Com informações da BBC
Pedido
Em carta aberta enviada à OMS (Organização Mundial da Saúde), um grupo formado por mais de 100 cientistas de todo o mundo afirma que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro deveriam ser transferidos ou adiados em decorrência do surto de vírus zika.
Os especialistas dizem que descobertas recentes sobre o zika tornam "antiética" a manutenção dos Jogos no Rio. A carta também pede que a OMS reveja com urgência suas recomendações sobre o zika, um vírus relacionado a uma série de problemas no nascimento, incluindo microcefalia.
Diz ainda o documento que o adiamento ou a transferência dos Jogos também "diminui outros riscos trazidos por uma turbulência história na economia, governança e na sociedade do Brasil - que não são problemas isolados, mas que fazem parte de um contexto que tornam o problema do zika impossível de resolver
Em maio, o Comitê Olímpico Internacional disse que não vê razões para atrasar ou transferir os Jogos por causa da doença. No Brasil, a explosão da enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes aegypti aconteceu há um ano - hoje mais de 60 países e territórios são afetados pela doença. com a aproximação dos Jogos".
Risco desnecessário
A carta afirma que o zika está relacionado à microcefalia (crescimento do crânio abaixo da média) em recém-nascidos e que pode trazer síndromes neurológicas raras e às vezes fatais a adultos.
O documento é assinado por 125 cientistas, médicos e especialistas em ética médica de instituições como as universidades de Oxford, no Reino Unido, Harvard e Yale, ambas nos Estados Unidos.
Na carta, eles citam o "fracasso" no programa de erradicação do mosquito no Brasil e o sistema de saúde "fragilizado" do país como razões para o adiamento ou transferência da Olimpíada, marcada para o próximo mês de agosto.
"Um risco desnecessário é colocado quando 500 mil turistas estrangeiros de todos os países acompanham os Jogos, potencialmente adquirem o vírus e voltam para a casa, podendo torna-lo endêmico", diz o texto. O principal risco seria que atletas contraíssem a doença e voltassem para suas casas em países pobres que ainda não foram afetados pelo surto da doença.
Resposta da OMS
A OMS, que recentemente classificou o vírus como uma emergência global de saúde pública, comentou a carta. Segundo nota enviada pelo órgão, baseado nas informações atuais, "cancelar ou mudar o local da Olimpíada de 2016 não irá alterar significantemente a propagação internacional do vírus zika".
A OMS lembra o que o Brasil é um dos mais de 60 países que continuam a reportar a transmissão contínua do vírus por mosquito, e que pessoas viajam entre essas nações por vários motivos.
A nota reforça a recomendação de que mulheres grávidas evitem viajar para esses lugares - o que inclui o Rio: "Não há motivos de saúde pública para adiar ou cancelar os jogos. A OMS continuará a monitorar a situação e irá atualizar suas recomendações se necessário.
"O governo brasileiro, também em resposta à carta, afirmou que o zika está presente em 60 países, e que a população brasileira representa "apenas 15% das pessoas expostas" ao vírus.
Na nota enviada pelo Ministério do Esporte, a gestão do presidente interino Michel Temer ressalta que agosto, mês da Olimpíada, é considerado um período "não endêmico para transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como zika, dengue e chikungunya".
Em carta aberta enviada à OMS (Organização Mundial da Saúde), um grupo formado por mais de 100 cientistas de todo o mundo afirma que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro deveriam ser transferidos ou adiados em decorrência do surto de vírus zika.
Os especialistas dizem que descobertas recentes sobre o zika tornam "antiética" a manutenção dos Jogos no Rio. A carta também pede que a OMS reveja com urgência suas recomendações sobre o zika, um vírus relacionado a uma série de problemas no nascimento, incluindo microcefalia.
Diz ainda o documento que o adiamento ou a transferência dos Jogos também "diminui outros riscos trazidos por uma turbulência história na economia, governança e na sociedade do Brasil - que não são problemas isolados, mas que fazem parte de um contexto que tornam o problema do zika impossível de resolver
Em maio, o Comitê Olímpico Internacional disse que não vê razões para atrasar ou transferir os Jogos por causa da doença. No Brasil, a explosão da enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes aegypti aconteceu há um ano - hoje mais de 60 países e territórios são afetados pela doença. com a aproximação dos Jogos".
Risco desnecessário
A carta afirma que o zika está relacionado à microcefalia (crescimento do crânio abaixo da média) em recém-nascidos e que pode trazer síndromes neurológicas raras e às vezes fatais a adultos.
O documento é assinado por 125 cientistas, médicos e especialistas em ética médica de instituições como as universidades de Oxford, no Reino Unido, Harvard e Yale, ambas nos Estados Unidos.
Na carta, eles citam o "fracasso" no programa de erradicação do mosquito no Brasil e o sistema de saúde "fragilizado" do país como razões para o adiamento ou transferência da Olimpíada, marcada para o próximo mês de agosto.
"Um risco desnecessário é colocado quando 500 mil turistas estrangeiros de todos os países acompanham os Jogos, potencialmente adquirem o vírus e voltam para a casa, podendo torna-lo endêmico", diz o texto. O principal risco seria que atletas contraíssem a doença e voltassem para suas casas em países pobres que ainda não foram afetados pelo surto da doença.
Resposta da OMS
A OMS, que recentemente classificou o vírus como uma emergência global de saúde pública, comentou a carta. Segundo nota enviada pelo órgão, baseado nas informações atuais, "cancelar ou mudar o local da Olimpíada de 2016 não irá alterar significantemente a propagação internacional do vírus zika".
A OMS lembra o que o Brasil é um dos mais de 60 países que continuam a reportar a transmissão contínua do vírus por mosquito, e que pessoas viajam entre essas nações por vários motivos.
A nota reforça a recomendação de que mulheres grávidas evitem viajar para esses lugares - o que inclui o Rio: "Não há motivos de saúde pública para adiar ou cancelar os jogos. A OMS continuará a monitorar a situação e irá atualizar suas recomendações se necessário.
"O governo brasileiro, também em resposta à carta, afirmou que o zika está presente em 60 países, e que a população brasileira representa "apenas 15% das pessoas expostas" ao vírus.
Na nota enviada pelo Ministério do Esporte, a gestão do presidente interino Michel Temer ressalta que agosto, mês da Olimpíada, é considerado um período "não endêmico para transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como zika, dengue e chikungunya".
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