- segunda-feira, 18 julho 2016 17:54
Mais
de 11,6 mil espécies de árvores já foram identificadas na Amazônia, mas
ainda falta cerca de
4 mil segundo o estudo. Crédito: Nigel Pitman, The
Field Museum.
O resultado do estudo foi publicado na revista Scientific Reports, em junho. A mesma equipe já havia estimado que a Amazônia abriga cerca de 16 mil espécies diferentes de árvores. Agora, depois de um levantamento em cerca de 500 mil amostras em diferentes museus, eles concluíram que já foram descritas 11.676 espécies diferentes da árvores amazônicas, ou seja, ainda há muito trabalho a ser feito para descrever todas, ou pelo menos quase todas, que existem.
Nas contas dos pesquisadores ainda existem 4 mil espécies diferentes à espera de ganhar nomes científicos. “Desde 1900, entre cinquenta e duzentas novas árvores são descobertas na Amazônia todos os anos”, conta o ecologista Nigel Pitman, do Field Museum. Para os responsáveis pelo estudo, esse levantamento é importante para pesquisadores que estudam a floresta amazônica.
Levantamento
foi possível graças às novas tecnologias que permitem digitalizar
coleções e agregar as informações.
Crédito: Kevin Havener, The Field
Museum.
“Nós estamos tentando dar às pessoas ferramentas para elas não trabalhem no escuro”, afirma o líder do estudo Hans ter Steege, professor visitante do Museu Emílio Goeldi. “O checklist dá aos cientistas uma noção melhor sobre o que atualmente está crescendo na Bacia Amazônica e que ajuda nos esforços de conservação”, completa.
De acordo com Nigel Pitman, o Field Museum de Chicago, que participa dos estudos, tem coletado e descrito espécies da Amazônia há mais de um século. “Nós temos cientistas aqui, como Robin Foster, que tem trabalhado na botânica amazônica por décadas”, conta. “Esta nova lista é de certa forma o auge de todo este trabalho”.
Saiba Mais
Artigo: The discovery of the Amazonian tree flora with an updated checklist of all known tree taxa Hans ter Steege, Rens W. Vaessen, Dairon Cárdenas-López, Daniel Sabatier, Alexandre Antonelli, Sylvia Mota de Oliveira, Nigel C. A. Pitman, Peter Møller Jørgensen & Rafael P. Salomão.
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