, Miller School of Medicine) e foi publicado em 6 de abril, no American Journal of Preventive Medicine (Revista Americana sobre Medicina Preventiva).

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