- quarta-feira, 12 dezembro 2012 15:41
Foram usadas imagens do Google Earth de alta resolução para analisar o habitat do leão em toda África e também dados sobre a densidade de população humana, para identificar áreas adequados para o leão viver. O estudo foi publicado no início de dezembro no periódico científico Biodiversity and Conservation e apresenta dados, no mínimo, preocupantes em relação ao rei da selva.
Foram encontradas apenas 67 regiões isoladas em todo o continente, onde populações significativas do felino podem persistir. E apenas 15 dessas áreas são suficientes para manter uma população de pelo menos 500 leões. “A realidade é que a partir de uma área um terço maior do que os Estados Unidos continentais, apenas 25% permanece”, afirma diretor de Conservação da Universidade Duke, Stuart Pimm.
A população deles ainda é grande, mas está ameaçada em vários lugares, principalmente na África Ocidental e Central, onde países nem sempre recebem incentivos diretos para protegê-los. De acordo com o estudo, 24 mil leões vivem em apenas 10 redutos, nenhum deles em países da África Ocidental. A Tanzânia é o país com maior número de leões, com 40% da população total. Mas há risco a longo prazo para boa parte das grandes populações ainda encontradas. Além disso, o estudo demonstra que há extinção local de leões até mesmo em áreas protegidas.
“Os governos da África Ocidental vão necessitar de ajuda externa significativa na estabilização de populações remanescentes até que os esforços de conservação sustentáveis locais possam ser desenvolvidos”, afirma o coordenador de Pesquisa do Programa Leão da ong Panthera, Philipp Hensche. A organização é uma colaboradora científica da Iniciativa Grandes Gatos da National Geographics Society, que atua em favor dos grandes felinos.
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